Um Maldito Renascimento escrita por mylena


Capítulo 24
O aviso do começo.


Notas iniciais do capítulo

oi (:



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Me acordei todo esparramado – e sozinho – na cama. Tateei mais uma vez achando que não era nada na minha cabeça. Como assim ela foi embora? Foi um sonho e eu ainda estava no Acampamento. Sentei-me ainda enrolado com o lençol. Quer dizer, eu ainda estava nu, e eu nunca durmo nu... Ai céus. Me levantei e fui para o banheiro, um bom banho me faria relaxar e ela poderia chegar a qualquer momento. Entrei na água gelada, sentindo minha pele se arrepiar e lembrando o quanto ela estava quente ontem. Bati a cabeça na parede fria.

– Percy, banho. Banho, Percy. – repeti para mim mesmo tentando não pensar que ela tinha ido embora

Quer dizer, ela não gostou? Céus, como isso era horrível.

Pude sentir o click da porta se abrindo e olhei de canto do olho. Ela estava ali! Linda como sempre. Os cabelos ainda molhados sobre os ombros finos e pequenos, uma camisa larga branca e uma calça jeans grudada ao corpo que eu – sim, eu, como eu tenho orgulho de dizer isso – vi completamente ontem.

– Quer me dá uma ajudinha aqui? – perguntei a encarando com um sorriso malicioso, sim, eu a queria, de novo, de novo e sempre

– Tentador. – ela curvou os lábios em um sorriso discreto se apoiando na pia e me encarando, ela respirou fundo e se manteve em pé ereta e com a expressão séria – Não podemos perder tempo quanto mais ficamos brincando...

– Com brincadeiras realmente boas. – brinquei, ela revirou os olhos, como sempre

– Enfim, temos que chegar cedo, temos que pegar pistas... – ela me passou a toalha quando sai abri o Box e sai

– Obrigada. – falei

– Fazer o máximo que pudermos para tudo isso acabar e termos um momento de paz. – ela suspirou

Enrolei a toalha em minha cintura e coloquei minhas mãos em suas bochechas sentindo novamente seu corpo quente contra o meu. Dei um selinho em seus lábios macios a encarando.

– Não se preocupe. Eu prometo que tudo isso vai acabar. Eu vou cuidar de você. – abracei contra meu peito enquanto ela apertava seus braços contra mim

– Obrigado. Eu te amo, Cabeça de algas. – ela se colocou nas pontas dos pés enquanto nós nos beijávamos, a sentei na pia ainda abraçando sua cintura – Ok, Percy... – ela falou rindo um pouco colocando as mãos no meu peito e me afastando

– Nem um pouquinho? – fiz beicinho tentando me aproximar dela

– Pára de ser tarado. – ela riu mais uma vez

– Ah, e você não gosta do Percy tarado? – sorri tentando me aproximar

– Bem... Enquanto o Percy tarado não se afastar de mim, ele vai ver como a Annabeth com raiva faz com sua adaga. – ela sorriu calorosa

– E o Percy tarado com certeza conhece demais a sua adaga. – sorri dando um selinho em seus lábios – Bem, vou me trocar porque a Annabeth com raiva nem quer fazer nada comigo. – dei de ombros dando as costas para ela

– Como a Annabeth com raiva é má, não é? – ela bateu em meu ombro – Vou encontrar a Thalia, ela está achando que fizemos a verdade.

– Ah, eu sei o que é verdade. – disse feliz colocando a minha boxer branca

– Percy... – ela falou cautelosa – Todo mundo sabia o que era a verdade.

– Então, quer dizer, que você estava esperando uma atitude minha é isso? – ela corou quando eu perguntei.

Sorri, colocando minha calça enquanto ela mordia o lábio inferior.

– Bem, na verdade, a Thalia estava com invenção. Eu estava esperando o momento certo. – ela deu de ombros virando as costas para mim

Segurei seu braço e a virei dando mais um selinho. Eu nunca vou me cansar de fazer isso. Mordi seu lábio inferior levemente e bem demorada.

– Ainda temos tempo... – sussurrei beijando seu pescoço

– A Annabeth com raiva tem uma adaga... – ela falou em meio a um gemido

– Mas, a Annabeth do Percy quer ficar aqui. – ela riu mais uma vez e se afastou – Ok, eu prometo que vou parar. – peguei minha camisa verde que estava em cima da cama, coloquei os tênis e joguei tudo que não precisaria mais dentro da minha bolsa. – Certo, estou pronto, vamos.

Ela pegou sua mochila e pegamos as bolsas das compras, descemos as escadas e encontrei Thalia raivosa na poltrona de espera.

– Deuses, eu pensei que vocês iriam averiguar novamente a verdade. – ela revirou os olhos tirando os fones de ouvido e depois sorriu maliciosa quando Annabeth foi fechar a conta, me bateu fraco com o cotovelo – E ai, conseguiu averiguar a verdade?

– Cala a boca, Pára-Raio. – disse com um sorriso bobo no rosto

– Awn, que fofo. – ela apertou a minha bochecha – Ai céus, eu estou parecendo uma filha de Afrodite, mas tudo bem, é por uma bom razão, Thalia.

Ri um pouco antes de recomeçarmos a viagem.


//

Pov’s Nico Di Ângelo

Chegamos ao Central Park e rapidamente fomos para um lugar mais afastado. Em meio as árvores, rochas e um pequeno rio. Na verdade, eu queria ficar ali, aproveitar o silêncio, as pessoas caminhando, tomar um bom sorvete. Isso seria perfeito, mas... Bem, eu tinha que completar minha missão.

– Ok, o que você quer fazer para chegar ao Mundo Inferior? – Saphira me perguntou visivelmente confusa, creio que tudo isso para ela parecia um absurdo, ou... ela não acreditava em nada disso, mas enfim – Ah, esqueci, você é o filho de Hades. – ela revirou os olhos e sorri

Respirei fundo e levantei minhas mãos lentamente sentindo todo o meu corpo pesar e doer, mas não tanto como da primeira vez. Podia sentir uma chama me consumindo pouco a pouco, mas não chegava a tanto, minhas forças pareciam sair dos meus poros facilmente, e poderia sentir um pouco de suor no canto da minha testa. Pude sentir a terra e senti que já tinha o poder sobre ela.

Uma pequena cratera abriu e uma escada que parecia não ter fim apareceu.

– O que é isso? – Saphira murmurou quando eu caí de joelhos sobre a grama bem feita, eu estava completamente suado e minhas forças estavam completamente esgotadas

– Desça. – falei duro e ofegante

– E você?

– Estou indo atrás de você... Eu estou no meu território, não se esqueça disso... Já você, pode ficar um pouco cansada. – avisei tentando recuperar minhas forças e descendo as escadas um pouco cambaleante

Quando parecia que íamos demorar uma eternidade para chegar lá rapidamente pude ver o barco de Caronte, ela respirou fundo como se aquela escuridão não a agradasse, e com certeza, não agradava. Pude ver sua pele se arrepiando levemente.

Subi no barco rapidamente com Saphira e a cara emburrada de Caronte.

– Aposto que ela não é uma alma e por isso não poderei levá-la. –pronunciou com aquela voz carrancuda e horrível dele, quis dar um soco nele somente para me livrar da raiva que estava sentindo agora

– Não? Tem certeza que quer que eu fale com meu pai, Caronte? Aposto que ele não está de bom humor hoje. – ameacei como sempre

Chegamos a frente ao castelo do meu pai... Bem, eu não o visitei e queria terminar essa missão sem vê-lo, mas seria um pouco difícil já que ali, mais do que meu, era todo o seu território, provavelmente ele já estava sentindo que eu entrei ali. Virei às costas e segui para o rio Lete.

– Como vamos derrotar uma deusa? – Saphira perguntou enquanto eu pulava de uma pedra para outra distraído

– Não vamos derrotá-la. – falei calmo mantendo firme minha mão sobre o cabo da espada

– Não viemos fazer isso? – ela perguntou enquanto eu olhava para os lados insegura de que qualquer coisa poderia passar ali, ela levava a mão de tempo em tempos para o seu colar que parecia não brilhar tanto agora.

Vi algumas almas ‘passeando’ por ali e revirei os olhos. Mania da Annie, é.

– Não. Mas, se você conseguir derrotar uma deusa? Bem, acho que quando Annabeth disse algo como ‘Vocês vão atrás de Mnemosine’, acho que deveríamos distrair... Detê-la, mas nada mais que isso. Além do mais, precisaremos dela para deter os titãs.

– Ah. – falou e pude ouvi-la sussurrar algo como ‘nomes’ e ‘força’ ou ‘poder’, não sei, não estava prestando tanta atenção

– Se prepare. Deixe tudo em alcance, porque a missão vai começar. – avisei deixando minha espada pronta

Chegamos perto de rio Lete, existiam algumas almas bebendo calmamente das águas que tinha lá. Podia ver uma mulher com uma roupa não-grega o que achei estranho já que ela poderia ser a tal deusa, porque não se vestia a tal. Ela vestia uma calça jeans qualquer, uma blusa branca, echarpe rosa e uma jaqueta... Sua imagem começou a tremeluzir e apareceu uma verdadeira mulher com cabelos longos que iam até o fim das costas com enormes cachos castanhos, ela estava deitada de bruços brincando sorridente com a água do rio Lete com a ponta dos dedos, vestia um vestido grego de seda azul claro, tinha um sorriso meigo.

Mas, as águas do rio Lete podiam apagar a memória de qualquer um, de um mortal qualquer até um titã. Ela era tão poderosa assim. E isso me assustava. Tentei continuar com a minha expressão firme, tentando ter o maior poder possível a não olhar nos seus olhos, eu ainda não entendia como sua imagem tremeluzia de uma mulher urbana de Manhattan a uma deusa grega. Pude ver rapidamente que seus olhos eram opacos, parecia cinza, mas não o cinza nublado de Atena ou Annabeth, era um cinza parado e opaco sem as ‘nuvens’ do céu, estava mais puxado para o branco era diferente e eu tentava não olhá-los.

– Esse rio é muito atrativo. – segurei o braço de Saphira quando ela avançou um passo mais a frente que o meu

– Se uma gota dele cair sobre você, se esquecerá de tudo. Tudo. – avisei

Continuei a olhar para deusa que tremeluzia cada vez mais, como se o mínimo ruído ela fosse correr, mas o que mais me assustava era isso. Ou ela já poderia ter se esquecido de quem era.

– Mnemosine? – perguntei confuso avançando um pouco mais

– Olá, querido. – ela disse sem desviar os olhos da sua brincadeira particular

– Bem... – O que eu iria falar? Venha para o nosso lado e diga o segredo de Céos e Oceano?

– Às vezes, não fazemos tudo que queremos por livre e espontânea vontade. – disse em voz alta – O melhor remédio de tudo é esquecer e sempre começar um novo começo. Do jeito que você quiser. – ela fez um tipo de concha com as mãos deixando a água escorrer entre os dedos e entre as próprias mãos com um sorriso divertido no rosto

Saphira colocou a mão em cima do seu colar e a repreendi com o olhar.

– Por que diz isso?

– Porque sei que você queria esquecer-se de tudo. Desta nova guerra, de seu passado, de sua irmã, esquecer que tem uma família. Seria melhor se ninguém ligasse para você, não é?

Gelei. Como assim? Eu era feliz como estava agora.

– Você sempre tem escolhas, mas sempre é difícil escolhê-la. O impulso é sempre o melhor, ele sempre faz o que queríamos fazer sem pensar demais. – ela sorriu enquanto bebericava a água de sua mão

– Você... Não deveria esquecer-se de tudo? Quer dizer, você está bebendo da água do rio Lete. – Saphira disse com uma confusão visível.

– Sou a deusa do esquecimento. Mesmo sendo uma deusa menor. O rio Lete é como se fosse parte de mim. Eu só o cedi para deixar as pessoas aproveitarem de como é bom se esquecer. Como é bom recomeçar. – ela olhou para mim firmemente e pude ver seus olhos da cor do rio, não eram cinzas, praticamente transparente. Um azul transparente. - E elas precisam disso, querida. Já imaginou você morrer e quando voltasse novamente se lembrasse de tudo que você fez na vida passada? Não seria aterrorizante que você morreu pelas mãos do seu pai.

Um silencio desconfortável se instalou quando ela olhou para uma pequena criança que bebia compulsivamente a água do rio Lete, como se sua vida dependesse disso, o que torna a irônico.

– Olha, nós viemos aqui, meio que... Te salvar. Não queremos perder a memória nem nada do tipo. Bem, eu sei que...

– Você quer que eu fale de Céos? Desculpa, filho de Hades, mas eu não estou mais com Céos.

– Então... Por que disso tudo? Esquecer?

– É o meu trabalho. Eu sinto que você quer esquecer de tudo, só não tem coragem. Haja por impulso. – ela disse como se tivesse entrando em minha mente e me colocado em um transe sem fim. – Não é bom, pequeno herói? Não ia se lembrar de nada. Absolutamente. Ia esquecer as guerras, esquecer sua irmã, seu pai, seu passado, todo esse momento. Tudo. Ia começar outra vida, como um mortal normal. – ela disse

Não podia ver mais nada. Só via minha vida como uma pessoa normal. Eu estava rindo em uma das mesas do Mc’Donalds com varias pessoas ao meu redor. Pessoas que eu não conhecia. Eu ria e conversava algo sobre um show. Eu estava com roupas normais, sem aquelas armaduras que tinha que usar, e sem preocupação para saber se em qualquer momento apareceria um monstro.

– O que você acha, pequeno? – uma voz meiga disse em minha cabeça

– Nico. – podia ver uma voz feminina gritar este nome... Quem era esse Nico? Quem era essa menina? – Nico, não se deixe levar, Nico. – ela gritava – Di Ângelo. Acorde. Nico. – seus gritos aumentavam cada vez mais e cada vez mais eu me aproximava do rio Lete, a felicidade estava tão próxima, eu não ia deixá-la escapar com Mnemosine brincando com ela.

Senti alguém segurar meu braço.

– Nico, acorde. – um ultimo sussurro

Senti uma flecha chegar perto do meu rosto e abri os olhos.

Mnemosine com sua bochecha pálida e um filete de icor descendo devagar até chegar no queixo.

– Maldita. – murmurou

Virei atordoado buscando por Saphira. Ela estava em pé com seu arco em posição e os olhos dourados, mais dourados do que nunca tinha visto antes. Sua franja estava colada na testa devido ao calor. Ela estava no mundo inferior e seus olhos dourados podiam afirmar o quanto ela estava cansada por estar usando todo seu poder para invocar uma flecha.

– Pensei que não ia acordar nunca. – ela sorriu de lado e fez aparecer uma nova flecha – Nunca tente mais aquilo. – ela avisou insegura – Esta flecha pode acabar com você. Acabar.

– Você acha que eu tenho medo de uma simples filha de Apolo?

– Esta flecha pode acabar com qualquer... Qualquer deus. Ela foi feita para isso. – podia ver em seus olhos que ela não sabia ao certo se era isso mesmo. Mas, falava com segurança.

Empunhei minha espada, sabendo que não serviria de nada.

– Queridos semideuses, vocês nunca vão conseguir. Desta vez, conseguiremos fazer coisas que vocês jamais irão imaginar. – ela sorriu e desapareceu em uma nuvem azul.

Senti minha bochecha formigar pela primeira vez. Topei nela e vi sangue.

– Droga. – resmunguei

– Desculpa por isso. Foi o único jeito de você acordar. – ela se desculpou

Pensei por um momento estranhando isso.

– Por que na bochecha? A mesma bochecha de Mnemosine?

– Bem, minha mira estava nela, e sem querer foi em você. Desculpa. Acho que posso resolver isso. – ela abriu a mochila e tirou um vasinho e um curativo.

Passou delicadamente pelo corte e depois colocou o curativo.

– Obrigada. – agradeci

Ela deu de ombros.

– Vamos voltar. Temos que falar com Percy, Annabeth e Thalia e saber se eles fizeram algo mais.




N/A: Primeiro de tudo: EU TAVA MORRENDO DE SAUDADES DE POSTAR u.u Sério, e quando eu posto, eu posto uma coisa dessa, me desculpem. Postei no domingo, desculpa o atraso :/ Enfim, eu achei que o capitulo ficou muito desconexo pq começou com a felicidade de Percy e terminou com isso, sim, eu não gostei e se vocês me xingarem até a morte, eu vou entender. Mandem review para me xingar mesmo por causa do capitulo u_u Enfim, se quiserem mandar recomendações /eu tosca Tá, vou parar de torturar vocês, até sabado, muack



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