Começar a Ser escrita por WinnieCooper


Capítulo 3
Quem é você?




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Quem é você?

- Então depois do almoço passamos na biblioteca e pesquisamos – dizia Lily caminhando ao lado do primo depois de saírem da aula de Herbologia.

- É claro que vamos perder a aula de Adivinhação, mas onde aquela matéria é útil?

Ambos sentaram numa mesa e começaram a pegar comida para o almoço.

- Você vai almoçar aqui? – Hugo perguntou surpreso.

- Por quê? – ela questionou não entendendo.

- Achei que ia se juntar ao seu grupo – ele apontou com a cabeça o grupo popular da prima que estava acenando para que ela se juntasse a eles.

- Ah – ela fez não com a cabeça olhando para baixo – Se importa de eu almoçar com você?

- Não – ele prontamente negou – Claro que não.

- Sabe quando você se sente sozinho no meio da multidão? – Hugo confirmou com a cabeça – É assim que me sinto quando estou com eles.

- Hugo pelo amor de Deus me empresta seu Ipod – disse Rose apressada retirando o aparelho do irmão e colocando os fones no ouvido – Lily você por aqui? – ela perguntou encarando a prima confusa.

Lily abriu a boca para responder, mas Hugo foi mais rápido:

- Por acaso é proibido ela almoçar com a gente agora?

- Ah... Entendi – a morena exclamou sorrindo olhando de Hugo para a prima, depois se sentou à mesa e ligou o aparelho do irmão ouvindo uma música extremamente alta.

Hugo ergueu sua cabeça e viu Scorpius e Alvo se aproximarem da mesa do almoço. O loiro falava empolgado contando alguma história.

- ...Aí eu virei pra Madison e disse: “Não gata, o Scorpius aqui só tem três encontros e nada mais”. Ela olhou para mim implorando pedindo para mais um encontro sem importância e eu apenas a ignorei. Tô te falando Al, esse distintivo é poderoso, vou ter todas as garotas de Hogwarts aqui – ele mostrou a palma de sua mão para o melhor amigo e bateu seu dedo indicador nela.

Scorpius virou seu olhar para Rose e reparou nos fones de ouvido e a música alta que saia deles.

- Não acredito que ela está usando os fones pra não ouvir minha conversa sobre garotas – os olhos de Scorpius brilhavam – É o ciúme.

- E você ama isso – disse Alvo entediado sentando-se em frente à Lily.

- Será que ela não nota que faço isso de propósito? – Malfoy imitou o amigo sentando-se ao lado de Rose – Olhem – ele virou seu rosto para que Rose visualizasse sua boca e a ficou mexendo como se estivesse conversando.

- Não adianta você falar, não estou ouvindo! – ela gritou esquecendo-se que estava com fones e que os outros podiam a ouvir normalmente.

Lily sentada ao lado de Hugo começou a rir. Scorpius pela primeira vez reparou em volta e a viu.

- Lily você por aqui? – ele perguntou sorrindo.

- O que foi? É tão estranho ela aqui?! – Hugo gritou nervoso.

- Acredite, é sim Hugo – disse Alvo ignorando a irmã sentada logo a sua frente.

- Ei Lily, sabe eu sou monitor chefe da Sonserina, não tá afim de três encontros e nada mais?

Hugo o fuzilou com o olhar.

- Jura que as garotas caem nessa sua conversa? – a ruiva perguntou rindo.

- Sou irresistível – ele ergueu suas sobrancelhas e virou seu olhar para o Hugo – Desculpa cunhado, isso não vai mais acontecer, estava só descontraindo o ambiente. Sabe que amo sua irmã não é? – Scorpius olhou pra Rose que cantarolava a música do Ipod sem saber o que conversavam – Não diga isso a ela – apontou seu dedo para Hugo sério.

Lily sorria enquanto almoçava e Hugo não pode deixar de respirar um pouco, era bom vê-la assim.

- Olhem e aprendam como se consegue um encontro – Scorpius anunciou enquanto retirava os fones de Rose e entregando o aparelho eletrônico a Hugo – Rose eu estava pensando sabe?

- Achei que não tinha essa capacidade até segundos atrás – ela desdenhou olhando para seu prato de comida.

- Já que você tem tanto ciúmes dos meus encontros, porque não tem um encontro de três comigo? – ele perguntou como se ela não o tivesse interrompido.

- Eu! – ela apontou pra si mesma indignada – Sair com você?! Prefiro queimar todos meus livros.

- Vai ter que melhorar esse argumento – ele disse sorrindo, aproximando-se mais dela.

- Prefiro escorregar num corrimão de lâminas e cair no álcool.

- Não teria essa coragem – ele balançou a cabeça rindo.

Hugo olhou para a prima e viu que ela havia terminado de almoçar.

- Ei vamos fazer a pesquisa? Essa conversa deles vai demorar – sussurrou o ruivo.

Lily confirmou com a cabeça e ambos se levantaram saindo do grande salão.

- Prefiro cortar a cabeça e usá-la como bacia...

xx

Ambos ficaram a tarde toda na biblioteca da escola procurando artigos em livros que falavam sobre o estado do Coma e as possíveis curas, tanto Bruxas como Trouxas, fizeram duplicadas de páginas que achavam relevantes e de artigos nos jornais com reportagens sobre o assunto.

Hugo estava sentando numa das mesas escrevendo uma carta aos pais de Sam, sobre o que tinha explicado para Lily aquele dia no St Mungus.

- Você acha que eles vão aceitar a sugestão Hugo? – a prima lhe perguntou sentada ao seu lado vendo o ruivo escrever rapidamente no pergaminho.

- Talvez, se eles quiserem ver todas as possibilidades do filho ficar bom de novo.

- Ei Lily! – uma amiga da garota gritou na biblioteca acenando para ela. Antes, porém olhou com repugnância para Hugo.

O garoto levantou a cabeça e perguntou a prima confuso:

- Eu estou com alguma coisa em minha roupa ou algo do tipo pra ela olhar daquele jeito para mim?

- É só a Mary, é alérgica a quem não está no nível máximo de popularidade – ela explicou fazendo uma careta de desaprovação.

- O que foi? – Hugo parou de escrever a olhando.

- Amanhã é aniversário dela, lá na torre da Corvinal, não que alguém saiba, porque é proibido certo? E eu não estou com a menor disposição para ir.

- Então não vá – ele respondeu simplesmente.

- Não posso, ela é supostamente minha melhor amiga – Lily olhou para o primo e de repente pareceu ter uma brilhante idéia – Quer ir comigo?

Hugo ergueu as sobrancelhas e exclamou:

- Não sei... eu, você, seus amigos populares?

- Você não os conhece, Hugo. E eles não conhecem você. Ainda – ela disse confiante – Dê uma chance, na pior das hipóteses vai ter cerveja amanteigada de graça e minha companhia. Não que minha companhia seja boa.

Ela usou seu melhor argumento contra ele.

- Tá bem – ele concordou voltando a escrever.

- Eu preciso ir para o salão, você termina de escrever e envia pra mim?

- Claro, pode ir – ele sorriu.

xx

No dia seguinte, o dia da suposta festa, o quinto ano estava na biblioteca fazendo pesquisas para a aula de Poções. O mais incrível era que Lily Potter estava sentada com suas duas melhores amigas conversando animadamente. Nem parecia que no dia anterior ela havia lhe segredado que não se encaixava mais naquele grupo. Hugo ocupava uma mesa sozinho e observava as três garotas.

- Pensando no quê elas estão falando? – perguntou Lorcan se juntando ao amigo.

- Não – ele prontamente negou olhando suas anotações – Eu não me importo – mentiu.

- Provavelmente não é tão legal, parece ser excitante por causa dos sorrisos e das mexidas no cabelo, você pensaria que elas estão resolvendo uma crise mundial ou revelando suas paixões secretas. É o que elas querem que a gente pense – Lorcan apontou seu dedo ao amigo com os olhos estreitos – Eu particularmente, acho que elas estão discutindo qual o melhor sabor de batom.

- Eles vêm com sabor? – Hugo indagou olhando para a prima Lily que sorria mexendo em seu cabelo.

Automaticamente criou uma historia dela em sua cabeça onde Lily mostrava seus lábios e oferecia a Hugo a oportunidade de provar o sabor do seu batom.

- Aposto que está pensando na Potter com seu batom e que sabor teria seus lábios.

- Vê se não enche Lorcan – Hugo exclamou olhando novamente suas anotações.

xx

  - É exatamente disso que estou falando – disse Mary na mesa com as amigas apontando para Hugo e Lorcan sem disfarçar – Caso apropriado. Ele está falando com o Scamander esquisito.

- E daí Mary? – perguntou Lily sem paciência – Eu e o Hugo conhecemos o Lorcan desde pequenos, não tem nada demais.

- Lily – Mary olhou para ela com piedade – sei que ele é seu primo, que involuntariamente você tem uma queda por ele, e isso é muito estranho, mas...

A ruiva riu aparentemente nervosa e disse:

- Do que está falando? Não tenho uma queda por ele e...

- Ok. Tanto faz – a outra voltou a falar a cortando – O caso é que ele não pertence a minha festa. E é meu aniversario. Ele não vai! – terminou decidida.

- Ele é mal – Kate que até então estava quieta se pronunciou em defesa a Mary – Só estamos tentando abrir seus olhos.

- Eu não estou tentando fazer nada – Lily exclamou raivosa – Já tenho namorado se esqueceram?

- Nós amamos o Sam também – Mary pegou na mão de Lily com um sorriso falso nos lábios – Ele vai ficar totalmente bem.

- Então se não quer ter nada com ele – Kate apontou a cabeça pra Hugo – Porque se importa de cancelar o convite à festa?

- É maldade – foi o ultimo pedido de misericórdia de Lily.

- Precisamos fazer isso, inventamos uma desculpa – disse a aniversariante encarando Hugo e gritando para que ele na outra mesa a escutasse – Ei, você!

xx

- Sabor de ameixeiras dirigíveis nos lábios, já beijei uma com esse gosto de batom, você literalmente sente sair do chão sem vassoura, e começa a acreditar no inacreditável.

- Sério Lorcan – disse Hugo olhando estranho para o amigo – Esse papo está me deixando desconfortável.

- Ei você! – Hugo virou seu rosto para a dona da voz.

Ela o chamou com a mão e o garoto meio confuso se levantou e caminhou até a mesa das garotas.

- É o seguinte – começou Kate para a amiga Mary – Nós adoraríamos que você fosse à festa da Mary, mas sabe o que é?

- É uma festa proibida – continuou a aniversariante – E você é irmão da Rose, aquela monitora mais chata que Hogwarts já conheceu.

- Ela provavelmente vai saber da festa e... Você vai estar nela, uma confusão completa... Entende?

Hugo olhou para Kate e Mary confuso e exclamou:

- Então o motivo de eu não ir à festa é por causa de minha irmã?

- É – Mary apressou-se a confirmar – Ela vai saber da festa e vai acabar com nossa programação toda.

- Vocês já sabem que eu já sei da festa? – Hugo perguntou encarando Lily desta vez que parecia muito desconfortável com a situação.

- E então?

Kate perguntou a Hugo. Elas estavam mesmo cientes de que se o garoto quisesse arruinar a festa era totalmente possível, pelo fato de já ter conhecimento da mesma?

- Eu entendo completamente – ele disse olhando a prima que não o encarava.

- A gente sabia que ia entender – Mary disse sorridente.

xx

- Eu tenho que falar com você – disse Lily em meio aos sussurros na ultima aula do dia sentada ao lado do primo.

- Fale tudo o que você quiser – ele respondeu rude escrevendo o que o professor dizia – Eu não preciso escutar.

- Apenas me deixe explicar – ela segurou na mão dele o impedindo de continuar a escrever.

- O que?! – gritou a encarando raivoso – O porquê de suas amigas serem tão idiotas? Ou porque você ainda anda com elas, em primeiro lugar?

- Elas não eram assim. Não as conheci assim, acredite... – ela sussurrou tentando fazer o primo falar no seu nível de voz para que os outros não reparassem neles.

- Então como sua demência piorou? Ou você escolheu ignorá-la e seguiu em frente, como os Nazistas?

Ela lhe deu um olhar perplexo e voltou a se defender:

- Nem todo mundo é solitário, Hugo – jogou-lhe na cara – Alguns gostam de ter amigos, mesmo que eles sejam complicados.

- Você prefere quantidade, e não qualidade, esse é seu problema – disse no mesmo tom de voz que ela.

Vários alunos começaram a olhar para os dois.

Lily respirou fundo tentando se acalmar e voltou a dizer:

- Eu não concordo com que elas fizeram. Mas talvez se você não fizesse cara feia o tempo todo, não andasse demais com o Lorcan, e se parasse com essa sua mania de coisas dos Trouxas...

- Eu não estou ouvindo isso – ele disse mais para si mesmo virando seu rosto novamente para o professor – Certo. É minha culpa. Eu devia jogar quadribol, machucar as pessoas só porque elas não se enquadram no meu nível de popularidade, aí seus amigos gostariam de mim.

- Hugo...

- Não! – ele gritou levantando-se da cadeira – Olhe para você Lily. Quem é você? Eu sinceramente não sei mais.

Ele saiu da sala nervoso antes que o professor dissesse alguma coisa.

xx

Chegando ao Salão Comunal ele abriu sua mochila e viu toda sua pesquisa que havia feito com a prima outro dia que supostamente teria que mandar aos pais de Sam Wade para que eles pensassem se deixariam um médico o examinar.

Nervoso. Pegou a pilha de papeis e jogou no fogo da lareira que crepitava e ficou vendo as chamas se alimentarem acabando com toda esperança de sua prima.

xx

Supostamente uma noite de sexta-feira era feita para diversão, conversas soltas, até altas horas sem a preocupação de acordar cedo no dia seguinte. Mas nesta sexta-feira em particular, Hugo preferia dormir. Mas já que não conseguia simplesmente deitar e esquecer a raiva que estava da prima, subiu na torre mais alta do castelo e sentou no chão, e encostando-se numa parede, virou seu rosto para cima olhando as estrelas. A lua estava linda naquela noite e ele odiava isso. A lua lembrava-lhe mais ainda a garota que estava em seus pensamentos.

- Um “me desculpe, você tem razão”, serviria? – Hugo escutou a voz que tanto tentava esquecer atrás de si.

- Não devia estar na festa de sua melhor amiga? – ele perguntou ainda encarando o céu.

Sentiu sua prima sentar-se ao seu lado.

- Eu não fui.

- Não foi? Por quê?

- Acho que você sabe o porquê – ela suspirou e olhou para ele criando coragem de lhe dizer uma coisa – Você me assusta Hugo.

- Isso não soa bem – ele respondeu virando seu rosto para ela.

- Não, é bom – ela continuou paciente – Você tem seu jeito de ser e não se importa com o que as outras pessoas pensam, fica com as pessoas que te aceitam do jeito que é e retribui o tratamento delas. Eu mereci escutar aquelas palavras hoje à tarde. Acordei sabe? E eu percebi que sou o que sou com você, sem máscaras porque não tenho medo de você me julgar. No fim percebi que sem algumas pessoas eu fico perfeitamente melhor, mas sem você... – ela respirou pausando sua fala um momento – Você é como esse garoto esquisito na minha vida que me importo. Isso tudo faz sentido?

- Defina “esquisito” – ele sorriu.

- Você só precisa parar de cantarolar músicas quando come no almoço, é nojento – ela sorriu aliviada.

- Defina “nojento”.

Ambos riram um momento. Lily olhou para o céu e viu uma lua brilhante totalmente a mostra.

- Lembra quando a gente combinou de ir para a lua? – ela lhe perguntou.

- Você se lembra? – ele questionou agradavelmente surpreso.

- Esquecer-me daquilo? Lembro de cada detalhe da minha perfeita infância. Era muito feliz e não sabia. Você tentando me fazer achar o Dragão da lua. Lembra? – ela lhe cutucou com seu cotovelo rindo – Depois no fim me prometeu que um dia me levaria para lá, para vê-lo frente a frente. Lembra?

- Lembro até das falas – ele confessou olhando totalmente hipnotizado para a prima.

- Eu também – admitir entusiasmada – Ei!  Promete me levar até a Lua um dia e me mostrar esse Dragão?

Ela encenou sua fala lembrando-se do passado.

- Só se ir comigo e apenas comigo.

- E com quem mais preferiria ir?

Dizendo isso, Lily deitou sua cabeça no ombro de Hugo e continuou olhando para cima. Ele queria perguntar se hoje ela preferiria ir mesmo só com ele para a Lua, mas não teve coragem. Fechando os olhos e sentindo o perfume dela, pensou como um dia podia começar bem, ser péssimo em seu andamento e terminar perfeito.


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Notas finais do capítulo

N/B: Ai, esse Hugo é perfeito!!! Eu simplesmente morro com ele! (peguei mania de falar que eu morro com a Winnie, vê se pode? É morrer pra cá e morrer pra lá...) Como a Lily teve coragem de gritar aquelas coisas pra ele? Quando o tempo todo ele está ali, presente. Ah, eu acho que já deu pra notar que eu não vou com a cara da Lily, né? Como se eu ligasse.
Ah, eu também amei aquela parte do Scorpius e da Rose  Mais, mais, mais! Até parece que ela prefere queimar todos os livros ao invés de sair com ele. Ela morre de vontade de ficar com ele que eu sei. Vocês não ouviram o Scorp falar que é irresistível? Aposto que é verdade. Winnie parabéns! Muito ansiosa pelas cenas dos próximos capítulos flor. Rs

N/A:Que mentira Andie, eu nem falo morro ssrsrsrrss (Quase nem falei que morri com esse trailer final de HP, foda e mais um pouco não)?
Quero agradecer todos que lêem a fic e comentam é uma fic que eu não espero receber muitos comentários, pois a história é bem dramática e é um Shipper que poucos lêem.
Vim dizer que talvez semana que vem não tem capítulo novo. Motivo? Bom eu já escrevi e a Andie betou, mas eu preciso me concentrar pra “Mensagens” e vai ter posts lá então eu preciso escrever e não quero deixar sem capítulos na reserva aqui...

De qualquer forma espero que tenham gostado, só pra constar eu amo escrever sobre o Lorcan, o Hugo e o Scorpius aqui ^^

beijinhos