Começar a Ser escrita por WinnieCooper


Capítulo 14
Só se ir comigo e apenas comigo


Notas iniciais do capítulo

O fim, medo da opinião de vocês



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Só se ir comigo e apenas comigo

- Foi à coisa mais surreal que já vivi em toda a minha vida Alvo – Scorpius narrava ao amigo enquanto caminhavam para a mesa do café da manhã no dia seguinte – Você sabe, conhecendo o histórico de como o pai da Rose era, só pelo que você falava e ela falava e Hugo falava e... enfim, eu vi minha morte, quando ele flagrou eu e Rose nos beijando no corredor.

- É, meu tio Rony, ele é... protetor digamos – Alvo amenizou as coisas – O que ele fez?

- Já disse que foi a coisa mais surreal da minha vida? – perguntou.

- Um milhão de vezes – Alvo respondeu entediado – Fale logo!

- Ele chegou perto de nós dois, que já estávamos bem longe um do outro, fingindo que não tínhamos nada, mesmo que tivéssemos acabado de nos beijar e mesmo que nossos cabelos estivessem molhados indicando que bom... Você sabe, e então, quebrando a distância ele... – Scorpius parou de narrar fazendo uma pausa dramática.

- Ele? – perguntou o amigo impaciente.

- Ele apertou minha mão, e me disse “Prazer em te conhecer pessoalmente Scorpius”. Foi surreal, olha arrepia tudo – ele mostrou seu braço com os pelos todos para cima.

- Tem coisa errada aí – Alvo constatou.

- E eu te juro Alvo e ele não falou olhando feio para mim, foi tipo super natural sabe? Foi muito louco!

- E depois?

- Bem depois ele entregou um envelope lacrado pra Rose, não sei o que era, e a abraçou dizendo “Eu queria te entregar pessoalmente, eu e sua mãe estamos muito orgulhosos” – terminou imitando o pai de sua namorada.

- Só isso? – perguntou o melhor amigo descrente.

- Só, depois ele foi embora... Ele é incrível – suspirou admirado – Meu sogro é uma ótima pessoa. Você e a Rose que colocaram medo em mim.

- Tem coisa errada nessa história.

Alvo e Scorpius se sentaram á mesa para tomarem café, Rose já estava lá e encarava seu prato pensativa, com os olhos vidrados, parecia perdida em pensamentos.

- Bom dia – Scorpius a cumprimentou animado depositando um beijo em seus lábios.

Ela não respondeu, seus olhos estavam banhados de lágrimas.

- O que foi? – ele perguntou totalmente preocupado.

Antes que Rose pudesse responder algo, o correio chegou, várias corujas cruzaram o teto do Grande Salão, uma deixou uma carta a Rose e outra um berrador a Scorpius.

- Que me mandou um berrador? – ele perguntou abalado e amedrontado, olhando seu envelope vermelho berrante.

- Eu imagino quem seja... – respondeu Alvo enquanto via o amigo abrir o envelope com medo.

- PRESTE ATENÇÃO SUA DONINHA ALBINA – o envelope ganhou uma espécie de boca a sua frente, e começou a berrar na voz do pai de Rose – É PARA TIRAR OS OLHOS DE MINHA PEQUENA ROSA, É PARA TIRAR AS MÃOS DELA, E ESPECIALMENTE ESSA SUA LÍNGUA DE DENTRO A BOCA DELA, ESTAMOS ENTENDIDOS? NÃO TENTE ME CONFRONTAR... ATÉ PORQUE ESSE ROMANCE IDIOTA ENTRE VOCÊS ACABOU, E VOCÊ NÃO VAI ATRAPALHAR OS PLANOS DELA. TENHA UMA BOA VIDA.

E então o papel pegou fogo na frente do loiro que tinha o coração aos pulos de medo. Todos o encaravam, Hogwarts inteira havia ouvido.

- Não disse que seu sogro é uma ótima pessoa? – perguntou Alvo rindo dando um tapa nos ombros de Scorpius.

Rose suspirou tristemente e rasgou o envelope em sua mão, reconhecendo a caligrafia de sua mãe, leu a carta por pensamento:

“Olá querida,

Seu pai está furioso, eu sei, ele jamais vai entender, ele acha que você vai ser criança para sempre, acha que vai namorar com quarenta anos, acha que você não é uma adolescente com hormônios como ele foi um dia. Tudo bem, não fique com medo, eu dou um jeito de domar esse temperamento. Seu pai precisa de tempo. Tempo para tentar entender que você cresceu.

Não pense que é porque Scorpius é um Malfoy que ele desaprova, ele desaprovaria qualquer jovem que se aproximasse de você romanticamente. Mais uma vez, fique tranquila, eu dou um jeito de domar esse gênio dele.

Posso te dizer que estou feliz por você, pois sabia que um dia acabaria ficando com seu amigo. Bom reconheço coisas e sentimentos que já tive um dia na adolescência que ainda tenho, porque francamente, seu pai nunca cresceu e nunca crescerá e sinceramente, não quero que ele cresça. Nunca diga isso a ele.

E parabéns minha filha, estou totalmente orgulhosa de você. Sei que essa sua nova etapa de sua vida será magnifica. Pense bem no que irá fazer. Não aja por impulso.

Com amor,

Mamãe.

Ps: Acredita que seu pai queria enviar um berrador a Scorpius? Ainda bem que o impedi”

- Rose, o que seu pai quis dizer com “... esse romance idiota de vocês acabou, você não vai atrapalhar os planos de Rose”? – Scorpius perguntou olhando para a namorada, preocupado.

- A gente precisa conversar – respondeu para ele chorando livremente.

xx

- Oi Sam.

Era de noite, Lily estava na sala comunal da Grifinória tentando pensar em tudo que havia vivido nas últimas horas. Encarou Sam vários minutos antes de criar coragem de chegar perto dele para cumprimentá-lo.

- Achei que nunca mais ia falar comigo novamente – ele respondeu chateado e encarando a janela na qual estava escorado em um canto afastado do salão da Grifinória.

- Eu não faria isso, seria um jeito horrível de encerrar nossa história.

- Encerrar nossa história? – perguntou, encarando-a pela primeira vez.

- Sam, eu preciso que a gente termine nosso namoro.

- Por quê?

- Porque não gostamos mais um do outro de forma romântica – explicou como se fosse pra uma criança.

- Eu não concordo, eu amo você Lily...

Ela engoliu em seco suspirando lutando contra lágrimas.

- Eu amei você, durante um longo tempo, eu me permitir ser cega durante o tempo que estava em Coma e um pouco depois que acordou. Mas agora eu entendi que o amor acabou para mim. Talvez de fato, nunca tenha sido amor, só uma paixão, porque amor não acaba, certo?

Ele suspirou e voltou a encarar a janela, pingos de chuva manchavam a vidraça, é como se o mundo lá fora mostrasse suas lágrimas que não caiam. Suas lágrimas internas.

- Sabe o que é pior Lily? Não é o amor ter acabado, é saber que esteve durante esse tempo todo do meu lado por dó.

- Não foi por dó Sam – ela automaticamente negou.

- Não minta a si mesma – pediu – Eu já estou totalmente recuperado, sabe? A memória e meus movimentos motores e todo resto e... Eu me lembro Lily.

- Do quê?

- Aquele dia no lago, que bati minha cabeça, antes quando nos beijamos e você me disse pela primeira vez “Eu te amo” e eu não te disse de volta, eu sei por que não te disse de volta.

- Por quê?

- Eu não te amava, pelo menos não do jeito que você me amava, eu estava pensando em terminar com você – respondeu chateado e evitou encará-la.

- A gente praticamente ia parar de nos ver aquele dia, nós íamos nos distanciar um do outro de um jeito ou outro.

- Acho que o acidente só adiou tudo isso não é? – perguntou ele sabendo a resposta.

- Acho que o Hugo nos juntou no final mais um tempo - ele fez careta assim que ouviu o nome do primo dela – Não fique bravo com ele, por favor.

- Ele me fez isso Lily.

- Ele pulou por você daquele galho? Ele quebrou o galho? – perguntou nervosa.

- Não, mas não me resgatou – respondeu friamente.

- Eu sei por que ele não te resgatou, ele tinha ódio de você.

- Ainda tem...

- Ele tinha ódio de mim, ele tinha ódio da situação toda que se formou, eu o abandonei pra ficar perto de você. Ele tinha ciúmes do nosso relacionamento – tentou explicar aquilo que demorou a enxergar.

- Isso não é desculpa pra deixar eu caído lá sangrando.

- Não, não é. Mas e se fosse você?

- Eu o quê? – perguntou virando o rosto chateado para ela.

- E se fosse você, hoje, com eu preferindo o Hugo em seu lugar, eu te abandonando, o que faria se ele tivesse batido a cabeça e você seria o único que pudesse ajudá-lo?

- Isso não é pergunta que se faça – respondeu mais triste ainda, deixando de encará-la.

- É exatamente assim que ele se sentia – Lily relou no braço dele ao tentar confortá-lo – Não o julgue, ele fez tantas coisas boas por você, tantas coisas para mim durante toda essa loucura que foi você em coma, que foi você perdendo a memória.

- Eu jamais vou perdoá-lo – deu seu ultimato.

- Por que não? Sabe que está aqui de volta, totalmente recuperado por causa do esforço dele?

- Eu jamais vou perdoá-lo por ter te conquistado enquanto eu estava “fora” – terminou sua frase.

Ela sorriu fracamente e beijou o rosto dele, surpreendendo-o.

- Acho que no fim, eu sempre gostei dele. E ele merece uma pessoa muito melhor do que eu, muito melhor.

- Nunca diga que você não é a melhor para alguém, pois você é Lily, e eu jamais mereci tudo o que fez por mim – respondeu seriamente o garoto.

- Acha que o Hugo me perdoa? – perguntou mais feliz pela última frase que ouviu sair da boca dele.

- Te perdoa?

- Por todas às vezes que massacrei o coração dele, por todas às vezes que relutei meus sentimentos por medo, por todo tempo que perdemos. Acha que ele me perdoa?

- Se ele te ama, é claro que sim.

- Eu sinto que preciso fazer algo grande para ele sabe? Algo que mostre que o amo tanto e que parei de ter medo. Parei de negar o sentimento, já nem ligo para o que a nossa família pode dizer, parei de me importar com qualquer outra pessoa sem ser nós dois.

- Não precisa fazer nada disso, se ele te ama, se você apenas pedir para começarem algo novo, ele irá aceitar, porque qualquer dor que você tenha causado se dissipa – Sam disse com sabedoria.

- Mas mesmo assim, quero lhe fazer algo grande, e... bom só queria te avisar antes.

- Eu sei Lily – ele olhou para baixo – Eu te perdi. Só não me peça para sermos amigos, isso acabaria ainda mais comigo.

- Isso é injusto – ela exclamou tristemente – Não importa o tanto que me esforço eu sempre acabo machucando alguém.

- Vem cá – ele abriu seus braços e Lily prontamente o abraçou.

Sam passou seus braços fortemente em volta do quadril dela e com a mão direita perpassou toda a costa da antiga namorada, da garota que derramou muitas lágrimas por ele, a garota que jamais desistiu de lutar, a garota que o amou um dia e ele desprezou, a garota que iria embora para sempre dele, estava voltando para aquele a tinha antes dele e que a tinha recuperado.

- Se ele não te quiser, você sabe...

Ela riu e não respondeu, saiu dos braços dele e disse uma ultima coisa:

- Seja feliz ok? Você ganhou uma nova chance, não a desperdice.

- Não irei.

Vendo-a se distanciar dele, Sam sabia que era para sempre, ele sabia também que jamais esqueceria dela, jamais esqueceria da garota que não o abandonou, mesmo quando deu o pior de si, mesmo nas piores condições. Ele sabia o quanto isso era raro, e ele estava entregando sua raridade a alguém que merecia. Alguém que ele sabia que a faria feliz. E para ele, por hora, era suficiente.

xx

Rose estava nervosa, sabia que essa era provavelmente a conversa mais difícil que ia ter com o suposto namorado desde que estavam juntos. Tinha plena consciência de que as coisas mudariam a partir do momento que conversassem. E sabia que não podia adiar mais.

Ambos estavam sentados na grande escada do Hall de entrada do castelo, Rose abriu sua mochila e tirou um envelope entregando a Scorpius.

- Meu pai veio me entregar isso, sabe não é? – perguntou enquanto via o namorado tirar papéis de dentro do envelope.

- “Parabéns Rose Weasley, você foi aprovada na Universidade de Oxford” – ele leu em voz alta o que estava escrito no começo do papel – O que é isso?

- Uma espécie de escola Trouxa, para alunos que acabaram o ensino principal, é uma escola com especialização, por exemplo, eu quero Jornalismo, então existe um curso com matérias específicas, que me ajudaram a me formar nesta área que desejo trabalhar.

- Quantos anos você fica estudando?

- Quatro – respondeu engolindo em seco.

- E que jeito é essa escola é como se fosse...?

- Hogwarts – ela responde automaticamente – Nós moramos no campus, estudamos o dia todo. Durante quatro anos.

- Oh – Scorpius exclamou mexendo em seus cabelos impaciente – Agora entendo o que seu pai quis dizer.

- Eles abrem vagas para Bruxos, não são muitas, já que não temos o mesmo estudo que os Trouxas, não é muito justo, mas enfim... Eu me inscrevi e passei, e só agora, sei o quanto isso é difícil de decidir. Fazer ou não a inscrição.

Ele não conseguiu dizer absolutamente nada, tentava assimilar as novas informações.

- Eu queria tanto conversar com você sobre isso Scorpius...

- Então me use, me abuse, é para isso que estou aqui.

Ela deu um pequeno sorriso, mas sacudiu a cabeça.

- Eu fiz uma lista de prós e contras, se devo ou não me inscrever na Universidade, e seu te contar seria muito embaraçador, porque você está na lista.

- Não, não – ele negou com a cabeça – Seu namorado, um tal de Scorpius está na lista, eu, o amigo Scorpius não estou.

Ela suspirou emocionada e resolveu contar com a ajuda dele.

- Ok, motivos para eu cursar a Universidade – ela pegou um pedaço de pergaminho em sua capa e começou a ler para Scorpius – Grande reputação, ótimos professores, aprenderia muito mais sobre a carreira que quero seguir, estaria muito bem preparada e ainda ganho uma bolsa de estudos completa.

- Ok – ele disse calmamente – E os contras?

- Eu realmente não preciso estudar para ingressar na carreira, eu ficaria longe dos meus pais, meus amigos e...

 - Do seu namorado Scorpius – ele completou como se não tivesse falando de si mesmo.

- É... – ela mordeu os lábios e guardou o papel em suas vestes.

Scorpius suspirou e segurou na mão dela tentando a confortar, mas o máximo que conseguia era deixá-la confusa.

- Se eu fosse ver eu nem precisaria considerar não ingressar na faculdade, só estou fazendo isso por causa... – ela não terminou de falar.

- Acho que você não acredita em namoro a distância não é? – perguntou não esperando uma resposta.

Ele sabia que provavelmente terminariam se ela aceitasse, agora as palavras do pai de Rose faziam todo sentido. Isso lhe apertava o peito de angústia.

- O que devo fazer Scorpius?

Ele não respondeu.

xx

Hugo caminhava a passos lentos em direção ao salão comunal da Lufa-Lufa, já havia passado o almoço, Lorcan não havia aparecido e ele estava preocupado, faltavam apenas cinco minutos pra aula que tinha com o amigo nas Estufas, então resolveu procurá-lo. Enquanto andava lendo uma de suas revistinhas, acabou passando em frente a uma porta fechada num determinado corredor, quase não escutou:

- E quais outros sabores você gosta? – era uma pergunta saída da voz de seu melhor amigo.

- Eu só gosto de um, e já disse o sabor que é – uma garota respondeu.

O pior era que Hugo havia reconhecido a voz dela. Mas não podia ser, será?

Aproximando-se mais da porta e guardando a revista na sua bolsa ouviu o que parecia um desentupidor de pia sendo usado.

- Eles estão se beijando? – perguntou a si mesmo alto demais.

- Ouviu isso? – a garota perguntou apavorada.

- É coisa da sua cabeça Sarah – o garoto prontamente disse – Então estávamos conversando sobre os sabores de batom que você gosta, você acha que...

- Lorcan enfia uma coisa na sua cabeça, se você quer provar meu batom por que não prova por si próprio? Não vou passar só pra você provar na minha boca enquanto beija!

- Ah, ok então – ele disse chateado.

Logo em seguida ficaram em silêncio e Hugo presumiu que tinham voltado a se beijar. Sem relutar ele abriu a porta e visualizou ambos agarrados em meio às quinquilharias que tinham no armário de vassouras da escola. Sarah estava sentada em cima de uma espécie de caixote e Lorcan em pé, conduzia o beijo, bagunçando os cabelos dela, tentando tirar todo batom de sua boca e se possível deixá-la mais vermelha.

- Hem, hem – Hugo pigarreou.

Ambos pararam de se beijar e o olharam apavorados. Saíram do armário arrumando as roupas.

- Essa é aquela hora que meu melhor amigo me dá um soco porque estava beijando a ex dele? – perguntou a Sarah como se o amigo não tivesse ouvindo.

- Acho que o Hugo não faria isso – respondeu a garota.

- Não teria tanta certeza disso, olhe a cara dele – Lorcan o apontou.

Hugo estava com os braços cruzados e sua feição era de poucos amigos.

- Por que me esconderam isso? – questionou não sem dar mais tempo de ambos conversarem como se ele não estivesse presente.

- Mas sabe o que é? As coisas estavam tão recentes que pensamos que... – Sarah começou a se desculpar e cutucou Lorcan pra ele falar também.

- Ai, por que me cutucou?

- Sério Lorcan? Você precisa desenvolver um senso...

- Tenho uma palavra pra vocês dois – anunciou Hugo com um sorriso torto nos lábios – Clichê.

- Ei! – exclamou Lorcan – Minha palavra, não a use contra mim!

- Quer dizer que não está bravo? – perguntou Sarah feliz.

- Por que estaria? – devolveu a pergunta para ela – Estou chateado com você Sarah, por não ter me falado que não tinha ido embora mesmo de Hogwarts.

- Ah, sabe o que é? Resolvi que vale a pena escarar pessoas que não gosto, á ficar longe de pessoas que gosto – ela terminou sorrindo.

- Bem-vinda à escola, bem-vinda ao grupo de esquisitos do colégio – Hugo fez as honras.

- Então vamos pra aula? – perguntou Lorcan enciumado.

- Vão à frente – apressou-se a dizer Sarah – eu preciso pegar minha mochila no salão comunal.

Sarah virou as costas para eles, deixando-os a sós.

- Então – Hugo o empurrou com o ombro – Como foi?

- Não vou descrever o beijo pra você – respondeu cruzando os braços – E não gosto nada da sua intimidade com ela, troca de sorrisinhos e não sei mais.

Ele fez uma careta e Hugo começou a rir descontroladamente.

- Sabe que esse seu ciúme é tão clichê.

- PARE DE DIZER ESSA PALAVRA!

Lily precisava encontrar Lorcan, não sabia bem ao certo para o que, ou de que jeito ele a ajudaria. Mas precisava encontrar Lorcan. Porém quando chegou perto da sala comunal da Lufa-Lufa, viu Hugo andando ao lado dele e conversando.

- E então, nada até agora? – perguntou Lorcan ao melhor amigo.

- Ela me odeia Lorcan – respondeu simplesmente.

- Aposto que não, se é verdade essa história dela não amar o Sam.

- Isso não significa que ela me ame.

- Também não significa que te odeia.

Ela queria ir até ele naquele momento, dizer que o amava sim, que tudo se acertaria entre eles, que para ela não importava se eram primos ou se a família deles iria proibir ou não. Ela só queria não perder mais tempo.

- Que coisa feia Lily – uma voz sussurrou em seu lado fazendo seu coração saltar no peito de susto – Escutando conversa dos outros, tsc tsc.

- Sarah? Você não ia embora de Hogwarts?

- É... – ela olhou para baixo – Novas circunstâncias que chamo de destino e você? Não devia estar bajulando meu irmão?

- Nós terminamos – respondeu chateada.

- Por quê?

- Eu amo o Hugo – respondeu simplesmente.

- Oh meu Deus, precisa dizer isso agora para ele! – disse enérgica, puxando a ruiva pela mão.

- Não assim – ela parou de andar fazendo Sarah encará-la – Escute Sarah, eu preciso fazer algo grande pra ele sabe?

- Como assim?

- Dizer palavras não chegam perto de como me sinto – Sarah suspirou sorrindo – Além disso é o Hugo, o cara que foi meu melhor amigo de infância, que me deu um colar curador de medo por água, que me apoiou a ficar com o cara que ele odiava enquanto me amava em segredo, aquele que me deu uma pulseira com um pingente em forma de lua e... – ela parou sua narração de repente – Lua!

- O que tem? – perguntou curiosa.

- Eu sei o que fazer! – ela disse empolgada balançando a mão – Será que o Lorcan me ajuda?

- É claro que sim, aposto que é um segredo certo? – Sarah perguntou sabendo a resposta.

- Obrigada Sarah! – ela a abraçou – Acho que daríamos ótimas amigas não acha?

- Lily – ela disse saindo do abraço dela – Por favor, você mais do que ninguém cuidou do meu irmão, o que acha?

A ruiva sorriu. Sarah passou os braços nos dela, unindo-as, ambas começaram a andar.

- Vamos fingir que estamos interessadas na aula, depois raptamos o Lorcan e você diz seu grande plano.

xx

- Deixa eu ver se entendi – dizia Lorcan ao sussurros mais tarde – Você quer um...

- Não diga essa palavra – Lily gritou o impedindo de prosseguir.

- Sabe que conseguir essa coisa Lily é meio que impossível? – perguntou Sarah compadeceste.

- Mas nada é impossível Sarah – disse Lorcan automaticamente – Tudo que sonhamos é possível.

- Sabia que podia contar com sua ajuda Lorcan! – exclamou Lily empolgada.

- Mas isso é impossível até para mim – o sorriso de Lily desapareceu – Eu não queria fazer isso Lily, mas precisamos dele.

Lily gelou, sabia do que o amigo estava falando.

- Tem certeza Lorcan? Não é meio perigoso?

- Você não quer conquistar o Hugo? Não quer dizer que o ama desse jeito clichê para vocês dois?

- Eu me lembro de todos os nossos momentos e não quero esquecer, não quero apagar por medo de ficar com ele. E a única forma perfeita que encontro de mostrar isso a ele é...

- Então você vai conseguir, vamos – Lorcan puxou-a pela mão.

Sarah os acompanhou quase rindo da forma dramática dos dois e curiosa pra saber onde tudo aquilo iria dar.

- É melhor você não ir Sarah, é muito perigoso – alertou Lorcan assim que os três chegaram á frente a uma porta num corredor vazia com os dizeres pregados “É em prol dos zonzóbulos e quer um favor? Podemos conversar”.

- Será que o Lysander está de bom humor hoje? – Lily engoliu em seco.

- Apenas comece o diálogo dizendo a ele que recebeu uma mordida de gnomo – Lily arregalou os olhos, estranhando – Serio, ele vai achar que você está com uma aura boa – a jovem ruiva abriu a boca para falar, mas Lorcan a cortou – Não pergunte!

Ambos entraram na pequena sala e fecharam a porta. Sarah que ficou do lado de fora estava extremamente curiosa e colocou o ouvido na porta, mas não conseguiu ouvir nada, parecia que haviam lançado algum tipo de feitiço que a impedia de bisbilhotar.

- Imaginar um irmão gêmeo mais louco que o Lorcan, assustador! – exclamou para si mesma.

- Tem noção do que está me pedindo jovem ruiva que diz julgar o amor com apenas 15 anos de idade? – perguntou o loiro que era idêntico ao irmão, menos é claro pelas vestes, Lysander pertencia a Corvinal.

- Tenho 16 – Lily o corrigiu – E eu sei o que é o amor, acredite em mim.

- Sabe que tudo tem um preço – ele voltou a falar. Estava sentado atrás de uma mesa de trabalho na apertada salinha mal iluminada.

- Tudo o que quiser – ela disse desesperada não sabendo ao certo o que viria a seguir.

Então a porta se abriu e Sarah estranhou a cara de ambos, Lorcan e Sarah com os olhos arregalados.

- Sabe que seu irmão me dá calafrios Lorcan – Lily exclamou quando estava longe da porta o bastante para Lysander não escutar.

- O que aconteceu? – perguntou Sarah desesperada – Conseguiram o que queriam?

- Sim, e é melhor você saber só isso – Lorcan a puxou pela cintura e os três começaram a caminhar para longe dali.

Lily já sabia o que fazer para colocar seu plano em prática.

xx

Eles já não se falavam há dias, parecia que de fato o namoro havia acabado. Vendo agora a antiga namorada, a suposta melhor amiga, aquela que deveria tomar a decisão mais difícil, mexer impacientemente em diversos livros na biblioteca, quebrou a distancia e resolveu perguntar:

- Então já está perto de tomar uma decisão? – ele não queria soar como se estivesse fazendo pressão, mas não conseguiu evitar.

- Não – Rose respondeu cabisbaixa – E isso está ficando ridículo porque tenho que decidir até amanhã.

Scorpius engoliu seco, vendo a preocupação dela e o dilema, sabia o que devia dizer a seguir:

- Acho que devia fazer sua inscrição pra faculdade Rose.

- O quê? – perguntou espantada, encarando-o.

- Não é porque não te amo, pois eu realmente te amo, mas é a coisa certa a fazer – falava firme, olhando-a nos olhos.

- Eu não entendo... – ela começou a falar, mas Scorpius a interrompeu.

- Eu estava pronto pra te dizer pra não ir pra faculdade, porque era algo estúpido, sendo que você pode ter a profissão que quer sem esse curso, que era um desperdício de tempo e outras mentiras que inventei. Eu tinha um discurso pronto e conhecendo meu charme supostamente funcionaria. Mas eu estava fazendo isso por mim – ele colocou a palma de sua mão sob seu coração – Eu não poderia aguentar o pensamento de não te ver diariamente...

- É? – questionou emocionada.

- Mas sei que estava sendo egoísta e se tem algo que você me ensinou é que... – ele suspirou longamente, mas prosseguiu – Quando se ama alguém, tem que colocar ela em primeiro lugar.

- Você nunca havia me dito que me amava – comentou Rose lutando contra as lágrimas que insistiam em cair.

- Você lutou tanto pra ir nessa escola trouxa Rose, merece ir – voltou a dizer, ignorando o comentário dela.

- É, mas...

- Se a única razão de você não ir fosse pelo medo de perder nós, vamos Rose – ele balançou a cabeça – Isso nunca vai acontecer, eu vou sempre estar em Londres por você. Sei que te deixei triste antes por conta disso, mas não vai mais acontecer.

- Scorpius – ela fungou fazendo não com a cabeça.

- Então, vai ser eu e você, melhores amigos para a vida toda – disse, mordendo os lábios – Certo?

Ela sacudiu a cabeça afirmativamente.

- Certo – encaminhou-se até ele e o abraçou.

Scorpius apertou-a no abraço, tirando a garota do chão.

- E eu te amo – sussurrou no ouvido dela.

Ela não retribuiu o “eu te amo” do garoto. No fim o pai dela estava certo. E não é que se separaram mesmo?

xx

Hugo andava pelo castelo concentrado em sua revistinha, era noite e o corredor estava terrivelmente deserto. O que era estranho. Era depois do jantar, todos deviam estar se dirigindo para as respectivas salas comunais. O que havia acontecido com Hogwarts?

Ele sentiu algo o cutucar nos ombros e olhando para trás viu seu melhor amigo sorrindo para ele.

- Lorcan! – ele exclamou sem querer – Achei que estava sozinho no castelo.

- Mas você está sozinho dentro do castelo.

- O quê? – questionou sem entender.

- Olhe pela janela. Você precisa ver isso!

Hugo atendeu o pedido do amigo curioso e o que viu fez seu coração saltar do peito, ele nunca imaginou que ele pudesse se acelerar desse jeito e tinha entendido que aquilo era para ele. Desesperado e ansioso correu em disparada para fora do castelo, onde ela o esperava.

Quanto chegou aos jardins viu todos os alunos, os professores, funcionários fantasmas e quem sabe mais do castelo, todos estavam ali para ver o espetáculo? Ele se perguntava. A verdade era que ele não se importava com nenhuma dessas pessoas, seu olhar estava somente nela. Tão linda com seu uniforme habitual da Grifinória, seus cabelos lisos voando ao vento, e a Lua brilhante em cima, iluminando-a.

Enquanto caminhava a passos lentos em direção a ela, Hugo negava com a cabeça, impressionado, atrás da jovem estava um verdadeiro foguete. Um foguete que ele só havia visto em filmes e documentários na TV. E ele sabia o significado daquilo.

- Não diga nada ainda, quero ir primeiro – Lily disse assim que viu que o primo ia abrir a boca para dizer algo – Considerando que eu trouxe o foguete achei que você permitiria.

Ela suava demais para uma noite de primavera, mexia constantemente em seu cabelo. Estava nervosa, não por conta de todas pessoas olhando-a e a chamando de maluca, mas sim para a possível reação dele.

Hugo confirmou com a cabeça e ela voltou a falar:

- Meses atrás, você voltou a ser meu amigo e mudou minha vida – ela suspirou e prosseguiu: – Eu nunca pensei que uma pessoa pudesse fazer isso á outra pessoa, mas você fez. A partir do momento que permiti você voltar pra minha vida, a cada momento após isso, de alguma forma tudo que acontecia me trazia de volta a você...

Ele não conseguia tirar seus olhos dela, de cada movimento dela, de cada palavra que ela proferia.

- Não sei se foguete te lembra alguma coisa – Lily voltou a falar com os olhos embargados.

- Está brincando? – ele riu pelo nariz – Como me esqueceria da nossa promessa?

Ela riu olhando para baixo.

- Não acredito que lembra disso, faz tanto tempo.

- Eu me lembro de tudo sobre nós Lily – respondeu enérgico.

- Eu também – ela sorriu largo sentindo lágrimas caírem de seu rosto – Vê, essa é a coisa toda vez que tento esquecer meus sentimentos por você, eles continuam voltando e agora eles estão de volta mais do que antes. E eu não quero mais mandá-los embora por medo – falava rápido de mais – Não quero fugir de nós porque não quero nunca mais te perder. Não me importo se você não socorreu o Sam, eu te entendo, não me importo com o que nossa família vai pensar. Só quero ficar com você, perto de você, onde quer que você esteja.

- Lily – ele sussurrou, aproximando-se mais dela.

Mas Lily voltou a falar rapidamente:

- Lamento que demorou muito para eu perceber e sinto muito por esse tempo que perdemos – ele estava perto demais dela agora, podia sentir a respiração dela – Eu sei que a culpa é minha, eu espero que você possa me perdoar.

- Lily – sussurrou novamente relando no rosto dela.

Mas a garota insistia em falar tudo aquilo que pretendia:

- Porque eu te amo, Hugo – engoliu em seco e repetiu: – Eu te amo.

Hugo não aguentou mais, ele selou seus lábios nos dela, e a beijou como sempre quis. Sem medo, sem angústia. Enquanto beijava-a podia sentir as batidas do coração dela acelerado junto com o seu, num sincronismo surreal, sabia que sempre seria ela a lhe causar as sensações mais improváveis. O fruto proibido, a prima que ele jamais devia ter se apaixonado. Lily por outro lado se perdia nos lábios dele feliz que tinha conseguido realizar o que seu coração pedia, sem Sam para lhe causar remorso, sem se importar com sua família que possivelmente saberia de tudo no dia seguinte. Tinha a maior certeza de sua vida. Sabia que com Hugo ela havia começado a ser uma pessoa diferente, uma pessoa melhor, alguém que ela sempre foi na infância, alguém que queria ser para sempre á partir de agora. Ambos, porém, fingiam não ouvir os gritos de todos que assistiam.

- Eu acredito em namoro a distância Scorpius – Rose sussurrou ao lado do ex-namorado e melhor amigo para sempre.

Ele a encarou com um brilho incomum nos olhos.

- Eu também te amo – ela sussurrou encarando seu irmão e sua prima, escorregou sua mão de encontro a dele e entrelaçou seus dedos – Obrigada.

E quando Hugo precisou de ar, ele separou os lábios do dela e ficou contente com a coloração vermelha que havia provocado.

Lily mordia os lábios em sinal de nervosismo e vergonha, era deixa de ele falar agora:

- Já é minha vez de falar? – ele perguntou retoricamente. Mantinha suas mãos grudadas no pescoço dela acariciando-a.

Ela apenas sacudiu a cabeça afirmativamente.

- Porque eu também te amo – disse firmemente – Eu sabia, eu sei agora e eu sempre vou saber. Você é isso Lily. Única.

- Eu sou? – perguntou como uma criança pedindo uma confirmação.

Sorrindo mais largo ele respondeu:

- Você sempre foi.

- EI SE BEIJEM DE NOVO, É UM MOMETO CLICHÊ – um grito da multidão os fez rir.

- Como você conseguiu um foguete? – Hugo perguntou curioso, segurando a mão dela, encarando o enorme objeto a sua frente.

- Nem queira saber – ela disse rindo.

- A lua está linda hoje não é? – ele perguntou olhando para o satélite no céu – Consegue ver o dragão daqui?

Lily sorriu, sabendo exatamente o que dizer a seguir:

- Não estou vendo nada Hugo.

- É difícil achar da primeira vez Lily – encenou, lembrando-se perfeitamente do passado.

- Ei! Promete me levar até a Lua um dia e me mostrar esse Dragão?

- Só se ir comigo e apenas comigo.

- E com quem mais preferiria ir? – perguntou encarando-o de volta.

Hugo voltou a se aproximar dela e a beijou com a certeza que não precisava mudar de planeta, nem morar num satélite, nem sonhar com uma lua como sempre fez, o motivo de amar a lua era ela, sabia que não era o lugar que o faria feliz para todo sempre, mas sim ela. E agora tudo estava bem. Tudo estava perfeito.

No fim ele tinha certeza que tudo havia terminado do modo que havia começado.

Ele, ela e a lua.


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Notas finais do capítulo

N/B: AH!! Amei... Quem gostou também grita aí. Mas só não tiver ninguém perto para não pensarem que vocês são loucos. Bom, acho que é melhor mandar um review né? Menos embaraçoso.
O quê que é isso Winnie?! Perfeição, com certeza. Eu fui contra a Lily essa fic toda, mas tenho que admitir que ela mudou mesmo e se superou, com certeza. Esse foguete deve ter sido a melhor declaração da década.
Mas eu queria saber o que ela teve que dar para o Lysander em troca, que mistério em volta desse menino gente.
Eu. Simplesmente. Estou. Apaixonada. Pelo. Shipper. Lorcan e Sarah. Ficou o melhor, com certeza. Morri de rir com a parte que o Hugo descobre os dois e o ruivo usa clichê contra o amigo. Ah, claro que eu concordo com a Sarah, o Lorcan realmente precisa desenvolver um senso.
E outra, que finzinho mais sem graça foi esse da Rose e do Scorpius. Desculpa Winnie, a história deles foi linda durante a fic inteira e termina assim. Mas eu tenho que dizer que discordo com o trem do namoro á distância porque Oxford não é como Hogwarts, é como qualquer faculdade na Inglaterra. Os alunos podem sair todos os dias se quiserem e receber visitas, com horário, é claro, mas podem. Os alunos também podem passar os fins de semana fora e com certeza tem férias. É uma escola trouxa, e será que a Rose e Scorpius já ouviram falar em aparatação? Porque ele pode ir vê-la todos os dias, se quiser, e vice-versa. Qual é a vantagem de ser bruxo se você não pode viajar mais rápido que os trouxas? Não é?
É isso. Nossa. Acabou. The End. É o fim. Mas acho que as despedidas devem ficar com a Winnie. Foi maravilhoso betar essa fic, mas acho que a minha carreira como beta termina por aqui.
Eu vou realmente sentir saudades disso, das besteiras da Lily, dos clichês do Lorcan, dos desenhos mais lindos do Hugo, as aparições do Al, as neuras da Rose, e o charme do Scorp. Mesmo.
Beijos. Andie.
N/A: Nem sei como começar a agradecer todos vocês que leram essa fic, que ficou maior que o previsto, que eu não esperava receber público...
Vamos aos comentários do capítulo... Eu realmente espero que tenham gostado da Lily no final, e que tenham gostado da declaração dela, um tanto exagerada não? Final não ficou muito do jeito que eu queria, mas enfim... Final mamão com açúcar esse ahahahha
AH e Sarah e Lorcan espero que tenham curtido esse casalzinho que não estava previsto e se formou por conta de vocês leitores...
Usem a imaginação e pensem em que o Lysander pediu a Lily ahahahahahahah (eu não faço ideia gente)
E por favor, não me matem por conta de Rose e Scorpius, o final deles ia ser sempre assim, pensando pelo lado que essa minha fic não foi um dos meus clichês (selo Lorcan de qualidade) em que Rose e Scorpius desenvolveram o namoro ao longo da fic o final não ia ser felizes para sempre, é porque eles não existem e Andie eu ri do seu comentário e você viu que me ameaçar jogar da ponte não surtiu resultados e eu NÃO, NÃO VOU escrever um epilogo...
E avisar que vou responder a reviews de vocês, essa semana, ou pretendo, mesmo sem tempo algum...
E me desculpar, com meus leitores de Mensagens que leem essa fic também que eu to tentando e só tentando escrever o ultimo cap da fic, mas ele é difícil e eu estou COMPLETAMENTE sem tempo, serio, estou sem tempo algum, no mais, pretendo terminar Mensagens no feriado do Carnaval, isso é uma meta que coloquei a mim mesma...
Só pra agradecer cada um que apareceu por aqui e cada palavrinha linda e me desculpar pelo final de R/S (é a vida gente) não me matem, mas ficou um enigma, vejam, ela disse que acredita em namoro a distancia... Pensem...
Já agradeci vocês por lerem?
Obrigada e muito obrigada
beijosss