Começar a Ser escrita por WinnieCooper


Capítulo 13
Um bom amigo para nós dois




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Um bom amigo para nós dois.

- Espere aí... Me explique novamente, no fim conseguiu arruinar tudo com a Sarah por causa da Lily? – Lorcan exclamou alarmado para o amigo.

- Só tive que ser sincero com ela.

Ambos estavam no jardim do castelo, Hugo segurava seu bloco de desenhos como sempre e encarava o castelo á sua frente tentando desenhá-lo o mais perfeito possível.

- Sabe por que as pessoas mentem? – perguntou Lorcan nervoso.

- Por que não conseguem lidar com a verdade? – disse Hugo franzindo a testa e olhando seu desenho.

- Pra evitar magoar as pessoas. Devia ter mentido pra Sarah! – o loiro gritou com o amigo, tentando fazê-lo prestar atenção em suas palavras.

- Não consigo não ser sincero com ela, já tentei, as coisas só viraram uma bola de neve – ele fez um floreio de varinha apagando parte do seu desenho – Por que é tão difícil desenhar telhado?

- Como pode ficar tão calmo?!  - Lorcan berrou e levantou-se de onde estava sentado. Isso fez Hugo olhar preocupado para ele.

- O que está havendo com você?

- Comigo?! Não fuja – ele apontou seu dedo indicador na cara do amigo – Você magoa a Sarah e age como se isso não fosse nada nessa sua vida medíocre. Devia crescer sabia?

- Ok – Hugo levantou-se do chão e chegou perto o amigo – está mais estranho que o costume.

- Só acho que a Sarah é legal demais para magoá-la por causa da sua priminha perfeitinha que ama tanto – ele fez uma careta cruzando os braços.

- Seu invejoso! Já entendi tudo! – desta vez foi Hugo que apontou o dedo na cara do outro.

- Entendeu o quê?

- Esse tempo todo que eu estava com a Sarah, você estava gostando dela. Seu fura-olho!

- O quê? – Lorcan gritou espantado – Quando que furei seu olho? Ele está intacto, não está vendo?

- Não literalmente seu idiota, fura-olho é uma expressão trouxa para pessoas que cobiçam e até mesmo tomam como propriedade o que é dos outros. Ou seja, estava querendo a Sarah desde sempre.

- Isso não é verdade, eu tenho namorada, se esqueceu? – ele cruzou os braços emburrado.

- Ah claro, aquela tal de Elisa Turner, que jamais vi. Que casa ela pertence, aliás, está em que ano?

- Não me acuse como se soubesse de algo que não existe, só porque ela não tem uma casa definida e uma idade certa, não significa que não tenha sentimentos – falava com naturalidade e firmeza.

- Como assim “não tem uma casa definida e uma idade certa”, não me diga que, não me diga que ela é fruto da sua mente – Hugo disse abalado.

- É claro que ela é real seu idiota, depois eu que sou maluco. Converso com a Lisa todos os dias.

- Então o que ela é? Um fantasma? Afinal, nunca a vi e Hogwarts não tem muitos estudantes.

- Ela só é incompreendida, e se isola. E essa sua teoria do fantasma é insana, só porque ela é um quadro não significa que não tem sentimentos.

- Um quadro? – perguntou abalado – Lisa Turner é um quadro?

- Muito mais do que isso, ela me compreende, nos completamos de todas as formas possíveis, fomos separados pelo tempo e as circunstâncias.

- Lisa Turner é um retrato – Hugo voltou a se sentar no chão, e tentou manter o foco – Não sei como ainda me surpreendo com sua maluquice.

- Sabe, a vingança já veio – Lorcan ergueu as sobrancelhas sorrindo.

- Vingança?

O loiro apontou a cabeça pro seu lado direito e mostrou Sam e Lily beijando e rindo na frente de todos.

- Seu inferno particular – ele soltou um riso curto.

- Sou especialista em ignorar – Hugo revirou os olhos.

- Não se eu puder evitar – ele ergueu os braços no ar e gritou – Ei Lily!

- Seu traíra – Hugo falou entredentes quando viu o casal se aproximar deles.

- E aí Hugo, sempre nos desenhos né? Quando vai largar os quadrinhos e viver a vida na realidade? – Sam disse rindo.

Hugo riu sarcástico.

- Ele é humorista né? – Lorcan perguntou dando um tapa nas costas do melhor amigo.

- Que é isso Sam? Os desenhos dele são muito bons, aposto que conseguiria uma carreira no futuro com isso – disse Lily na defensiva.

- Oh, ela te defendeu, isso não foi clichê – Lorcan disse no ouvido de Hugo.

- Defendendo-o – Sam disse irônico ao olhar Lily nos olhos – Por que será?

- Não seja ridículo – ela automaticamente respondeu.

Hugo e Lorcan os observaram e estranharam o comportamento dos dois.

- Vamos embora daqui – Sam disse agarrando Lily pelos braços a arrastando para longe dos dois.

- Problemas no paraíso, e acho que você é o causador galã nerd clichê.

Hugo respirou fundo e não disse nada ao melhor amigo.

xx

- Pare de me empurrar, está me machucando – Lily reclamava enquanto o namorado a arrastava pelos corredores.

- Acho que devia me pedir desculpas – Sam disse e soltou a ruiva.

- Te pedir desculpas? – sua pergunta saiu numa voz extremamente fina e perplexa.

- Sam, posso falar com você? – a pergunta saiu da voz de Sarah que estava parada ao lado dos dois com uma mala na mão.

- Sarah, onde vai? – ele questionou confuso.

- De volta para casa – a irmã respondeu automaticamente.

- Vou deixar vocês a sós – Lily saiu rapidamente de perto dos dois.

- Por quê? – ele perguntou, perdendo a visão de Lily.

- Me sinto melhor lá. E gostava dos meus professores particulares.

- Sarah, não minta – ele pediu relando carinhosamente no ombro dela.

- Eu não consigo ficar aqui – olhou para baixo e tentou esconder umas lágrimas que caiam – E você está melhorando Sam, posso ver que está se recuperando rapidamente, aos poucos vai voltar a ser meu irmão que eu brigava quando estava perto, mas ficava bem quando estava longe. E se assim for – ela levantou seu rosto e encarou o garoto – Eu não posso mais ficar aqui, pois quero ser sua amiga. Sinto que tudo está prestes a desmoronar. Tudo está indo bem demais, alguma coisa vai dar errado.

- Nada vai dar errado, tudo vai ficar bem, eu prometo.

Sarah enxugou seu rosto com a manga da blusa:

- Você não vai ficar bravo se eu for não é? Por favor não fique.

- Não vou ficar, eu só... Vou sentir sua falta.

Sam se aproximou dela e a abraçou.

- Eu não pertenço aqui – ela voltou a se desculpar.

- Me diga que não está fazendo isso porque terminou recentemente com o Hugo.

- Está pensando que estou fugindo do Hugo? – ela perguntou erguendo seu rosto e encarou-o confusa – É claro que não, o Hugo é a melhor parte desse castelo, somos amigos.

- Sério?

- De verdade Sam – ela confirmou voltando a abraçá-lo fortemente – só decidi parar de viver sua vida e voltar a viver a minha.

Ele beijou o topo da cabeça dela.

- Me mande cartas sim?

- Sempre – ela o encarou sorrindo.

xx

- Então quando vai dizer a Sarah que gosta dela? – Hugo perguntou a Lorcan enquanto andavam juntos num corredor do castelo.

- Eu não gosto dela – o loiro negou automaticamente – para gostar de uma garota tenho que saber uma coisa crucial.

- Que coisa seria essa? Seu sabor preferido de batom? Será que ela gosta do sabor de ameixeiras dirigíveis?

Lorcan abriu a boca para lhe responder alguma ofensa, quando Sarah os encontrou:

- Hey Como vão as duas únicas pessoas que fazem o estar nesse castelo valer a pena?

- Tentando assimilar uns novos fatos – Lorcan respondeu automaticamente.

- Discutindo sobre coisas absurdas, como obsessão por um quadro – foi a vez de Hugo falar.

Lorcan o fuzilou com o olhar e respondeu:

- Ou como as pessoas não sabem mentir.

- Ou como certas pessoas furaram o olho de outra pessoa – Hugo ergueu seus dedos e arremessou-os na cara de Lorcan ameaçadoramente.

Sarah riu de ambos e comentou:

- Sabe, visualizo dois velhinhos sentados numa cadeira que balanço, lançando perigosamente a bengala um na cara do outro durante uma discussão sobre meias mais quentes para o inverno.

- É uma visão bem perturbadora essa – Hugo disse rindo com ela.

- O que é isso? – Lorcan apontou as malas que a garota ainda carregava.

- Bom, vim me despedir de vocês – ela ergueu os braços no ar esperando um possível abraço – Sejam breves ok? Odeio despedidas.

- Despedir? Está saindo de Hogwarts? – Lorcan questionou tristemente.

- É tenho pavor de pessoas, e meu irmão está bem de novo, quase 100% recuperado, não tem necessidade de ficar por perto. Nos damos bem por carta – explicou evitando encara-los.

- E quanto a nós? – disse Hugo.

- Vocês?

‘           - Não pensou em manter contato por carta? – o ruivo perguntou sorrindo.

Sarah suspirou aliviada tentando evitar as lágrimas e o abraçou fortemente:

- Por um momento eu pensei que ia brigar comigo pelo fato de eu estar indo embora.

- Não, você não tem mais nada que a prende aqui, se te faz bem partir. E pra te falar a verdade, acredito na teoria de que a distância une mais as pessoas – ele deu um pequeno beijo nos cabelos de Sarah.

Ambos se separaram do abraço. Lorcan permanecia parado ao lado com os olhos vidrados no nada, parecia tentar captar algo novo que deixou passar.

- Quero um abraço seu Lorcan – ela pediu.

O loiro, por outro lado, olhou apavorado para Hugo. O ruivo, sorrindo, perguntou a Sarah:

- Sarah qual seu sabor preferido de batom?

Ela enrugou a testa confusa para Hugo, mas respondeu:

- Amo o que ninguém gosta, ameixeiras dirigíveis, por quê?

Hugo riu e deu um tapa nas costas do melhor amigo que arregalou seus olhos para a garota loira parada em sua frente.

- Vou deixar vocês se despedirem sozinhos.

Enquanto virava o corredor, ainda ouviu Lorcan gaguejar algumas palavras:

-Eu...acho...esse...o...melhor...sabor...quando...se...beija...uma...garota...

Para sua surpresa, sozinho e totalmente transtornado, encontrou Sam, arfando e olhando a vidraça de uma janela, que aparentemente havia acabado de quebrar com o punho de sua mão direita, que estava completamente vermelha com seu sangue.

- Sam – chamou-o sussurrando com medo de sua reação – Está tudo bem?

- Por que não estaria? – disse assustado ao esconder sua mão atrás de suas costas.

- Me diga você.

- Estou totalmente bem! Não está vendo? – urrou deixando sua mão totalmente a mostra.

- Briga no corredor! – o berro de Pirraça foi ouvido por ambos, quando visualizaram o poltergeist sobrevoando os dois.

- Ótimo, estamos encrencados, por sua culpa! – Sam apontou seu dedo que estava sangrando ameaçadoramente para Hugo.

- Minha culpa?

- Se não tivesse aparecido no corredor e me assustado.

- Você é doente, só não deixe a Lily saber disso ok? – Hugo virou as costas e começou a caminhar para longe dele.

- Lily – ele fungou e correu em direção a Hugo, segurando o pescoço do garoto contra a parede – Você está me irritando sabia disso?

- Os senhores, queiram me acompanhar – a voz era do velho zelador.

xx

Rose e Scorpius estavam numa mesa afastada da biblioteca, a garota tentava fazer o namorado estudar, enquanto ele devorava uns feijões de todos os sabores.

- Quem foi Nicolau Flamel?

- Haffa – ele fez uma careta de nojo – Por que nunca acho um sabor descente nesses feijões? Vamos ver se tenho sorte.

Ele olhou concentrado para a caixinha que estava no centro da mesa, esticou sua mão para pegar um doce, mas Rose lhe deu um tapa e o impediu de realizar o ato.

- Por que fez isso?

- Porque não está se concentrando e temos NIEM’s daqui um mês.

- Daqui um mês Rose, e nem adianta eu estudar, é mais provável que eu reprove, sabe disso, não sabe? Eu conheço esse crânio – ele apontou o dedo indicador na sua cabeça – Ele não funciona direito.

- Não tem nada de errado no seu crânio e você não vai reprovar. E deixe de agir como um tonto, pois você não é.

- Então você é uma tonta por achar que não sou tonto – Rose lhe mostrou a língua.

- Vamos Scorpius, Nicolau Flamel?

- Hum – franziu sua testa tentando lembrar – criador da pedra filosofal, nasceu aproximadamente em 1330 e...

- Faleceu?

- Em 1992, aos, 665 anos de idade – ele olhou para Rose orgulhoso de si mesmo – Mereço os feijões de todos os sabores?

- Abra a boca – ordenou jogando um no ar, fazendo o namorado pegá-lo com a boca.

Foi um movimento involuntário, mas quando se deu conta, estava olhando fixamente para as pernas a mostra de uma quintanista da Corvinal que tinha acabado de subir numa escada, a fim de alcançar os livros mais altos.

- Hum – exclamou ainda com os olhos fixos na quintanista – Caramelo, enfim um sabor bom.

Rose notou os olhares, do namorado, sentiu um frio na barriga que não existia, um medo diferente. Ciúmes? Talvez insegurança.

- Você é uma ótima tutora sabia? – Scorpius perguntou olhando-a – Vamos, a próxima pergunta.

xx

A jovem ruiva andava de um lado pelo outro de frente a passagem que dava para a sala da diretora. O boato que Hugo Weasley e Sam Wade haviam brigado, já tinha repercutido pelo castelo inteiro. Agora só restava esperar para e entender o que havia acontecido.

Hugo e Sam haviam acabado de conversar com McGonagall, ambos desciam pela escada em espiral que havia na sala da diretora.

- Por que tentou me entregar? – Sam perguntou para Hugo nervoso.

- Eu não tentei te entregar.

- “Eu estava passando pelo corredor diretora, e ele havia acabado de esmurrar a vidraça da janela” – ele fez uma imitação barata das palavras de Hugo.

- Isso não foi te entregar, isso foi dizer a verdade.

- É, mas sabe que se eu não fizesse minha cara de coitadinho que bateu a cabeça e entrou em coma, ela teria me colocado em grandes castigos. No fim, aquilo que fiz não foi nada demais.

- Nada de mais? – Hugo o olhou incrédulo – Você só arrebentou uma vidraça e quase me enforcou.

- Coitadinho, eu só precisava extravasar, sabe quanta pressão as pessoas colocam na minha cabeça?

- É... Eu desenho, você quebra vidraças. Acho que seriamos ótimos amigos – o ruivo respondeu sarcástico.

- Sabe que eu odeio esses seus desenhos – ele puxou a mochila de Hugo quando ambos pararam de descer a escada.

- Ei, o que aconteceu? – Lily chegou perto de ambos.

- Lily, me deixa a sós com o Hugo, precisamos nos acertar – Sam pediu gentilmente a namorada.

- Se é verdade que vocês brigaram, eu não irei deixá-los sozinhos – a garota disse decidida ao cruzar os braços.

- A gente não brigou – foi Hugo que respondeu.

- Acredita nele? – Sam perguntou para ela.

Lily meio á contragosto saiu de perto dos dois, deixando-os a sós.

- Olha – Sam começou a dizer mais calmo – Eu tô legal ta? Quer dizer, eu não estive por um bom tempo, mas já passou, veja, eu já consigo ler, decorar coisas, estou com minha memória quase 100% recuperada, até carregar peso já consigo. Eu perdi muitas coisas, mas criei novas memórias. Eu estou indo bem de novo.

- Eu sei – Hugo confirmou com a cabeça – Só que quebrar vidraças pra extravasar a pressão que as pessoas fazem em você. Não é você.

- Tudo bem, perdi a cabeça, mas tenho tudo sob controle. E se você me ajudar, as coisas vão ficar bem.

- Te ajudar a se safar? – o ruivo perguntou incrédulo.

- Você pode superar isso? – Sam perguntou perdendo a paciência – Todos superaram.

- É, se eu fingisse que você é um milagre como eles fazem, talvez superaria esse seu lado rebelde – Hugo relou no ombro dele – Mas agora, você me assusta.

- Ok, se é assim que você quer.

- Eu não tenho muita escolha – ambos se encaravam seriamente.

Hugo virou as costas e começou a caminhar pra longe dele. Sam fungando puxou a mochila dele fazendo com que ela se rasgasse e caísse todos seus livros e papeis no chão.

Quando o ruivo se agachou pra recolher foi a deixa para Sam soltar tudo que estava pensando a respeito dele:

- O que é isso? Algum tipo de esforço patético pra me separar da Lily?! – ele gritava agachado tentando olhar Hugo nos olhos que recolhia seus papéis com pressa – Tentar fazer com que ela pense que sou um maluco que ficou agressivo? Não me surpreende minha irmã se mandar e te deixar sozinho.

Hugo soltou tudo que carregava com raiva e se levantou do chão.

- Você acredita no que quer acreditar. O resto do mundo já acredita.

Foi a ultima coisa que disse antes de virar as costas para Sam o deixando sozinho, indo embora sem levar suas coisas.

xx

- Você não faz ideia, a mulher gorda está bêbada, consegui a convencer a me deixar entrar no salão comunal da Grifinória – Scorpius dizia rindo assim que viu a namorada deitada num dos sofás de frente a lareira de pijama – Eu cansei de te esperar, achei que íamos numa festa clandestina lá em Hogsmeade Rose. Ainda não se trocou?

- Nós iriamos a alguma festa? – Rose perguntou franzindo a testa.

- Achei que devíamos comemorar meu melhor rendimento nas matérias escolares – ele levantou sua gravata piscando um olho para a namorada.

- Melhor rendimento, curtindo uma festa? Começou a estudar hoje.

- É fim-de-semana e você não pode dizer que não estou me esforçando – tentou argumentar com ela.

- É mas, não posso ir a uma festa.

- Por que não?

- Por que não? – ela apontou para si mesma – Olhe para mim.

Ele a encarou confuso:

- O quê? Está como sempre está – quando viu a carranca que Rose havia feito acrescentou – Ótima!

Ela bufou.

- O que foi? – Rose levantou do sofá e começou a andar de um lado para o outro, Scorpius sabia que esse ato não significava uma boa coisa – O que foi que fiz desta vez?

            - Serio, acha que vou ser sempre assim? – mostrou seu pijama.

            - Não, na maioria das vezes você está com o uniforme.

            - Eu não sei por que me preocupo sabe? Nunca vou ser como aquela garota da biblioteca – disse cabisbaixa.

            - O quê? Que garota? Do que está falando? – questionou totalmente confuso.

            - Aquela garota, aquela da Corvinal que você ficou olhando hoje na biblioteca, quando estávamos estudando. Eu vi você.

            - Oh – ele exclamou desconcertado – Aquilo foi um reflexo.

            Rose suspirou e voltou a andar pela sala.

            - Sempre tem garotas bonitas, mas obviamente essas garotas não são tão bonitas como você.

            - Por favor pare! Só está piorando tudo - pediu fazendo-o se calar – Olha, eu sei que não sou tão bonita quanto as garotas que você saia.

            Ele abriu a boca para contra argumentar, mas Rose foi mais rápida:

            - Me sinto bem como sou e para ser honesta, nunca me preocupei tanto antes.

            - Não tem razão para se preocupar...

            - Me pergunte por que acordo todo dia uma hora mais cedo que as outras meninas que dividem o quarto comigo.

            - Por que você acorda uma hora mais cedo?

            - Porque... – começou a explicar, as palavras pareciam sair dificilmente – porque não quero que elas me vejam... não gosto da ideia de me trocar na frente delas – Scorpius sorriu fazendo não com a cabeça – Não que elas reparem em mim, estão ocupadas, penteando o cabelo ou fazendo a maquiagem. Eu sei que isso é ridículo, e que a maioria das pessoas acha isso perfeitamente normal, mas eu morreria se alguém me visse nua.

            - Alguém já te viu nua antes? – perguntou seriamente.

            - Não, não, não, não, não – repetia balançando a cabeça – Não gosto de nudez. E eu sei que esta querendo que chegue a hora de perder a virgindade, mas não quero te decepcionar – parecia apavorada.

            - Ei me escute – Scorpius se aproximou dela sussurrando as palavras – Eu acho que você é mais bonita...

            - Pare! – ela colocou a mão sobre a boca do rapaz, impediou-o de continuar falando – Por favor, porque sei que está mentindo, eu não sou bonita, e tudo bem, porque sei que tenho outras qualidades – ela destampou a boca dele – Então, não podemos simplesmente pedir pra Sala Precisa se transformar num cinema, ou sei lá e curtimos só nós dois?

            - Claro.

            - Obrigada – ela apontou para as escadas – Eu vou me trocar.

            - Podemos sair amanhã então? – ele perguntou.

            - Ok – confirmou meio chateada.

            - Vou voltar a estudar ta? – depositou um beijo levemente em seus lábios, saindo pelo buraco do retrato logo em seguida.

            xx

Tirar coisas de sua cabeça, não era uma tarefa fácil, normalmente ele iria para a torre do castelo que sempre gostava quando queria se isolar. Mas agora estava empenhado em desenhar perfeitamente o castelo de Hogwarts, então, os jardins pareciam o local apropriado.

- Está tentando virar Van Gogh? – Lily perguntou se postando na frente de Hugo atrapalhando sua visão.

- Não. – ele respondeu concentrado em desenhar cada telha da forma correta com o que via a sua frente – Sabe a razão de desenhar esses telhados? Eles são impossíveis, tantos detalhes, e tento provar que minha teoria é errada quando quero tirar algo de minha cabeça.

- Sam disse que você tentou entregá-lo a diretora.

- Isso faz sentido – ele suspirou sem tirar os olhos do desenho.

- Você fez isso? – ela perguntou num sussurro.

Hugo levantou seu rosto e encarou-a pela primeira vez durante a conversa.

- Eu prometo que se você escolher qualquer outro assunto nós conversaremos por horas: tendências da moda, sua obsessão por esmaltes, ou até mesmo quadribol.

- Apenas me diga o que aconteceu.

- Deixe-me adivinhar, Sam disse que eu poderia dizer coisas mentirosas sobre ele, que jogariam vocês dois um contra o outro? Estou certo?

Lily apenas confirmou com a cabeça.

- Todo mundo acha que sou mais burro do que sou, por que isso? Eu me visto como burro? – fazia perguntas retóricas.

- Eu acredito em você – ela olhou para baixo evitando encara-lo – Sam mudou.

- Lily! – ouviu o grito dele em suas costas.

- É melhor ir até ele – Hugo disse, voltando sua atenção a seu desenho.

- Então já confirmou que eu estou certo e ele errado? – Sam perguntou assim que Lily se aproximou dele.

- Vou ir lá ficar com ele ok? – ela anunciou.

- Por quê?

- Porque ele está sozinho e essa escola toda é insana, que fica julgando-o como se ele fosse culpado de uma coisa que ele não é – ela virou as costas e começou a andar em direção a Hugo, mas Sam segurou seus braços.

- Você vai resgata-lo toda vez?

- Toda vez o quê? Ele é meu amigo – respondeu brava.

- É, e eu sou seu namorado.

- Por que está fazendo isso? – perguntou recuando seu braço se livrando as mãos dele que a apertavam.

- Eu não quero você próxima de outro cara, seja por pena ou não.

- Se você estivesse lá sentado sozinho e todos da escola lhe apontando o dedo, lhe acusando de algo que não fez...? – ela gritou.

- Eu me mandaria daqui, sei lá! – Sam respondeu no mesmo tom de voz que a garota usava.

- Que seja, estou indo lá – virou as costas dando largos passos.

            - Não!

- Ou o quê?! – gritou virando-se para ele.

- Ou está tudo acabado entre a gente.

- Você está falando sério? – perguntou rindo.

- Se você for lá Lily, não precisa nunca mais olhar para mim outra vez – respondeu firmemente.

- Eu não posso acreditar em você – ela balançou a cabeça incrédula – Não depois de tudo que fiz por você.

Lily virou as costas e voltou a andar em direção a Hugo.

xx

Rose estava cansada de esperar Scorpius do lado de fora do salão Comunal da Sonserina, parecia que seu coração estava apertado, com medo de alguma reação diversificada do namorado, devido a ultima conversa que haviam tido. Pedindo ajuda do primo Alvo, conseguiu encontrar o quarto que Scorpius supostamente estava se trocando, viu que a porta estava aberta e resolveu arriscar:

            - Vocês garotos nunca trancam a porta? – ela perguntou assim que o viu sozinho sentado numa das diversas camas do aposento, calçando um tênis.

            - Onde é que namoradas ficam prontas antes dos namorados? – Rose riu e se aproximou dele.

            - Está bravo comigo? – questionou preocupada.

            - Porque estaria? – perguntou retoricamente – Ei escute, está com sua varinha?

            - É claro – respondeu lhe entregando.

            - Se eu falar: Accio minha varinha... Será que minha varinha vem até mim? Porque a perdi, e não faço ideia de onde está.

            - Como conseguiu perder sua varinha? – ela perguntou rindo.

            - Vê se está no banheiro para mim.

            Scorpius pediu gentilmente. Assim que viu que Rose adentrou o banheiro, com um floreio da varinha dela, trancou a porta, deixando-a presa no banheiro.

            - Você colocou flores aqui dentro? – Rose perguntou sem se dar conta do que ele tinha feito – Sua varinha não está aqui – anunciou tentando abrir a porta – Scorpius! O que está fazendo?

            - Não se preocupe, está limpo ai dentro, fiquei limpando esta tarde inteira, inclusive o espelho que você irá olhar agora – ele começou a explicar com o rosto grudado na porta para que Rose o escutasse.

            - Scorpius me deixe sair daqui – ordenou.

            - Não, olhe para o espelho, passe um tempo contemplando o batom de seus lábios, que às vezes você passa, às vezes não, depende do seu humor.

            Ela suspirou e fechou os olhos lhe respondendo:

            - Eu entendi ok? Você repara em mim. Agora me deixe sair – pediu desesperada.

            - Não! Você não entendeu, não importa se passou batom, ou se pintou seu cabelo acidentalmente de azul, sempre está bonita – Rose sacudiu a cabeça nervosa por não conseguir faze-lo calar a boca – Lembra daquela garota da biblioteca, ontem? Ela era típica.

            - Scorpius!

            - Não é fácil me fazer calar a boca quando não pode tampá-la com a mão não é? – ele riu com triunfo – Viu, você tem razão afinal, não sou tonto. Agora voltando a aquela garota. Sim já sai com tipos como ela, e você sabe disso. Sabe o que essas garotas parecem sem maquiagem, ou toda a parafernália que usam para parecerem bonitas? Horríveis. – Rose andava por um lado e outro no banheiro tentando ser paciente – Você por outro lado, não precisa de maquiagens e outras coisas.

            - É eu sei, sou uma ótima tutora e leio livros mais rápido do que qualquer um – ela respondeu calma, sabendo que só concordando com ele poderia sair dali.

            - Verdade, é uma ótima tutora, mas é bem mais que isso. Você é realmente bonita, sabe o que penso quando beijo você? – Rose tampou seu rosto com a mão de vergonha – Penso na sua pele, no cheiro dela misturado com o perfume que usa, como seus longos cílios tocam meu rosto, penso no barulho do seu riso e como sou sortudo por ser o único cara que sabe o quão sexy é seu corpo.

            Rose suspirou e voltou a encostar-se à porta tentando senti-lo de alguma forma do outro lado.

            - Mesmo sem maquiagem, com os cabelos bagunçados e olheiras de sono, você é linda – ele terminou.

            - Por que não me disse que pensava assim? – ela perguntou calma com os olhos fechados.

            - Não podia – explicava como se fosse para uma criança – porque nunca me deixaria, começaria a reclamar e falar, falar, falar, falar e me fazer parecer idiota... E... Isso é algo que queria te dizer, que você precisava ouvir, muito mais que isso, precisava ver.

            - Ver o quê?

            - Ver o que eu vejo quando te olho, então vá olhe no espelho – pediu.

            Rose levantou seu rosto e encarou o espelho a sua frente.

            - Continue olhando – Scorpius voltou a falar – Até que veja que é linda de verdade.

            A garota começou a passar a mão pelos seus cabelos e notou que uma lágrima tinha escorrido de seus olhos. Sorrindo, ela sabia o que devia fazer a seguir.

            - Começou a ver não é? – perguntou Scorpius alguns segundos depois – Rose – a chamou quando viu que a garota não dizia mais nada – Rose, sei que está ai, não me diga que pode aparatar sem varinha dentro de Hogwarts – com um floreio de varinha, Scorpius destrancou a porta.

            Ele percebeu um barulho que não esperava no banheiro, parecia que o chuveiro estava ligado.

            - Você está tomando banho? – perguntou confuso.

            Rose começou a abrir a porta devagar, quando Scorpius a visualizou por completo se surpreendeu e tampou seus olhos com a mão. A garota estava nua na sua frente.

            - Abra os olhos Scorpius.

            Devagar, ele retirou os dedos de frente dos seus olhos e comtemplou o corpo dela.

            - Quero me ver, da mesma forma que você me vê, e quero que fique aqui comigo – ela esticou sua mão afim que ele a segurasse – Quer tomar banho comigo?

            Scorpius apertou a mão dela, respondendo sua pergunta, entrou no banheiro com ela fechando a porta atrás de si.

            xx

            - O lugar ao seu lado está ocupado? – Lily perguntou gentilmente quando chegou perto do primo.

            - Eu acho que você não pode sentar aqui – ele respondeu sem olhar para a prima.

- Sei que não quer me ver Hugo, mas eu só... Eu só acho que...

- Não... – ele a impediu de continuar a falar – Este é um lugar para fracassados, você precisa de um passe especial.

Lily deu um pequeno sorriso torto e respondeu:

- Eu acho que tenho um.

- Bom – ele continuou sua encenação – Existe vários falsificados rondando por ai, quem lhe entregou o seu?

- Sam Wade – respondeu suspirando finalmente sentando-se ao lado dele.

- Então acho que você é VIP.

Lily abaixou sua cabeça e cobriu seus olhos com as duas mãos.

- O que está fazendo? – Hugo perguntou a prima enquanto visualizava Sam os observando de longe.

- Provando um ponto, eu acho – sua voz era abafada por suas mãos.

- Que tipo de ponto?

- Alguma coisa sobre... – ela balançou a cabeça o olhando – Confiança, sei lá...

- Eu acho que ele não está muito confiante – Hugo apontou a cabeça para Sam, que agora apertava suas mãos fortemente, com sua testa enrugada e seu rosto vermelho de raiva.

Lily começou a rir descontroladamente, sentindo lágrimas escorrer de seus olhos.

- O que está havendo com você? – o primo perguntou preocupado pelo estado dela.

- Você já teve um sonho frustrado? – perguntou em meio aos risos e lágrimas.

- Acho que é mais fácil você me perguntar que sonho meu não foi frustrado.

- É só que – ela enxugou seu rosto e parou de dar risada – Quando penso que tudo está ótimo, vem algo e... Primeiro nossa briga no lago, o acidente, a culpa que eu estava sentindo, pensando que nada poderia ficar pior que aquilo, depois ele acordar, nem se lembrar do meu nome, as coisas piorando, eu não me contento com o Sam e acabo te machucando nesse percurso, me machucando junto, já que sua dor me afeta e agora...

- O que aconteceu desta vez?

- Acho que finalmente enxerguei os fatos claros na minha frente... Eu demorei mas enxerguei.

- Posso perguntar que fato? – ele tentava parar de fazer seu coração saltar do peito enquanto conversava, mas era impossível.

- Eu não amo o Sam – ela negou veemente com a cabeça – E agora o que meu pai me disse faz todo sentido, nunca vou esquecer no dia que o Sam acordou e fui ao hospital, meu pai falando: “Não diga que o ama agora, me diga se o ama quando esse pesadelo todo acabar, isso que sente por ele agora é remorso, não amor”. E ele estava certo.

- Por que diz isso? – Hugo perguntou fortemente agora. Lutava contra sua vontade de segurar a mão dela.

- O pesadelo acabou, pelo menos a parte do “Sam sem memória e em coma”, quer dizer, ele voltou, completamente, se lembra de todos as coisas que vivemos juntos, da ultima conversa que tivemos. Ele voltou. E... Tudo aquilo que projetei, todo o sonho que idealizei pra nós dois quando esse momento finalmente chegasse, de nada valeu.

- Lógico que valeu Lily.

- A única vontade que tenho agora, é de ficar longe dele. E eu enxergo que ele era exatamente assim antes do acidente, eu só estava cega e não via. E... Tenho certeza, que se não fosse toda aquela situação, nos teríamos terminado o namoro no dia da briga.

- Talvez teríamos nos reaproximado de qualquer forma? – ele perguntou sorrindo e finalmente segurando a mão dela.

- Teríamos – ela confirmou com a cabeça sorrindo – Sabe o que nítido para mim? Claro mais do que todas as outras coisas?

- O que?

- Sam jamais faria tudo isso que fiz por ele, se eu tivesse batido minha cabeça, ele não estaria lá por mim, ele não lutaria por mim.

- Claro que lutaria – Hugo disse automaticamente.

- Por que o defende? – perguntou incrédula – Ele não faria isso, mas você por outro lado, mesmo com toda nossa distância, mesmo pela nossa separação quando entramos em Hogwarts, eu sei que você lutaria por mim, porque é você Hugo.

- Eu lutaria por você, é claro.

- Eu sei – ela sorriu – Já me provou milhares de vezes, quantas vezes pisei no seu coração e você está aqui por mim?

- Por que não se beijam agora? – a voz de Sam perto de ambos os fizeram parar de se encarar – Não há nada que os impede, afinal, terminamos o namoro mesmo não é Lily? – ele encarou Hugo furioso – Agora você.

Com toda força que conseguiu reunir Sam jogou um soco certeiro no queixo de Hugo.

- Para! – Lily gritou levantando-se do chão – Se quer descontar em alguém, desconte em mim. Hugo não tem culpa alguma.

- Ah não? – ele perguntou retoricamente – Nunca mostrou para a priminha sua história? Leia Lily, uma história inédita na vida perfeita que é a do seu primo – ele levantou os braços e entregou um pedaço de pergaminho para a garota.

Hugo levantou-se do chão e viu que a história em questão, era aquele desenho que fez no dia do acidente de Sam.

- Você viu o acidente dele? – Lily perguntou incrédula encarando Hugo.

- Eu... Eu... – Hugo gaguejava, ele poderia mentir, poderia dizer que havia desenhado isso depois do acidente, mas não disse.

- Ele viu e não fez nada – Sam confirmou sorrindo – Será que sua reaproximação repentina na vida da Lily, foi pela culpa que sentia por vê-la sofrendo?

- Lily – Hugo chamou-a ignorando Sam – Eu só, eu ia te contar, mas... – tentou relar no braço dela, mas a garota recuou – Me deixe explicar?

- Me deixe sozinha, por favor? – pediu para Hugo evitando encara-lo. Assim que viu o primo partir virou-se para Sam – Quero ficar sozinha.

- Ta, já viu que Hugo não é perfeito, mentiu para você, podemos voltar a namorar e esquecer esse capítulo em nossas vidas? Eu aceito suas desculpas – parecia não ter ouvido as ultimas palavras da garota.

- Escute Sam - virou-se para ele nervosa – Eu te escolhi um milhão de vezes no lugar do Hugo, eu escolhi você ao invés de qualquer um. Existe um monte de pessoas na minha vida que me importo, que eu tratei mal ou que pisei, porque você era tudo pelo qual me importava. Eles não desistiram de mim em nenhum momento, pelo menos aqueles que me amam de verdade, Hugo ficou do meu lado. Ele me mandou ficar com você quando estava desencorajada sobre nós, sobre você nunca se lembrar de mim, ou se importar comigo, e ele me disse pra continuar tentando.

- Era culpa, não viu? – ele apontou pra o pedaço de pergaminho.

- Você tem razão, eu te devo desculpas, eu não posso ficar brava com você – Sam sorriu triunfante – Eu tenho que ficar brava comigo mesma, por não ser uma amiga melhor pro Hugo, porque ele não tem sido só um bom amigo para mim, ele tem sido um bom amigo, para nós.

Passando por ele, e amassando o pergaminho em sua mão, Lily deixou Sam sozinho.

            xx       

            Tudo o que ela conseguia fazer era rir. Rose e Scorpius estavam com os cabelos molhados. Ele já havia dado vários beijos de despedidas na namorada com a desculpa de que se separarem por casas era algo mais torturante que Crucciatus...

            - Por você eu me tornaria grifinório – ele respondeu a fazendo rir ainda mais de frente ao quadro da mulher gorda.

            - Não seja idiota – e voltou a lhe roubar um beijo.

            Era um casal jovem e apaixonado, protagonizando cenas num corredor, mas uma voz fez ambos separarem rudemente seus lábios.

            - Rose?

            Olhando para seu lado, ainda com as mãos de Scorpius em sua cintura, a jovem arregalou os olhos quando viu quem era:

            - Pai!  


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Notas finais do capítulo

N/B: Beijo Morri! Como assim?! O que o Ron foi fazer na escola? Tadinho do Scorpius e por que acabou o cap agora? Eu quero saber a reação do meu Uón Uón. Voltando agora... A cena no quarto de Scorpius ficou linda. O monólogo do Scorp é de fazer sonhar qualquer garota viu?
E o Lorcan? Quero muito ele com a Sarah!!! Casal mais fofo da fic.
Não acredito que o Sam finalmente descobriu que o Hugo viu o acidente, não creio mesmo. Pra falar a verdade o que me surpreendeu foi a reação da Lily, acho que ela está crescendo. Harry ficaria tão orgulhoso. Rs. E parece que ela está mais engolível...
Ah, gente, esse foi o penúltimo capítulo... Quem é a favor de um epílogo pelo levanta a mão!
Winnie, eu nem acredito que é o fim. Foi tanto tempo com essa Lily e o nosso galã nerd clichê que parece que aquele primeiro cap foi há uns 10 anos. Parece que foi há mesmo muito tempo que Scorpius e Rose só brigavam... Ok, eu estou dramatizando aqui. Parabéns amiga...
N/A: Gente vocês gostaram da cena Rose e Scorpius? Ela foi totalmente roubada de Bright e Hannah em Everwood (se nunca viram a serie e quiserem ver essa cena, segue link do youtube: http://www.youtube.com/watch?v=XqL3DotFa5I ) É a cena mais linda do seriado todo, sim eu amava aquele seriado depressivo... E não se fazem mais series como antigamente.
E o Ron na escola... Hum irão descobrir no ultimo capítulo, sim é o ultimo e por favor não insistam num epilogo porque eu não vou consegui escrever
Sim eu já terminei de escrever a fic...
E Lily me digam o que acharam dessa nova Lily e eu confesso que Lorcan é Sarah é culpa das minhas amigas que os shipparam e me fizeram colocar esses dois de certa forma juntos, me digam o que acham?
Alguém reparou que a capa mudou? Eu ganhei da Carol Miller, tão fofa ela fazendo essa capa, coloquei para mostrar a vocês, depois vou voltar a antiga...
Alguém aqui le Mensagens (minha fic mais dificil de escrever que me proporciona mais alegria ao ler as reviews) a Fofa da mayaralima fez um trailer pra fic, por causa do meu aniversario (é fiz niver domingo, mas isso é uma coisa que não gosto de falar, ficar mais velha e tal...) Se quiserem ver, eu achei que ficou muito perfeito o trailer e quem ainda não le se quiser ver pra tentar ler ;) http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=q4IKF2NKGEI É Rony e Hermione gente
Então o final provavelmente vou postar semana que vem...
E obrigada Andie, preciso te agradecer, pela fic no meu aniversario, pelo presente que está chegando no correio (aunnnnnnnnnnnnn um livro *-* ) e por me encher o saco para mudar o final dessa fic ahahahah Eu não irei mudar, brigada pelas ameaças de morte viu? Lhe amo...
Acho que já disse demais...
Beijos