Crônicas de Isshu escrita por Oozora Hikaru


Capítulo 5
Capítulo 5




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– Uma lição, você disse? Gostaria de saber como um lixo de Kanto como você pretende ensinar um membro da realeza de Isshu a ter boas maneiras!

Servine disfarçava, mas a verdade era que ele estava um pouco nervoso pelo fato dessa ser uma batalha de verdade, diferente dos treinamentos que ele recebia no castelo, e que o oponente não hesitaria em nenhum momento para derrotá-lo. Além disso, Persian parecia ser um lutador bastante experiente, e exalava uma aura de confiança que apenas confirmava isso. Seria uma luta dura, mas Servine não poderia se dar ao luxo de perder. Ele deveria avisar aos outros regentes de Isshu sobre os planos de guerra do Serperior, antes que ele possam se realizar, e que vidas inocoentes sejam perdidas.


A batalha entre Servine e Persian logo se inicia, e os dois pokemon se preparam para combate. Servine cruza os braços, e se prepara para arremessar em seu oponente suas Folhas de Navalha, mas sua estratégia rapidamente é frustrada pelo pokemon gato, que já havia entrado em ação.

– Lento demais!

Persian então joga-se em direção a Servine, alcançando-o antes que ele pudesse fazer algum movimento, e golpea-lhe na cabeça com as duas patas dianteiras. Atordoado pelo Fake Out, Servine perde a ação, o que dá a Persian a oportunidade de atacar novamente, usando as garras para dessa vez atacar com as Garras das Sombras, um golpe no qual suas patas são envoltas em trevas para causarem mais dano. Servine grita de dor ao ser atingido pelos dois ataques, antes de ser jogado no chão, para ser ridicularizado pelo felino de Kanto

– A luta mal começou e você já parece cansado, jovem Servine. Será que mesmo o "lixo" de Kanto consegue ser superior à "realeza" de Isshu? Acho que a resposta ficou um pouco óbvia agora...

Servine, embora machucado, não se dá por vencido. Ele se levanta rapidamente, e em pleno ar, coloca-se de ponta-cabeça para rodopiar em uma velocidade alucinante , de sua cauda um poderoso ciclone é criado, arrancando as folhas das árvores, e carregando-as consigo. Por estar com o corpo bastante ferido, Servine finalmente consegue ativar sua habilidade especial, o Super Crescimento, que aumenta ainda mais o poder destrutivo do ataque que ele usaria em breve com o ciclone preparado, Servine mergulha velozmente em direção ao Persian

– Tornado de Folhas!


Servine acerta Persian com sua cauda, e o pokemon gato é preso dentro desse ciclone, aonde é cortado por inúmeras folhas afiadas, antes de ser arremessado violentamente contra um tronco de árvore. O estrondo causado pelo impacto do ataque ressoa pela floresta, assustando vários Pidoves ao longe. Depois de bater contra a árvore, Persian cai no chão, aonde agoniza por alguns segundos antes de se levantar. Um silêncio se instala no campo de batalha logo após o estrondo, e só é quebrado pelo urro de fúria do Persian, e de dirigir furiosamente ao filho do Imperador Perverso
 

– Maldito seja, Servine! Fingiu-se o tempo todo ser fraco, apenas para me pegar de surpresa! Agora eu estou furioso, e farei você se arrepender de ter me feito bancar o idiota!
 

Para a decepção de Persian, Sernive havia aproveitado a ocasião para fugir de novo, e já não se encontrava mais no local do combate. Isso faz com o pokemon de Kanto entre em um frenesi de fúria, e passe a perseguir seu alvo como uma besta assassina com sede de sangue. Persian não desncansaria até ter acertado as contas com aquele príncipe
 

Servine sabia desde o início que nas condições atuais, ele não conseguiria vencer uma luta corpo-a-corpo, e por isso resolvera usar o artifício do Tornado de Folhas para ganhar algum tempo e procurar um lugar para se esconder. Rastejava velozmente pela floresta, enquanto procurava desesperadante por um lugar aonde pudesse se esconder antes que ele fosse encontrado pelo seu oponente mas quase perde suas esperanças quando percebe, que sem querer havia chegado em um beco sem saída. Ele se desespera que ver que havia um enorme paredão de pedra no seu caminho, e que ele ele não teria tempo para dar a volta sem cruzar novamente com aquele Persian.
 

Nesse momento, algo mais assustador ainda acontece. Um par de braços surge dentro daquelas pedras, e agarra Servine pelas costas, tampando-lhe a boca antes de puxá-lo para dentro para a pedra. Ele tenta escapar daquelas mãos como pode, mas as feridas de luta haviam deixado-o muito fraco para resistir, e ele é tragado para dentro daquele rochedo. Quando o Persian chega ao local, não encontra nenhum sinal da sua presa...


– Droga, jé está amanhecendo... Por ora, eu irei me retirar. Parece que dessa vez, o principezinho conseguiu se safar...
 

O gato dá meia volta, e retorna para o castelo de Serperior, jurando vigança contra Servine em voz alta, para que servine pudesse ouví-lo
 

– VOCÊ NÃO TERÁ TANTA SORTE DA PRÓXIMA VEZ, ESTÁ ME OUVINDO, SERVINE? DA PRÓXIMA VEZ EU IREI TE MATAR PESSOALMENTE!! GUARDE MINHAS PALAVRAS!
 

E com essas palavras, Persian desaparece na mata, enquanto os primeiros raios de sol começam a iluminar Isshu
 


–--x---


 

Amanheceu, e embora a maioria dos pokemons estivesse apenas começando a acordar, Samurott já se encontrava de pé no seu quarto. Fitava um antigo quadro que fora pintado em sua infância, que mostrava ele, Emboar, e Serperior juntos quando eram pequenos e ainda se encontravam em seu estágio inicial. Esse quadro trazia lembranças agradáveis e nostalgicas para o Rei Samurai, de seu passado com aqueles dois. Como o da última vez em que os três estiveram juntos...



...

Era uma linda tarde de verão. Snivy, Tepig, e Oshawott estavam sentados na praia observando as ondas do mar, mas apesar da linda paisagem, nenhum dos três estavam alegres e sorridantes. Eles haviam acabado de receber a notícia de que iriam se mudar para lugares diferentes, onde pudessem receber uma educação especial para que pudessem se tornar os braços direitos de Reshiram, Zekrom e Kyurem.
 

Oshawott, ao ver que Tepig estava chorando silenciosamente, e que Snivy não parava de encarar o mar com uma expressão triste e vazia nos olhos, resolve tentar falar alguma coisa para animá-los. Ele inspira profundamente, e então tenta soltar algumas palavras de apoio


– Sabe... Embora eu esteja triste por saber que nós temos que nos separar, no fundo eu estou feliz, porque eu tenho certeza de que todos nós nos esforçaremos para fazer de Isshu um lugar ainda melhor de se viver!


 

Tepig dá uma longa fungada e tenta segurar as lágrimas que ainda não caíram, e Snivy passa a focar ao amigo, recuperando um pouco do brilho que seus olhos haviam perdido. Ambos dão um sorriso de canto de rosto para Oshawott, e Snivy então começa a falar
 

– Só não podemos nos tornar velhos preguiçosos, que nem os senhores Simisage, Simipour e Simisear!
 

O trio começa a rir com esse comentário, lembrando-se de como os três ministros eram conhecidos por passar o tempo comendo e dormindo, quando não eram quequisitados pelos três reis. Até Tepig parecia estar se sentindo melhor depois daquilo
 

– Sabe, eu vou sentir muita falta de tardes como essa, em que a gente se junta apenas para conversar. Mas se de fato tivermos tanto tempo livre quanto aqueles três, tenho certeza de que nós iremos nos encontrar muitas vezes depois dessa!
 

Ambos concordam com a suposição de Tepig, e Oshawott resolve levar esse raciocínio mais pra frente
 

– Façamos uma promessa então!
 

Oshawott sentão se levanta, coloca a mão na frente do corpo o, e pede que seus dois amigos se juntassem a ele, colocando suas mãos junto à dele
 

– Vamos nos separar agora, mas um dia, nós nos reencontramemos. E quando esse dia chegar, não seremos apenas amigos. Seremos as pessoas mais importantes de Isshu, abaixo apenas dos próprios reis!
 

No dia seguinte, cada um deles seguiu um caminho diferente. Estudaram intensamente, e com muito esforço, conseguiram as qualificações necessárias para se tornarem ministros. Porém, eles nunca foram capazes de cumprir quela promessa que haviam feito, pois poucos dias depois da nomeação deles, os reis sumiram sem deixar vestígios, obrigando os ministros a se coroarem, e tomar os lugares dos Reis Dragões. Os deveres de rei eram tão pesados, que os três regentes acabaram sem tempo para se verem, e com o passar dos meses, eles acabaram se isolando em seus castelos. E então, na noite em que eles comemorariam um ano desde o dia em que se tornaram reis, Serperior envia uma tropa de pokemons de Kanto para invadir o castelo de Samurott e assassiná-lo.
...

 


– Serperior... Você era tão determinado e idealista... O que aconteceu, para que você mudasse tanto?


Samurott dá um longo suspiro, sentindo uma tristeza em seu coração que era tão intensa quanto a do dia em que se separarou dos seus amigos. Mas dessa vez, ele não podia apenas aceitar seu destino de cabeça baixa. Ele iria resolver esse problema, nem que precisasse fazê-lo pessoalmente...

Mais tarde, na entrada do castelo, Cobalon e os outros conversavam com Jellicent, que finalmente havia se recuperado das feridas que recebera de Vaporeon, quando são surpreendidos pela figura do regente, que aparecera repentinamente, sem a coroa. Keldeo, sem entender, resolve perguntar

– S-Samurott-sama!? O que você está fazendo aqui?

O Samurott sorri ao ver os semblantes de surpresa dos seus subordinados, e então resolve explicar

– A situação é urgente demais, e nós dependemos muito do auxílio do Emboar para resolvermos esse problema, sem contar que eu tenho assuntos pessoais para conversar com meu velho amigo. Por isso, eu decidi me juntar a vocês nessa missão!

Jelicent quase tem um ataque do coração ao ouvir as palvras do rei.

– Mas Mylord, a situação no castelo está um caos! Além de todas as tarefas de rei, precisamos acabar com os reparos do castelo! Como faremos para resolver tantos problemas sem a sua ajuda?

– Acalme-se, Jellicent. Você fala como se eu fosse desaparecer para sempre. Serão apenas alguns dias de ausência, eu juro. Por favor, tente ocupar o meu lugar durante esse tempo. Foque nas tarefas mais urgentes, e deixe acumular as tarefas mais mundanas. Assim que eu voltar, cuidarei de tudo.

Samurott então entrega a coroa de regente para rejicent, que a aceita com relutância, antes de se dirigir novamente para Cobalon e os outros antes que eles falassem qualquer coisa

– Peço desculpas por ter tomado essa decisão sem contar nada pra vocês, mas eu realmente preciso ver o Emboar. Além dos assuntos militares que precisam ser tratados, existem tambem tambem alguns assuntos pessoais que precisam ser discutidos com ele. Com a minha presença, nós seremos capazes de resolver tudo mais rapidamente. Não tentem me impedir

Terrakion tenta falar alguma coisa, mas não consegue pensar nas palavras certas para dizer o que ele pensa, e cabe a Virizion se manifestar em nomes do grupo

– Tudo bem, não iremos te impedir. Apenas espero que todo o tempo que você passou dentro dessas paredes não tenham cegado a lâmina da sua espada, alteza.

Samurott, fecha os olhos e sorri para os quatro

– Estou mais preparado do que nunca, amigos!

Assim Samurott toma a dianteira, liderando Cobalon e os outros para o território de Emboar



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Notas finais do capítulo

Reviews são sempre bem-vindas! =D



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