Crônicas de Isshu escrita por Oozora Hikaru


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

[EDIT] A formatação do texto que eu fiz no BR Office não pegou aqui, e o texto acabou saindo todo colado. Peço desculpes pelo transtorno =3



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Era uma manhã fria de outono. Serperior tomava chá no jardim, junto de sua filha caçula Snivy. Ambos o faziam enquanto ouviam uma linda música que era cantada pelas irmâs Meloetta, cujas vozes angelicais eram uma das mais lindas de toda Isshu. Essa paz reinava no castelo do Imperador perverso, até ser interrompida pelo som estridente das portas que ligavam o jardim ao castelo sendo abertar brutamente, revelando a presença do filho mais velho, Servine. Este, furioso, caminha agressivamente em direção ao pai, atitude que assusta Snivy, mas que é ignorada completaente pelo pai. A música havia parado, e o que havia agora no jardim era um silêncio desconfortável que pairava no ar Ao chegar na mesa, Servine atira um jornal na mesa, que se abre, e mostra na primeira folha, uma matéria que relatava sobre o ataque que havia acontecido ao castelo de Samurott há 3 dias atrás, feito por um exército de pokemons de Kanto

- O que significa isso, pai!?


Serperior olha para a folha friamente, e volta a tomar mais um gole de chá. Após acabá-lo, deposita a xícara delicadamente na mesa com seu chicote de cipó, para então responder à pergunta do seu filho.

- Ora, que grande infortúnio para o Samurott. Espero que ele não tenha se ferido no ataque.


O sarcasmo irrita ainda mais Servine, que bate com força na mesa, derrubando a xícara do Serperior no chão, despedaçando-a. Snivy, olha assustada para os dois, com olhos quase lacrimejando, enquanto seu irmão voltava a proferir palavras ameaçadoras para a grande Serpente de Grama.

- Não me venha com essa conversa fiada! Há poucas semanas atrás nós recebemos uma comitiva de Kanto, mas ao invés de convidar os outros rejentes a se juntarem à nós, você resolveu manter a visita deles em segredo! O ataque que aconteceu há três dias, atrás foi obra sua e daquele general de Kanto, não foi?

Serperior olha para a xícara despedaçada por alguns instantes, antes de falar para sua filha com um tom calmo e frio para que ela fosse para o seu quarto. Snivy, embora ainda esvivesse muito assustada, obedece o pai sem questionar, e se retira do jardim imediatamente, ação que é seguida pelas irmãs Meloetta. Logo após a saída de todos, é que o Imperador Perverso sai do seu assento, e se vira para Servine, com uma maldade terrívelmente assustadora por trás daqueole semblante calmo e frio

- Você é, de fato, uma cobrinha muito inteligente, Servine. Por isso, abrirei o jogo com você... Sim, de fato eu sou responsável pelo ataque ao castelo do Samurott, por que eu não concordo com o modo passivo com que ele reina na Ilha de Entralink. Ele vive parando para pensar em suas próximas ações, e isso já atrasou a mim e ao Emboar por várias vezaes em nossos encontros. Por isso eu acho que e le deva ser derrubado o quanto antes... Porém, apesar desses sentimentos, eu sou um imperador que se importa com a identidade da população de Isshu, e se eu fizesse isso com meu próprio exército, eu acabaria por criar uma tensão indesejada entre os habitantes do meu feudo com o feudo de Samurott, e de jeito nenhum eu desejava que isso acontecesse. Por isso, no dia em que recebemos a visita da comitiva estrangeira. Vi que eles eram a solução para a situação. Eles me contaram maravilhas sobre como todo o poder do Reino de Kanto se concentra nas mãos de uma só pessoa, que toma decisões importantes sozinha, sem depender de pessoas que são incapazes de acompanhar seu raciocínio superior. Não seria bom se nós de Isshu pudéssemos ter um sistema assim?


Servine não mexera sequer um músculo durante o discurso do pai. Após um momento de silêncio por ambas as partes, Servine finalmente toma alguma ação, virando as costas para seu pai, para enfim se retirar, sem dizer uma palavra para o imperador perverso. Ele chega a ouvir o pai perguntar aonde ele estava indo, mas não lhe dá nenhuma resposta enquanto entrava no castelo, e com um semblante enfurecido, ele se diriga para seus aposentos, aonde se mantém trancado pelo resto do dia. Ao cair da noite, ele o som de alguém batendo em sua porta, seguido de uma voz que é era familiar

- Você sumiu repentinamente, meu príncipe, aconteceu alguma coisa?

Era Gothielle, a fiel serva que tambem era sua tutora, e que sempre esteve ao seu lado desde que sua mãe havia morrido. Servine, então, levanta-se de sua cama e vai em direção à porta, abrindo-a para poder ver sua amiga e serva - Eu tive uma conversa séria com meu pai, e ele está mais irreconhecível do que nunca. Gothielle para por alguns momentos, põe-se a pensar, e depois volta a falar

- Esse parece ser um assunto muito sério para ser conversado nos corredores.


Gothielle fala, entrando no quarto, com permissão de Servine, que tranca a porta logo depois.

- Tem certeza de que estamos sozinhos aqui?

- Certeza absoluta, meu caro príncipe. Caso alguém tente se aproximar do quarto para ouvir nossa conversa, sentirei sua presença e o avisarei o quanto antes. Agora, por que acha que o seu pai se tornou uma pessoa irreconhecivel?

- É a maneira com a qual ele passou a olhar Isshu. Antes, ele agia como um governador duro para ter certeza que o reino prosperasse e que seus habitantes fossem felizes. Mas agora ele só pensa em aumentar seu poder, mesmo que precise derramar sangue para alcansar seus objetivos! Ele não é mais o rei que um dia em conheci!


Gothielle medita sobre as palavra ditas por servine, antes de continuar 

- Eu entendo a sua posição, príncipe, mas o que você planeja fazer quanto a isso?

Servine senta-se em sua cama, com uma expressão preocupada e pensativa na sua cara, antes de chegar a uma resposta

- Eu vou fugir daqui, Gothielle. Fugir daqui e avisar aos outros reis sobre as intenções do meu pai. Você poderia me ajudar com isso?

Gothielle hesita em responder Servine, mas este sabia que ela estava mais preocupada com a segurança dele que com o risco que ela correria caso ela fosse descoberta

- Por favor, me ajude!Preciso dos seus poderes psíquicos para me Teleportar para fora desse castelo!

- Não é que eu não queira te ajudar, príncipe servine, mas é que eu não sou capaz de usar o poder de teleporte, como outros pokemon do meu tipo. Porém, eu posso te ajudar de uma maneira diferente!

Gothielle fecha seus olhos, e começa a concentrar seus poderes. Uma aura esbranquiçada surge ao redor de servine, erguendo-o do solo e fazendo com que ele começasse a levitar a alguns centímentros do solo.

- Essa é a Telecinese. Com ela, conseguirei leválo para fora das paredes do castelo, mas uma vez que você saia do meu campo de visão, não poderei mais ajudá-lo. Portanto esteja preparado para quando isso acontecer. Você está pronto?

Servine sorri para Gothielle, agradecido do fundo de seu coração

- Sim, eu estou! Obrigado, Gothielle!

Com essas palavras, Gothielle começa a levar Servine pela janela do quarto, fazendo com que ele levitasse por cima dos muros dos castelos. Ambos dão uma última saudação um para o outro, antes queServine desaparecesse por detrás da muralha de pedra do castelo. Deixando com que Gothielle ficasse sozinha no quarto, aonde ela se dirige para a janela, e passa a observar o céu nublado daquela noite

- Tenha boa sorte, meu príncipe...


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