Roses And Demons: Roots Of Rebellion escrita por JulianVK


Capítulo 96
Chuva de Prata


Notas iniciais do capítulo

É isso, este é o último capítulo. Embora eu não tenha recebido nenhum comentário a respeito da história lateral do Fernand, felizmente as pessoas com quem eu converso no MSN opinaram e, por unanimidade, escolheram que eu escrevesse.
Os próximos quatro capítulos serão a respeito disso e, depois disso, criarei uma nova "fanfic" para Roses and Demons - Warbloom.
Espero que apreciem o último capítulo.



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Luna já havia ultrapassado todos os limites que seu corpo normalmente suportaria e até mesmo aqueles que agora conseguia alcançar graças à bênção da Madame Papillon. O último golpe de Vortex foi a gota d’água, mas a sacerdotisa não cairia sem antes disparar uma última flecha. Não precisava ser precisa, atingindo um ponto específico. Se ao menos fosse capaz de acertar Vortex, ela já estaria contente e, para tanto, concentrou tudo que tinha no último disparo. Um tiro tão forte que permitiu a Luna ouvir o som de ossos rachando segundos antes de perder a consciência.
O controlador dos portais poderia ter evitado com facilidade este último ataque, mas cometeu o erro de considerar Luna derrotada sem de fato averiguar isso. Um erro que estragou seu planejamento, o qual ironicamente serviria para poupar a sacerdotisa e seus aliados.
-Vortex: “Agora ela finalmente desmaiou, mas deste jeito não conseguirei fazer nada. Sou um alvo muito fácil...”

Sol e Vulcano dispararam juntos uma torrente de ataques flamejantes, estavam verdadeiramente determinados a colocar um ponto final da batalha. Karin se apressou a tomar a frente de Fernand e serviu como escudo, defendendo bravamente os golpes. O manipulador da terra não desperdiçou o gesto de sua amiga e aproveitou a liberdade que tinha para desestabilizar os oponentes com um tremor, obrigando-os a cessar os ataques.
-Fernand: Acaba com eles, Karin!
Segurando o meio de seu cajado, a garota o manteve reto na horizontal e disparou um feixe luminoso de cada extremidade. Vulcano perfurou o golpe com sua rapieira, enquanto que Sol desviou com um golpe de maça.
-Karin: Esses caras são bons...
-Fernand: E como, que dia divertido!
Abrindo os braços para o lado, Sol balançou negativamente a cabeça enquanto ria baixo. Em seguida arrumou seu cabelo com a mão esquerda enquanto lançava um comentário maldoso.
-Sol: Menina, seu golpes luminosos são ridículos. Você é muito fraca.
-Karin: Eu te mostro!
Apontando sua arma para o controlador de estrelas, Karin começou a transferir toda a sua energia para o cajado. Pretendia lançar uma rajada tão poderosa que talvez até obliterasse o adversário. Azar o dele que a provocou.
-Sol: Heh, eu aprendi uma coisa com seus amigos, sabia?
O rapaz prendeu a corrente de sua maça na ponta do cajado. Por não haver ameaçado a integridade física de Karin, sua barreira não foi ativada e ela teve sua arma tomada após um forte puxão.
-Sol: Aprendi que provocações vencem batalhas!
-Fernand: Então você quer mais armas? Engole essa!
O soldado da terra arremessou seu machado contra Sol, certo de que na posição em que estava, desequilibrado ao puxar o cajado de Karin, teria pouquíssimas chances de se safar. Contudo, quem deteve o ataque foi Vulcano, impedindo o machado com a sua rapieira e então o arremessando de volta.
-Sol: É agora, Vulcano!
Enquanto Fernand bloqueava sua própria arma com uma pequena barreira de pedra e voltava a empunhá-la, Sol lançou continuamente dezenas e mais dezenas de esferas explosivas para o alto, as quais logo começaram a chover sobre Karin e seu amigo.
-Karin: Fernand, fique junto de mim!
A garota concentrou-se em manter firme a sua defesa e expandi-la para que nem ela e nem Fernand fosse ameaçados. Contudo, o chão explodiu abaixo deles com a fúria flamejante do ataque de Vulcano. Isto fez com que Karin perdesse seu foco e sua barreira fosse destruída, permitindo que os ataques de Sol os atingissem. Somente o soldado da terra colocou-se em pé novamente.
-Sol: Seu teimoso!
Gerando uma esfera luminosa em sua maça, o loiro atingiu o peito de Fernand e explodiu uma parte da armadura, derrotando-o.

Apesar da situação desagradável, Quartzo estava se defendendo muito bem. Cansada de perder tempo, Samantha tomou distância e lançou uma onda de estacas negras contra o oponente. O irmão de Yasmin quase se viu em apuros, mas já estava recuperado do uso excessivo de seus poderes e pôde cobrir o corpo com cristal, permanecendo completamente imóvel, sem sofrer qualquer dano.
-Quartzo: Onde ela foi?
Samantha havia saltado e pretendia atacar o inimigo do alto, pois o golpe anterior era apenas uma finta. Para seu azar, Vortex observava com atenção a batalha e abriu um portal enquanto a bruxa descia, fazendo-a ressurgir a centímetros do chão. Embora surpreendido num primeiro instante, Quartzo atacou pelo lado com seu martelo, antes que sua inimiga pudesse compreender o que acontecia.
-Vortex: Quartzo!!!
Instintivamente o rapaz olhou para o controlador de portais e compreendeu a mensagem no olhar extremamente sério. Ele não devia matar a bruxa, que havia rolado pelo chão e estava a um metro e meia de distância. Acatando a ordem, Roger disparou um cristal sem ponta contra a cabeça de Samantha, fazendo-a sangrar, mas sem matá-la.

Inferno trocava golpes em sucessão com Yasmin e William. Graças às bênçãos recebidas os manipuladores do fogo e do vento conseguiam manter-se em equilíbrio com o inimigo, apesar de muito mais feridos e cansados. Contudo, os reflexos do guerreiro do vento estavam seriamente lentos e, devido a isso, foi atingido na nuca pelo cabo da espada do adversário num momento em que vacilou, tombando então.
-Inferno: Você já passou longe dos seus limites.
Yasmin retaliou com uma bola de fogo, mas Inferno se defendeu da mesma forma e ambos os disparos se anularam. Os dois voltaram a cruzar suas espadas com golpes violentos até que, com ambas as lâminas erguidas ao alto, detiveram-se em seu encontro, cada qual tentando forçar o inimigo para trás.
Inferno percebeu que sua espada estava sendo lentamente cortada, pois a cada segundo a Draconis penetrava um milímetro na lâmina contra qual era forçada. O líder da ordem usou isso a seu favor, deixando Yasmin pensar que levava vantagem, para dar um passo para trás. Tal gesto fez a ex-capitã pender para frente, vulnerável para ser atingida no abdômen pelo joelho de Inferno. Porém, ele não se deteve apenas nisso e completou seu contra-ataque com um forte tapa com a parte de trás da mão.
-Vortex: Nós vencemos.
Todos os seis manipuladores estavam caídos. Alguns desacordados, outros exaustos demais para sequer se colocar em pé novamente. Os guerreiros da Ordem da Rosa Branca observavam em silêncio, sentindo o gosto de uma vitória amarga. Uma vitória que na verdade era uma derrota.
Esse silêncio perturbava William, que tentava encontrar em seu corpo forças para continuar lutando, mas sem sucesso. Inferno estava correto, o manipulador do vento havia ultrapassado seu limite.
-William: “Não tem mais jeito, eu estou vencido. Nós... estamos vencidos...”
Desistindo de seus esforços para se erguer, William começava a se sentir culpado por colocar seus aliados na mesma situação que ele. Sentia-se mal porque sabia que era culpado pelas mortes que sofreriam.
-William: “Eu não fui forte o bastante...”
Caída observando o lindo céu estrelado, Yasmin também estava sem forças. Nesse momento em que a morte já era uma certeza, tudo parecia perder o significado. Sua honra como militar, sua busca pela verdade, o fardo de ser uma Pyrath, tudo parecia memórias distantes. Ao invés de pensar nisso, ela tentava entender porque cada vez as estrelas pareciam mais próximas.
Pequenos fragmentos brilhantes e prateados começaram a chover sobre o pátio da ordem. Eles atravessam a barreira sem dificuldade e criavam círculos concêntricos nela, como se fossem pedras atravessando a superfície da água. A bela chuva de estilhaços de prata por algum motivo reconfortava Yasmin. Ela sorriu.
-Yasmin: “Se o que fizemos hoje trouxer um futuro melhor para Chesord, então com certeza... valeu a pena...”

Em uma planície iluminada pelo luar soprava uma brisa gentil através da grama. Por lá corria Elbio, com toda a velocidade que seu corpo permitia, quando foi surpreendido pela mesma neve prateada.
-Elbio: Estes devem ser os fragmentos mágicos da barreira, caindo por todo o reino.
Embora tivesse muita pressa, ele parou e olhou para o alto, maravilhado com o fenômeno que ocorria, até que finalmente uma sensação de lamento assolou sua alma, tão forte que o fazia ter vontade de chorar.
-Elbio: É como se a própria Lua derramasse lágrimas de tristeza para consolar a dor dos que batalharam.

-Inferno: É chegada a hora de punir aqueles que trouxeram a desgraça para Chesord.
Sob a chuva de prata, Inferno ergueu sua espada diante de Yasmin. A garota mantinha os olhos fechados e uma expressão de serenidade.

Vortex observava a cena e desejava impedir o líder da ordem, mas podia ver na expressão dele que nada o faria mudar de ideia, pois estava determinado. O controlador dos portais não se atreveria a detê-lo.

Sob a chuva de prata, a lâmina de Inferno desceu ao encontro da ex-capitã.


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Notas finais do capítulo

Tudo indicava que seria...
Capítulo 97: Apenas um Dia Normal
Em breve.



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