Elbio assistiu a todo o desenrolar da disputa entre seus amigos e os integrantes da Rosa Branca com o coração batendo em alta velocidade. Porém, ele acreditou no sucesso do plano de William e regozijou-se quando diante de seus olhos o último pilar deixou de existir. Ainda assim, ele não esteve observando tudo apenas por curiosidade.
-Elbio: Eu tenho que ser rápido, antes que seja tarde demais.
O rapaz deu as costas para a batalha e correu. Em sua mente ele desejou que nenhum de seus amigos morresse, mas ele temia pelo pior. Agora que o monumento a ser defendido pela ordem estava destruído, restaria a eles apenas uma missão: eliminar todos os inimigos.

Ent cambaleava entre os escombros, a mão direita sobre seu braço esquerdo. O inimigo estava caído diante do controlador das plantas, mas a batalha foi cansativa e brutal. Sentindo que seu braço estava fraturado, o velho sentou sobre um dos vários destroços e dirigiu seus olhos para o pilar.
-Ent: Não... eu não creio!
O fato de que Inferno havia falhado era mais doloroso do que todas as feridas que Ent recebeu no confronto contra o espírito terreno. O impulso do velho era correr até lá para descobrir o que aconteceu, mas infelizmente ele estava impossibilitado. Mal tinha forças para se levantar, quanto mais para ir até a base.
-Ent: Como pudemos falhar?

Ardendo em chamas, o espírito terreno com forma de pássaro caiu dos céus causando um grande estrondo. Exausto, Carbon caiu de joelhos e apoiou-se no chão com suas mãos.
-Carbon: Eu... venci...
Esgotado, tentou se levantar, mas as forças lhe faltavam e o controlador da fumaça perdeu o equilíbrio, caindo em seguida. Respirando pesadamente, ele desistiu de qualquer tentativa de se erguer.
-Carbon: Eu só espero... que Yasmin esteja viva...

Com sua lança cravada na cabeça da salamandra gigante, Electron descarregou toda a sua energia na forma de eletricidade, percorrendo cada molécula do corpo do monstro. A besta não resistiu e tombou, vencida. O controlador do relâmpago então soltou um longo suspiro e limpou o suor de sua testa.
-Electron: Missão cumprida.
Instintivamente, seus olhos se deslocaram na direção do pilar e, com grande surpresa, ele constatou que a estrutura já não existia mais. A Ordem da Rosa Branca havia falhado em sua missão, um pensamento inconcebível para Electron. Mesmo à beira da inconsciência devido ao cansaço e aos ferimentos, ele arrancou sua lança do inimigo vencido e começou a caminhar vagarosamente na direção da base da ordem.
-Electron: Inaceitável...

Viper deixou escapar sua cimitarra da mão e deu um passo para trás. A aranha gigante continuava avançando em sua direção, mas a garota não tinha forças para continuar lutando. Sentia-se humilhada por falhar na missão de deter o espírito terreno, mas sabia que esse sentimento logo seria apagado quando o monstro a matasse.
-Eu envenenei ela de todas as formas possíveis, e mesmo assim...
A terra tremia levemente a cada passo da aranha e, quase chorando, Viper fechou os olhos esperando não sentir muita dor. Porém, depois de quase meio minuto a controladora do veneno sentiu um estrondo poderoso e não resistiu à curiosidade, percebendo que o espírito terreno estava inerte no chão.
-Viper: Eu... consegui?
O monstro não se mexia mais, estava claro que a vencedora era Viper. Constatar isso a fez rir nervosamente por um instante, mas logo depois ela se rendeu à fadiga e caiu, inconsciente.

Quando a baleia coberta de gelo caiu no chão, seu corpo rachou em vários pedaços. Ofegante, Aurora colocou a mão sobre seu ombro direito, manchando seus dedos de sangue. A ferida não era profunda, mas a hemorragia já começava a afetá-la, atordoando seus sentidos.
-Aurora: Pelo menos... eu acabei com esse monstro...
A controladora do gelo apoiou-se em uma parede enquanto pressionava seu ferimento com a mão numa tentativa vã de deter o sangramento. Sua visão se tornava cada vez mais desfocada, até que finalmente a garota desmaiou.

Golpeando com toda a força que possuía, Spectra cortou o braço esquerdo do macaco gigante com um golpe duplo de suas adagas. Um sangue obscuro jorrou da ferida, mas aparentemente isso em nada afetava a criatura, que reagiu com um soco. A controladora da névoa foi lançada contra uma parede e caiu.
-Spectra: Mas que desgraçado...
O macaco cambaleou enquanto o sangue continuava a abandonar seu corpo. Para a surpresa de Spectra, a criatura virou-se e tentou fugir, mas a ferida era grave demais e em questão de segundos o espírito terreno tombou.
-Spectra: Hmpf, deu mais trabalho do que eu esperava.
A mulher olhou na direção do pilar, mas não conseguiu localizá-lo. Imediatamente pensou na pior hipótese possível e tentou se erguer, mas a dor era aguda demais para permitir isso.

Inferno começou a gesticular e a recitar palavras estranhas. Samantha logo percebeu que ele estava ativando alguma espécie de encantamento, mas não pôde fazer nada a tempo de detê-lo. Uma cúpula translúcida surgiu no pátio da base da ordem, cobrindo todos os manipuladores.
-Inferno: Fomos derrotados, mas vocês não sairão impunes!
-Samantha: O que você fez?
-Inferno: Esta é uma variação do ritual que foi usado para criar a barreira ao redor do reino. Você deve saber muito bem que isso impede que qualquer pessoa entre ou saia.
-Samantha: Tolo, eu posso localizar facilmente o objeto mágico que sustenta a barreira com minhas próprias magias.
-Inferno: Objeto? Você está muito enganada, garota, o suporte dessa base sou eu! Para derrubá-la você terá que me matar!
Samantha compreendeu a gravidade da situação, mas de certa forma isso tornava tudo mais simples. Bastava cravar suas garras no pescoço de Inferno e estaria tudo acabado.
-Inferno: Pela lei de Chesord, o que vocês fizeram não garante nenhum tipo de perdão. Estão todos condenados à morte!