Roses And Demons: Roots Of Rebellion escrita por JulianVK


Capítulo 87
Seis Bênçãos


Notas iniciais do capítulo

O Sol está brilhando na página principal de Roses and Demons. Depois de um longo tempo sem novas imagens, finalmente vocês podem admirar o mais belo integrante da Rosa Branca.
Obrigado, Elierme. Obrigado, Polux.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/144142/chapter/87

“Eu sempre pensei que a verdade prevalecia sobre a mentira, que sempre brilhava forte indicando o caminho correto a se seguir. Será possível que eu estava tão enganada assim? Sinto que estou em um labirinto, no qual todos os caminhos são incorretos. Porém...”

“Mesmo que aquele sonho se torne verdade, mesmo que eu esteja trilhando um caminho incorreto. Eu vim até aqui com Yasmin e Karin, não vou deixá-las na mão agora, tão perto do fim!”

Fechando um livro diante de seu rosto, Vortex soltou um longo e pesado suspiro. Estava cansado, mas havia muito trabalho a ser feito ainda. Contudo, a satisfação de chegar cada vez mais próximo de uma solução o mantinha motivado.
–Vortex: A Cúpula Mágica dos Catorze Lacres. Ironicamente, isso parece uma alusão ao fato de que existem catorze domínios em Pravus.
Monologava na biblioteca vazia, seguro de que seus colegas possuíam seus próprios deveres para resolver. Ainda assim, não deixaria mais que seus pensamentos se tornassem palavras, pois cada vez eles logo denunciariam suas verdadeiras intenções.
–Vortex: “É uma magia perigosa, que diminui o número de batidas do coração de qualquer um que esteja em sua área de ação. Aqueles cujo poder elemental corre pelo sangue ficam quase que impossibilitados de usar suas habilidades devido ao fluxo sanguíneo reduzido. Se eu conseguir anular pelo menos sete dos emblemas, o feitiço perde a estabilidade e deixa de funcionar.”
O homem se levantou e, com passos curtos, foi até uma janela e observou o pátio, onde várias pessoas de idade recitavam palavras estranhas e gesticulavam. Vortex sentia a energia se acumulando no local e isso o deixava inquieto.
–Vortex: “Mesmo que eu destrua a cúpula, ainda assim as chances de sucesso serão ínfimas. Mas eu preciso arriscar.”

Dia seguinte. Os seis manipuladores passaram o dia inteiro se preparando, de uma ou outra forma, para a batalha que ocorreria à noite. Mesmo entre as bruxas o clima era de tensão, pois todas ansiavam pela queda da barreira. Se pudessem, certamente pegariam em armas e combateriam também, mas Madame Papillon as proibiu, ciente de que uma ação deste tipo iniciaria uma verdadeira guerra antes do momento adequado.
Às dezoito horas, o grupo fazia uma refeição juntamente com as bruxas num grande salão preenchido com cerca de duas dezenas de robustas mesas. Elbio e Kate acompanhavam a refeição ao lado dos manipuladores e foram os primeiros a notar que Madame Papillon se aproximava, carregando um pequeno saco.
–Madame Papillon: Alimentem-se bem.
–William: Eu creio que em minutos estaremos todos prontos para partir.
–Elbio: Para alguém que pode estar morto amanhã, você certamente está calmo.
–Samantha: É verdade que a Ordem da Rosa Branca é poderosa, mas nós tomamos algumas precauções.
–Kate: E quanto ao exército?
–Yasmin: Não precisamos nos preocupar com eles. A Ordem da Rosa Branca sempre agiu sem depender de outras organizações e, por conta disso, a partir do momento em que eles entram em ação o assunto é considerado um problema deles e não do exército.
–Elbio: Mas e por que isso impediria os soldados de ajudar a Ordem?
–Yasmin: É uma questão de inveja e orgulho. Os oficiais do exército invejam os membros da Ordem por serem aclamados como heróis e receberem o apoio total do governo e do povo. Já os membros dela consideram o exército como responsável por cuidar de problemas banais e incapaz de lidar com crises.
–Fernand: Nota-se que os dois lados gostam muito um do outro.
–Yasmin: O exército não vai ajudar a Ordem e a Rosa Branca não vai pedir o apoio do exército, simples assim.
–Luna: Eu sei que não devemos encorajar a discórdia entre as pessoas, mas me sinto tão confortável em saber que o exército e a Ordem não se dão bem...
A grande maioria das bruxas já havia terminado o jantar naquele momento e cada vez mais o recinto se tornava deserto. Considerando o momento adequado, Papillon retirou do saco seis fragmentos de cristal que irradiavam uma luminosidade fraca.
–Madame Papillon: A batalha que virá a seguir será muito difícil, por isso solicitei que algumas bruxas preparassem encantamentos de suporte. Eles estão contidos nestes fragmentos e, embora durem apenas doze horas, serão de grande ajuda.
A bruxa deixou o saco cair sobre a mesa e, pegando um único fragmento, o colocou diante do peito de Yasmin. Quando Papillon soltou o cristal, este flutuou por um instante antes de desaparecer espalhando migalhas pelo corpo da ex-capitã.
–Madame Papillon: A você, Yasmin, concedo destreza e precisão ímpar no manuseio de armas.
A bruxa então repetiu a ação mais cinco vezes, desejando diferentes bênçãos para cada um dos outros manipuladores. A William, velocidade como a do relâmpago. A Fernand, força capaz de fender a terra. A Karin, espírito durável como o diamante e protetor como um escudo. A Luna, resistência como a de uma fera incansável. A Samantha, trevas puras capazes de se mesclar com a própria noite.
–Madame Papillon: Nós também preparamos outro encantamento para esta noite. Quando saírem vão perceber que o céu está coberto por nuvens escuras encobrindo a luz da lua.
–Karin: Eu não gosto muito de noites escuras...
–Samantha: Então comece a gostar, Karin. Porque isso vai nos ajudar e muito.

Carbon fechou uma das portas da sala de reuniões da Ordem e caminhou em direção à única cadeira ocupada: a de Inferno.
–Carbon: Você nunca sai daqui?
–Inferno: Eu gosto de vir aqui quando quero pensar ou quando preciso de um pouco de paz. E você, não deveria estar descansando?
–Carbon: Eu estou bem, quem realmente precisa descansar é a Viper. Ela agüentou firme até ser tratada, mas ainda não está totalmente recuperada.
Silêncio. Por algum motivo, Carbon evitava o olhar de seu colega, chegando até mesmo ao ponto de se virar de costas para ele.
–Inferno: Você se sente culpado por ter abandonado o pilar, não é?
–Carbon: Eu não diria culpado, está mais para envergonhado.
–Inferno: Não deveria sentir vergonha, então. Você fez o certo e salvou a vida de sua aliada, o que eu mesmo teria feito no seu lugar.
–Carbon: Pensei que ficaria furioso.
–Inferno: É verdade que estou muito decepcionado com todos, mas ainda há esperança. Basta defendermos o último pilar e ficará tudo bem.
–Carbon: Certo. E quais foram as instruções repassadas aos outros a respeito dos inimigos? Como devemos agir?
–Inferno: Não podemos correr nenhum risco. Portanto, vamos lutar para matar.
Chocado, Carbon deu um passo para trás. Ele não esperava essa atitude do líder, que sempre procurava resolver os conflitos da forma mais pacífica possível. Se ele dizia aquilo, então realmente tinha a intenção de eliminar todos os opositores.
–Carbon: “Yasmin...”


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Apenas os perdedores jogam limpo.
Capítulo 88: Plano Ardiloso
Em breve.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Roses And Demons: Roots Of Rebellion" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.