Roses And Demons: Roots Of Rebellion escrita por JulianVK


Capítulo 78
Venenosa


Notas iniciais do capítulo

Uma nota importante a respeito de Viper que ajudará a entender este capítulo.
As células dela são muito mais resistentes que as de uma pessoa comum, assim como seu sistema imunológico. Em outras palavras, venenos, doenças e substâncias nocivas geralmente não causam mal algum a ela. Quando muito, têm seus efeitos reduzidos.
Contudo, as células de Viper morrem num ritmo muito mais acelerado que as de uma pessoa normal, o que faz com que o tempo de vida dela seja severamente reduzido.



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Deitada de qualquer jeito no sofá de sua casa, Viper tentava cochilar. Estava sonolenta e tinha certeza de que dormiria ali mesmo, mas ela não sabia que seus colegas da ordem da Rosa Branca tinham outros planos. A porta que levava para fora se abriu e por ela entraram Ent e Inferno.
-Inferno: Então você está aí? Francamente, Viper, está me deixando muito preocupado.
Com a visão um tanto embaçada, a garota esfregou os olhos para enxergar melhor. Contudo, já conhecia a voz e portanto sabia com quem estava lidando, já descontente com o sermão que levaria.
-Viper: O que foi, Inferno? Por que veio sem avisar?
-Inferno: Obviamente porque não temos mais recebido seus relatórios.
-Viper: E eu vou relatar o quê? Não acontece nada de interessante nessa porcaria de cidade, nem em outras próximas. Já é um tédio aguentar isso e você quer que eu mande cartas pra falar que meu peixe de estimação morreu e que o prefeito está tentando resolver a crise financeira daqui aumentando a extração de madeira?
-Inferno: Você tinha um peixe de estimação?
-Viper: Não, isso foi apenas um exemplo.
Enquanto Viper e Inferno discutiam, Ent seguiu na direção da cozinha, sentindo um aroma estranho. Quando observou o local, logo percebeu que haviam diversas garrafas vazias sobre uma mesa.
-Ent: Priscilla, por algum acaso você esteve bebendo?
Era a única coisa que a garota realmente não queria que eles vissem, mas eles viram. De fato, Viper havia ingerido uma grande quantidade de bebidas alcoólicas naquele dia.
-Ent: Você sabe que se continuar assim, não vai nem chegar à metade da minha idade.
-Viper: Eu não chegaria lá mesmo se cuidasse bem da minha saúde. Vocês dois sabem muito bem que a única coisa que realmente faz mal ao meu corpo é algo que nunca conseguirei remover.
-Inferno: Sei sim que seu poder corrói lentamente seu corpo, mas o mesmo ocorreu com todos os seus antecessores. Isso não justifica seu comportamento.
Irritada, Priscilla sabia que só havia uma forma de terminar com aquela discussão, mesmo que não respondesse de forma completamente sincera.
-Viper: Tudo bem! Admito, eu fui irresponsável, e tentarei cumprir com minhas tarefas. Mas não espere que eu leve uma vida como a de vocês. Nada disso, eu vou aproveitar o pouco tempo que tenho e me divertir.

Algum tempo depois, do lado de fora, Ent e Inferno se encaravam, sem conseguir expressar em palavras o que pensavam a respeito da visita. Ambos estavam um tanto decepcionados com o comportamento de Priscilla, mas não pretendiam tomar dela a pouca liberdade que ainda tinha.
-Ent: E então, o que faremos agora?
-Inferno: Vamos conversar com o prefeito daqui e proibir a venda de bebidas alcoólicas.

Carbon olhou ao seu redor, tomando ciência da situação em que estava, assim como a que Viper se encontrava. Apesar da desvantagem numérica e do fato de suas armadilhas terem sido inutilizadas, Vincent ainda acreditava que venceriam. Contudo, havia algo que o perturbava.
-Carbon: Não me diga que esse garoto é o culpado pela sua mudança, Yasmin!
-Yasmin: Pode-se dizer que sim.
Dirigindo um olhar assassino para o imóvel William, Carbon não teve dúvidas quanto ao que teria de ser feito com relação ao manipulador do vento.
-Carbon: “Pouparei os outros, mas ele eu não posso deixar viver.”
-Fernand: Será possível que todo mundo quer lutar com o William, até mesmo quando ele está nocauteado!?
Ao comando de Fernand, rochas saltaram do chão para atingir Vincent. Contudo, o homem as evitou e, mirando sua besta contra o atacante, disparou. Preparado para o contra-ataque, o soldado da terra fez uma pequena barreira de rochas se erguer, julgando-se seguro. Contudo, sentiu algo atingir sua armadura nas costas.
-Fernand: Como?
Olhando o chão atrás de si, Fernand percebeu que havia algo coberto de fumaça. Quando esta se dissipou, ele finalmente compreendeu do que se tratava: um virote semi-carbonizado.
-Samantha: Preste atenção, Fernand.
Projéteis de pura fumaça dançavam pelos ares, tentando atingir o manipulador da terra. Defendendo-se com seu machado e desviando, ele tentava evitar um golpe fatal. E não apenas ele se via alvo de tais ataques, mas também Samantha e Yasmin.

Viper estava preocupada com Carbon, pois sabia que, diferente de Spectra, ele não era capaz de gerar uma cortina de fumaça de grande extensão rapidamente. Ainda assim, não podia se dar ao luxo de ajudá-lo, não enquanto tivesse de combater Luna e Karin.
-Luna: Está se misturando com a água...?
A rajada venenosa que a sacerdotisa capturou de fato estava se unindo à água e logo a garota perdeu o controle sobre o líquido, que caiu no chão. A grama, molhada pela substância, se tornou cinzenta rapidamente.
-Luna: É algum tipo... de toxina?
-Viper: Muito observadora. Não é fatal, mas mais do que suficiente para tirar vocês duas de combate. E como eu estou com pressa...
Gerando uma grande esfera esverdeada, Viper a arremessou para o alto. A bola de veneno então estourou, despejando uma chuva sobre as três manipuladoras.
-Viper: ...acabarei com isso num instante.
Luna correu para junto de Karin e se agachou, abraçando-a, e um pequeno turbilhão em forma de cúpula cercou as duas, impedindo que o veneno as alcançasse. Mas, quando teve a visão desobstruída pela proteção, a sacerdotisa percebeu que estava prestes a ser atingida pela cimitarra de Viper.
-Luna: “A chuva não fez nada contra ela, eu já imaginava...”
A tentativa de esquiva de Luna evitou um ferimento grave, mas a arma estava próxima demais e um corte no braço foi inevitável. Gotas vermelhas de sangue respingaram no chão e em Karin.
-Viper: Eu disse que acabaria rápido.
Luna e Karin começavam a sentir os primeiros efeitos da toxina enquanto ambas percebiam um pequeno filete verde na lâmina da arma de Priscilla. A mulher havia coberto sua cimitarra com uma fina camada de veneno, o qual se impregnou no sangue derramado pela sacerdotisa.
-Viper: Foi divertido enquanto durou.


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Notas finais do capítulo

Cobertos por fumaça. Velozes. Inescapáveis.
Capítulo 79: Virotes Negros
Em breve.



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