Roses And Demons: Roots Of Rebellion escrita por JulianVK


Capítulo 7
Luna Watlear




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Os soldados que aguardavam o retorno do capitão no quartel de Hadob estavam um tanto entediados, polindo suas armas e conferindo se havia alguma falha nas armaduras. Sabiam que a probabilidade de enfrentar criaturas selvagens era grande, portanto deveriam estar prontos para a ação.
-Lituni: Este é o local, fique à vontade.
Todos reconheceram a voz do capitão pouco antes dele adentrar no recinto, trazendo consigo Luna. Os soldados mostraram-se um tanto confusos.
-Soldado: Quem é esta garota, capitão?
-Lituni: Esta será nossa guia e nos mostrará onde se encontra o pilar.
Um dos soldados riu, embora baixo. Os outros pareciam ainda mais surpresos, até mesmo preocupados.
-Soldado: Tem certeza, capitão? O local para onde iremos é perigoso, não? Ela pode se machucar.
-Luna: Eu agradeço pela preocupação, mas ela é desnecessária. Eu sei cuidar de mim mesma, portanto concentrem-se apenas no seu objetivo.
-Lituni: Ela tem razão. Estejam prontos para sair dentro de quinze minutos. E senhorita Luna, tem alguma recomendação?
-Luna: Eu sugiro que levem arcos ou outras armas de ataque à distância. Será mais fácil eliminar os perigos assim.
Perante o olhar severo do capitão, os soldados não tiveram escolha senão acatar a sugestão e buscar arcos e bestas no quartel. Dentro do tempo determinado, todos já estavam prontos para deixar o local em busca do pilar.

Algumas horas mais tarde, Luna, Lituni e os seis soldados sob o comando do capitão caminhavam pelo terreno íngreme e montanhoso ao norte de Hadob.
-Soldado: Afinal de contas, onde está o tal pilar?
Paciente, Luna apontou na direção norte, onde se erguia um monte imponente e de difícil escalada, já bastante próximo.
-Luna: Lá existe a entrada de uma caverna e, dentro desta caverna, foi erguido o pilar. Acredito que quem o criou deve ter pensado que eventualmente alguém poderia tentar derrubá-lo, por isso o deixou num local escondido.
-Lituni: Sem contar que aqui é realmente perigoso. Embora eu acredite que os animais que nos atacaram até agora não seriam uma ameaça para alguém capaz de derrubar um dos pilares.
Olhando casualmente para o alto, Luna notou que uma grande sombra movia-se em alta velocidade.
-Luna: O que vocês viram até agora foi apenas uma demonstração. O verdadeiro perigo está vindo.
A sacerdotisa apontou para o alto e os soldados entenderam o que ela queria dizer. Todos os seis prepararam suas flechas, aguardando apenas a ordem para atirar.
-Lituni: Atirem!
Uma rajada de flechas ergueu-se ao alto enquanto a sombra tornava-se cada vez maior e assumia a forma de uma ave enorme, com cerca de três metros de altura. A criatura evitou os projéteis e agarrou um dos solados com suas garras, fazendo-o largar sua arma e levando-o ao alto.
-Lituni: O que é aquilo?
-Luna: Deve ser um habitante da montanha, provavelmente com fome.
O pássaro soltou sua presa, deixando-o cair no chão, enquanto os soldados continuavam a tentar atingi-lo com suas flechas, sem sucesso. Luna, observando a cena, parecia um tanto decepcionada.
-Luna: É verdade que eu disse que sabia me virar sozinha, mas não pensei que vocês precisariam da minha ajuda.
A sacerdotisa recolheu o arco caído e puxou sua corda, como se fosse lançar uma flecha. Enquanto ela fazia este movimento, dois filetes de água surgiram, aumentando de tamanho até assumirem a forma de flechas.
-Luna: Venham para perto de mim! Imediatamente!
Na confusão da batalha, os soldados não tiveram muito tempo para pensar que estavam acatando as ordens de uma simples guia, portanto seguiram a indicação, reunindo-se ao redor de Luna. O pássaro, vendo suas presas todas concentradas no mesmo lugar, começou uma descida extremamente rápida.
-Luna: Aconteça o que acontecer, não saiam de onde estão.
Os soldados começavam a se desesperar quando Luna disparou as duas flechas de água, atingindo os olhos do pássaro com tamanha força que sangue espirrou deles. Ferido e confuso, o pássaro tentou voltar para o alto, mas tamanha era sua velocidade que ele colidiu contra o chão um pouco para oeste de onde a sacerdotisa e os soldados estavam.
-Lituni: Ele vai fugir!
Como o capitão havia notado, o pássaro tentava se erguer no ar novamente, mas de forma muito atrapalhada. Obviamente a criatura estava cega.
-Luna: Ótimo. Acredito que ela não virá incomodar tão cedo.
O sorriso de satisfação de Luna logo sumiu, tornando-se uma expressão de confusão ao notar que todos os soldados a observavam estarrecidos.

Alguns dias mais tarde, Yasmin estava de volta a Furnace. A viagem de volta havia sido cansativa, especialmente devido ao fato de que ela dormia pouco e sem conforto algum. Porém, antes mesmo de ir para sua casa, ela sentiu-se no dever de comparecer ao quartel para dar seu relatório ao General Modnar.
Ignorando os olhares surpresos dos outros soldados que a viam, Yasmin seguiu direto até o escritório do general, batendo na porta antes de entrar. O general não demorou a abri-la.
-Modnar: Pois n- pelos deuses, Yasmin! O que houve com você?
-Yasmin: Estou de volta da missão de proteção ao pilar e desejo relatar o que houve, general!
-Modnar: Sinto muito, Yasmin, mas no momento estou no meio de uma reunião importante.
-???: Deixe-a entrar. Acredito que o que ela tem a dizer também é do meu interesse.
-Modnar: Tudo bem então...
Ao entrar no escritório, Yasmin pode observar o dono da outra voz. Era um homem de cerca de trinta anos, de longos cabelos lisos e escuros, levemente azulados, e vestindo uma calça e um sobretudo cinza-prata. Em ambos os lados da calça havia detalhes que lembravam dois caules de planta entrelaçados em linha reta, os quais também estavam presentes no sobretudo. Os caules do lado direito possuíam a cor preta, enquanto que os do lado esquerdo a cor roxa. Além disso, pelas extensões do caule no sobretudo, havia pequenas rosas brancas.
-Yasmin: “Esse homem é... um dos integrantes da Ordem da Rosa Branca! Se eles decidiram agir, não há chance de William e seus aliados vencerem.”


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