Roses And Demons: Roots Of Rebellion escrita por JulianVK


Capítulo 62
Contagem Regressiva para Morrer


Notas iniciais do capítulo

Desta vez vou explicar um pouco sobre como uma pessoa se torna manipuladora e como o poder é utilizado, em resposta às perguntas que Licínio e João Pedro fizeram.
Primeiramente, o poder de manipular elementos não é hereditário. Ele se manifesta em pessoas de forma aleatória e é uma ocorrência rara, mas não tanto a ponto de manipuladores serem considerados mitos.
O poder de controlar um elemento está presente no sangue do manipulador e flui livremente pelo corpo. Ele permite que o elemento em questão seja gerado espontaneamente em alguns casos (trevas, luz e fogo) ou que as manifestação naturais dele sejam controladas (vento, água e terra).
Essa habilidade se manifesta durante a infância, geralmente com pouca intensidade. Quanto mais o manipulador exercita seu controle, maior a liberdade e força de suas manipulações.
Porém, existem exceções em que o poder se manifesta com muita intensidade, o que torna difícil para o manipulador controlá-lo, como é o caso de Karin Annings.
Por se tratar de uma energia selvagem e natural, o poder de um elemento nunca é completamente dominado e sempre é possível aumentar a eficiência. Porém, isso exige anos de prática.



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Apesar da desvantagem numérica, Scythe não parecia temer o confronto. Encarava os oponentes enquanto segurava com firmeza sua foice, aguardando o momento certo para retomar a batalha.
Scythe: Eles são realmente fortes, acho que qualquer outro membro da Ordem da Rosa Branca, sozinho, seria derrotado. Ou talvez o Inferno não, já que ele é o mais forte...
Fernand: Então ela apodrece as coisas em que encosta? Grande coisa, é só lutarmos sem manter contato físico.
Scythe: Idiota, parece que ele ainda não entendeu a situação em que está. Eu sou Scythe, é apenas uma questão de tempo para que eu vença. Que comece a contagem regressiva para as suas mortes!
Todo o grupo atacou a ceifadora. Luna com uma flecha de água, Yasmin com uma bola de fogo, Karin com uma rajada luminosa, Samantha com estacas negras, William com uma onda de vento e Fernand com uma rajada de terra.
Scythe: Não conseguirei desviar de todos os golpes...
Scythe bateu o cabo de sua foice contra o chão e se ajoelhou enquanto uma barreira óssea surgia à sua frente. A defesa suportou os ataques, mas como resultado ficou coberta de rachaduras. Em seguida, a garota correu na direção oposta aos inimigos.
Karin: Ela vai fugir? Quer dizer que vencemos?
Samantha: Nada disso, ela deve estar planejando um ataque surpresa, pois sabe que não conseguirá nos vencer dessa forma.
Yasmin: Vamos logo atrás dela, então!
Enquanto corria, Scythe olhou de relance para trás, contente em notar que estava sendo seguida.
Scythe: É, eles são resistentes. Talvez isso demore um pouco...
Luna notou que agora estavam perto de uma lagoa de águas turvas, o que lhe deu uma ideia. Aproximando-se do corpo dágua, a sacerdotisa gerou uma gigantesca flecha em seu arco e a disparou, arrebentando as árvores no caminho.
Luna: Vamos ver se você bloqueia isso!
O som das árvores sendo destroçadas fez com que a guerreira da Rosa Branca voltasse a olhar para trás, bem a tempo de se jogar no chão e evitar ser eliminada pela flecha de Luna.
Scythe: Com essa força não me surpreendo que tenham derrubado tantos pilares...
A garota foi erguida ao alto quando o chão abaixo dela explodiu devido à manipulação de Fernand. William aproveitou-se disto para se impulsionar ao alto e atacar com suas espadas, mas Scythe defendeu-se da investida com sua foice.
Scythe: ...mas eu não estou a fim perder!
William: É uma pena, mas não vamos lhe dar chances de vencer.
O manipulador do vento atirou Scythe de volta ao chão com seu poder e então desceu sobre ela, as espadas prestes a se cravar na inimiga. A garota evitou por um triz ser perfurada, pois rolou para o lado.
Yasmin: Desista, nós não queremos ter que matá-la!
Impedida de atacar William pela presença de Yasmin, Scythe foi obrigada a novamente se desvencilhar de um ataque, desta vez da Draconis em chamas.
Scythe: Desistir? Sem chance!

Spectra bebia algo, sentada sozinha diante de uma mesa de taverna e ignorando os vários olhares masculinos que se dirigiam a ela. A única ocorrência que chamou a atenção da mulher foi a chegada de Ent no local, que prontamente se juntou a ela na mesa.
Ent: Consegui resolver todas as pendências de hoje, inclusive enviar uma mensagem para o Inferno a respeito da nossa... falha...
Spectra simplesmente balançou a cabeça afirmativamente.
Ent: Tudo bem com você?
Spectra: Sim, estou bem. Apenas um pouco preocupada com Scythe, afinal de contas ela correrá um risco sério se enfrentar seis manipuladores de elemento ao mesmo tempo.
Ent: É verdade que até mesmo um membro da Ordem da Rosa Branca se encontraria numa situação complicada se tivesse que enfrentar aqueles seis. Mas você sabe tão bem quanto eu que números não significam tanto contra Scythe.
Spectra: Você realmente parece convencido de que ela será vitoriosa caso entre em confronto com nossos inimigos.
Ent: Para derrotar Scythe é preciso ser rápido, e aqueles seis não me parecem fortes o bastante para vencê-la tão facilmente. E quanto mais tempo eles perderam enfrentando aquela garota, menores são as chances de vencer.
Spectra: Realmente, o poder que ela possui é muito assustador.
Ent: Além disso, eu posso garantir que Scythe jamais desistirá de lutar. Eu já vi os olhos que ela esconde embaixo daquele capuz, eles estão repletos de determinação para lutar pelos laços de companheirismo que temos.

Scythe levantou-se, ofegante. Seu corpo estava dolorido devido a golpes que recebera, mas a garota ainda era capaz de lutar. Ela mantinha-se atenta aos movimentos dos inimigos, tentando evitar a todo custo um golpe fatal.
Fernand: Acabou, Scythe. Seja uma boa menina e desista, assim eu não terei que te machucar mais.
A menina respondeu atacando com sua foice, obrigando Fernand a dar alguns passos para trás.
Fernand: Já que não tem outro jeito...
Como não lhe agradava atacar com seu machado uma garota que ele considerava vencida, o guerreiro da terra optou por nocauteá-la com um soco. Porém, seu punho foi detido facilmente pela mão dela.
Fernand: Como?
Atingido por um chute, Fernand cambaleou para trás e caiu sentado. O rapaz se levantou com dificuldade, sentindo-se fraco.
Luna: Deixe que eu termino com isso!
A sacerdotisa tentou lançar uma flecha contra Scythe, mas o projétil caiu ao chão tão logo quanto foi disparado.
Luna: Não pode ser, por quê...?
William: Vocês também estão sentindo, não estão? Essa sensação de fraqueza, como se nossas forças estivessem se esvaindo lentamente.
Yasmin: Tem razão... eu mal consigo empunhar a minha espada direito...
Scythe: Vocês demoraram para perceber.
A capitã avançou contra a ceifadora, mas seu golpe foi tão lento e desajeitado que nem representou ameaça. Scythe então derrubou a atacante com um tapa com as costas da mão. O toque, embora muito rápido, foi suficiente para deixar uma pequena ferida no rosto de Yasmin.
Scythe: Eu também sou capaz de privar seres vivos de sua energia apenas por estar próxima. Diferente do meu toque, este é um poder que eu controlo como quero, mas não há porque não utilizá-lo contra inimigos.
Luna: Quer dizer que... mesmo antes da luta começar...
Scythe: Exatamente, eu estive minando suas forças antes mesmo de me revelar. Agora é melhor vocês começarem a se arrepender por não terem fugido, pois logo estarão tão cansados que sequer conseguirão ficar em pé!


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Notas finais do capítulo

O tempo e as forças se acabam lentamente. Lute até que seu corpo não possa mais se levantar.
Capítulo 63: Aquela que Deixa de ser Ingênua
Em breve.



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