Roses And Demons: Roots Of Rebellion escrita por JulianVK


Capítulo 24
Preparação




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Pouco mais de uma semana depois, Yasmin e suas companheiras finalmente haviam alcançado a borda da Floresta Everdread. Uma mata densa e perigosa, Everdread era famosa por ser o lar de diversas criaturas ferozes e monstruosas. Luna e Karin não conseguiam sequer imaginar que tipo de ser humano escolheria viver lá.
-Yasmin: Muito bem, chegamos. Quem quiser desistir, faça isso agora.
-Luna: Se sugerir desistência mais uma vez vou mandar uma flecha direto na sua cabeça.
-Karin: Esse lugar até que é bonito. Não deve ser tão ruim assim.
-Luna: É, já que alguém supostamente consegue viver aqui.
-Yasmin: Ok, então. Vamos logo e não baixem a guarda em hipótese alguma.

Cerca de quinze minutos depois, as três manipuladoras caminhavam cuidadosamente por entre as árvores, esforçando-se para evitar que sua passagem criasse algum som alto. Porém, Luna parecia preocupada com outros problemas além dos habitantes de Everdread.
-Luna: Yasmin, responda uma pergunta. Como vamos achar seu tio no meio desse mato?
-Yasmin: Pelo que meu pai me contou, o tio Kenoh vive no centro da floresta, perto de uma grande árvore. Quando chegarmos lá, eventualmente vamos encontrá-lo.
-Luna: Assim eu espero...
-Karin: Ei, vocês ouviram alguma coisa?
O som de folhas e galhos sendo amassados, inicialmente baixo, aumentou em intensidade até que as garotas notaram algo se aproximando. Puderam ver apenas de relance uma forma robusta e escamosa tentando atacá-las antes de sumir entre as árvores novamente.
-Luna: O que foi aquilo?
-Yasmin: Pseudodragão. É um lagarto grande e violento, mas acho que conseguiremos derrotá-lo.
-Karin: Deixe comigo! Eu dou um jeito nele!
Prestando atenção nos movimentos da criatura, a manipuladora da luz preparou-se para lançar uma rajada luminosa. Aparentemente captando as intenções da menina, o pseudodragão imediatamente dirigiu-se a ela.
-Karin: Peguei você!
Karin apontou seu cajado contra o réptil, mas tudo o que conseguiu disparar foi um filete de luz inofensivo. Desesperada, a menina sabia que não conseguiria evitar o violento golpe do pseudodragão.

William sentou-se, apoiando as costas numa rocha. Ele e seus aliados haviam decidido parar um momento para descansar, mas para o jovem seria apenas um repouso físico. O manipulador do vento pensava febrilmente em dezenas de estratégias defensiva que seus inimigos poderiam adotar para defender o pilar. Enquanto ele se preparava para o pior, Fernand não parecia nada preocupado.
-Fernand: Nossa, aquele ferreiro realmente fez um trabalho magnífico! Olha só esse machado!
Maravilhado, o guerreiro observava sua arma reformada, a qual agora possuía nas bordas de ambas as lâminas uma tonalidade azulada, resultado do uso do metal que ele teve de obter.
-Samantha: Já perdi a conta de quantas vezes você disse isso e está começando a me irritar. Se quer tanto assim admirar seu machado mais uma vez, não pode fazer isso em silêncio?
-Fernand: Você dois realmente precisam deixar de ser tão sérios. Esse estresse todo não vai ajudar a derrubar os pilares.
-Samantha: E sua atitude ajuda, por acaso?
-Fernand: Mas é claro! Mantendo o bom humor eu estarei totalmente disposto quando chegar a hora de chutar alguns traseiros. A melhor forma de encarar um desafio, por mais difícil que seja, é com um sorriso no rosto.
-William: Discordo. A melhor forma de se encarar um desafio é com uma estratégia adequada. Portanto também peço por silêncio, senão não consigo pensar.
-Fernand: Francamente, se vocês dois não me odeiam então fingem muito bem...

Caminhando pelas ruas de uma cidade de porte médio estavam dois membros da Ordem da Rosa Branca. Um deles, de baixa estatura, cabelos castanhos levemente avermelhados e cerca de treze anos, possuía as cores vermelho e verde em suas vestes. O outro, de cabelos loiros radiantes e uma beleza ímpar, aparentando ter pouco mais de vinte anos, possuía as cores vermelho e amarelo. Eram, respectivamente, Vulcano e Sol.
-Vulcano: Um pilar erguido no meio da praça da cidade. Mas que receita perfeita para envolver pessoas inocentes numa luta.
-Sol: Que pena, parece que teremos de proibir as pessoas de passar pela praça enquanto estivermos protegendo o pilar. Mas não sei se as garotas conseguirão evitar se reunir na praça para me observar.
-Vulcano: Por favor, não comece com isso novamente!
-Sol: Desculpe, mas seria um pecado privá-las de admirar minha beleza.
Vulcano, tentando ao máximo ignorar seu colega, evitava olhar para ele, na esperança de que Sol se calasse. Devido a isso, notou que uma mulher desesperada falava com um guarda, o qual parecia não ter muito controle sobre a situação. Curioso, o rapaz decidiu averiguar do que se tratava.
-Vulcano: Com licença, meu caro guarda. Meu nome é Vulcano, da Ordem da Rosa Branca. Está acontecendo algum problema aqui?
Neste momento a mulher estava de joelhos no chão, chorando baixo. Esta atitude por si só já respondia a pergunta do menino.
-Guarda: Parece que o filho dela desapareceu durante a noite sem deixar pistas. Eu disse que iria relatar o acontecido aos meus superiores para que eles tomassem a atitude adequada, mas ela insiste em pedir que eu encontre o menino.
-Vulcano: Sem pistas, é? Isso com certeza deve ser obra das bruxas.
-Sol: Mas que bando de desgraçadas! Seqüestrando pessoas inocentes para usar em rituais profanos!
-Guarda: Eu ouvi dizer que há várias décadas vêm ocorrendo casos de pessoas raptadas pelas bruxas e que tais indivíduos nunca mais são vistos. Então isso é mesmo verdade?
-Sol: A mais pura verdade. Eu não entendo como elas podem cometer tantas atrocidades! Aposto que seus rostos são tão feios quanto suas almas!
-Vulcano: Sol, tente confortar essa mulher. Eu vou tentar encontrar alguma pista sobre o esconderijo das bruxas que raptaram o filho dela e, se possível, vou resgatá-lo.
-Sol: Mas você sozinho, Vulcano?
-Vulcano: Se analisar logicamente é a melhor alternativa. Temos de defender o pilar, mas não podemos simplesmente ignorar outros problemas que prejudiquem a vida dos cidadãos de Chesord. Essa é a razão da nossa ordem existir, não?
-Sol: É, você tem razão...
-Vulcano: Você sozinho deve ser mais que suficiente para proteger o pilar, eu imagino.
-Sol: Mas é claro!
-Vulcano: Muito bem então. Nesse caso começarei a investigar imediatamente.
-Sol: E o que fará se encontrar as bruxas?
-Vulcano: Não gosto de conflitos desnecessários, então tentarei convencê-las a se entregar pacificamente. Mas, se isso não der certo, serei obrigado a puni-las eu mesmo.


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