Roses And Demons: Roots Of Rebellion escrita por JulianVK


Capítulo 100
Você é um Grande Idiota


Notas iniciais do capítulo

Finalmente, este é o último capítulo. Antes de começar a escrever Roses and Demons: Warbloom eu pretendo revisar estes cem capítulos para evitar inconsistências e, infelizmente, pode demorar um pouco.
Peço a compreensão de quem lê e prometo que me esforçarei para retomar logo a história.
Por sinal, a "Argenta" mencionada neste capítulo é a deusa da lua, adorada principalmente pelas bruxas.



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Pequenas labaredas crepitavam sobre a camisa de Fernand, inutilizando completamente o tecido. Por mais que estivesse furioso com Edward por ordenar que raptassem Clarice, o manipulador da terra não podia evitar uma pontada de satisfação por encontrar um oponente digno naquele buraco sujo.
-Fernand: Então quer dizer que você é o chefão?
Assim como Sabrina, Edward também possuía cabelos dourados. As mechas da franja dividida ao meio contornavam as bordas das lentes quadradas de seu belo par de óculos. Por trás seu cabelo era ainda mais comprido, descendo até a cintura e amarrado na metade por uma corrente prateada. Seus nobres trajes eram da cor branca, com vários enfeites de prata. Por parecer um verdadeiro aristocrata, Edward contrastava com o ambiente.
-Edward: Ah, eu suponho que você seja o Fernand Astrock. Peço desculpas pelas atitudes de meus subordinados nas quais não houve meu consentimento. Eu justamente iria levar sua irmã de volta, mas já que veio até aqui eu a entrego a você.
-Fernand: Tudo bem, mas você vai me acompanhar também. Acabo de fazer a reserva de uma cela especialmente para você.
-Edward: Lamento, mas isso não está nos meus planos. Se insistir em causar problemas não poderei fazer vista grossa.
-Fernand: Então vou levá-lo desmaiado!
-Edward: Muito bem, então vamos lutar. Sem armas nem truques, apenas com nossa força.
-Fernand: Como quiser.
O soldado jogou seu machado para o lado, o que fez Sabrina protestar.
-Sabrina: Não faça isso, é loucura!
Fernand nem sequer a ouviu, ao invés disso avançou contra o oponente, que teve a mesma reação. Os dois imediatamente começaram a trocar golpes com os punhos e as pernas num ritmo equilibrado. Diferente de seus capangas, Edward sabia lutar muito bem e seu estilo ágil e preciso tornava o confronto desafiador.
-Edward: Consigo sentir sua força em cada ataque, mas infelizmente...
Quando Fernand desferiu o soco seguinte, Edward deu um passo para o lado e puxou o braço do inimigo, atingindo-o com uma joelhada a seguir.
-Edward: ... você é muito desajeitado.
O joalheiro começou a torcer o braço do manipulador da terra, causando-lhe grande dor. Reagindo, Fernando tentou socar o adversário com seu braço livre, mas este novamente desviou e, após soltar o braço que torcia, atingiu o soldado com uma cotovelada na nuca, colocando-o de joelhos no chão.
-Edward: Agora faça o favor de levar sua irmã sem causar mais prob-
Atingindo na canela pelo cotovelo de Fernand, o joalheiro perdeu todo o seu equilíbrio e não conseguiu fazer nada para se defender quando o inimigo se ergueu atacando com um poderoso gancho. Edward foi ao alto, perdendo os óculos e caindo de costas.
-Fernand: Calma, estou apenas me aquecendo.
-Edward: Mesmo? Então se aqueça com isto!
Edward estendeu o braço esquerdo enquanto Fernand acometia, obrigando-o a se jogar no chão quando bolas de fogo cruzaram o ar.
-Fernand: O que aconteceu com aquela história de lutar sem truques, usando apenas nossa força?
-Edward: Isto não é um truque, se chama manipulação elemental. Além disso, é parte da minha força.
Enquanto discursava, o joalheiro acumulava energia em suas mãos. Chamas se concentravam nas palmas, girando em círculos cada vez maiores. Era evidente que Edward pretendia lançar um ataque derradeiro.
-Fernand: Já que é assim...
O soldado fez um movimento brusco com o braço direito, como se quisesse dar um tapa no ar. Como resultado, uma rocha saltou do chão ao lado de Edward e atingiu a cabeça do mesmo, causando um sangramento leve.
-Edward: V-Você...
-Fernand: Isso mesmo...
Fernand levantou-se rapidamente e, aproveitando-se do fato que o inimigo estava atordoado, derrotou com um poderoso soco de direita no rosto.
-Fernand: ... eu também sou um manipulador.
-Sabrina: Ainda não acabou, Fernand! Veja atrás de você.
Dezenas de homens que antes assistiam atentamente a luta agora sacavam suas armas ao ver que seu chefe estava derrotado. Eles não aceitavam tal resultado e agora desejavam punir Fernand, que começava a se preocupar. Porém, os inimigos foram lançados em diferentes direções por uma força invisível. Em meio aos caídos surgiu um homem de cabelos castanhos cujos detalhes mais marcantes eram um traje de couro roxo e uma capa. Era William Storde.
-William: Você é um grande idiota, Fernand! O que pensa que está fazendo, invadindo um lugar cheio de criminosos sozinho?
-Fernand: Você não está sozinho também?
-William: Sim, mas eu tenho poder para acabar com todos eles.
-Fernand: Convencido! Já que é assim deixe uns em pé para que eu possa espancar!
Juntos, os manipuladores atacaram os inimigos que começavam a se reerguer. Não demorou muito para que todos estivessem derrotados e, quando isto ocorreu, Clarice surgiu correndo através da conexão com o resto do túnel.
-Clarice: Você é incrível, irmão!
-Fernand: Clarice? O que você está fazendo aqui?
-Clarice: Ah, aquele homem loiro gentil pediu desculpas pelo que houve e disse que me levaria de volta para casa. Ele até me deu um anel de ouro de presente, veja!
-Fernand: Ah, é mesmo?
A menina estendeu seu braço direito e Fernand viu reluzir o anel no dedo indicador. Agora ele sentia uma pontada de culpa pelo que havia feito com Edward, mas não teve tempo de se concentrar nisso, pois logo foi abraçado por Sabrina.
-Sabrina: Graças a Argenta, você me salvou, Fernand!
-Fernand: Calma, eu não fiz nada de mais.
-Sabrina: Mesmo assim, eu quero expressar minha gratidão.
A gratidão da bruxa foi expressada com um longo e intenso beijo nos lábios do manipulador da terra, assistido por uma maravilhada Clarice e um desaprovador William. Percebendo que seu amigo precisaria de algum tempo sozinho, o manipulador do vento segurou o braço da irmã de Fernand e começou a puxá-la para fora da caverna.
-Clarice: Ei, por que estamos indo embora?
-William: Calada, você ainda não tem idade para estas coisas.

O dia já começava a amanhecer quando Fernand retornou para casa. Sua mãe, que não havia conseguido dormir de tanta preocupação, abraçou o soldado assim que ele passou pela porta.
-Mãe: Fico tão feliz que você esteja são e salvo! Aquele rapaz chamado William trouxe sua irmã em segurança e me disse que você demoraria a chegar porque precisava levar muitos bandidos para a prisão. Você realmente tem um amigo de ouro.
-Fernand: Você não imagina o quanto, mãe.


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Notas finais do capítulo

A seguir
Roses and Demons: Warbloom.
Capítulo 101: Lince Walters.



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