Last Sacrifice por Dimitri Belikov escrita por shadowangel


Capítulo 49
Capítulo 49


Notas iniciais do capítulo

Ahhhhhh esse é o último capítulo!!!
Espero que vocês tenham gostado não só dele, mas da fic inteira!! E como eu tenho um problema muito sério de depressão pós livro, amanhã mesmo vou começar a postar Shadow Kiss no POV de Dimitri, para não ficar triste!Procurem no meu perfil!!!E obrigada por acompanharem!! bjs



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Muito tempo atrás eu tracei todos os meus objetivos de vida e planejei o meu futuro. Eu sabia que queria ser um guardião desde crianças e me preparei para isso. Mas que isso. Eu me preparei para ser o melhor e consegui construir minha reputação de guardião invencível. Até que eu fui vencido por aquele ataque Strigoi.

Confesso que nos meus planos para o futuro não estava um grande amor. Mas Rose apareceu na minha vida, mudando tudo. Até o destino terrível que o futuro me reservou. Eu estava condenado a ser um Strigoi  e ela lutou contra isso. Mas antes, já havia mudado para sempre a minha vida.

Hoje eu estava aqui, deitado na cama, observando-a dormir e repassando tudo que tinha ocorrido comigo, até então. Eu já havia acordado há muito tempo, mas Rose dormia docemente. Esse era um raro momento de paz e tranqüilidade e eu queria poder prolongá-lo para sempre.

“Há quanto tempo você está acordado?” a voz de Rose ainda era sonolenta e ela estava totalmente envolvida em meus braços. Sua recuperação era surpreendente a cada dia, mas ela ainda precisava de alguns cuidados. Seu ferimento ainda precisava de curativos, mas não era nada que nos impedisse de ter noites maravilhosas de amor. A noite passada foi uma delas.

“Há um tempinho” eu olhei para janela, onde raios de sol entravam no quarto, iluminando tudo. Sentir o sol ainda era algo indescritível. Era a comprovação de que aquele passado negro tinha ido embora “Eu acho que ainda estou no fuso horário humanos. É isso ou o meu corpo só quer estar acordado quando o sol está. O ver ainda é incrível”.

“Você deveria ter levantado” ela falou suprimindo um bocejo.

“Eu não queria perturbar você”

“Isso é perfeito. Todos os dias vão ser assim?” ela percorria os dedos pelo meu peito, sua voz era sonhadora.

Eu passei os dedos na sua bochecha e ergui um pouco o seu queixo “Não todos os dias, mas a maioria”. E então, nós nos beijamos por um longo tempo.

“Eu estava errada” ela falou, quando nossos lábios finalmente se separaram “Isso é perfeito”. Eu sorri, entendendo perfeitamente a diferença que ela estava enfatizado do que era perfeito. Primeiro ela achou perfeito acordarmos juntos, numa paz, sem nada para nos incomodar. Depois ela achou perfeito estarmos juntos naquela hora.

“O que foi?” perguntei percebendo que sua expressão tinha ficado séria repentinamente.

“Você acha que eu arruíno vidas?”

“O quê? É claro que não. De onde você tirou isso?”

Ela deu de ombros “Tem muitas pessoas que a vida ainda está uma confusão. Alguns de meus amigos, quero dizer.”

“É verdade. E me deixe adivinhar. Você quer consertar os problemas de todos eles?”

Ela não respondeu. Ao contrário, ficou pensativa e eu assumi que ela estava se culpando por tudo que aconteceu com seus amigos. Ela iria querer ajudá-los. Essa era a Rose que eu amava. Sempre preocupada com os outros e sempre disposta a ajudar a todos. Eu lhe dei um outro beijo.

“Roza, é normal você querer ajudar as pessoas que ama, mas você não pode consertar tudo”

“É o que eu faço. Eu protejo as pessoas”

“Eu sei e este é um dos motivos pelos quais eu amo você. Mas, por enquanto, você só tem que se preocupar em proteger uma pessoa: Lissa”

Ela se espreguiçou, forçando o corpo dela contra o meu “Eu acho que isso significa que não podemos ficar na cama o dia inteiro?”

“Creio que não. Eles vêm primeiro” falei, passando as mãos pelos seus quadris. Seu corpo era perfeito.

Ela veio até mim e me deu um breve beijo “Mas não por um tempinho” ela falou.

“Não” eu passei minhas mãos pela sua nuca e segurei os seus cabelos. Ah, como eu gostava daqueles cabelos dela... “Não por um tempo”

Ficamos ali juntos ainda por uns momentos, mas logo nos levantamos pois tínhamos que nos aprontar para um grande evento. Era o dia da coroação de Lissa. Também era a primeira vez que trabalharíamos como guardiões, desde que fomos aceitos de volta. Vestimos o uniforme típico dos guardiões, com camisa branca, calças e jaqueta preta. Rose colocou em seu colarinho o bottom que indicava que ela era uma guardiã da rainha. Quando ficamos prontos, nos olhamos juntos no espelho.

Saímos separadamente, afinal, apesar de todos os guardiões que estavam na Corte terem sido convocados para a coroação, as minhas atividades e as de Rose não eram as mesmas. Eu estaria fazendo a guarda de longe e Rose estaria perto de Lissa. Era assim que nós tínhamos sonhado tanto trabalhar. Pelo menos naquele dia, seria assim.

A cerimônia de coroação não era muito complexa. Ela ditava que o futuro monarca passasse a primeira parte do dia na igreja, em vigília. Era uma forma de buscar orientação e benção divina para o seu futuro governo. Logo depois, ela seguiu em uma longa procissão pela Corte, até o palácio, onde ocorreria a coroação propriamente dita. Lá estavam todos os representantes das famílias reais, assim como muitos músicos, tocando melodias alegres. Apesar do ar festivo, todos os guardiões estavam em alerta máximo. Lissa, como qualquer rainha, tinha uma enorme quantidade de fãs, mas também muitos inimigos que seriam capazes de qualquer coisa para destruir seu reinado, mesmo antes dele começar. Lissa chegou ao palácio e foi para uma pequena sala, aguardando os protocolos da cerimônia.  O acesso ao salão onde ocorreria a coroação estava restrito aos conselheiros reais e a poucos convidados, com maior prestígio, pois não havia espaço ali para todos. O salão havia sido remodelado, durante os preparativos para a coroação, sendo ornamentado com as cores verde e dourado, que eram as cores da família Dragomir. Incluindo o trono e todos os artefatos reais. Este era o costume. Usar as cores da família do atual monarca em tudo que dizia respeito ao atual rei ou rainha.

Entrei no salão, observando em volta e encontrei, em um dos cantos mais afastados, Rose, Janine e Abe, que conversavam animosamente. Olhando-os de longe, pensei que eles realmente pareciam uma família comum e feliz, nem de longe refletindo todas as aflições que passaram recentemente. Janine ainda tinha o ar de guardiã séria e inabalável, mas em seus olhos, havia um pequeno brilho de orgulho, ao olhar para Rose. Ao contrário de Abe, que refletia felicidade e orgulho pela filha em gestos e sorrisos escancarados. Era realmente raro um Moroi assumir publicamente uma filha dhampir, como Abe fez, mas ele era influente demais para se preocupar com as opiniões alheias.  Realmente, Rose tinha razão. Ela tinha saído uma bela mistura dos dois. Andando calmamente, me aproximei deles.

“Ibrahim, chega, essa não é nem a hora e nem o lugar” Janine repreendia Abe por algo.

“É claro. É claro. Essa é uma reunião de família. Uma celebração. E vejam só: aqui está o nosso mais novo membro” ele falou esta última frase se dirigindo a mim. Eu me coloquei formalmente ao lado de Rose.

“Sr. Mazur” falei o cumprimentando com a cabeça. Virei para Janine, dando outro aceno “Guardiã Hathaway”. Eles me olharam como todos os pais olham para o novo namorado de sua filha. Eu tentei manter minha expressão imparcial, mas confesso que me senti um pouco embaraçado por estar ali diante deles. Isso era algo que eu podia enfrentar, eu dizia para mim mesmo. Na verdade, por Rose, eu enfrentaria coisas bem piores que esta. Abe estendeu a mão para me cumprimentar e eu devolvi educadamente o gesto.

“Ah, Belikov” ele falou ainda segurando a minha mão prolongando ameaçadoramente o cumprimento “eu estava esperando lhe encontrar. Eu quero lhe conhecer melhor. Talvez possamos sentar para conversar, uma hora dessas, para aprender mais sobre a vida, o amor, essas coisas. Você gosta de caçar? Você me parece um caçador. É isso que deveríamos fazer, uma hora dessas. Eu conheço um excelente ponto na floresta. Muito, muito longe. Podemos ir até lá, um dia desses. Eu certamente tenho algumas perguntas para lhe fazer e algumas coisas para lhe dizer, também.”

Eu não respondi aquele convite dele, mas eu sabia bem o que ele pretendia. Ele queria me deixar bem consciente do que ele seria capaz de fazer comigo, caso machucasse sua filha, de alguma maneira, era o seu jeito de cuidar dela. Rose, não gostando nada daquela conversa, deu um olhar que implorava socorro para Janine, na esperança que sua mãe lhe ajudasse, mas surtiu efeito contrário.

“Na verdade” disse Janine em um tom casual “eu gostaria de ir com vocês. Eu também tenho muitas perguntas – especialmente sobre quando vocês dois ainda estavam na St. Vladmir”.

Ao que me parecia, eu realmente teria que dar boas explicações para eles, mesmo que não fosse em uma caçada na floresta. Mas como eu disse, era algo que eu enfrentaria por Rose.

“Vocês não têm algum lugar para ir?” Rose falou rapidamente “Estamos prestes a começar”. Ela tinha razão. Todos já estavam tomando seus postos.

“É claro” disse Abe dando um beijo na testa de Rose “estou feliz por você ter voltado”. Então, ele olhou para mim, deu uma piscada de olho e falou “estou ansioso para termos a nossa conversa”. Com estas palavras, ele e Janine se afastaram de nós.

“Corra” Rose falou baixo para mim “se você fugir agora, eles não vão nem notar. Volte para a Sibéria”.

“Na verdade, eu tenho certeza que Abe notaria. Não se preocupe, Roza. Eu não tenho medo. Eu vou suportar qualquer obstáculo que eles coloquem para que eu possa estar com você. Vale a pena”.

“Você é realmente o homem mais corajoso que eu conheço”

Eu sorri, ela raramente falava algo que elogiasse a minha coragem. Notei uma comoção vinda da porta por onde Lissa passaria “Parece que ela está pronta”

“Eu espero que esteja”

Logo, o salão ficou em um silencio extremo e o Heraldo real anunciou em uma voz solene “Princesa Vasilisa Sabina Rhea Dragomir”.

Lissa entrou triunfante, vestida lindamente em trajes de gala verdes, complementados por jóias valiosas de esmeralda. Christian a acompanhava discretamente, e logo percebi que ele traria de volta o respeito de todos à família Ozera. Ele seguiu com Lissa até o trono e se afastou. Ekaterina, a antiga monarca, assumiu a cerimônia, falando autoritariamente para Lissa, apontando uma pequena almofada verde “Ajoelhe-se”. Ela seguiu o protocolo, realizando as doze perguntas juramentais que Lissa teria que responder, com sua mão direita sobre um livro. Para todas as perguntas ela respondeu em inglês, russo e romeno “Eu vou prometo”. Após essa fase, Jill tomou posição junto a irmã e Ekaterina ordenou que Lissa se levantasse.

“Erga-se. Você nunca mais se ajoelhará para ninguém” então ela a virou para o salão e proclamou “Rainha Vasilisa Sabina Rhea Dragomir. A primeira com o seu nome”. Todos no salão se ajoelharam, exceto Ekaterina.

“Levantem-se” Lissa falou, com uma voz firme. Ela seguiu para assinar alguns papéis e logo após, em uma quebra de protocolo, uma salva de palmas ecoou pelo salão e eu tinha certeza que era ecoada por toda a Corte. Até mesmo os guardiões deixaram de lado sua postura séria e celebraram. Lissa sorriu para a platéia e procurou Christian, lhe dando um sorriso especial. Então, seus olhos correram, certamente procurando por Rose, que ganhou dela um sorriso altamente cheio de cumplicidade. Rose também sorriu.

“O que é tão engraçado?” perguntei, percebendo que a expressão arteira de Rose permaneceu.

“Só estava pensando o que Lissa diria se ainda tivéssemos o laço”.

Com o tiro que Lissa recebeu, alguma espécie de força do universo fez com que o laço que elas possuíam se fosse. Ninguém sabia explicar, ele se desfez da mesma forma misteriosa com que se formou. Foi como se seu propósito já tivesse sido cumprido.

Eu peguei a mão de Rose e a puxei para perto de mim. Eu sabia que isso era uma terrível quebra de protocolo dos guardiões. Mas o salão estava festivo. E, honestamente, nós já havíamos quebrado protocolos demais, nestes últimos tempos.

“E?” perguntei, a envolvendo com um abraço.

“Eu acho que ela iria me perguntar: ‘no que nos metemos’?”

“E qual a resposta?”

Rose se apertou contra o meu peito e ali pude sentir que finalmente eu era completo. Agora, não podia mais imaginar a minha vida sem ela.

“Eu não sei. Mas acho que vai ser bom”.

 

 

*****FIM*****

 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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