Last Sacrifice por Dimitri Belikov escrita por shadowangel


Capítulo 4
Capítulo 4




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Saímos correndo de lá, e Adrian estava atrasado, mas não me incomodei, ele estava usando muita mágica o que deixava ele fraco, e além do mais, era natural para um moroi ter menos resistência que um dhampir.

“É uma grande área aberta para cobrir", salientou Rose.

Adrian estava usando o espírito para nos fazer parecer borrados e confundir os outros.  Ninguém parecia reconhecer-nos, todos estavam em pânico, estava um caos generalizado.  Havia muitas pessoas correndo em nossa direção, ou melhor, em todas as direções. Eu podia ver uma fila de carros se alinhando no portão para sair, era um grande congestionamento, com pessoas gritando e xingando,  buzinas ecoavam por toda parte. Os morois tinham medo de qualquer coisa, por menor que fosse.

 "O que Lissa está fazendo durante todo este processo?" Perguntou Rose.

"Lissa precisa parecer inocente. Ela não pode ser ligada a qualquer parte desta fuga ou da explosão", expliquei. "Ela tem que manter-se visível para os outros da realeza. E também Christian. Esses dois, com certeza, seriam meus principais suspeitos, caso acontecesse algo."

Era uma coisa fora da realidade: Lissa sem fazer nada para ajudar sua amiga, que fugia, e Christian assistindo quieto enquanto a Corte pegava fogo.

"Mas os guardiões ​​não vão suspeitar deles quando eles percebem que a explosão não foi causada por magia. E, ei, onde é que vocês conseguiram C4? Explosivos militares são extremos, até mesmo para vocês."

Antes que eu pudesse responder, três guardiões estavam em frente de nós. Dois deles eu reconheci como guardiões da Corte. O terceiro era uma graduada da classe de Rose e, se eu não me engano, elas eram bem amigas. Eu vi uma hesitação da parte de Rose, mas ela tentou afastar qualquer sentimento. Meredith sempre foi pior do que Rose, por isso não foi nenhuma surpresa que a luta tenha acabado em poucos segundos. Eu já tinha derrubado um deles, e pouco tempo depois terminei com o outro. Rose aparentou tristeza em seu rosto por ter que bater em seus colegas.

"Você fez o que tinha que fazer", Eddie murmurou.

"Eu bati com força." Rose respondeu.

"Os médicos podem lidar com concussão. Ei, quantas vezes passamos por isto nas nossas aulas práticas?"

Finalmente, chegamos às garagens.  Aquele lugar estava um caos, pessoas correndo por todos os lados, procurando seus carros. Passamos pela multidão, lembrando  do mapa das garagens que memorizei. Exatamente no lugar combinado, num canto mais afastado, estava o nosso carro. Um Honda Civic. Vi a silhueta de um homem encostado no carro. Era Abe. O que ele estava fazendo ali? Ele se virou, e eu vi o reconhecimento no rosto de Rose.

"Abe!"  Ela falou quase feliz. Ele sorriu e eu tive que me conter em rosnar. Não era para ele estar ali, ele deviria estar próximo ao funeral.  Mais uma vez estávamos sendo retidos. Eles não entendiam que não tínhamos tempo para sentimentalismos?

"O que você está fazendo aqui?" Exigi. "Você vai estar na lista dos suspeitos também!" Ele deu de ombros e eu senti minhas mãos formigar. Rose olhou para mim, com cautela.

"Vasilisa fará com que algumas pessoas no palácio jurem que me viram por lá ", explicou. "Além disso, eu não podia sair sem dizer adeus, eu poderia?" Rose sacudiu a cabeça em exaspero.

"Isso foi tudo parte do seu plano como sendo meu advogado? Não me lembro de fuga e  explosivos serem parte da formação jurídica."

 "Bem, eu tenho certeza que ele não fazia parte da formação jurídica de Damon Tarus. Eu lhe disse Rose, você nunca iria enfrentar a execução, ou mesmo um julgamento, se eu puder ajudá-la. O que, naturalmente, eu posso."

Torci impacientemente as chaves entre os dedos, encostado ao carro.

"Se eu fugir, só vai me fazer parecer muito mais culpada”.

"Eles já acham  que você é culpada. Você definhando em que a cela não vai mudar isso. Isso garante que agora temos mais tempo para fazer o que precisamos, sem a sua execução se aproximando de nós." Ele estava certo.

"E o que você vai fazer, exatamente?"

"Provar que você é inocente", Adrian entrou na conversa "ou, bem, que você não matou minha tia. Eu sempre soube que você não é inocente em tudo." Meus olhos se estreitaram,  eu não gostava das pessoas falando assim sobre ela, ainda que fosse verdade.

"O que? Vocês estão destruindo as provas?"

"Não. Temos de descobrir quem realmente a matou", disse Eddie.

"Vocês não devem estar envolvidos com isso, agora que estou livre. É  problema meu. Não é por isso que vocês me tiraram de lá?"

"É um problema que você não pode resolver enquanto você estiver na Corte", acrescentou Abe. "Nós precisamos que você longe e segura."

"Sim, mas eu" - 

"Nós estamos perdendo tempo discutindo," eu resmunguei, ansioso para sair dali, ou jamais conseguiríamos. Do que adiantaria todo esse planejamento se todos estavam colocando tudo a perder com uma conversa que não daria em nada? Então eu tomei a frente. 

"Eu sei que tudo parece desorganizado, mas você ficará surpresa no quão rapidamente os guardiões podem restaurar a ordem. E quando o fizerem, eles cercarão todo este lugar." Era verdade. Eu tinha visto os guardiões em ação antes. Eles eram umas cinco vezes melhor do que a segurança humana, mesmo em situações como esta.

"Eles não precisam. Nós teremos dificuldade em sair da Corte. Vamos ser interrompidos, isso se ao menos chegarmos ao portão. Lá terá carros enfileirados por quilômetros."

"Ah, bem," Abe começou, analisando os dedos, "Eu tenho autoridade para dizer que teremos uma nova ‘porta’ aberta logo mais no lado sul do muro."

"Oh Deus! Você é o distribuidor de C4." 

Bem, quem mais seria? Eu realmente estava ficando impaciente com toda aquela conversa sem fim. Ele franziu a testa pela primeira vez.

"Você faz parecer tão fácil. Isso aí é difícil de se conseguir."

Será que isso importava? Não, não neste momento.  Minha paciência esgotou. E foi aí que eu assumi. Já estávamos atrasados demais.

"Todos vocês: Rose precisa sair agora. Ela está em perigo. Tenho que levá-la embora." Eu estava ansioso para fazer isto e eles sabiam que o que eu falava era verdade.

"Você não tem que ir comigo” retrucou ela. Ela devia realmente me odiar depois de tudo que falei para ela. "Eu posso cuidar de mim. Ninguém mais precisa ficar em apuros. Dê-me as chaves."

Eu quase ri de sua mão aberta. Eu lhe dei um olhar que ela conhecia bem. Um olhar que dizia que ela estava falando besteira.  E realmente estava. O que ela iria fazer com as chaves? Sair dirigindo? Para onde? Ela não sabia de nada do plano e nem tinha um plano próprio, o máximo que conseguiria era terminar presa novamente, isso se continuasse viva.

"Rose, eu realmente não posso entrar em mais problemas do que já estou. Alguém tem que ser responsável por ajudar você e eu sou a melhor escolha." Não era uma coisa que ela poderia opinar. Eu já tinha decido ir com ela e nada me faria desistir.

Então, Eddie percebendo que já tínhamos perdido muito tempo a abraçou rapidamente.

"Vá. Entraremos em contato através Lissa."

Mikhail deu-lhe um abraço também, e ela virou para Adrian. Ele estava sorrindo, mas eu poderia dizer que ele odiava a idéia dela estar indo embora comigo. Afastei-me quando eles se abraçaram, eu não queria ver aquilo. A sensação era muito ruim. De repente, houve um estrondo colossal e os gritos ecoaram no ar.

"Lá, você vê?" Abe sorriu. "Um novo portão. Timing perfeito." Rose o abraçou. "Ah, minha filha. Não poderia estar mais orgulhoso. Dezoito anos e já acusada de assassinato, ajudando na fuga de criminosos e com um número de mortos que a maioria dos guardiões nunca terá" Ele era um homem inteligente e tinha todo o direito de se orgulhar de sua filha, só que aquelas palavras não passavam de ironia, não era hora para brincadeiras, precisávamos sair. Não podiam ver isso?

"Adeus, velhote", ela riu. "E obrigada."

Finalmente, ela entrou no carro e nós saímos em disparada em direção ao "portão". Pude perceber que Rose queria dirigir, mas de jeito nenhum eu iria permitir isso agora. Especialmente porque ela não tinha idéia para onde estávamos indo. A explosão abriu um buraco no muro que dava para um terreno desnivelado, dirigi o mais rápido que pude, não me importando como buracos do chão que faziam o carro bater para cima e para baixo.

"Por que o nosso carro de fuga é um Civic? perguntou ela."Não é realmente bom para off-road".

Expliquei o motivo, sobre esse carro ser comum e seus olhos se arregalaram quando eu disse que iríamos abandoná-lo, de qualquer forma.

"Olhe, agora que já estamos fora, eu quero que você ouça que eu tenho a dizer: você não tem que vir comigo.  Eu aprecio sua ajuda na fuga, de verdade. Mas você ficar junto comigo não vai lhe fazer nenhum favor. Estão me caçando, mais do que a você. Se você desistir, você pode viver em algum lugar entre os seres humanos e não ser tratado como um animal de laboratório. Você pode até mesmo ser capaz de voltar a Corte. Tasha lutaria por isto."

Era verdade. Tasha e eu tínhamos sido bons amigos desde, bem, desde sempre. Eu sabia, também, que Tasha sentia mais do que amizade e isso faria ela fazer qualquer coisa por mim. Mas, para ser sincero, a minha vida agora, nesse momento, não tinha mais espaço para Tasha. Nem para sua amizade.  Outra coisa importava agora. Eu estava sozinho com Rose e teria que ficar perto dela por muito tempo ainda. Eu ponderei tudo mentalmente, principalmente o fato de estar sozinho com ela de verdade, desde que voltei a ser dhampir. A presença dela mexia muito comigo e ainda era só o começo da fuga.

Ela alegava que eu não tinha que fazer isso, e se as palavras que eu disse a ela na igreja fossem verdade, de fato eu não teria que me meter nisso. Mas não eram verdade. Eu jamais conseguiria deixar Rose partir e ficar na Corte somente me preocupando em restaurar a minha reputação. O conselho de Adrian, no sonho, era verdade. Eu tinha que reparar todo dando que causei a Rose e essa era uma oportunidade de fazer isso. Era mais do que isso. Toda aquela necessidade de proteger Rose, de nunca deixar que nada acontecesse com ela estava vindo e era mais forte do que eu. Eu ainda a amava, mas sabia que agora era tarde para levar este amor adiante. Principalmente depois de ver como Adrian se preocupava com ela e como eles estavam ligados. Eu não tinha o direito de destruir isso. Seria uma coisa que eu guardaria para mim. Eu não podia me dar o direito de sonhar com ela, querer estar com ela.

Eu levei um tempo para responder, escolhendo as minhas palavras para não ofendê-la, eu não queria causar a mesma dor que causei a ela na igreja. Percebi que meu silêncio estava deixando Rose nervosa. Foi quando eu disse: "Eu não vou deixar você. Nenhum dos argumentos a La lógica-Rose adiantarão. E se você tentar fugir, eu vou lhe encontrar."

"Mas por quê? Eu não quero você comigo." As palavras dela pareciam verdadeiras. Ela estava superando o que sentia por mim?

"Não importa o que você quer. Ou o que eu quero. Lissa me pediu para protegê-la." Respondi, usando a desculpa da vontade de Lissa. Seria mais fácil parecer convincente indo por esta linha.

"Ei, eu não preciso de proteção-"

“E, eu vou repetir o que eu disse a Lissa. Eu jurei que iria servi-la e ajudá-la para o resto da minha vida, eu farei qualquer coisa que ela pedir. Se ela quer que eu seja seu guarda-costas, é isso que eu vou ser.” Eu me virei para olhar para ela, da maneira mais séria que eu pude, para que ela sentisse que já era algo decidido e não adiantava argumentar. "Não há nenhuma maneira que você se livrar de mim tão cedo."

Era a única desculpa que eu tinha naquele momento. E não deixava de ser verdade. Eu serviria a Lissa e faria tudo que ela pedisse. Para Lissa, Rose era mais do que uma irmã. Era quase como se elas fossem uma só. A proteção de Rose sempre seria importante para Lissa e isso também era importante para mim. Os meus interesses e os de Lissa com relação a Rose eram iguais neste ponto. Eu percebia que Rose se sentia enciumada por eu me dedicar a Lissa, e isso era bom para mantê-la distante.

Mas, como eu disse antes, eu já podia sentir a minha vida voltando e sentia que eu podia ter o controle dela novamente. Eu poderia ser grato a Lissa sem precisar perder minhas vontades, meus sentimentos. Eu sentia, novamente, que a minha vida me pertencia.


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