Last Sacrifice por Dimitri Belikov escrita por shadowangel


Capítulo 32
Capítulo 32


Notas iniciais do capítulo

Meninas! Hj eu estou muito feliz por razões pessoais e vcs sabem, qdo estou feliz eu posto mais de um capítulo no dia!!!Tb estou muito feliz com os reviews de vcs!!!Vou responder todos! Obrigada gente!



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Nós ficamos ali, com as nossas mãos entrelaçadas e sem falar mais nada. E aquilo ali parecia o natural. O certo a ser feito. Aquela proximidade dela me trazia uma sensação tão boa que eu tinha vontade de prolongar aquele momento. Mesmo sabendo que eu não podia tê-la.

Nós nos dividimos em turnos e Rose dormiu primeiro. Quer dizer, ela demorou a dormir, ficou pensativa por muito tempo até que finalmente, adormeceu. Tinha sido um longo dia, mas um momento particular passava na minha mente a todo tempo. A conversa que tivemos lá na casa dos Mastranos. Foi uma conversa muito antagônica. As palavras de Rose não combinavam com as suas ações. Ela havia dito, com todas as letras, que amava a Adrian e que ele a fazia feliz, mas, ao mesmo tempo, vi que ela me queria. Seus olhos, seu corpo e até a sua respiração diziam isto.

De repente, a culpa me invadiu. O que eu estava fazendo? O que eu pretendia com aquilo? Eu não tinha o direito de levar isso adiante daquele jeito. Eu havia rejeitado a Rose por não me sentir digno dela e hoje, quando ela consegue se refazer, aqui estou eu novamente querendo destruir tudo. E o que eu estava fazendo com Adrian? Ele tinha demonstrado ser louco por Rose, sendo capaz de desafiar toda sociedade Moroi para ficar com ela. E também na fuga. Ele parecia ser capaz de muita coisa por Rose. Ele era uma boa escolha para ela.

Eu tinha decidido a falar com Rose sobre meus sentimentos, mas agora percebo que não é o certo a ser feito. Eu não devo levar isso para frente. Não dessa forma, passando por cima dos meus valores e forçando a Rose a ignorar os dela. Eu não queria desistir dela, queria uma maneira de ficar com ela novamente, mas trair Adrian não era o certo. O pensamento de fazer algo tão desonesto fazia com que eu quase me sentisse um Strigoi de novo.

Enquanto eu estava ali, de guarda, decidi não levar mais isso adiante. Eu não tinha esse direito. Eu tinha que cortar o mal pela raiz. Agora já era tarde. Nada mais havia para consertar a grande besteira que eu tinha feito quando a rejeitei. Qualquer coisa que eu tentasse agora seria uma falta de caráter. Eu iria ajudar a Rose a resgatar a irmã de Lissa e a fugir, enquanto sua inocência não fosse provada e só. Essa era a minha missão. Eu tinha que ser forte e guardar todo esse sentimento dentro de mim.

“É a sua hora de dormir, camarada” meus pensamentos foram interrompidos por Rose. Nossa, o tempo tinha passado e eu nem havia notado. Eu ainda agüentaria mais algumas horas de vigília.

“Você pode dormir mais, se precisar” falei.

“Não, eu estou bem. E lembre-se, você não é o-“

“Eu sei, eu sei. Eu não sou o general” eu a cortei sorrindo.

Eu esperava que Rose sorrisse também, mas ela ficou calada e pensativa por alguns minutos.

“Dimitri, antes de você dormir, eu preciso lhe contar algo”

Senti meu estômago esfriar. Por um momento, pensei que ela iria retomar a conversa que estávamos tendo quando os guardiões invadiram a casa dos Mastrano. Eu havia decido manter distância dela, mas resistir a Rose era difícil.

“Sim, eu estou ouvindo” eu falei cautelosamente.

“Agora, quando eu estava dormindo, eu tive um sonho do espírito, induzido por Sonya. Ela me contou tudo...” ela fez uma pausa e continuou “bem, como foi que todos ficaram depois que fugimos. Ela disse que os guardiões foram chamados por John, padrasto de Jill. Mas Victor e Robert conseguiram fugir usando a magia do espírito e levaram a Jill com eles. Os guardiões prenderam Sydney. Sonya também conseguiu fugir, usando a mágica. Ela está tentando localizar Jill por sonhos. E, bem, eu disse a ela onde estávamos, ela está vindo nos encontrar.”

Eu estava aliviado por ser este o assunto que ela tinha para falar comigo. Fiquei processando toda aquela informação.

“Eu... eu fiz a coisa certa em contar para Sonya onde estamos?”

Nós não podíamos deixar Jill com Victor. Ela seria um trunfo nas mãos dele. Ele poderia conseguir o que quisesse com isso. Ao mesmo tempo não via outra maneira de encontrar Jill de forma segura  e rápida, a não ser por Sonya. Seria bom que Sonya estivesse conosco. Assim nós dois nos ajudaríamos nos nossos traumas. O único problema seria ela tomar cuidado para não ser seguida.

“Sim. Você tem razão de que precisamos da ajuda dela. Ela pode encontrar a Jill. O problema é que Victor e Robert também devem saber disso. Você também está certa de que é melhor eu descansar para o que vem pela frente” falei, antes que ela começasse aquele outro assunto...

Eu relaxei e, em poucos minutos estava dormindo. Felizmente, foi um sono sem sonhos ou pesadelos. Eu dormi profundamente, tanto que não percebi as horas passarem. Até que senti, bem de longe, algo passando pelos meus cabelos. Era um toque leve e suave. Movimentos muito delicados. Aquilo foi me trazendo, lentamente, da inconsciência do sono. Foi quando senti o cheiro da pele de Rose. Era o cheiro doce que eu tanto desejava. Então abri os olhos.

Meu subconsciente me traiu. Eu, dormindo, tinha me deitado em cima de Rose, descansando a minha cabeça em seu peito. Eu estava totalmente relaxado e aconchegado nos seus braços, sentindo seu corpo quente em baixo do meu. Aquilo ali pareceu acentuar tudo que eu sentia por ela. Era como se ela fosse a cura para as feridas do meu coração. Não adiantava eu pensar o que era certo ou errado. Ali, aquilo parecia o certo. O caminho natural de tudo.

Eu não tinha idéia há quanto tempo eu estava nessa posição, mas o sol já iluminava a tenda. Os dedos dela ainda estavam acariciando os meus cabelos e eu me ajeitei de forma que pude olhá-la nos olhos. Foi o meu erro. Naquele momento passaram tantas coisas por aquele olhar. Era como se nada à nossa volta existisse mais. Era como se não existisse fuga, acusações, passado como Strigoi, nem mesmo aquela  barraca desconfortável onde estávamos. Eu me senti como se tivesse no paraíso. Eu queria muito Rose, eu a amava muito, mais do que qualquer coisa na minha vida. Eu olhava para ela intensamente e os nossos rostos estavam há apenas alguns centímetros. Eu segurei delicadamente seu rosto e fui em direção aos seus lábios. Como eu queria aquilo. Mas logo, algo me parou. Eu lembrei de tudo que eu tinha pensado e decidido ontem à noite. Eu não podia levar  isso adiante. Lutando contra aquele amor, aquele desejo, eu me afastei de Rose e sentei.

“Q-Qual o problema?” ela perguntou com a respiração pesada e com frustração nos olhos.

“Escolhas. Têm muitas escolhas” eu falei olhando para ela. Lutando para manter a minha fisionomia imparcial. Eu não podia levar estes sentimentos adiante. Não podia.

“Eu sei... eu sei que as coisas mudaram. Eu sei que você estava errado. Eu sei que você pode sentir amor de novo” ela falou e sua voz ainda era baixa. Lá estava Rose me desvendado de novo. Como ela conseguia me conhecer tão bem?

“Isso não se trata de amor” falei rispidamente.

“Se não é amor, então é o quê?”

“É sobre fazer a coisa certa” eu falei tão baixo que eu mesmo quase não pude ouvir a minha voz.

Eu senti que Rose não ia se dar por vencida e que estava prestes a me colocar contra a parede. O pior, é que eu não sabia se conseguiria resistir. Mas ouvi uma voz, vinda lá de fora.

“Rose? Dimitri?”

Era Sonya, ela havia chegado. E eu agradecia mentalmente por ela ter aparecido naquela hora e ter interrompido tudo.


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