Last Sacrifice por Dimitri Belikov escrita por shadowangel


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Meninas, adorei os reviews! Que bom que estão gostando! Segue o Capítulo 03. Apesar de já estar bem adiantada (tenho muitos capítulos já escritos), aceito sugestões!Abs!



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Fiquei lendo e relendo tudo deitado na cama, até que finalmente, o sono veio. Agora eu estava na cabana em St. Vladmir. A cabana onde eu e Rose tivemos nossa primeira e única noite de amor. Mas não era Rose que estava lá. Adrian estava e pé, perto da lareira.

“Hey Belikov” Ele falou baixo e pensativo “Geralmente eu costumo escolher os locais onde os sonhos se passarão. Mas acho curioso quando a outra pessoa participante do sonho escolhe. Sempre são cenários interessantes. Dizem respeito a algum sentimento oculto...” Ele falou de forma séria, sem aquela arrogância habitual. Por um momento eu tive a sensação de que ele sabia o que tinha acontecido comigo e Rose ali. Mas era só impressão. Ele também estava sóbrio, novamente. O que era muito estranho para ele.

Não pude deixar de sentir um desconforto em estar com Adrian ali naquela cabana. Ainda que fosse somente uma projeção do meu subconsciente.

“Eu recebi a visita de Abe. Encontrei as orientações e já memorizei tudo.” Falei, indo direto ao assunto, tentando ser breve.

“Você encontrou todas as anotações?  Que bom. Você entendeu tudo?” Ele perguntou com um ar irônico “Se tiver alguma dúvida, a hora de perguntar é essa.”

“Claro que entendi” Respondi impaciente. Realmente, a lembrança daquela cabana não era legal com Adrian lá.

“Muito bem, boa sorte para você Belikov. Vejo você amanhã.”

Quando pensei que o sonho fosse terminar, Adrian acrescentou “Você parece bem melhor hoje. Sua aura está brilhante, como eu ainda não tinha visto desde que você foi restaurado, parece com a sua aura nos tempos da St. Vladmir.”

“Minha aura?” perguntei.

Adrian sorriu tristemente e logo tudo foi ficando fora de foco, então acordei.

Passei o resto da noite acordado. Novamente repassando tudo mentalmente. Nada podia dar errado. Talvez fosse a única chance de salvarmos Rose. Mas, mas ao mesmo tempo, podia ser a maneira de matar Rose mais rapidamente, uma vez que a lei Moroi diz que um fugitivo pode ser executado sumariamente se for pego.

De manhã, tentei manter a calma, na medida em que o tempo passava. Exatamente na hora programada escutei um barulho de luta vindo lá de fora. Prontamente, meus guardiões assumiram a postura de combate e foram até a porta, esquecendo momentaneamente de mim. O que foi um erro para eles. Eu não era uma pessoa que podia ser ignorada assim, principalmente se eu fosse um prisioneiro. Então, sabendo o que estava acontecendo, não demorei em aproveitar que eles estavam distraídos e os ataquei.

Eu pensei que estava na hora de entrar em ação, e todo aquele instinto foi se apoderando de mim. Sinceramente, nem me dei conta de como fiz aquilo, mas em poucos minutos, os dois guardiões estavam desacordados, no chão. Abri a porta e vi Mikhail e Eddie lutando contra três guardiões. Sem pensar, me juntei a eles e conseguimos derrotá-los rapidamente. Apesar de levarmos alguns golpes, tudo me pareceu bem fácil.

Mikhail retirou uma fita adesiva prateada e logo percebi que devíamos deixar todos eles presos e amordaçados, no caso de algum deles acordar antes da hora. No final do corredor, pude ver Adrian. Ele estava concentrado e tinha uma aparência cansada. Estava usando compulsão do espírito para que os guardiões não os reconhecessem, eles se lembrariam somente de mim, como estava no plano. Isso parecia consumir muita energia dele.

Saímos do prédio, que estava calmo. Era o dormitório dos guardiões e, naquela hora do dia, todos os eles estavam em serviço, principalmente com o funeral da rainha acontecendo. Só os meus guardas tinham ficado por lá. Saímos andando com cuidado para não chamar a atenção, até chegarmos perto do prédio onde ficava a prisão. À medida que nos aproximávamos, sentia meu coração bater mais rápido. A idéia de rever Rose mexia muito comigo, ainda que nestas condições. Também podia sentir a adrenalina tomando conta de mim. Estávamos chegando num momento crucial.

Nos escondemos nas sombras dos prédios. Agora era só esperar. Mikhail me entregou duas estacas – uma para mim e outra para Rose -  e um bastão que era utilizado pelos guardiões para imobilizar sem matar.

Minutos depois, ouvimos uma explosão distante. Era o nosso plano em execução. Dois “funcionários” de Abe colocaram explosivos nas estátuas dos monarcas, durante a madrugada, e Lissa tinha ajudado com compulsão do espírito para que eles não fossem notados enquanto faziam isso. Aquilo colocaria todos os guardiões da Corte, inclusive os que estavam de plantão no prédio da prisão em ação para desvendar o que estava acontecendo e acalmar o caos que isso geraria. Eu tinha que reconhecer que Abe tinha tido uma idéia brilhante. Agora eu sabia de quem Rose havia herdado sua inclinação por planos malucos.

Estava funcionando. Logo depois da explosão, batalhões de guardiões deixaram o prédio da prisão correndo de forma ordenada e foram em direção a catedral onde acontecia o funeral. Foi quando nós entramos. Eu fui na frente para ser visto primeiro. Encontramos um guardião sentado na recepção que foi claramente pego de surpresa quando me viu.  Ele parecia não notar os outros, o que era um sinal de que a mágica de Adrian estava funcionando. Aproveitando o elemento surpresa, rapidamente Eddie e Mikhail o atacaram, o deixando desacordado. Corremos em direção a cela de Rose, quer dizer, tentamos ir o mais rápido que podíamos, uma vez que Adrian não tinha o mesmo preparo nosso, o que nos retardou um pouco.

Eu apareci na entrada do corredor, onde tinha mais três guardiões que guardavam a cela. O restante do prédio estava vazio. Eles se assustaram quando me viram, e vieram na minha direção. Era isso que eu queria, não seria nada bom ficar lutando de frente para cela de Rose. Eles estavam armados e podiam responder atirando. Então, antes que eles pudessem ter qualquer reação,  comecei a lutar e logo Eddie e Mikhail se juntaram a mim e  cada um de nós estava com um guardião. Depois de uma sucessão de golpes, todos eles estavam no chão, desacordados. Sinceramente, tudo passou como um borrão. Eu só tinha foco em sair dali com Rose, o que me fez entrar no meu modo batalha e lutar sem pensar.

Mikhail pegou no bolso de um deles, um cartão de acesso e umas chaves e foi direto para a cela onde Rose estava. Instantaneamente senti meu corpo ficar tenso. A qualquer momento poderiam surgir outros guardiões e todo plano estaria perdido. Eu me foquei nos arredores, prestando atenção em todo ruído estranho que poderia vir lá de fora. Ao mesmo tempo estava ansioso para rever Rose. Mikhail abriu a cela ela saiu imediatamente, como sempre fazendo milhares de perguntas, tentando entender tudo que estava acontecendo. Senti meu coração disparar. Apesar de estar presa, sem cuidados, ela era a garota mais linda que eu já tinha visto, sua beleza sempre me impactava. Quando ela me olhou, percebi que ela tinha ficado explicitamente surpresa em me ver. Eu diria que ela ficou mais do que surpresa. Ela estava chocada. O que ela esperava? Que eu não me envolveria em algo assim por ela? Analisei cada detalhe dela, me sentindo muito aliviado por ela estar bem. Eles conversavam e eu só conseguia pensar em sair dali o mais rápido que podíamos, tanto que nem ouvia direito o que eles diziam. O tempo estava correndo e não tínhamos tempo para explicações.

“Vamos, não temos muito tempo” falei, querendo sair dali imediatamente.

“De jeito nenhum eles vão pensar que ele fez isso sozinho! Eles viram o rosto de vocês” Rose continuou falando. Eu podia ver sua mente a mil, ainda tentando entender tudo que estava acontecendo. Foi quando Adrian entrou pelo corredor, passando por mim.

“Não mesmo. Não depois de uma amnésia induzida pelo espírito. Quando eles acordarem, a única pessoa que vão lembrar de ter visto é o inconfundível cara russo. Sem ofensas.” Adrian falou.

“Não me ofendi”. Respondi ficando ainda mais agitado.

Quando Rose viu Adrian, abriu um lindo sorriso. Sorriso que não tinha vindo quando ela me viu e aquilo me deixou mais inquieto. Me fez perceber que ela tinha levado a sério o que eu tinha falado e realmente estava tocando sua vida para frete. Eu sei que isso era o certo a ser feito agora, mas eu não conseguia dominar essa sensação de perda que me invadia. Adrian também sorriu para ela e logo senti uma certa cumplicidade entre os dois. Isso me deixou mal. Eles continuaram conversando, então eu os interrompi, antes que eles começassem a se abraçar e beijar...

 “Precisamos ir” Falei na forma mais dura e autoritária que pude. Eu tinha que trazer meu foco de volta e o deles também. Estávamos no meio de uma fuga. Tínhamos pouco tempo para cumprir todo plano. Acho que funcionou, pois todos olharam para mim, e seguiram o meu comando.

“Espere, antes de ir conosco, você precisa saber de algo” Adrian começou a falar, fazendo com que minha paciência fosse pelos ares. “Ela precisa” Ele falou firmemente, me olhando nos olhos.

“Rose, se você fugir... você vai estar confirmando a sua culpa. Você será oficialmente uma fugitiva. Se os guardiões lhe pegarem, eles não vão precisar de um julgamento ou sentença para lhe matar” Adrian falou para Rose.

Aquelas palavras pegaram Rose desprevenida. Por um momento eu pude ver a hesitação nos olhos dela. Mais uma vez uma hesitação que poderia acabar com a vida dela. Quando conheci todo esse plano de fuga, eu jamais imaginei que Rose não fosse concordar em fugir. Para mim era como se aquilo fosse o óbvio a ser feito. Mas ali, naquela hora, eu pude ver sua mente ponderando as conseqüências da fuga. O conflito estava nos seus olhos. Mas logo se dissipou.

“Vamos embora” Rose disse corajosamente.


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