Last Sacrifice por Dimitri Belikov escrita por shadowangel


Capítulo 28
Capítulo 28


Notas iniciais do capítulo

Só aquecendo...



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Rose, Sydney e Sonya saíram do carro.

“Tenha cuidado” eu falei, sentindo um repentino carinho por Rose. Eu sabia que aquele era  um conselho inútil para se dar a ela.

“Você também” ela respondeu e eu sorri calorosamente para ela. A cada momento eu me sentia mais e mais afeiçoado a ela. Também sentia muito orgulho por ela. Estávamos prestes a desvendar todo este mistério do Dragomir perdido graças à sua persistência. Rose sempre conseguia o que ela queria. Fiquei observando enquanto ela caminhava em direção a porta e senti uma pequena ansiedade tomar conta de mim. Mas não durou muito. Victor tinha que falar algo. Eu estava até estranhando por ele estar tão calado por tanto tempo. Parecia que ele tinha ouvido meus pensamentos.

“Ah... Rosemarie... tão obstinada... ela sempre consegue o que quer. Acredite, os objetivos dela nem sempre são fáceis de serem atingidos e sempre ela os supera. Não duvido que logo, logo ela esteja novamente na Corte guardando Vasilisa” sua voz era fraca e cansada.

Eu não respondi. Tudo que eu não queria, naquela hora, era conversar com alguém como Victor Dashkov. Mantive meu silêncio e permaneci parado, olhando para o painel do carro. Ele continuou falando.

“Eu me pergunto qual seria a sua conquista mais difícil...” Ele fez uma longa pausa e continuou “Eu imaginei que vocês ficariam juntos depois da sua transformação” ele fez outra pausa, esperando por uma reação minha que não veio. Eu era bom em ignorar as pessoas. Assumindo que, mais uma vez, eu não responderia, ele continuou sua provocação “Eu fico observando vocês dois... Existe muito orgulho entre vocês. Vocês ficam querendo um ao outro, mas nenhum dos dois é capaz de ceder. Bem, acho que você já percebeu como eu sou generoso e a favor do amor. Se você quiser, eu posso dar um colar a ela que facilite tudo entre vocês dois.”

Eu contive a vontade de virar e dar um soco nele.

Os minutos se arrastavam e Victor continuou a filosofar sobre Rose, eu, Lissa, a Corte e tudo que ele podia e não podia. Eu me mantive imóvel, tentando não ouvir o que ele falava, apenas me preparando para o que viria de dentro daquela casa. Como Rose sairia de lá? Com a nossa solução? Com um irmão ou irmã de Lissa disposto a cooperar e não deixar que esse esforço seja em vão? Ou será que ela virá com uma resposta negativa?

Robert estava calado o tempo todo, quando ele finalmente falou, foi algo que me intrigou.

“Vocês brilham quando estão juntos”

“Quem brilha, meu querido?” Victor perguntou.

“A garota insolente e o russo ali. As auras deles brilham muito quando eles estão juntos”

Novamente aquela conversa sobre auras. Eu já tinha ouvido falar em auras, claro, mas nunca foi algo que me interessou. Eu estava quase quebrando a minha resistência contra eles e me virando para perguntar o que aquilo significava quando vi Rose, Sydney e Sonya saírem pela porta. Olhei para Rose que olhava diretamente para mim com um lindo sorriso nos lábios. Ali eu entendi que tudo tinha dado certo. Sorri para ela também. Tínhamos conseguido.

Ela se aproximou da janela do carro e falou imediatamente “Lissa tem uma irmã e nós já a conhecemos. Jill Mastrano, aquela estudante do campus fundamental que nos tratava como celebridades”.

Com essa introdução, Rose começou a narrar tudo que havia acontecido lá dentro. Lá moravam Emily e John Mastrano. Eles tinham uma filha chamada Jill Mastrano. Ou melhor, a garota era filha apenas de Emily, fruto de um breve relacionamento dela com Eric Dragomir. A identidade do pai dela era guardado por Emily à sete chaves, mas que ela acabou revelando à Jill, no decorrer da conversa. Ela também revelou que recebia enormes somas em dinheiro de Eric, mas que preferiu viver uma vida modesta e guardar o tudo para o futuro da filha. Rose contou que eles haviam relutado bastante em ajudar a Lissa, mas que Jill havia se prontificado a ir até a Corte e assumir seu papel ao lado da irmã, então Emily não teve mais como negar à filha todos os direitos e obrigações que ela teria por ser membro de uma família real. Por fim, ela acrescentou que Emily havia concordado em nos hospedar durante a noite e que eles iriam conosco à Corte, pela manhã.

“Ela sabe que Victor Daskov é um dos hóspedes?” perguntei ironicamente.

“Não, mas nós temos como resolver isso.” Respondeu Sonya, olhando para Robert. “Nós podemos usar a mágica para obscurecer a aparência de Victor e também a sua”.

“Achamos que eles lidarem com uma criminosa fugitiva já seria o suficiente. Acho que eles não lidariam bem com mais dois” Rose falou para mim.

Milagrosamente, Sonya e Robert conseguiram trabalhar juntos para realizar essa tarefa. Os Mastranos se mostraram bons anfitriões. Não só nos acomodaram, como também prepararam um delicioso jantar e conseguiram um alimentador para os Morois. Eles realmente estavam fracos e precisando urgentemente de sangue, principalmente Sonya.

Eles precisariam usar muita mágica para obscurecer a mim e a Rose para que o alimentador e seu guarda não nos reconhecessem, então nós ficamos no andar superior aguardando. Isso deixou a mim e a Rose com certa apreensão. Victor era bastante astuto, poderia tentar algo. Mas analisando bem sua ânsia por sangue, imaginei que ele não tentaria nada. Então eu e Rose nos revezamos no banheiro para tomar banho, já que não tivemos tempo de fazer isto lá na casa de Sonya. Rose foi primeiro e eu enquanto aguardava, olhava por um canto do corrimão da escada se tudo estava bem lá em baixo. Quando Rose saiu, eu entrei no banheiro agradecido. Realmente eu me sentia imundo, precisando de um chuveiro.

Quando sai do banheiro, ainda com uma tolha enxugando os meu cabelos, fiz uma breve ronda pelos corredores e olhei novamente a sala pelo canto do corrimão. Tudo ainda estava calmo e dentro da normalidade. Fui então ao quarto onde Rose estava e entrei. Então me assustei. Rose estava sentada, com seu olhos em branco. Estava na cabeça de Lissa. Mas havia algo errado. Seus dedos apertavam o edredom da cama com força e sua respiração era ofegante. Seu corpo estava totalmente tenso. Corri até ela, me ajoelhei à sua frente e a segurei pelos ombros.

“Rose!” chamei, mas ela não respondeu, ao contrário ficou ainda mais tensa. Minha preocupação cresceu. A preocupação foi me invadindo. As últimas vezes que vi Rose agir assim, quando estava na cabeça de Lissa, tinha indicado que ela estava em perigo.

“Rose!” falei com mais força “Rose, qual o problema? Você está bem?”

“Não!” ela gritou piscando e olhando finalmente para mim. Ela me empurrou para o lado, se levantou rapidamente e se dirigiu até a porta.

“Eu preciso voltar à Corte... Eu preciso voltar à Corte. Agora. Lissa está em perigo. Ela precisa de mim” sua voz era desesperada. Ela estava totalmente em pânico.

Eu fui até ela, segurei o seu braço e a virei para mim “Rose. Roza. Tenha calma. Me diga o que aconteceu” eu lhe falei suavemente.

“Alguém tentou matar Lissa, Dimitri! E eu não estava lá!”


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