Forças do Destino II, Mudança de Vidas escrita por Luuh


Capítulo 5
Casamento Arranjado




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Forças do Destino II
Capítulo 05 - Casamento Arranjado

-Como assim? – perguntou Mione, indignada – Primeiro que eu não tenho certeza, só tenho suspeitas. E segundo: se eu tiver, não serão vocês que vão me impedir.
A suposta mãe de Hermione e a mulher se entreolharam, depois voltaram os olhos para a ruiva com um jeito de ‘eu mando em você e você obedece’ e juntas, de novo, disseram:
-Não nos desafie!
A garota, que estava por algum motivo, ficando rebelde, se sentou no sofá, irritada, e cruzou os braços. Aquiles, Aaron e Jenny apenas ficaram observando a garota, estranhando a ação dela. Mal sabiam eles o que estava acontecendo no interior da garota.
A ‘mãe’ de Mione e a outra mulher voltaram para seus devidos lugares, sorridentes, como se nada tivesse acontecido, e começaram uma conversa, ignorando a cara feia da ruiva.
-Então, Jenniffer, como eu estava dizendo antes dessa pequena interrupção – disse a mulher – eu e seu pai queríamos ter entrado em contato com vocês antes, mas primeiro que demoramos a encontra-las e segundo que, quando encontramos, vimos que vocês eram muito pequenas e talvez não entendessem o que aconteceu e porque tivemos que deixar vocês com outras pessoas, sem nenhuma explicação. Por isso...
-Por isso agora vocês querem entrar nas nossas vidas e estraga-las. – cortou Hermione, irritada, sem tirar os olhos dos pés.
-Hermione, não fale assim com a sua mãe! – falou a mulher, com tom de bronca.
Foi tudo muito rápido. Talvez a ruiva não estivesse no seu dia, porque ela levantou o rosto com uma cara de ‘eu vou te matar, pode esperar’ e olhou para a mulher com aquele olhar. Irritada, ela se levantou do sofá e começou a gritar com a mulher, agitando mãos e braços.
-Você acha que pode chegar assim e querer mandar em mim? Acha que só porque você me encontrou pode me mudar?
-Hermione Granger, eu sou sua mãe! – a mulher quis se impor e se levantou quando falou.
-Mãe? Mãe? Eu acho que mãe é aquela que nos cria e não aquela que aparece do nada querendo ocupar um lugar que não pertence a ela! Mãe... Grande coisa!
-Hermione – falou a ‘mãe’ da ruiva, aquela que criara a garota desde de pequena – não fale assim com a sua mãe! Ela não tem culpa.
A ruiva estava realmente irritada. Ela se virou para sua ‘mãe’ e gritou com ela também: ‘E você não tem nada que palpitar! Mentiu pra mim a minha vida toda! Agora, por favor, não se meta!’
-Hermione Granger! – disseram as ‘mães’, assustadas com a ação da ruiva. Não só elas estavam assustadas, todos os outros que estavam no salão também arregalaram os olhos. Aquela não parecia ser Hermione Granger. Não mesmo. Mas antes que mais alguém pudesse dizer alguma coisa, um criado entrou no salão e anunciou que o jantar estava servido.
Em silêncio, quem estava sentado se levantou, e todos seguiram o criado para o salão de jantar, que estava arrumado para um jantar para doze pessoas. O criado foi mostrando o lugar de cada um. O verdadeiro pai de Hermione ficou em uma das pontas e a mãe na outra. Mione ficou mais no meio da extensa mesa, do lado de Aquiles e na frente de Aaron, que estava do lado Jenny.
Quando todos estavam sentados, o criado abriu uma porta de vidro com uma cortina azul na frente e vários garçons passaram por ela, cada um com um prato. E cada um serviu uma pessoa que estava sentada. O garçom de Mione era até bem atraente: alto, pele clara, loiro, olhos azuis, musculoso, sorriso bonito. Quando ele serviu a garota, ela abriu um sorriso disfarçado, imaginando ele como Draco, e ele, sem saber o que se passava na cabeça da garota, deu uma piscadela seguida de um sorriso maravilhoso, que faria qualquer uma cair pra trás.
Aquiles, que observava tudo, ficou quieto. Talvez pelo bem de Mione e do próprio garçom, achou melhor não comentar nada, pelo menos não naquele momento. Depois, conversava a sós com a ruiva. Por um breve momento, continuou pensando nisso, preocupado com a garota, mas só que ver o sorriso da mesma quando essa percebeu que ele a observava, deixou os pensamentos de lado, pois sabia que tudo ficaria bem, afinal, ela era a Mione.


Draco estava sentado no sofá de um hotel, enquanto sua mão conversava com a recepcionista para pegar a chave do quarto. Eles haviam saído da mansão deles a pouco: Narcisa aparatou para o hotel, levando o filho junto. As malas já haviam sido mandadas para lá e já estavam no quarto.
O loiro não estava se sentindo muito bem. Ele não conseguia parar de pensar em Hermione e não se imaginava se divertindo naquela situação. Tentava pensar em como ia terminar com Hermione. Não chegava a nenhuma conclusão. Só de pensar que teria que terminar com Mione já sofria. Só então se deu conta que podia fazer com que a ruiva terminasse com ele. Lógico que ele sofreria, mas assim ele não teria que terminar com a ruiva. O problema era: como fazer isso? Existe várias formas de fazer uma pessoa terminar com a outra, mas naquele momento, Draco não conseguia pensar.
Decidiu então relaxar, afinal, era 23 de dezembro e logo seria Natal. Quando voltasse a Hogwarts, pensaria no futuro dele com a ruiva. Ainda sentado, ele não tirou os olhos dos pés, não parecendo um Malfoy. Apesar de ser um hotel para bruxos, aquele lugar não o fazia bem. Mas, não ficou mais muito tempo sentado: Narcisa logo veio até o filho, chamando-o para ir pro quarto. Já estava tudo resolvido.
O Malfoy se levantou como um Malfoy. A parte que não era Malfoy, a parte Black, desaparecera de suas veias e as possíveis lágrimas que cairiam se secaram. O sorriso zombateiro que conhecemos por sempre estar nos lábios de Draco voltara. Ele parecia ter alguma idéia. Só precisava de uma isca e, embora ele não soubesse, ela estava mais perto do que ele poderia imaginar.


O jantar já havia terminado. Todos já haviam comido a sobremesa: uma musse de morango com uma aparência tão boa quanto o gosto. E todos já estavam se encaminhando de volta para o salão. Iam conversar só mais um pouco entre eles antes de irem dormir, afinal, no dia seguinte era véspera de Natal e eles precisavam descansar um pouco mais para aquele dia corrido.
Já no salão, se sentaram onde estavam antes de irem jantar. Estavam todos felizes, exceto Mione que durante o jantar inteiro só sorrira para Aquiles. Parecia estar brava com o resto do mundo pelo que estava acontecendo. Mal sabia ela que o pior ainda estava por vir. E que estava bem próximo.
Quando todos se sentaram, a mulher que se apresentara como verdadeira mãe de Mione começou a falar com um largo sorriso no rosto.
-Bom, agora que vocês estão aqui, preciso contar uma coisa a vocês – ela se levantou e andou pelo salão até uma parede onde havia uma prateleira. Mione só então notou a presença dela e ficou surpresa quando viu quatro coroas sobre ela. Ela olhou para Jenny e notou a mesma expressão no rosto da garota. Depois olhou para Aquiles e Aaron e ficou mais surpresa ao ver o sorriso nos lábios dos dois – Venham – chamou a mulher ao longe, atrapalhando os pensamentos de Mione – Hermione, Jennifer, venham.
As duas garotas se entreolharam, mas responderam ao chamado, se levantaram e andaram até a mulher. Esta sorriu para elas e mostrou as coroas, sem tirá-las do lugar.
As quatro coroas estavam sobre um estofado, não estavam direto sobre a prateleira. As duas do meio, maiores, eram de ouro e, na frente de cada uma havia uma placa de ouro, escrito em uma ‘M. Granger’ e na outra ‘J. Granger’. Jenny ficou encantada com as duas coroas de ouro, mas uma das coroas da ponta chamou a atenção de Mione. Era um pouco menor que as do meio e era de prata. Mas não foi exatamente isso que chamou atenção da garota: o que a fez olhar fixamente foi a placa de ouro gravado com o nome ‘H. Granger’. Seu olhar se perdeu naquela placa e tudo ficou preto em volta. Ela só via aquele nome. A ruiva voltou a si quando sua mãe chegou ao seu lado e falou, quase que sussurrando: ‘Sim, Hermione. É o seu nome. Você é a princesa deste reino. Você é a. ’
-Cala a sua boca! – falou a ruiva, mais irritada do que nunca – Já não basta descobrir que minha vida era uma mentira? Você quer me empurrar outra vida? Eu não sou essa princesa que você está procurando! – a ruiva tentou se virar para ir embora, mas a mulher a segurou e falou num tom de falsa calma.
-Você deve estar atormentada, eu sei. Mas eu só lhe peço que se acalme e deixe as coisas acontecerem. Tudo vai ficar bem no final. Eu lhe prometo.
A ruiva agitou o braço, se livrando da mulher, e voltou para o sofá, com o olhar mais mortal do que nunca. Estava com mais raiva do mundo do que nunca. Mas isso era pouco em comparação ao que viria depois. Mal imaginava a garota que as coisas podiam piorar. Jenny e a mulher, ou melhor, e a mãe de Mione, voltaram para o sofá e por um instante, todos ficaram em silêncio.
-Bom, agora que você já sabe a verdade, vou colocar todas as cartas na mesa – disse a mulher, quebrando o silêncio.
O verdadeiro pai de Mione deu uma forte tossida e só então ela percebeu a existência dele, já que ele mal falara no jantar. Ela notou também que ele estava com uma aparência abatida. Ela ficou meio preocupada: ele não parecia bem. Mas logo sua atenção voltou para a mulher, pois ela voltou a falar.
-Bom, eu sei que vocês duas devem estar atormentadas, mas eu tenho que contar a verdade. Tudo que eu vou falar, todas as outras pessoas que estão aqui já sabem. – ela parou por um momento, tempo o suficiente para a ruiva olhar para Aquiles e ele retribuir com um sorriso, como sempre – Como vocês acabaram de descobrir, vocês são as princesas do nosso reino. E, bom, seu pai está com uma grave doença e não sabemos quanto tempo mais ele vai durar – a mulher pegou na mão do marido, com lágrimas nos olhos – E ele pediu para que coroássemos a princesa herdeira antes que ele vá.
-Ou seja – falou Jenny com um largo sorriso no rosto – uma de nós será rainha.
-Ou seja – disse Mione em tom de sarcasmo – uma de nós vai ter a vida estragada.
A rainha lançou um olhar gelado para a ruiva, mas depois deu um suspiro e se acalmou.
-É mais ou menos isso, Jenny. Uma será rainha e outra será conselheira – e depois deu uma piscadela para a garota – Mas a herdeira do trono deve se casar antes de assumir. Ou melhor, as duas devem se casar.
-Casar? – Hermione arregalou os olhos e se levantou – Você ta louca?
Aquiles, que estava do lado de Mione puxou o braço da garota, forçando-a se sentar. A ruiva olhou brava para o garoto que continuou segurando o braço dela, impedindo-a de se levantar.
-Sim, Hermione, casar. Vocês duas vão se casar com os rapazes prometidos a vocês.
-Mas eu tenho namorado – falou Mione, cada vez mais indignada.
-Namorado? – perguntou a mulher arregalando os olhos. Os supostos pais de Mione também se assustaram e fixaram o olhar na garota esperando sua resposta.
-Sim – ela falou e depois desviou o olhar para Jenny, que a olhava com um olhar um tanto frio. A garota ignorou o olhar da irmã e olhou para os pés – O nome dele é Draco Malfoy.
Quando ela terminou de falar, ela sentiu a mão de Aquiles soltar o seu braço. Na hora, ela não achou estranho, nem percebeu o que estava errado.
-Malfoy – perguntou a ‘mãe’
-Draco Malfoy? O filho de Lucio e Narcisa Malfoy?  - indagou a rainha.
A ruiva abriu um sorriso tímido e certo brilho surgiu no olhar dela quando falou que era ele mesmo. Mais uma vez, todos ficaram em silêncio, todos os olhares voltados para a garota. Dava para ouvir a respiração de cada um. Ninguém fazia nenhum ruído. Mas o silêncio fora quebrado, e pela pessoa menos esperada para fazer isso: o verdadeiro pai de Hermione.
-Você deve ter... minar com... ele – ele falou, com uma certa dificuldade, tanto em falar quanto em respirar.
-O QUE? – gritou Hermione, achando que não tinha ouvido muito bem.
-John! – falou o ‘pai’ de Mione – Também não é assim. Apesar de não gostar nada desse tal de Draco Malfoy, eu acho que...
Mas ele não conseguiu terminar, pois levou uma cotovelada da sua esposa. Ele olhou para ela e esta deu uma dura nele só com o olhar.
-Megara! – falou John, o verdadeiro pai de Mione, em tom de pedido.
A mulher, que provavelmente se chamava Megara, trocou um olhar com o marido, depois se levantou e andou até Mione, que se levantou também, encarando a mulher.
-Você vai terminar com esse garoto e vai se casar com quem nós dissermos que deva.
A garota encarou mais a mulher, tentando se segurar, mas não conseguiu e começar a gritar:
-Quem você pensa que é? Acha que depois de largar a gente, ainda tem algum direito sobre mim? Acha que só porque reencontrou a gente, pode fazer o que bem entender? Não! Eu não vou me casar, muito menos com alguém que eu não conheço.
-Hermione! – falou a ‘mãe’, se levantando, tentando acalmar e alertar a ‘filha’.
-E você não se mete – disse a garota. Estava explodindo e colocando tudo para fora – Você também perdeu seu direito. E se vocês pensam que vão me impedir de ir a qualquer evento que eu tenha, estão muito enganados.
-Hermione Granger – falou Megara, vendo que ela estava passando dos limites. Mas Mione nem ligou. Fingiu que não ouvira a mulher falar seu nome e ia recomeçar a falar, mas Megara começou a falar antes:

Don’t contradict me!

A suposta mãe de Mione também falou antes que a ruiva pudesse dizer algo.
Don’t desobey me!
E as duas juntas praticamente gritaram com a garota, proibindo-a de ir a qualquer evento.
Don’t even think about going to that audition
Mione olhou indignada para as ‘mães’
Please!
Mas as duas foram firmes.
NO!
A ruiva bateu o pé no chão, irritada.
Mothers!

[mães]
Stop..
[Mione para ‘suposta mãe’]
Stop telling me what to do

[mães]
Don’t..
[Mione para ‘Megara’]
Don’t treat me like a child of two
[mães]
No
[Mione para ‘mãe’]
I know that you want what’s best
[mães]
Please!
[Mione]
But mother, please… Give it a rest!

[mães]
Stop, don’t, no! Please…
Stop, don’t, no! Please…
Stop, don’t, no! Please…

[Mione]
Mama, I’m a big girl now!

Mione andou em direção de sua suposta mãe enquanto cantava pra ela.

Once upon a time when I was just a kid
You never let me do just what the older kids did
But lose that laundry list of what you won’t allow
‘Cause mama I’m a big girl now!
[Oh, Mione!]

Mione virou-se para Megara, que a olhava com ar de bronca.

Once upon a time I used to play with toys
But now I'd rather play around with teenage boys
So if I get a hicky please don't, have a cow!
‘Cause mama, I'm a big girl now!

Mione virou-se novamente para sua ‘mãe’, que a olhava fixamente.

Ma, I gotta tell you that without a doubt
I got my best dancing lessons from you
You're the one who taught me how to twist and shout
Because you shout non-stop, and you're so twisted too

Mione andou até Megara, encarando até o fundo da alma. Esta encarou a garota também.

Once I used to fidget cause I just sat home
But now I'm just like Gidget, and I gotta get to Rome
So say arrividicci, toodle-loo, and ciao
‘Cause mama I'm a big girl now

Megara levantou o braço para dar um tapa na ruiva, mas Aquiles, que até aquele momento só estava assistindo foi mais ligeiro e entrou no meio das duas. Megara o empurrou para longe, mas Mione já não estava perto da mulher.

[mães]
Stop, don’t, no! Please…
Stop, don’t, no! Please…
Stop, don’t, no! Please…

[Mione]
Mama, I’m a big girl now!

[criadagem]

Hey mama
Say mama
[Mione]
Once upon a time I was a shy young thing
Could barely walk and talk so much as dance and sing
But let me hit that stage, I wanna take my bow
‘Cause mama, I'm a big girl now… oh, oh, oh!
Once upon a time I used to dress up Ken
But now that I'm a woman I like... bigger men
And I don't need a Barbie doll to show me how
‘Cause mama I'm a big girl now, uuh…

Ma, you always taught me what was right from wrong
And now I just wanna give it a try
Mama, I'm been in a nest for far to long
So please give a push and mama watch me fly
WATCH ME FLY…

One day I will meet a man you won't condemn
And we will have some kids and you can torture them
But let me be a star before I take that vow
‘Cause mama, I'm a big girl now[Mione + mães ao fundo]
Mama, I'm a big girl now
Hey, ya, ya, ya, yay
Mother, I'm a big girl. Ooh!
Such a big big girl
I'm a big girl now (stop don't no please)
Ooh! (stop don’t no please)
Ooh! (stop don’t no please)
(Stop Don’t No)
Please!
Mama, I'm a big girl now!

-Hermione Granger – falou Megara, segurando o braço da ruiva e a virando para si – Vá para seu quarto.
A garota olhou-a fixamente, com raiva nos olhos.
-AGORA! – gritou a mulher. Lágrimas escorreram dos olhos da garota. Ela se virou e saiu correndo do salão. Vendo a garota sair daquela forma, Aquiles ainda tentou segura-la, mas ela foi mais rápida, e em instantes, já estava fora do salão. Correu desembestadamente, sem rumo, sem saber para ir. Corria, corria, subia escadas, corri por corredores, subia mais algumas escadas. Aos poucos, ia se acalmando, conforme ia subindo. E depois de algum tempo, não se via nenhuma lágrima em seu rosto.
Enfim, chegara à torre. Estava cansado de subir e já não soluçava. Sabia que estava perdida, mas não estava nem um pouco a fim de tentar encontrar o caminho para o seu quarto. Decidiu que ia ficar lá na torre pelo menos até a manhã seguinte. Não queria correr o risco de ter que olhar para seus verdadeiros pais.


 -Eu não acho certo. – falou Aquiles, indignado, se levantado. – A Mione tem uma vida. Vocês não podem simplesmente força-la a deixar tudo para trás e esperar que ela não reaja.
-Victor! – falou a mãe da garoto, chamando a atenção deste. Mas a rainha fez um gesto para que ele continuasse, embora fosse contra a opinião dele. E Aquiles voltou a falar.
-Eu tenho certeza de que ela não vai casar assim. Ela nem sabe quem é o pretendente. Eu acho isso injusto com os sentimentos dela.
A rainha olhou fixo para Aquiles, que retribuiu o olhar, não demonstrando fraqueza.
-Isso não é da minha conta – disse ela friamente – E depois, ela vai saber de tudo amanhã.
O garoto se virou e deixou o salão indignado. Ia procurar Mione. Estava preocupado com ela e queria dá-la apoio naquele momento em que ela não estava tendo boas experiências. E tinha certo sentimento de já saber onde ela estava.


Aquela ‘sala’ da torra era pequena e não cheirava muito bem. A iluminação era fraca. Mas Mione se sentia bem ali. Apesar de ser um dos pontos mais altos do castelo, era bem quentinha. E, por algum motivo, ou talvez por sorte de Mione, tinha uma almofada. Não era grande e nem muito mole, mas com ela, Mione podia se acomodar um pouco mais.
Era um lugar silencioso. Tudo que Mione ouvia era sua própria respiração. Apesar de já ter parado de chorar havia um tempo, sua respiração continuava ofegante. Seus pensamentos estavam em Draco. Não podia ser forçada a terminar com ele. E nem que a forçasse, ela não iria larga-lo. Por nada ia terminar com ele.
Aquele silêncio que mexia com os pensamentos da garota, porém, fora quebrado quando a porta daquela ‘sala’ fora aberta. Por ela entrou Aquiles e por um breve momento, Mione e ele ficaram se olhando, fixos, parados, com a respiração de ambos ofegantes.
Mione olhou para o chão e Aquiles correu para abraçá-la. Nos braços do amigo, a garota chorou e jogou para fora todo aquele desespero. O garoto nada dizia, apenas a abraçava cada vez mais forte, com um jeito protetor. Aos poucos, Mione foi parando de chorar, e ainda abraçada ao garoto, olhou para os belos olhos dele e falou:
-O que eu faço, Aquiles? Eu amo o Draco. Não posso larga-lo.
-Mas você tem que... – disse Aquiles, dando um beijo na testa de Mione – Você vai se casar...
-Mas como eu posso me casar com alguém que eu não conheço? E se eu não gostar dele?
-A gente faz o seguinte: você o conhece, e se você não gostar dele, eu o convenço a não se casar com você.
Mione deu um sorriso para o amigo e este retribuiu. E ambos se abraçaram forte, com pequenas lágrimas escorrendo pelo rosto dos dois.


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