PDV Bella.

Depois de quatro longas horas de voo para Montreal, finalmente o avião pousou. A viagem inteira eu fiquei pensando no Edward. No portão de desembarque, Charlie me esperava sorrindo. Ao lado dele avia uma mulher com cabelos meio avermelhados.

Quando cheguei perto do meu pai ele me deu um abraço apertado.

-Que bom que você veio – ele disse e me soltou.

-Eu falei que vinha – eu disse sorrindo.

-Essa aqui é Renée – ele disse apontando para a ruiva ao lado dele, que sorria simpática para mim.

-Que bom te conhecer Bella – ela disse e me deu um beijo no rosto – Seu pai fala muito de você.

-Ah – eu disse – E bom te conhecer também.

-Espero que você goste daqui – Charlie disse pegando minha mala do chão.

-É um pouco diferente, mas a cidade é bonita né? – eu disse sorrindo – pelo menos pelas fotos do computador a cidade é bonita.

-Sim, a cidade é muito bonita. E vamos a todos os pontos turísticos para você conhece-la melhor – ele disse.

Sorri para ele e fomos para o carro. Eles moravam em um apartamento no centro da cidade. Subimos para terceiro andar e quando entramos eles me levaram para o quarto de hospedes.

O quarto tinha as paredes em um azul bem claro com uma cama de solteiro no meio do quarto com cobertores, que mesmo olhando de longe, dava para perceber que eram grossos. Tinha dois poufs na janela e alguns quadros só para enfeitar mais.

-Espero que tenha gostado – disse Renée.

-Gostei – eu disse em um sussurro.

Ela sorriu e saiu do caminho para que Charlie passa-se com a bagagem. Eles me deixaram sozinha para que arruma-se minha coisas, mas antes que eu começa-se arrumar tudo liguei para minha mãe. Ela provavelmente já esta subindo pelas paredes por falta de noticias. 

Disquei o numero de casa e ela atentou no primeiro toque.

-Alô? – ela disse.

-Oi mãe sou eu – eu disse e me sentei em um dos poufs para olhar pela janela.

-Tudo bem com você, filha?

-Eu estou ótima – eu disse – e o voo foi tranquilo.

-E como é ai? – ela perguntou curiosa.

-Frio. Ainda bem que você me avisou pra trazer aquele casaco.

Ficamos conversando durante uns cinco minutos. Depois desliguei e arrumei minhas coisas na pequena cômoda em frente a cama. Eu estava quase terminando de arrumar tudo e Renée bateu na porta falando que ela tinha feito um lanche. Deixei tudo como estava e fui para cozinha junto com ela.

Na mesa tinha sanduiches, bolo de chocolate e um suco de uva. Me sentei na mesa e comecei a me servi.

-Quer jantar fora hoje? – Charlie me perguntou.

-Claro – eu disse.

-Já ouviu falar no buonanotte? – perguntou Renée.

-Não – eu respondi franzino o cenho.

-Lá e um bar-restaurante e lindo. Você vai amar – ela disse.

Depois que lanchamos, eu voltei a arrumar meu quarto. Até que a Renée era legal.

...

Eu estava quase pronto, só estava terminando de passar minha maquiagem. Eu coloquei um vestido cinza claro e uma meia calça grosa preta com botas da mesma cor. Voltei para o quarto e guardei minhas coisas. Depois peguei um casaco e fui para sala, onde Charlie já esperava. Quando cheguei na sala ele olhava pela janela.

-Uau, você está bonita – ele disse me olhando dos pés a cabeça.

-Brigada – eu disse sorrindo.

-Agora é só esperar a Renée – ele disse se sentando no sofá – É melhor se sentar ela sempre demora – ele sorriu.

Me sentei ao lado dele e fiquei olhando para a TV na minha frente.

-Estava com saudades de você – Charlie disse depois de um tempo em silêncio.

-Eu também – eu disse.

Ele poderia ter feito um bocado de coisas, mas ele continua sendo meu pai. E eu sentia falta dele.

-Eu não devia ter te abandonado tão pequena – ele se lamentou olhando para frente – Eu queria ter sido um pai mais presente.

Fiquei quieta. Nisso ele tinha razão, ele devia ter sido mais presente.

-Não se preocupe – eu disse tentando reconforta-lo – Você não perdeu muita coisa.

Nesse momento Renée entrou na sala.

-Charlie você viu onde estar meu brinco? Aquele pequeno – ela perguntou.

-Não.

-Eu já volto – Renée saiu, voltando para o quarto.

Charlie olhou para mim e sorriu.

-Deu pra ver que ela é meio enrolada com as coisas, né? – Meu pai disse sorrindo.

-Deu – eu respondi sorrindo também – E você a ama.

-Sim – ele disse e abaixou a cabeça.

Um tempo depois Renée voltou com brincos não muito pequeno nem muito grande. Finalmente saímos de casa e fomos para o restaurante.

Como a Renée disse, o lugar era mesmo lindo. Quando entramos tinha bastante pessoas sentadas a mesa. Fomos para a mesa que Charlie tinha reservado e nos sentamos.

O jantar foi tranquilo e relaxante. Renée era muito legal, o que tornou tudo ainda mais legal. O lugar tinha muita gente bonita, principalmente os meninos. Mas nenhum se comparava ao Edward. Eu sei que vim para cá para não pensar nele, mas eu não consigo tira-lo da cabeça.  

Charlie se levantou pedindo licença para ir ao banheiro.

-Em que tanto você pensa? – Renée perguntou bebendo um pouco do vinho.

-Em nada – eu disse olhando para o meu prato.

Eu escutei ela soltando um risinho. Quando olhei para cima ela sorria simpática para mim.

-Você tem olhar de uma pessoa apaixonada sabia?! – ela disse ainda sorrindo.

-Não – eu disse sorrindo também – Você observadora.

-Às vezes eu sou – ela disse – O menino é bonito?

-Lindo – eu disse.

-Vocês namoram?

-Não – eu disse suspirando.

-Por que? Ele tem namorada?

-Não. Ele diz gosta de mim, mas ele fez umas coisas que... Eu não consigo esquecer.

-Homens são todos iguais. Dizem uma coisa e demonstram outra.

-Nem me fale – eu disse lembrando do jeito de Edward antes dele me disse que gostava de mim.

-Por que você não dar uma chance a ele? – ela disse.

Quando percebi Charlie já se sentava a mesa.

-Dar chance a quem? – ele perguntou.

-Papo de mulher – Renée respondeu.

-Então não posso saber? – ele perguntou erguendo a sobrancelhas.

-Eu já falei que é papo de mulher e pelo o que eu sei você não é mulher – ela disse.

-Tudo bem eu não fala mais nada – ele disse.

Ficamos mais um tempo ali e depois fomos embora. Quando chegamos em casa eu dei boa noite para eles e fui me deitar. Estava um pouco cansada.

Antes de dormir pensei no que a Renée disse. Será que eu tinha que dar uma chance ao Edward? Mas e se eu desse essa chance e ele me fizesse sofrer de novo? Acabei sonhando com ele a noite toda.