0'Clock escrita por KelBumBi


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Hey, um mês *vergonha*....Hummm... O que posso dizer, Por favor não me atirem pedras.. pode ser tijolos...kkk ;p
Serio....desculpa, mas não deixem de acompanhar...



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7ºDia

 

 

Do que adiantou então ficar calado se assim eu só piorei as coisas entre a gente? E por que eu sou um pateta?

Sam tinha o dom de me confundir e me irritar. Agora eu quem queria respostas. Corri pelo corredor o mais quieto possível, pois minha mãe estava em casa, conseguindo alcança-lá na porta da sala.

— Espera! — murmurei. — Sam... Sam... — ela me ignorou completamente, como se eu fosse uma mosca irritante zunindo no seu ouvido. — Espera! Por quê eu sou um pateta? — perguntei quando já estávamos no corredor que separava meu flat do da Carly.

— Vai dormir, nub. — disse Sam, virando o corredor para o elevador.

— Já chega, Sam! — ralhei sem paciência, segurando pela sua barriga, impedindo que ela continuasse seu caminho. Sam começou a espernear, tentando escapar. — Não adianta Sam, eu sou bem mais forte que você.

— É mesmo? — ela retrucou desafiante, se debatendo com mais força. — Você não é de nada Freddie. É só um nerd e nada além disso! — a voz da Sam falhou, como se ela estivesse engasgada, quase como um soluço, enquanto tinha dificuldades para segura-lá sobre meu tronco.

Ouvir aquelas palavras foram a gota d’água. Cheio de raiva, apertei meus braços a sua volta e a levantei centímetros do chão, levando Sam até a porta da minha casa contra sua vontade. Desfiz o golpe soltando-a de qualquer jeito. Ela tentou fugir, mas fui bem mais rápido e agarrei seus braços, empurrando-a na madeira da porta, impressando nossos corpos como um só. Sam se debatia de qualquer jeito, exigindo manter distância. Por isso, tivemos uma batalha silenciosa onde eu segurava seus punhos para que ela parasse de me agredir.

— Não! — exclamei quando ela conseguiu se livrar do peso do meu corpo. — Você já fez suas perguntas... Agora é a minha vez! — disse com dificuldade devido o esforço para segura-lá.

Eu fitei seus olhos com uma raiva que só ela conseguia extrair de mim, Sam não correspondeu meu olhar.

— O que você quer saber? — ela bufou, relaxando o corpo.

— Por quê você está tão zangada? Por quê quer saber tanto dos meus sentimentos se vive dizendo que me odeia? — Sam me ouviu com toda a atenção, sem se mover. Quando perguntei sobre seu interesse pelos meus sentimentos, notei como seus olhos se encheram de lágrimas. — Eu... Sam, me desculpa! Não chora. Por favor, não chora. — pedi, limpando a lágrima teimosa.

Como se meu peito fosse um balão cheio de raiva e ódio, ele murchou rapidamente ao ver Sam chorando. Eu só queria trazê-la para meus braços e aninhá-la até que se acalmasse e eu tivesse a certeza que estaria bem. Sam merecia alguém que a cuidasse como se fosse a ultima rosa do jardim, fazendo-a sempre feliz.

Eu me perguntava porque não poderíamos dar certo por mais de um dia.

— Eu não estou chorando! — reclamou com o orgulho ferido. — Eu sou Sam Puckett! Eu nunca choro! — fungou. Ela limpou o rosto e depois me encarou. — Eu sei que é ingênuo Freddie, mas não é burro. Por quê você acha que eu fiz tudo isso? Pensa, seu idiota!

— Eu quem faço as perguntas. — desviei o assunto, me afastando.

— Eu não vou te responder nada! — disse irritada. — Você é o nerd aqui, descubra você sozinho... Mas até lá pode ser tarde demais.

Sam escapou por uma brecha e sumiu pelo elevador. E esse foi o nosso último encontro. Já fazem dois dias.

Sam não está indo a escola e não tem aparecido mais no meu quarto. Ela não responde minhas ligações, mensagens, e nunca está online. Sem contar que não é só a mim quem está ignorando. Carly também não tem falado com ela há dias, e sua mãe se nega a nos dar noticias.

Olhei no relógio e me surpreendi com o horário - meia noite. Meus olhos pousaram na porta esperançoso de que Sam surgisse milagrosamente na porta e alegrasse meu coração solitário, mas nada aconteceu.

Agora como eu contaria para ela os meus sentimentos, que foram confirmados na manhã que não apareceu na escola? Ah, se ela soubesse que estava disposto a tentar. Disposto a me declarar para ela.

Mas isso não ia ficar assim, eu não podia desistir tão fácil.

Levantei apressado da cama e troquei o pijama por vestes casuais, agradecendo aliviado por minha mãe não estar em casa ou ela me mataria se soubesse o que estava prestes a fazer. Encostei a porta da casa, e peguei o elevador descendo até o saguão. Lewbert dormia tranquilamente, sua verruga mutante subindo e descendo com os roncos produzidos por sua boca aberta. Patético.

Na ponta dos pés peguei um molho de chaves do chaveiro atrás do porteiro resmungão, conseguindo abrir a porta de entrada.

Era meio assustador sair na rua esse horário. As esquinas eram desertas, exceto por alguns mendigos bêbados deitados em frente a algumas lojas e poucos carros passavam. A minha única companhia foi um cachorro de rua me perseguindo por comida.

Depois de uns 25 minutos andando, eu estava frente a uma típica casa americana. Poucas vezes vim á casa da Sam, mas nada havia mudado. O jardim era meio seco em comparação aos dos vizinhos, uma árvore enorme tampava um lado da casa com um balanço de madeira, e uma pequena trilha de granito levava a entrada. O único sinal de vida era a lâmpada ligada na sala.

Corri meio agachado pelo jardim e espiei pela janela, observando uma mulher alta e loura jogada no sofá enquanto prestava atenção na tv.

— Merda! — esbravejei alto. Não podia passar pela porta, pois a Sra. Puckett estava acordada ainda.

Olhei desesperado ao redor procurando por algum modo de entrar até que eu lembrei que sempre quando a Sam fugia para não limpar o quarto ela usava a árvore para ter acesso ao quarto sem a mãe saber. Subi meio desengonçado, afinal subir em árvore sempre foi muito perigoso. Ah, qual é?! Fui criado por uma mulher que até pouco tempo atrás me fazia usar cueca anti-bacteriana.

Já no alto, pulei para o telhado da varanda e segui para a janela sem cortinas da frente. Era janela do quarto da Sam.

Puxei com uma vontade desnecessária a janela que permaneceu no mesmo lugar. Bufei zangado.

— Sam? — chamei após inspirar e expirar três vezes de nervosismo. — Sam? — repeti após alguns segundos sem resposta, observando em volta alguém que pudesse me denunciar. — Sam?! — bati forte na janela, desequilibrando e deitando no telhado para não cair.

Uma claridade tomou o quarto e eu me senti aliviado. Escutei a janela abrir e torci para que fosse a Sam. O riso debochado dela explodiu no ar.

— Cara, que você está fazendo?

— Sam! — exclamei animado. — Oh graças a deus, é você! Eu pensei que fosse a sua mãe, achei que meu coração fosse explodir!

— Se você não estivesse em situação pior, te mataria. — disse, maldosa.

— Vai me ajudar ou tá difícil? Caso não tenha percebido, estou prestes a cair de dois metros de altura.

— Tão dramático. — revirou os olhos, mas me ajudou a entrar. — O que veio fazer aqui, Freddie? Só levantei porque ouvi o barulho e quis ter certeza que você tinha caído do telhado. — ela me olhou com desprezo. — Mas vejo que continua vivo.

— Eu vim conversar. — disse quando já estava seguro dentro do quarto.

Era um quarto simples e divertido para uma garota. Uma cama de casal ficava ao canto, as paredes era pintadas de várias cores em linhas horizontais. O guarda roupa estava meio aberto com a bagunça das roupas e uma estante mantinha seu notebook. A única coisa que denunciava ser um quarto feminino era a parede cheia de pôsteres do Candalfish e Drake Bell.

Observei antenado, decorando cada detalhe. Nesses anos nunca havia entrado no seu quarto. Toda vez que vinha a sua casa só ficava na sala, enquanto ela e Carly subiam. Sam nunca me deixou entrar ou subir.

— Uma foto dura mais. — Sam zombou.

— Muito legal o seu quarto. — elogiei, observando agora uma foto do ICarly no porta retrato que lhe dei de presente no seu último aniversário.

— Eu não ligo para o que você pensa.

— Sam, eu vim na paz. — repreendi.

Sam mordeu o lábio, abaixando a guarda.

— Minha mãe não pode te ver aqui. — disse, sentando na cama com olhar aflito.

— Por quê? — questionei curioso.

— De repente ela decidiu ser uma boa mãe.

— Achei que sua mãe não ligasse para o que você faz. — comentei sarcástico.

— Eu também pensava assim até dois dias atrás.

— O que aconteceu? — deixei o porta retrato no local e me sentei ao seu lado na cama.

— Ela surtou quando viu que eu cheguei tarde naquela noite e com uma camisa masculina. — Sam respondeu encarando o chão. — Queria saber onde estava e com quem. Ela fez um monte de perguntas.

— E o que você disse a ela? — inquiri, sentindo minha mão soar. Ignorei o rubor em seu rosto perfeito.

Sam fez uma careta.

— Eu contei uma mentira, é claro! Disse que estava na Carly, então ela contou que já tinha falado com o Spencer e que ficou preocupada quando descobriu que eu não estava no quarto e nem nos Shay's. Ela me perguntou de quem era a camisa e se eu tinha um namorado. — pausou, tomando ar. Mas logo continuou: — Obviamente, eu não falei nada sobre nós... Eu só a chamei de louca e garanti que estava tudo bem... Porém, ela não acreditou e me prendeu aqui como castigo, tomando o celular.

— Então é por isso que não responde as minhas ligações?

— Você me ligou? — Sam se surpreendeu.

— Sim! Umas cem vezes! Eu fiquei preocupado. — ela me olhou admirada. — A Carly também. — acrescentei tímido, com um sorriso de lado.

Ela retribuiu o sorriso, parecendo feliz. Meu coração saltitou animado. Eu sentia tanta sua falta.

— Senti sua falta. — admiti depois de um silêncio constrangedor, meu coração batendo acelerado.

Seus olhos brilharam de excitação.

— Também senti sua falta, Freddie. — disse suavemente, com um sorriso nervoso.

Ela ficou vidrada na janela, meus olhos se fixaram para onde ela olhava. Abaixei minha cabeça e levantei de novo, decidido e pronto para agir.

Sem muito esforço segurei o seu queixo, posicionando seu rosto de frente ao meu, inclinando-me lentamente. Sam tinha os olhos sobre meus lábios, cheios de cobiça enquanto eu olhava hipnotizado seus olhos. A brisa de ar entrou pela janela no exato momento em que nossos lábios se encostaram e os cachos dourados dançaram no meu rosto, exalando o cheiro doce do seu shampoo. Fiquei desapontado com a falta do meu cheiro nela.

Minha mão foi parar nas suas bochechas naturalmente, aprofundando o beijo. Sam se deixou levar e me deu permissão pra explorar sua boca. O caracteristico calor me fez desejar ter mais da Sam, então eu agarrei sua nuca com uma força desnecessária e puxei seu corpo para mais perto. Eu queria sentir ela. Sam entendeu o recado e se ajoelhou na cama, abraçando minha clavícula e as mãos bagunçaram meu cabelo. Desci minhas mãos até suas coxas e impulsionei para que se sentasse no meu colo, Sam não fez nenhuma objeção.

Meu cérebro pediu oxigênio, já que toda a minha atenção estava sobre o nosso beijo, então aos poucos fui acalmando o nosso beijo. Sam tomava ar totalmente vermelha, saboreando a possibilidade de poder respirar novamente.

Já recuperada, ela começou a beijar todo o meu rosto carinhosamente, enchendo de selinhos, enquanto eu acariciava seus cachos e retribuía os selinhos, eufórico.

— O que é tão importante para você vir na minha casa às duas da manhã? — Sam tinha um sorriso vitorioso no rosto, apesar dos olhos estarem em conflito.

— O que você quer saber? — ela parou estática, desfazendo seu sorriso e me fitando agora angustiada. Eu soltei um riso debochado e beijei os lados do seu pescoço. — Ei, fica calma.

— Então? — ela perguntou nervosa, suas pernas tremiam.

— Eu gosto de você, Sam. — me declarei encarando seus olhos, sentindo como eu ficava mais leve. — Eu não sei como ou porquê, só sei que você é a primeira pessoa que eu penso ao acordar e a última que penso ao dormir. Não sei se é o suficiente, ou se é forte o bastante para chamar de amor. Diante de tantas incertezas, a única certeza que eu tenho é que eu quero ficar com você. — roubei-lhe um selar, notando como Sam piscou atordoada.

— É muita informação. — disse simplesmente.

— Então, você quer tentar?


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado....Talvez sabado posto outro (se a net estiver boa, moro em interior) e please Comentem!!!!
*baixando ILMM(E so agora que vou ver, ansiosa)
bjus*