0'Clock escrita por KelBumBi


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Gnt imaginem a cena: Plena 3:00Hr da manhã...eu com meu cell(kp570)tentando postar por ele..¨¬¬Affz*
saiu um U.O..ai apaguei o que tinha postado e refiz todo o capitulo..... Demorou eu sei (¬¬)² mas espero que gostem desse cap..pois eu amei escreve-lo!!!

ps²⁰: eu lembro de ter postado esse capítulo num cyber haha hj em dia é raro encontrar um na minha cidade.



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 6º Dia

 

Sam fechou os punhos no capuz do casaco e me puxou com força. Desequilibrado, dei dois passos em falso para trás enquanto ela me empurrava contra a parede fria frente ao elevador.

Seu olhar brilhava a maldade, arrepiando os pêlos do meu braço de medo. Eu era muito novo para morrer.

— Sam, por favor... — implorei fracamente, tendo dificuldade para me manter em pé. Ela se aproximou exibindo um sorriso maldoso, e eu me tremi mais ainda. — Eu sinto muito. Por favor, NÃO ME MATA!

Encolhi os ombros ao vê-la muito perto, o que foi uma péssima ideia, já que a dor da batida aumentou e um gemido de dor escapou seguido por uma careta involuntária.

— Cala a boca, Benson! — ordenou Sam. O hálito fresco soprando no meu rosto amedrontado.

Suas mãos cruzaram-se apertadas em volta da minha nuca, oferecendo a ela o impulso que faltava para selar nossos lábios. Eu não correspondi ao beijo, confuso. Porém Sam insistiu, abrindo e fechando sua boca na minha com delicadeza, esperando que eu não a rejeitasse.

Eu curtia os lábios e o beijo. No meu inconsciente eu desejava por isso há muito tempo, era impossível eu a rejeitar. Fechei os olhos que estavam arregalados de surpresa, e abracei a sua cintura trazendo-a para mim enquanto eu intensificava o nosso beijo. As mãos da Sam foram parar no meu ombro enquanto trocávamos um beijo agressivo, quente e com um leve gosto de bacon.

Nossas cabeças giravam em uma sintonia perfeita, sincronizando nossas línguas a se encontrarem e se fundirem. Um calor fogoso se apossou de nós. Sam levou as mãos de volta para meu cabelo movendo-as violentamente enquanto eu apertava o abraço na sua cintura e inclinava nossos corpos levemente para trás de tão unidos que estávamos.

E antes que nossos corpos reagissem mais a demonstração de afeto, Sam foi cessando aos poucos, distribuído leves selinhos na minha boca. Minhas mãos subiram carinhosamente, pousando apertadas em suas bochechas, demorando um pouco mais no ultimo selinho antes de nos separarmos completamente.

— Então, ainda prefere beijar um sapo? — brinquei na tentativa de aliviar a tensão.

Ambos não sabiam o que fazer depois do beijo de segundos atrás.

— Do que você está falando, eu acabei de beijar um. — ela parecia bem mais confortável, e eu respirei aliviado. Meu coração teimava em martelar contra o peito, incontrolável. Eu olhava fixamente para a boca da Sam, segurando-me para não beija–lá novamente. O seu beijo era viciante. — A gente precisa ir. — avisou, receosa. — A Carly deve estar pirando com a nossa demora.

Ela se inclinou e me roubou mais um selinho, piorando ainda mais o meu estado de espírito. Eu queria ficar ali mais tempo com ela.

— Então vamos. — disse de má fé.

Sam segurou forte na minha mão, entrelaçando nossos dedos e me puxando para dentro do elevador. Observei minha imagem desarrumada refletindo nas portas de alumínio do objeto e, desajeitadamente, comecei a arrumar meu cabelo, camisa e bolsa. Depois de toda a emoção do beijo só me sobrou o constrangimento. Flagrei um olhar de esguelha da Sam, um olhar aflito e divertido. Ao perceber que a encarava, ela riu envergonhada. Era adorável de um jeito estranho.

O número vermelho apontou e apitou para 1°andar. Sam largou a minha mão bruscamente, afastando-se e parando do outro lado do elevador vazio.

— Sam!... Freddie! O que estavam fazendo? — Carly gritou histérica assim que a porta do elevador se dividiu em dois, nos revelando.

— Nós... Então... — Sam estava perdida.

— Eu esqueci o livro de ciências e a Sam me ajudou a procurar. — Carly pareceu confusa e Sam me lançou um olhar do tipo "É sério isso?".

— O seu livro de ciências? — perguntou nossa amiga, desconfiada.

— Ele prometeu um mês de bacon boliviano. — explicou Sam rapidamente.

— Seria mais rápido se os dois procurassem. — continuei, com um sorriso nervoso.

— Que seja! O Spencer já está nos esperando no carro. — disse ela por fim, meio impaciente, deixando o assunto de lado.

— Legal. — disse Sam, saindo do elevador e correndo pelo saguão.

Carly e eu seguimos Sam na corrida para o carro, ouvindo os gritos do Lewbert atrás.

Como Sam e eu éramos mais ágeis que a Carly, chegamos primeiro ao carro estacionado em frente ao prédio, tendo uma pequena luta com tapas e empurrões, para ver quem entrava primeiro. Dessa vez eu ganhei.

Entrei meio exausto da corrida e luta de minutos antes.

— Por que seus lábios estão inchados? — perguntou Spencer me olhando pelo retrovisor quando entrei no carona traseiro.

— E por que minha mãe tem tantos namorados e todos eles roubam a nossa geladeira? — ironizou Sam, entrando e se sentando ao meu lado. — Às vezes a vida não te da todas respostas, aprenda a viver com isso. Agora cala a boca e dirige!

— Eu não mereço isso. — queixou-se ele, magoado.

— Okay, bebê chorão. Desculpa. Está bom assim? Agora bico fechado! — disse Sam impaciente, encerrando o assunto quando a Carly entrou.
 


Era aula da Sra. Briggs e eu não culpava os meus colegas por estarem aéreos. Até eu que sou um bom aluno odiava essa aula, a velha era uma bruxa com os alunos, adorava pegar no pé da Carly e direto mandava Sam para detenção. Ninguém a suportava.

Distraído e cansado de ver a cara feia da professora corri meu olhar pela sala, entediado. Carly olhava fixamente a professora, como se prestasse atenção, mas seus olhos eram sonhadores e perdidos. Tinha certeza de que ela estava distante da aula, talvez pensando no garoto que conheceu em Yakima.

Achei graça e soltei um riso baixinho da minha amiga.

— Sr. Benson perdeu algo na carteira da Srta. Shay? — perguntou a mulher dragão, arrancando alguns risos da classe.

— Na... Não senhora. — respondi envergonhado, ajeitando-me na carteira.

— Ótimo! Já que esse assunto foi resolvido, poderia prestar atenção na aula, sim? — mais risos ecoaram. — Silêncio! — ela gritou rabugenta, calando a sala.

Carly me lançou um sorriso reconfortante, como se fosse sua culpa eu ter sido ridicularizado na frente da turma. Ela sabia que minha paixão por ela havia diminuindo ao longo dos anos, fortalecendo nossa amizade. Retribui o sorriso, encorajando-a. Ela não tinha nada a ver com isso.

Em seguida olhei para a lourinha sentada ao meu lado e seus olhos me fuzilavam, com chamas de fogo misturado com os belos azuis. Tentei um sorriso amarelo, mas ela virou a cara raivosa.

O resto do dia na escola foi bem normal. Sam me apelidou e me bateu, além de me ignorar no almoço e dizer que sou imprestável porque eu me neguei a esconder o seu bacon reserva na aula de biologia. Também tirei A+ em História, Sam jogou sopa no meu A+ pois, ao que parece, eu estava me gabando muito.

Entretanto, passar o resto da tarde sem ela foi torturante. Eu havia me acostumado a passar o dia com ela, mesmo que na metade do tempo seja a gente brigando e querendo agarrar no pescoço um do outro. O tempo me judiava passando devagar.

Mas a meia noite em ponto, a minha cinderela a avessas iluminou o quarto.

— Freddie? — Sam me chamou áspera, com a porta entreaberta.

— Aqui! Eu já estou deitado. — indiquei, sorrindo quando a vi.

Sam entrou e me olhou na cama. Pegou a camisa reservada a ela e foi trocar-se no banheiro, dessa vez. Durante todo o percurso ela não trocou uma palavra comigo.

— Chega para lá! — ela afastou meu corpo para canto e se deitou no espaço vazio.

— Não vai roncar. — debochei, ignorando o seu humor rotineiro.

— Hahaha. O idiota me fez rir.

Arfei meio emburrado, desconhecendo o motivo dela estar arisca. Todo esse tempo eu só queria repetir o que nós fizemos mais cedo.

Numa tentativa falha de adoça-la comecei a brincar com os cachos esparramados sobre o travesseiro, mas ela os tirou violentamente. Não desisti e passei meus pés sobre os dela, e ela os afastou. Arrastei-me entre o espaço que separávamos-nos e a abracei na cintura.

— Me larga! — disse, me empurrando.

— Você está zangada por causa da detenção? Aconteceu alguma coisa?

— Por que você não dorme e me deixa em paz?! — Sam negou-se a responder.

— Sam, o que aconteceu? Por que você está assim? Não confia mais em mim? — sentei-me na cama e a encarei, expressando a minha preocupação.

— Como você confia na Carly?

— O quê? — perguntei desentendido. O que a nossa amiga tinha a ver?

— Não precisa fingir comigo, Freddie.

— Eu estou meio perdido, na verdade. Por que você está falando dela?

— Você não sabe? — ela se virou e me encarou, eu neguei com a cabeça. — Então deixa eu te lembrar! — disse entre dentes, sentando-se ao meu lado. — Aula da Bruxa de cabelo vermelho, você a olhando como um otário.

E finalmente eu entendi o motivo.

— Sam, Carly e eu não temos nada. Somos amigos. — esclareci, rindo do seu ciúme bobo.

— A Carly eu sei que se sente assim, mas e você?

— Eu também não sinto mais nada. Além de amizade, claro. — acrescentei rapidamente, abraçando-a para confortá-la.

Ela me empurrou novamente.

— Fica difícil de acreditar com você olhando para ela, não acha?

— Eu só olhei por olhar. — revirei os olhos. — Estava entediado, foi uma coincidência a senhora Briggs me pegar naquele momento.

Sam me fitou angustiada.

— Você não gosta dela?

— Não!

Sam encarou suas pernas, parecendo travar uma batalha interna, até ter coragem para perguntar:

— E de mim? Você gosta de mim? — parecia mais um sussurro. Sam evitava meus olhos, possivelmente muito envergonhada agora.

— Como assim? — fingi não entender.

Apesar de saber que começava a ter sentimentos por ela, não tinha certeza se era forte o bastante. Eu tinha medo da minha resposta atrapalhar todo o nosso “avanço”, pois não queria mentir para ela, mas achei que a resposta não seria suficiente também.

— O que você sente por mim Freddie? — ela suplicou e meu coração se partia ao vê-la tão vulnerável. — Tudo Bem. — ela suspirou, tirando suas próprias conclusões.

Ela se levantou e saiu da cama, jogando a coberta pro lado.

— Onde vai? — perguntei desesperado, agarrando o seu pulso.

— O que você acha? Vou embora!

— Sam, por favor... Está tarde, é perigoso você sair. Fica essa noite, e amanhã a gente conversa. — implorei, tentando convencê-la.

— Um motivo? — ela me encarava com os olhos marejados. — Me dá um motivo e eu fico.

Não pensei em nada. Minha cabeça girava de tão confuso que estava e no meu peito parecia haver mil pedaços de cacos de vidro estardalhados. Eu não parava de pensar nela. De querer ficar com ela. Mas quando estávamos perto não parávamos de brigar e nos agredir.

A gente daria certo?

Ela se enfezou com o meu silêncio e abriu a porta do quarto com minha camisa.

— Sam, eu não sei... — levantei-me em um pulo. — Estou confuso sobre nós.

— Quer saber o que eu sinto? — sussurrou parada a porta. — Eu odeio você!

— Então por que me beijou? — perguntei mais confuso. — Por quê você voltou?

Ela riu secamente, voltando a atenção à porta.

— Você é mesmo um pateta. — disse, abrindo a porta e me deixando no quarto, sozinho.
 
 
 


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Notas finais do capítulo

Brigada e BJUSS!! OBS: Fic ta chegando ao fim *_*

ps²⁰: no início a fic era planejada para ter apenas 7 capítulos Inclusive, eu já tinha todos eles escrito num caderno velho, que eu acabei perdendo antes de terminar haha