0'Clock escrita por KelBumBi


Capítulo 14
Capítulo 14




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7° mês e 22 dias

 

— Então... Você quer terminar?

— Eu pensei que você quem fosse querer terminar. — disse um pouco confuso.

— Eu gostei que me contou, Freddie, embora eu não possa dizer o mesmo da Melanie. — ela fez uma cara maligna, mostrando os punhos para ninguém em especial. — Eu vou matar essa cópia mal feita.

— Não, você não pode dizer a ela que sabe! — implorei, segurando seus ombros.

— Por quê? — ela perguntou com um olhar gentil.

— Porque eu prometi que não ia contar nada a você. Prometi que seria o nosso segredo!

— Eu não acredito nisso! — seu olhar gentil voltou a ser malvado. — Os dois iriam ficar de segredinhos! — indagou irritada, gritando com as mãos suspensas no ar.

— Sam, você está parecendo a Carly. — disse mais calmo, quase rindo. Ouvir essa colocação pareceu dosa-lá, já que ela sempre odiou os escândalos da morena.

— É melhor você terminar o seu banho. — ela disse por fim.

— Espera! Você vai ficar, não é?!

Sam pensou, o meu desespero crescendo no peito extravasou no rosto, e ela sorriu.

— É claro que eu vou! — olhei aliviado, voltando para o chuveiro e terminando meu banho.

Em dez minutos escovei os dentes e me vesti com o pijama, pronto para dormir. Sam estava anormalmente quieta do seu lado da cama, usando a minha camisa como de costume. Hesitei um pouco na porta, mas fiz o caminho e me deitei ao seu lado. Ela continuou imóvel, presa nos seus pensamentos. Eu fiz o mesmo que ela, encarando o teto e de vez em quando lançando rápidos olhares furtivos para ela.

Não durou muito até eu me impacientar.

— Ela se arrependeu, Sam. — disse, dando início a uma conversa. — Melanie ficou envergonhada por ter agido tão mal, por isso não precisa ficar se remoendo.

— No fundo eu sentia que ela era afim de você, mas não quis acreditar na minha própria intuição porque eu acreditava que a Melanie nunca faria isso comigo.

— Esquece isso. — confortei-a, abraçando sua cintura. Sam se virou, mantendo o contato visual.

— Não posso, Freddie. — disse, enterrando sua cabeça embaixo do meu queixo. — É dolorido demais. Melanie traiu minha confiança.

— Faltam poucos meses para o nosso aniversário de um ano. — me lembrei, mudando o rumo da conversa propositalmente.

— Será no mesmo dia do baile. — Sam pareceu se distrair, sorrindo e apertando seus braços em minha volta.

— É, vamos comemorar com os nossos amigos a nossa data.

— Vai ser divertido! — Sam me deu um selinho. — Boa noite, nerd.

— Boa noite, princesa puckett.

 

 

 

— Bom dia, Shay! — Sam saudou quando chegamos ao nosso armário.

— Bom dia Sam... Freddie. — nossa amiga respondeu, com um sorriso bondoso. — Dormiram bem, hein? Por isso chegaram tarde? — Carly fez uma cara sugestiva.

— Não é nada disso sua pervertida! — Sam ralhou, enrubescida. — Ficamos até tarde conversando.

— Sobre o quê, posso saber? — Carly sorriu com desconfiaça, descrente.

— O baile...

— E o nosso aniversário de um ano de namoro. — acrescentei animado, pegando o livro de Geografia no meu armário.

— Ainda faltam cinco meses. — Carly observou.

— Mas já estamos ansiosos. Quem diria que eu namoraria Sam por tanto tempo.

— Já disse para não dizer essa palavra.

— Bem, você não se importou com ela ontem, quando esperava ganhar lanche.

— Eu faço algum esforço quando comida está em jogo. Agora chega, Fredorento! Vai já para aula!

— Você não manda em mim, Samantha. E só para ficar claro, eu estou indo porque preciso mesmo ir. — disse me distanciando delas.

— Oi, Sam! — vi Mike cumprimentar animado demais, se aproximando das meninas. — Carly. — acrescentou indiferente.

— Hey! — as duas responderam.

Mike se encostou no armário da minha lourinha, fazendo uma pose provocante. Senti meu corpo queimar de ciúmes, o cara além de bonito era alguns centimetros mais alto que eu. Eu me sentia inseguro com ele perto da Sam...

— Então Sam, continua saindo com o carinha do tripé? — ele perguntou debochado, segurando a alça da mochila enquanto olhava Sam com desejo.

Eu tentei me controlar e evitar de ir até lá. Sam não era minha posse, apesar de namorarmos há quase um ano e já termos dito "eu te amo" um para o outro, mas Mike era um verdadeiro otário! Ele estava dando em cima dela na maior cara dura.

Ele havia passado dos limites!

Refiz o caminho, chegando as meninas e o vara pau estilo Justin Bieber, parando ao lado dele.

— Ah, eu me esqueci de uma coisa.— disse, ignorando sua presença inútil.

 

— O quê? — Sam perguntou.

— Isso aqui. — respondi, segurando seu rosto e lhe tascando um beijo de dar inveja.

Sam colocou os braços ao redor da minha cintura, pedindo passagem para a sua língua, a qual eu cedi satisfeito. Abri os meus olhos, fitando o Mike em um misto de desafio e irritação, vibrando mentalmente com a minha pequena vitória quando notei seu olhar de inveja. Ele poderia me ofender quantas vezes quisesse, mas nunca poderia beijá-la como eu.

Mike percebeu meu olhar sobre si e o sustentou desafiante. Tornei a fechar meus olhos quando Sam cessou o beijo, e a abracei pelos ombros.

— Odeio vocês! — Carly disse. — Me fazem lembrar de como é bom ter um namorado.

Mike nos lançou um olhar de desprezo, suavizando quando seus olhos caíram sobre Sam.

— Quando você se cansar dele é só me ligar, gatinha. — disse, mandando uma piscadela para a minha namorada.

O sinal tocou, expulsando os alunos do corredor para suas salas antes que eu pudesse responder. Puxei Sam pelos ombros e a levei para longe do Mike, seguindo Carly nas escadas. Bufei indignado quando estávamos numa distância segura, reclamando de como Mike era um sem noção.

Tivemos hora aulas, hora provas. O resto a escola foi tranquilo. Melanie e o beijo parecia nunca ter acontecido, pois em nenhum momento foram citados por Sam ou comentados por Carly, o que de certo jeito me deixava preocupado.

Então para ter certeza de que tudo estava bem, marquei um cineminha com a Sam.

 

— Já sabem como vão comemorar o aniversário de vocês?

— Vamos ao baile como todo mundo, oras! — respondeu Sam, esparramada no puff.

— Ah, mas isso e tão morto. Vocês vão comemorar um ano e não um mês. — Carly disse meio autoritária.

— Talvez a gente saia depois. — disse sem importância, olhando para a Sam. É claro que estava planejando uma coisa melhor para o outro dia após o baile.

— Pode ser. — Sam agitou os olhos, comendo do seu sanduíche.

Olhei para meu relógio de pulso.

— Seis horas, Sam. — anunciei, fechando meu laptop. — Vamos, vou te deixar em casa.

— Vão para onde? — Carly quis saber, curiosa.

— Cinema. — usei um tom que deixasse claro minha vontade de privacidade no passeio.

— Quer ir, Carlota? — Sam convidou. Olhei para ela incrédulo.

— Não, vou sair com o Adam. — a morena respondeu com um sorriso malicioso.

— Ok. — Sam disse simplesmente.— Byeeeee!

— Byeee!

Chegamos no estacionamento do prédio e fomos até a minha vaga, entrando no carro. Uma sensação nostálgica passou por meu estômago, lembrando-me dos fatos de ontem com a gêmea de Sam.

A estrada foi silenciosa, tirando o barulho do som ligado pela Sam no meio do caminho.

— Chegamos. — disse após quinze minutos na direção. — Vou passar as sete horas para te pegar.

— Sete e meia. — Sam pediu, soltando o cinto.

— Tudo bem. — concordei me inclinando para frente, ganhando um beijo de despedida.

Ela desceu do carro, e eu dei a partida após ter certeza que ela entrou em casa.

Tomei um banho rápido e coloquei uma camisa preta com botões, jeans escuro e tênis brancos. Penteei meu cabelo com um topete, passei meu perfume e peguei as chaves na estante da sala indo a porta.

— Aonde vai, Freddinho? — minha mãe perguntou, correndo do seu quarto. — Não acredito! Vai sair com aquela sem modos novamente. — desaprovou minha mãe.

— Também te amo, mãe. — encerrei o assunto, fechando a porta enquanto falava.

As sete e quinze da noite, eu já estava na esquina da casa de Sam. Estacionei e desci pra tocar a campainha. No percurso meu celular tocou. Era uma ligação do Gibby.

— Hey, cara!

— Freddie, Tasha e eu terminamos. — Gibby me informou triste. Cheguei à frente da porta e toquei a campainha.

— Cara, como assim? Por quê?

— A gente já vinha brigando há um tempo e hoje ela me mandou um torpedo terminando. Torpedo! — ele gritou chateado.

— Sinto muito.

— Tudo bem! Você está no seu encontro com a Sam, né?! Foi mal, cara. Depois eu te ligo. — Gibby disse urgente, desligando o celular.

Verifiquei o relógio e Sam estava com dez minutos de atraso. Toquei de novo a campanha, irritado.

“Sam sempre se atrasa... Não sei por quê a irritação” — pensei irônico.

Um bip e em seguida vibração vêm do meu celular. Olhei e era mensagem da Carly.

“Tentei te ligar e dava na caixa postal... Freddie, o Adam terminou comigo”. Terminei de ler a mensagem quando a porta se abriu.

— Sam, já soube da Carly... — minha cabeça levantou para encarar a loura. — Você não é a Sam! — observei, arregalando os olhos de surpresa e aumentando minha voz para uma oitava.

— Oi, Freddie! — respondeu Melanie com um sorriso cínico.

— O que está fazendo aqui? Era para estar longe. — saiu de forma grosseira, mesmo que não fosse intencional.

—Bom, decidi que vou passar o meu verão com vocês... –ela respondeu, alargando o sorriso, parecendo Sam quando fazia alguma maldade que se orgulhava.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 


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Notas finais do capítulo

Eu agradeço a cada pessoa quem me dedicou o review... Vou responder ok ( mas tlz demore)....
Bjus*
====LUTO