Momentos de Percy J. e Annabeth C. [Em Revisão] escrita por Nicolle Bittencourt


Capítulo 73
Capítulo 73: Calmaria antes da Tempestade


Notas iniciais do capítulo

Oiii pessoal! FELIZ NATAL PARA TODOS!

Então, desculpa pela demora, mas eu queria esse capítulo perfeito, e eu consegui, eu estou admitindo, tá perfeito! (se alguém fala que tá ruim, eu mato!). E descula também pela trollação! Eu só não resisti! (eu não respondi reviews daquele capítulo porque capítulo de aviso é proibido, por isso mesmo eu o excluí).

Pois bem, eu quero desejar a todos um Feliz Natal, muito amor, paz e felicidades para vocês, esse capítulo é meu presente a todos, eu espero que gostem!

Ah, para a informação de todos, como vocês vão me matar no final, eu já tô bem escondida, ou indo me esconder, eu vou viajar amanhã (27) e por isso, mais atraso de capítulo, desculpem!

Dedico este capítulo para 4 super leitores: Milenabreu, Marina bieber jackson, Edward Cullen, Tina Stark. Obrigada pelas recomendações, vocês me fizeram sorrir muito! Obrigada por isso! *---*

PS: não me responsabilizo por lágrimas ou risos que possam ocorrer durante a leitura deste capítulo.

PS2: Capa nova! Gostaram?

PS3: Inspiração do capítulo por causa do CD Red da Taylor Swift e Believe do Justin, agradeçam a eles, porque só a música deles me fez ter mil ideias durante o cap.

Feliz NATAL A TODOS!



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Percy’s POV

Já eram 4 da tarde, Annabeth, Bryan e eu havíamos passado as últimas horas dentro do luxuoso iate, conversando sobre nossas vidas, durante aquele tempo fora como se uma barreira invisível tivesse sido tirada de nós, e até os assuntos mais dolorosos foram comentados: como o desprezo que Annabeth sofreu do pai nos primeiros anos, como eu fiquei mal ao descobrir que meu pai era Poseidon e que me achava um erro e o que Bryan sentiu quando viu sua mãe morrer enquanto segurava sua mão. Isso me fez lembrar de quando eu havia pensado que minha própria mãe estava morta, eu entendia perfeitamente como Bryan estava se sentindo, ele a havia visto morrer, e se sentira impotente por não ter feito nada. Durante toda a conversa, nós três nos consolamos de vez em quando, e isso fez-nos sentir mais unidos, sim, era quase palpável que depois daquela troca de história e de tentativas de levantar o astral, tínhamos virado definitivamente uma equipe, amigos, todos os três, era como se de alguma forma, um laço invisível nos unisse.

Provavelmente teríamos ficado conversando naquela sala de comando por horas mais, no entanto, o fato de termos chegado a costa de Miami, mais precisamente na parte do Atlântico que levava a plataforma do Vizcaya, nos fez ficar atentos, parando a conversa e sacando nossas armas.

Annabeth e Bryan foram para fora da cabine, ficar de olho em qualquer coisa que pudesse acontecer, enquanto eu me preocupava em parar o iate na plataforma e procurava sentir se havia algo nos mares. O estranho era que eu não sentia nada próximo nos mares, mas era como se eu soubesse que algo estava na espreita.

— Chegamos! – eu disse enquanto parava o iate ao lado do que me parecia uma antiga plataforma ao estilo europeu, eu sai da cabine, seguindo em direção a Bryan e Annabeth – Fiquem atentos, eu não sinto nada lá embaixo, mas nunca se sabe, pode haver algo que não esteja no meu radar.

Annabeth e Bryan assentiram.

Por um momento não pude deixar de analisar como a paisagem de Miami era linda, e como o sol brilhava forte no horizonte, as palmeiras típicas da cidade balançavam com o vento, o ar era úmido, mas agradável. Miami me parecia uma ótima cidade para morar, era agitada como New York, porém, tinha a característica litorânea misturada a paisagem, mas claro que eu preferia minha velha e agitada NY.

De onde estávamos dava para avistar o museu Vizcaya, que parecia estar fechado, mas não sei se isso se dava por causa do dia ou da hora, de qualquer forma, o museu parecia grande e velho, exatamente como eu imaginaria uma velha mansão da realeza europeia. Do iate também era visível um pedaço da cidade, pessoas deviam estar trabalhando, estudando, se divertindo, enquanto meus amigos e eu tínhamos que recuperar a espada de Athena, impedir a volta de Métis e o fim do mundo que conhecemos.

— Me parece que não tem nada no ar também. – disse Bryan, me tirando de meus pensamentos – Mas eu sinto que se algo quisesse esconder sua presença de nós, poderia fazê-lo muito bem.

Eu sentia o mesmo que ele, mas resolvi não comentar.

— Bem... – disse Annabeth, se dirigindo a saída do iate sua adaga em punho, o boné dos Yankees pendurado no short, Bryan e eu atrás dela – Vamos ficar de olho nas coisas, pegar o terceiro pedaço da espada, lutar se algo aparecer e ir embora.

— Plano fácil. – disse Bryan irônico.

— Na teoria. – eu completei.

— Fiquem quietos vocês dois. – ela disse- Estão com suas mochilas?

Bryan e eu nos olhamos, nenhum de nós carregava a mochila, a não ser Annabeth, que possuía a dela pendurada nos ombros.

— Não senhora! – dissemos, batendo continência.

— Shiu!- ela nos repreendeu, mas sorriu – Enfim... Tudo bem, apenas a minha já basta.

Então, ainda dentro do iate, ela abriu sua mochila, parecia procurar por algo.

— O que você está procurando? – Bryan perguntou – Por que eu pensei que era para sermos rápidos e...

— É, mas a não que você queira ser morto... – ela respondeu séria, enquanto tirava o que me pareciam muito com as bolinhas de metal que haviam no acampamento.

— Você trouxe as bolas de metal que o chalé de Hefesto usa para a missão? – perguntei.

— Eles me deram algumas oras. – ela respondeu.

— Mas para que isso?

— Você verá Cabeça de Alga! – ela as segurou na mão e girou o braço, até que por fim, as lançou sobre a plataforma, nada aconteceu.

— Isso serviu para? – instigou Bryan.

— Provar que não tem nenhuma armadilha na plataforma, Para raio. – Annie revirou os olhos, como se isso fosse óbvio, mas confesso que eu nem tinha pensado nisso. Em seguida ela jogou sua mochila no iate.

— Pensei que era para você ficar com a mochila. – eu disse.

— Era apenas para pegar o material de metal que eu joguei, agora pode ficar no iate, pois tudo que eu preciso usar estar comigo. – ela disse enquanto gesticulava para a adaga e o boné dos Yankees.- Mas voltando. Sinceramente rapazes, nós temos que prestar atenção em cada detalhe, ou seremos mortos por detalhes bobos.

—Okay, você tem razão Annabeth. – disse eu, segurando sua mão – Mas agora, que sabemos que a plataforma é segura, temos que pegar o terceiro pedaço da espada.

Nós três nos olhamos, assentindo, eu soltei a mão de Annabeth e tirei minha esferográfica do bolso, transformando-a em uma espada de bronze celestial: Anaklusmos. Bryan tirou o anel do dedo, e sua espada também surgiu, Annabeth girou sua adaga na mão.

— Vamos lá. – disse Bryan, e ele foi o primeiro a sair do iate.

Logo, nós três estávamos de pé sobre a plataforma do Vizcaya, o vento marítimo agitava nossos cabelos, os bagunçando.

— Nada por enquanto. – sussurrou Bryan, o que fez com que Annabeth e eu virássemos para ele.

— Cara, não fale isso, assim você atrai o que não queremos atrair. – disse eu, reparando em como Annabeth fuzilava nosso amigo.

Bryan fez uma cara estranha, como quando se dá conta de algo tarde demais.

— Enfim...- disse Annabeth, fazendo com que a olhássemos – Vamos procurar por alguma pista pela plataforma, ficar de olho em algo diferente, seja um ataque ou mesmo alguma descoberta sobre o terceiro pedaço, qualquer coisa avisem, e vocês sabem qual é o plano.

Sim, eu sabia qual era o plano: qualquer monstro que aparecesse Bryan e eu lutaríamos contra, enquanto Annabeth buscava a pista, a verdade era que eu preferia assim.

Cada um de nós foi para um lado da plataforma. A mesma não era muito grande, mas em compensação possuía muitas rachaduras e era antiga, eu me perguntava se era realmente seguro pisar naquelas ruínas, embora elas parecessem sustentar nosso peso, quem a olhava juraria que estava prestes a desmoronar, isso me preocupava.

Me direcionei a uma das bordas da antiga plataforma, reparando como em cada extremidade haviam estátuas de pessoas ao estilo clássico antigo.

—Essas estátuas. – eu disse enquanto me aproximava de uma, Bryan e Annabeth, que estavam atentos as suas respectivas extremidades, me olharam – Elas parecem com as estátuas dos deuses, como as que têm no Olimpo, só que mais velhas e com rachaduras.

Annabeth se aproximou de mim, assim como Bryan, e tocou levemente uma parte da estátua que eu olhava, essa representava uma mulher. Pelas feições de Annabeth, ela parecia ter notado aquelas estátuas desde o início, só não havia comentado nada.

— Não podemos esquecer que tudo esse museu foi feito para representar a cultura europeia. E bem, essas estátuas foram feitas na época em que o Neoclassicismo tomava conta da Europa, as artes baseadas em deuses gregos e romanos renascia junto com a burguesia, por isso a semelhança com as estátuas do Olimpo, essas aqui também representam os deuses, mas de uma forma muito diferente do que são. – Annabeth falava e percorria os dedos levemente na estátua.

Enquanto ela falava, lembrei um pouco sobre minhas aulas de artes no colégio, como o neoclassicismo havia feito ressurgir as antigas culturas do mundo ocidental. Também reparei em como a estátua a minha frente não parecia com nenhuma deusa que eu conhecesse, a não ser pela feição indecifrável, de quem poderia estar feliz ou querendo te matar, até que, percebendo a cesta de frutas em sua mão, descobri quem o artista quisera representar.

— Era para ser Deméter aqui? – perguntei confuso, não parecia nada com Deméter, essa estátua era mais jovial do que a deusa, e a verdade era que não devia estar carregando uma cesta de frutas e sim de cereais.

— Acho que sim, ao menos, é o que a cesta de frutas sugere. – respondeu Annabeth, sem me olhar.

— Se essas estátuas são para representar os deuses, e tecnicamente foi um filho de Athena que as fez... – disse Bryan olhando ao redor, Annabeth e eu o analisávamos. – Não seria meio óbvio que o terceiro pedaço da espada estivesse na estátua que representa Athena?

Nós três nos entreolhamos, fazia sentido o que Bryan dizia, muito sentido para dizer a verdade, logo, estávamos olhando ao redor, procurando a estátua que representasse a deusa da sabedoria. Até que do outro lado da plataforma avistei um estátua imponente, com rosto calmo, suave e severo, uma coruja em pedra pousada sobre seu ombro, e entre todas as estátuas, aquela era a única que tinha semelhanças com a deusa real, se eu tivesse que apostar, diria que o escultor só havia conhecido sua própria mãe, a deusa da sabedoria- Athena.

— Ali! – disse apontando para o outro lado da plataforma, prontamente Annabeth e Bryan estavam ao meu lado.

—Eu havia me esquecido como a estátua realmente se parecia com ela.- disse Annabeth arregalando os olhos, e em seguida arfou, seu rosto tomando as feições de quem pensava concentradamente – Deuses, como sou estúpida! Acabo de me lembrar, da vez que vim aqui, a frase: “Dulce et decorum est pro patria mori”, ficava perto da estátua que representava Athena, mas é óbvio, ainda mais se era a frase usada em seus templos antigos, é lógico que estaria do lado da estátua dela. Temos que ir lá! – havia urgência na voz de Annabeth, eu sabia que aquela missão era importante para ela, não só por causa da parte de salvar o mundo, mas porque ela provaria para sua mãe que era capaz de fazer isso, a deixaria orgulhosa, e isso era o que Annabeth desejava mais avidamente.

— Eu também lembro da frase do lado da estátua de Athena, no entanto, isso me parece fácil demais. – disse Bryan coçando a cabeça– Deve haver algo por trás disso, com toda certeza.

— Sim, sempre há algo por trás. – disse eu dando um passo a frente, Contracorrente refletia a luz do sol que começava a se pôr – Mas se queremos o terceiro pedaço e o mundo salvo, teremos que arriscar. Vamos apenas tomar cuidado okay?

Eles assentiram, dando um passo a frente e ficando ao meu lado, Annabeth segurou minha mão, e isso era bom, não só por me dar mais força, como por me deixar mais confiante, além do que, segurar sua mão era, definitivamente, maravilhoso.

Eu estava me perguntando o que estaria por trás de toda aquela situação, afinal, Bryan tinha razão, as coisas estavam fáceis demais, e com todos esses anos de missões, eu já havia aprendido que quando as coisas são aparentemente fáceis demais, é porque sempre tem algo um milhão de vezes pior por vir.

Enquanto eu pensava nisso, descemos as escadas da plataforma, isso era necessário para chegar ao outro lado, pois havia uma parte mais baixa no meio, essa parte estava coberta por uma camada de água.

— A maré está subindo. – eu disse enquanto terminávamos de descer a escada e chegávamos à parte com água – Em uma hora, ou duas, isso aqui estará quase coberto, é melhor irmos logo.

Annabeth assentiu, e começamos a subir as escadas que levavam ao outro lado.

— Bem, já sabemos que o chão é seguro para pisar, então não creio que essa seja uma armadilha. – disse Bryan assim que chegamos ao outro lado da plataforma. E isso me fez analisar o chão, as rachaduras pareciam cobrir cada canto ali, e isso estava me deixando um pouco apreensivo.

— É, pode até ser verdade o que você disse Bryan, mas essas rachaduras no chão não tornam as coisas menos preocupantes.

Annabeth, que havia soltado minha mão, olhava o chão onde pisávamos.

— O chão não parece que vai se romper, ou mesmo continuar a rachar, se apenas andarmos sobre ele. – ela parecia certa do que dizia, sua adaga ainda em punho – Fora que tem a base que sustenta tudo isso, talvez esteja em melhor estado. – Agora a dúvida era evidente em sua voz.

— E se tivermos que correr, lutar ou pular? – perguntou Bryan, ele segurava sua espada. Mentalmente, essa era a mesma pergunta que eu fazia.

Annabeth mordeu o lábio inferior enquanto olhava as rachaduras, mas fingiu não ouvir a pergunta, isso era um péssimo sinal.

Meus olhos se cruzaram com os dela, no entanto, ela só sorriu minimamente, como se não significasse nada o fato dela ter ignorado a pergunta de Bryan. Isso só tornava as coisas piores.

— Bem, - ela disse enquanto se ajeitava e olhava fixamente para a estátua de Athena – temos uma estátua para averiguar.

Nós três caminhamos alguns passos até a estátua, parando diante da mesma, o vento bagunçava nossos cabelos, bem, bagunçavam mais ainda os meus.

— Eu ainda acho que está fácil demais. – falou o Harpper.

— Você poderia parar de dizer isso? – Annabeth o encarava, os olhos cinza tempestade – Embora eu concorde com você, as coisas podem ficar muito ruins se você continuar falando isso.

Bryan ergueu as mãos, como quem se rende.

— Eu também concordo com o Bryan – disse por fim, os dois apenas me olharam – Mas vamos nos concentrar na estátua e na frase.

Ambos assentiram, Annabeth girou para a direita da estátua, caminhando nessa direção, até que parou diante da barreira de proteção da plataforma, seus dedos tocavam levemente a parede arruinada.

— A frase! – ela exclamou baixinho, logo, Bryan e eu nos encontrávamos ao seu lado.

Onde seus dedos tocavam encontrava-se uma frase em latim: Dulce et decorum est pro patria mori. As letras, que algum dia já foram de um preto intenso, estavam desgastadas na pedra, o tempo não havia feito bem à elas, definitivamente. Sabe, em geral eu não sou bom em latim, o mesmo sempre era mais complicado para eu entender, confuso, já com o grego era diferente, ele sempre me veio com muita facilidade, como se eu me cérebro fosse feito para ele, o que era mesmo. Mas continuando, eu não sou bom em latim, mas já ouvira Annabeth dizer aquela frase vezes o suficiente para me lembrar que significava: Doce e honroso é morrer pela pátria.

Como eu disse da primeira vez que ouvi, frase legal não?

Annabeth continuou concentrada na frase, se ajoelhando diante da mesma e passando os dedos nas letras gastas, Bryan e eu demos uma olhada também, mas não achamos nada na frase, parecia apenas, uma velha frase.

— Okay, eu acho que devemos olhar a estátua agora, parece que não tem nada relacionado ao terceiro pedaço nessa frase. – acabei dizendo.

— Pode ser, mas por via das dúvidas... – começou Annabeth, se colocando de pé – Bryan, continue dando uma olhada na frase, veja se acha algo no chão, nas barreiras, sei lá, apenas, continue olhando, pode ser?

— Claro. – Bryan deu de ombros – Afinal, não há muita diferença entre olhar a estátua de uma deusa e uma frase na parede.

Annabeth sorriu um pouquinho para ele.

— Enquanto isso, Percy e eu vamos olhar a estátua, talvez tenhamos mais sorte. Só... Cuidado. – Bryan assentiu ao aviso dela, e sendo assim, Annabeth e eu voltamos a andar alguns passos até a estátua de Athena, parando diante da mesma.

Talvez eu deva mencionar que, só de olhar para a estátua de Athena, eu sentia algo diferente, uma apreensão, um poder, não sei explicar, é apenas algo forte, poderoso, que te faz querer dar vários passos para trás, ou se curvar perante ela, não que eu fosse fazer um dos dois. Bem, eu não sei se é algo da minha cabeça, mas é isso que eu sinto, só de olhar a estátua, era como se eu sentisse os olhos da deusa sobre mim, e isso não era lá muito confortável.

A verdade é que, talvez isso seja reflexo das minhas experiências (nada boas) com Athena, ou do medo que seu poder me fazia sentir, todo isso junto com a perfeição que o artista esculpiu os olhos da estátua, exatamente como os da deusa - era como se estivessem analisando o melhor jeito de acabar comigo. Entenda, talvez eu nunca diga isso em voz alta, mas se você me perguntasse qual olimpiano eu tenho mais medo que vire um inimigo meu, ou mesmo que eu mais temo, o primeiro nome que viria a minha cabeça seria Athena. Okay! Você deve estar pensando: “Ah, você não tem medo de Zeus então? Nem de nenhum outro olimpiano?”. Não, não é isso, eu realmente temo o que Zeus pode fazer comigo nos céus, e até outros deuses, afinal, eles são deuses, mas não é esse o ponto. Em geral, os olimpianos agem sem pensar muito bem, agem por agir, querem alguma batalha, luta, em geral situações físicas, até emocionais de vez em quando, se algum deles quisesse virar um inimigo meu, eu teria grandes problemas (quer exemplo maior que Ares?), mas Athena... É diferente, é como se, bastasse ela querer, que poderia acabar comigo apenas com o olhar, me derrubar sem muito esforço, mas só que numa luta justa, com tempo, paciência, eu sabia que ela poderia fazer isso, e que se fizesse, é porque tem bons motivos.

O que me lembra... De vez em quando, passa pela minha cabeça (sim, eu penso bastante, não faça gracinha disso) se alguém seria capaz de destronar Zeus e governar de forma mais justa o Olimpo, e sempre que penso isso, é Athena que vem a minha mente. Não que ela vá destronar o próprio pai, apenas não a vejo fazendo isso, mas, se eu tivesse que apostar quem seria o melhor deles no governo, seria ela. Na maioria das vezes ela via a necessidade de todos, e isso era algo bom, e ela tem o equilíbrio e a sabedoria, talvez, se ela estivesse no comando do Olimpo, muitas guerras idiotas entre os deuses poderiam ter sido evitadas.

Mas bem, isso são só pensamentos, que aliás, eu nunca vou poder dizer, a não ser que queira ser pulverizado por um raio.

Sacudi a cabeça, saindo de meus pensamentos um tanto quanto incomuns, e voltando a olhar a estátua.

Annie já se encontrava analisando a escultura de sua mãe, assim como eu estava começando a fazer.

— O que estamos procurando exatamente? – perguntei a Annabeth após alguns segundos.

— Qualquer coisa não comum a uma estátua, uma letra, uma fenda, algo anormal. – ela respondeu enquanto se desdobrava para analisar a obra, estava tão concentrada em fazer isso, que uma veia estava praticamente saltando de seu pescoço.

Eu estava ao seu lado, segurando Contracorrente e procurando algo fora do lugar, qualquer coisa, mas a estátua parecia bem normal, feita de pedra mármore, nenhuma anormalidade aparente, e com toda certeza, Annabeth também havia reparado isso, pois bufou após alguns minutos.

— Não tem nada aqui! - ela disse exasperada, quase lançando sua adaga no chão, em seguida se voltou para Bryan, que ainda se encontrava abaixado, olhando a frase da barreira – Alguma sorte Para-Raios?

Os olhos azuis elétricos de Bryan olharam para nós, ele parecia desapontado.

— Nada, absolutamente nada! – disse se levantando e chutando uma pedra próxima, que por incrível que pareça acertou a base da estátua de Athena.

Eu começava a pensar se Métis já não havia desvendado o mistério e pegado o terceiro pedaço, outras várias possibilidades passavam por minha mente, e uma pequena parte de meu cérebro se preocupava com o fato de nada anormal ter acontecido até aquele momento, era como a calmaria antes da tempestade, e isso estava me assustando.

— Sinceramente, eu não acredito que não conseguimos nada, nada!- disse Annabeth, começando a bater o pé nervosamente – Talvez tenha alguma pista em outra estátua, ou em outro lugar da plataforma...

Olhei-a em dúvida, eu também estava nervoso por não termos conseguido nada, e com raiva, mas eu sabia que Annabeth sentia-se mal por não conseguir descobrir o enigma, mas eu começava a me perguntar se realmente havia um.

— Será que o terceiro pedaço está realmente aqui? – falou Bryan - Ou nos enganamos?

— É uma possibilidade. – eu disse, pois começava realmente a pensar que havíamos errado o lugar, fora que ali estava calmo demais, já era para monstros terem aparecido se o pedaço estivesse realmente ali.

Annabeth bufou.

— Nos enganamos? – ela disse enquanto batia sua adaga nervosamente sobre a estátua da mãe – Vocês realmente acham isso? Como tantas pistas fariam sentido juntas? Nós não podemos ter nos enganado, não temos tempo para isso, o terceiro pedaço tem que estar aqui em algum lugar e...

Annabeth falava e continuava a bater a adaga na escultura, o engraçado é que quanto mais ela batia mais a estátua parecia... Hum... Descer?

— Annabeth! – gritamos Bryan e eu, sendo que eu a puxei pelo braço. Nós demos vários passos para trás, no exato momento em que a estátua de Athena afundava no Oceano Atlântico, levando um bom pedaço da plataforma com ela.

Foi ai que eu entendi o que houve: a estátua não estava descendo, e sim caindo no oceano.

— Mas o que? – Annabeth parecia raciocinar enquanto segurava sua mão – Deuses! A estátua afundou!

Ela soltou minha mão, e sem hesitar, correu até a beira da plataforma, Bryan e eu nos entreolhamos e a seguimos, parando cada um ao seu lado. Nós três ficamos de pé em frente ao enorme buraco que havia se formado na plataforma, a estátua de Athena não estava mais lá, e eu podia senti-la no mar.

— O que aconteceu? – perguntou Bryan, atordoado – Como uma estátua afunda do nada?

— Annabeth estava batendo com a adaga nela. – acebei pensando alto, pois passava pela minha cabeça se não fora o bronze celestial em contato com a estátua que a havia afundando.

— Mas não usou força o suficiente para afundar o monumento. – ele completou.

Revirei os olhos.

— Não acho que foi isso que Percy quis dizer. – Annabeth disse, e eu juro que podia ouvir as engrenagens do cérebro dela trabalhando – Eu acho que... O bronze celestial, ao entrar em contato com a estátua, fez com que isso acontecesse, talvez, talvez o terceiro pedaço esteja realmente dentro do monumento, e a nossa prova seja ir atrás dele, na água.

— Você está querendo dizer que o terceiro pedaço só poderia ser pego dentro d’água? – eu disse, encarando o rosto de Annabeth, sim, ela pensava a mil por hora.

— É, eu acho que sim, e admita, você pensou o mesmo. – ela disse cruzando os braços.

É, eu havia realmente pensado isso.

— Pessoal! Vocês têm que ver isso! – quando Bryan pronunciou essas palavras, Annabeth e eu viramos automaticamente para ele, ambos com armas em punhos – Eu não, lá embaixo. – ele disse apontando para o mar.

Okay, eu podia sentir a estátua lá no fundo do oceano, mas era impossível vê-la, e continuaria sendo impossível, não fosse o fato de ela estar brilhando num tom verde cintilante.

— Mas... – começou Annabeth.

— Isso só pode significar que o terceiro pedaço está mesmo na estátua, se não, o que estaria brilhando? – disse Bryan.

Tentei me concentrar, para ver se conseguia sentir o terceiro pedaço da espada, e considerando que a estátua estava na água, isso não era tão difícil.

— Há realmente algo poderoso dentro da estátua, e são altas as probabilidades de que seja o pedaço da espada.

— Então achamos? – perguntou Bryan.

— Achamos. – disse Annabeth sorrindo – Mas agora, algum de nós tem que ir lá, e eu sei que o plano original era eu ir, porém, considerando o fato de que a estátua está no fundo do mar, eu não sou a melhor pessoa para isso. – em seguida ela deu um passo para trás.

— Bem, eu sou filho do deus dos céus, mar e eu, essa combinação não dá muito certo. – e foi a vez de Bryan dar um passo para trás.

— Okay, ninguém imaginava que era o filho de Poseidon que ia atrás da estátua no fundo do mar. – eu disse sarcástico, e isso fez Annabeth me olhar carinhosamente.

— Eu queria poder ir com você, mas tenho que ficar com Bryan, qualquer coisa que aconteça aqui, temos que estar apostos. – essa frase dela me fez lembrar das ameaças de Phobos, mas sacudi a cabeça.

— Não, tudo bem. Eu só tenho que ir até o fundo do oceano e provavelmente desvendar um enigma.

— Será que ele consegue desvendar um enigma? – sussurrou Bryan a Annabeth, que estava ao seu lado.

Annie lhe deu um tapa, eu o fuzilei com os olhos.

— Brincadeirinha gente, só para descontrair. – ele disse levantando as mãos, como quem se rende.

— Okay, brincadeiras à parte. – disse Annie, avaliando Bryan e depois me olhando intensamente – Você vai ter que ir lá e pegar o pedaço da espada, o que é óbvio, mas vai ter que fazer outra coisa para mim.

— O que eu tenho que fazer? – perguntei preocupado, segurando a mão dela, ela parecia extremamente séria.

— Tem que tomar cuidado Cabeça de Alga. – ela disse sorrindo – Tem que voltar a salvo.

— Ei, nada vai acontecer comigo. – eu disse.

— Eu sei. – ela disse sorrindo e apertando minha mão.

— Estou me sentindo num filme de romance. – disse Bryan, o que fez Annabeth e eu o fuzilarmos.

— Cala a boca! – dizemos os dois. Ele deu de ombros e virou de costas para nós.

Annabeth revirou os olhos.

— Enfim... Vai lá Cabeça de Alga, descubra o enigma, Bryan e eu vamos tomar conta de tudo aqui em cima.

Eu soltei sua mão, olhando para o mar, pronto para me lançar em direção a luz verde brilhante, quando me virei para Annabeth, e me lembrei do dia que lutei contra o Minotauro na ponte Williamsburg, então, antes de eu perder a coragem, havia feito uma pergunta a ela, e pensando nisso, resolvi fazer a mesma pergunta novamente.

— Não ganho um beijo de boa sorte? Já é quase uma tradição, não é? – perguntei sorrindo, me permitindo ficar perdido por alguns segundos em seus olhos cinzas.

Ela também pareceu ficar perdida nos meus olhos, mas por fim sorriu, girando a adaga na mão.

— Volte vivo, Cabeça de Alga. Então veremos. – ela disse, entrando no jogo e dando a mesma resposta de um mês e pouco atrás.

Sorri, era o melhor que ganharia naquele momento, mas não era o suficiente.

— Boa sorte cara! – disse Bryan, que já havia voltado a ficar perto de nós.

— Obrigado! – eu disse olhando o fundo do mar, Contracorrente permanecia em minha mão – Vou precisar.

Assim que disse isso, me lancei ao mar, mas enquanto mergulhava, pude ouvir Annabeth dizer algo como:

— Aposto um dracma como ele consegue o terceiro pedaço.

— Fechado. – ouvi Bryan dizer, e eu sorri com isso.

Foram essas as últimas palavras que ouvi antes de ir em direção à luminosidade verde, e eu tinha uma estranha sensação de que não deveria ter pulado, eu tentei ignorá-la, pois e a estátua já estava ao meu encontro, e eu tinha uma missão a cumprir, mesmo assim, a sensação não ia embora.

De qualquer jeito, em pouco tempo eu já havia chegado ao fundo do mar, a estátua de Athena, que agora exaltava um tom verde brilhante, estava diante de mim, a sensação de algo poderoso dentro dela era mais sensível ali embaixo. Antes de fazer qualquer movimento, olhei para cima, tentando enxergar a plataforma, mas dali debaixo era impossível, estava muito longe para isso. Por fim sacudi a cabeça, e me concentrei na estátua.

Nadei ao redor dela, tentando descobrir algo, mas era exatamente como lá em cima, nada de anormal. Então, me perguntei se o bronze celestial não a faria ter alguma reação, assim como houve na plataforma, então, encostei Contracorrente no mármore da escultura, mas dessa vez nada aconteceu. Eu começava seriamente a pensar se cortar a estátua ao meio não seria a solução, mas temia que Athena fosse me matar se eu acabasse com sua escultura.

A luz verde a cada segundo parecia brilhar com mais intensidade, como se o terceiro pedaço estivesse gritando para sair dali, mas eu já estava sem ideias, não havia nenhuma brecha naquela estátua, como eu conseguiria pegar o terceiro pedaço da espada?

Então, algo chamou minha atenção, eu não havia reparado até aquele momento, mas havia alguns peixes envolta dos pés da escultura, e a cada segundo chegavam mais, talvez estivessem curiosos com a luz verde. Tentei me comunicar com eles, mas estranhamente, nenhum deles falou, isso só me deixou mais intrigado. Logo, havia dezenas de peixes nos pés da Athena de mármore, eles me olhavam como se eu tivesse deixado algo escapar.

— O que vocês têm? – perguntei mentalmente à eles, mas sem resposta alguma, a não ser que ficar nadando ao redor da base da estátua fosse resposta, o que não...

Espera! Nadando ao redor da borda da estátua? E se eles estavam tentando chamar minha atenção para a parte debaixo da estátua? Eu já havia a olhado completamente, menos sua parte debaixo, talvez, fosse essas a resposta das minhas perguntas.

Pensei em colocar a estátua deitada e olhar a base, mas era muito pesada para isso, então, decidi convocar as marés do oceano, é sempre bom ter uma ajuda. Quando os peixes notaram o que eu ia fazer, se afastaram, o suficiente para assistir e não se machucarem, mas eu juro que ouvi um dizer algo como: “Até que enfim.”.

Me concentrei, as marés dançavam ao meu redor, fiz com que a força do oceano deixasse a estátua deitada no chão, isso poderia ter me deixado um pouco cansado, não fosse o fato de eu estar no mar. Parei de me concentrar, a estátua já estava deitada, então, me virei para os peixes que ainda me olhavam.

— Hum... Obrigado, mas vocês não podiam ter me falado desde o início? –milhares de pensamentos peixinianos invadiram minha mente – Okay, devagar, vocês são muitos.— silêncio – Vocês podem ir embora se quiserem.— e todos ficam ao meu redor assistindo, como são legais alguns peixes!

Dei de ombros e decidi ignorar minha plateia subaquática, indo analisar a base da estátua.

A base era exatamente igual a toda estátua, mármore liso, mas havia um detalhe minúsculo, quase imperceptível, uma coruja dourada, entalhada na pedra.

Uma coruja, que original!

Antes de tocar o símbolo de Athena, pensei em como fazia sentindo a estátua ter caído no mar, considerando que o tal símbolo estava debaixo da mesma, aquele era o único meio de percebermos sua existência, se a estátua tivesse continuado na plataforma, nunca teríamos decidido olhar debaixo da mesma, eu nem o teria feito no mar, não fosse os peixes me alertarem.

Esperando que Athena não me tostasse por tocar na sua estátua, encostei meus dedos na coruja dourada, o brilho verde ainda era forte, mas no momento que toquei o símbolo, o mesmo sumiu, e por um momento, eu fiquei com medo de ter feito algo errado, talvez, só filhos de Athena pudessem mexer ali.

Mas, felizmente, não fui morto por nenhuma arma a laser, ou nada do gênero, a única coisa que ocorreu, quando toquei na coruja, foi a estátua começar a fazer estranhos estalos, como quando uma antiga engrenagem começa a funcionar, e após alguns segundos, o barulho parou, a base da escultura se abriu como uma pequena caixa e dentro da mesma, se encontrava, em perfeito estado, o terceiro pedaço da espada de Athena: a ponta. Lentamente, tirei o pedaço de dentro da estátua, mesmo ali no mar, na escuridão que se encontrava sem o verde-cintilante, o brilho da espada iluminava o lugar, era como um pequeno pedaço de salvação no meio das sombras.

Talvez eu tivesse ficado ali embaixo por mais um tempo, admirando o brilho intenso e poderoso da espada, assim como os peixes ao meu redor estavam fazendo, não fosse eu sentir uma estranha pontada no coração, como se alguém espetasse agulhas nele, a sensação de que não deveria ter descido ali apenas veio com tudo em meu ser, como se eu fosse me arrepender daquilo para sempre.

No exato momento que eu pensava isso, ouvi algo fazer um enorme estrondo à alguns metros de mim, a princípio eu não consegui ver o que era, ali embaixo era escuro, nada do lados ou acima era visível, mas o pedaço da espada de Athena me ajudou, e consegui iluminar o ponto onde o estrondo ocorrera, e definitivamente, eu não acreditava que aquilo havia acontecido, nem os peixes, pois os mesmos se mandaram. O que havia feito o estrondo fora um enorme pedaço de pedra, de pelo menos 3 metros de largura, perfeitamente lisa, mas de onde teria caído? Como se para me responder, mais pedaço começaram a cair, vinham de cima de mim, sendo assim... Só podiam ser da plataforma.

Meu coração deu um pulo no peito. Bryan, Annabeth! Aquela era a tempestade depois da calmaria.

Com Contracorrente e o terceiro pedaço da espada de Athena em mãos, fiz com que o mar me impulsionasse para cima, me desviando dos eventuais pedaços de pedra mármore que caíam no oceano. Eu temia o que encontraria lá em cima, mas quando finalmente vi o que era, apenas pude pensar em como era mil vezes pior do que tudo que eu imaginara.

Assim que o mar me lançou para cima e alcancei a plataforma, senti meu coração desmoronar no peito, Contracorrente em minha mão e o pedaço da espada, bem, nada significavam diante daquilo.

Ali onde eu estava, um dos cantos da plataforma, tudo que eu via era o caos. A maré estava começando a subir, mas isso já não era ameaça, o que realmente fizera meu coração afundar foram os 6 dragões que voavam ao redor de uma parte da plataforma, todos lançavam fogo , e pareciam tentar tostar algo, mas não era visível dali, de qualquer jeito, toda plataforma parecia ter focos de fogo. No entanto, os mesmo dragões também tentavam destruir a plataforma, eu estava apavorado com aquilo, 6 dragões cuspidores de fogo, mas eu não podia me preocupar nisso agora, eu tinha que achar Bryan e Annabeth...

Uma ideia me fez congelar no lugar. Não deuses, tudo menos isso! – era só o que eu podia pensar quando a ideia me invadiu, e de tão terrível que era, tive de resistir ao impulso de gritar por meus amigos. Mas apenas para comprovar meus temores (de que, talvez, eles fosse o que os dragões queriam tostar), em meio as chamas dançantes que os dragões haviam lançado do outro lado, eu vi a imagem do rosto de Phobos chamejante, não era realmente ele, mas eu sabia que ele queria que eu o visse.

— Eu te avisei, Jackson.— foram as palavras que seu eu de fogo dizeram em minha mente para depois o holograma de seu rosto sair de lá.

Então, antes que eu pudesse pensar, eu corria para o outro lado da plataforma, desviando do focos de fogo, indo em direção aos dragões, que continuavam cuspindo fogo e voando ao redor de algo, e eu sabia o que era esse algo, só não queria aceitar a ideia de que era realmente isso.

Eu corria a toda velocidade, Contracorrente e o terceiro pedaço da espada em mãos, mas parecia que Cronos comandava meu ritmo (o que era impossível, já que ele estava no Tártaro). Eu pensava que chegaria tarde demais, mas então, um redemoinho de ar surgiu entre as chamas, fazendo os 6 dragões voarem para longe, mas eu sabia que era apenas questão de segundos para voltarem, mesmo assim, não foi isso que fez meu coração parar no peito, foi a cena que surgiu quando eles foram embora.

Onde antes estavam os dragões girando e o fogo consumindo tudo, agora havia um redemoinho de ar, que já estava fraco e sumia, e dentro dele estava Bryan, sentado, cansado, eu podia ver que desmaiaria agora mesmo, mas ele parecia estar empenhando suas forças para salvá-la.

Meu coração parecia estar parado quando eu a vi daquele jeito, eu continuei correndo até eles, a câmera lenta parecia estar em ação sobre mim, os dragões voavam em algum lugar acima de nós, mas eu não estava ligando para nada disso, eu só conseguia ver Annabeth deitada no chão da plataforma, sua adaga largada ao seu lado, seu boné, antes preso ao short, agora estava há alguns metros de distância. Ela estava branca feito papel, machucada, tostada, ferida, os olhos completamente abertos, sem o brilho típico que tinham, sem vida. Era como se alguém estivesse brincando de pisar e massacrar meu coração. E quando eu finalmente cheguei perto dela, praticamente me jogando ao seu lado, aliviado por estar perto, mas quebrado por vê-la daquele jeito, eu tinha esperanças de que estivesse bem, de que só estivesse desmaiada, de que... Não sei, eu só tinha esperanças! Mas então, Bryan me notou ao seu lado, ele tentava reanima-la, mas eu podia jurar que ele estava quase chorando. Ou seria eu que quase chorava?

Ele me olhou, estava cansado, mas seus olhos azuis estavam vermelho, o rosto ferido, ele me olhava com uma mistura de culpa, pena, tristeza, medo, compaixão, tudo ao mesmo tempo.

— Percy... Desculpa, eu... Eu sinto muito, mas... – ele gaguejou, e por fim engoliu em seco, eu não queria ouvir suas próximas palavras – Anna... Annabeth, ela... Ela está morta.

Nesse momento eu me senti caindo em queda livre, o coração morto, nada mais possuía significado, eu estava só, ela havia ido embora, e eu não era nada.


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Notas finais do capítulo

Okay, vocês querem ma matar, mas... Eu os amo dos mesmo jeito, por isso quero reviews!

Bem, vamos aos avisos, os PS's que eu amo!

PS: Eu vou viajar como disse, e tipo, não sei se vou levar meu note, por isso atraso de capítulos.

PS2: Eu quero corrigir os erros de português de todos o capítulos da Momentos, e reler para ver se ficou alguma coisa fora do lugar, mas eu não dou conta disso sozinha, eu preciso de ajuda para corrigir erros, apenas corrigir, não mudar, alguém se candidata a me ajudar sem receber nada em troca a não ser gratidão?

PS3: Eu tive uma super ideia essa semana, eu quero fazer uma fanfic de oneshots, cada capítulo é uma one com uma história diferente sobre uma situação ou casal diferente (não só PJO, como THG e HP, e pode até ter songfic). Mas eu não quero fazer isso sozinha, o que eu quero: reunir o maior número de autores possíveis, cada um escreve uma oneshot ou songfic para a fic (eu já tenho metade de uma songfic) e fazer uma fanfic épica aqui no NYAH, alguém topa? Quem quiser, só falar, vamos nos reunir autores! Vamos pessoal!

PS4: Gostaram da capa nova? Foi o pessoal do http://fanficdesign.blogspot.com.br/ que fez, e eu amei, simplesmente adorei, sem demoras e perfeitos! Obrigada pessoal do fanfic design!

PS5: Não queiram me matar! Amo vocês!

PS6: Mas alguém ansioso para o desfile da Victoria Secrets Fashion hoje/amanhã no SBT? Tipo, eu não ligo para desfile, mas o JB vai cantar, então, como Belieber que não tem TV a cabo e não viu ainda, claro que vou assistir! hahaha #ansiosa

Beijos para todos!

Desculpa por tudo!

Feliz Natal!