Momentos de Percy J. e Annabeth C. [Em Revisão] escrita por Nicolle Bittencourt


Capítulo 65
Capítulo 65: Good Feeling


Notas iniciais do capítulo

Oiiii leitores lindos!
Nem vou pedir desculpas senão vou ficar aqui até amanhã e o que vocês querem é ler o capítulo! kkk
Eu nem ia postar hoje, mas devido alguns leitores terem dito que morreriam (exagero) se não lessem um capítulo novo logo... Decidi postar :)
Eu espero que gostem, não tem hentai ainda (aguardem o próximo capítulo ~risada maliciosa~) mas está bonzinho!
Bem, acho que é isso, obrigada pelos reviews (eu finalmente consegui responder todos, eeeeh!)!
PS: Título do capítulo é só por causa da música, estava sem ideia para o nome e a música me pareceu uma boa ideia! :P
Boa leitura!!!
LEIAM AS NOTAS FINAIS!



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Annabeth’s POV

— Vamos arrumar essa bagunça de uma vez.

— Okay, acho que não tenho escolha. – disse ele levantando os braços para o alto.

E então, após acharmos o necessário para a limpeza, fomos em direção à cozinha, arrumar a bagunça, e devo dizer, parecia que um furacão havia passado ali! Bem, um furacão chamado Percy Jackson e Annabeth Chase, ou seja, aquilo estava uma zona completa! Mas teríamos que arrumar de qualquer forma, então, era melhor começarmos desde já.

Virei-me para Percy:

— Não pense que não vai me ajudar Cabeça de Alga. Eu não sou que nem o Tyson, que arruma o chalé de Poseidon sozinho. – joguei para Percy um pano – Pode começar a secar esse lado da cozinha enquanto seco o outro.

— A senhorita é quem manda! – disse o bobo batendo continência e pegando pano, logo sorrindo – Mas, obviamente, espero ser recompensado depois!

Reviro os olhos e o encaro.

— Claro! – digo sarcástica – Você, que é um dos causadores da bagunça, quer recompensa por colocar as coisas em ordem, acho mais do que justo. – continuo com o tom sarcástico - O que deseja que eu lhe dê? Biscoitos Scooby?

— Eu sempre me perguntei que gosto tem os biscoitos Scooby... – disse ele pensativo – Mas não! A verdade é que eu espero que me dê beijos.

Só mesmo o Percy para se perguntar que gosto tem biscoito de desenho animado, fora que era biscoito de cachorro, enfim...

— Quem sabe, se você arrumar tudo direitinho... – disse olhando para cima e depois sorrindo para o Cabeça de Alga – Agora comece a limpar!

Ele não fez o que eu disse, não começou a limpar, ao contrário, veio em minha direção e me segurou pela cintura.

— Não mereço um beijo de boa sorte? – pergunta Percy me olhando com carinha de dar dó.

Por um momento eu fico confusa pelo pedido, mas meu coração bate mais rápido por conta de suas mãos em minha cintura.

— Para que boa sorte se vai limpar uma cozinha? – disse após passar meus braços ao redor de seu pescoço.

— Bem, eu posso estar andando e sem querer, escorregar no piso molhado, cair de mal jeito, quebrando alguns ossos, e em seguida atingiria aquele armário cheio de cristais, os mesmo cairiam em cima de mim, matando me instantânea e dolorosamente. Você ficaria muito triste, e carregaria consigo o remorso de não ter me dado um beijo de boa sorte.

A história era tão estranha, que eu tive que dar risada da criatividade mórbida e exagerada de Percy.

— Você sabe que é meio impossível isso acontecer né? Já que seus reflexos são ótimos e os cristais não te matariam! – digo ainda rindo de Percy, seus braços ainda em volta de minha cintura, ele me acompanha nas risadas – Mesmo assim, sua criatividade me surpreendeu! Quanto desastre!

— Não é?! – disse Percy rindo e me puxando mais para si – O que eu não faço para ganhar um beijo seu?

Sorri.

— Não precisa de histórias para ganhar um beijo meu, basta pedir!

Acabamos com a distância entre nós, selando um pequeno e doce beijo.

— Boa sorte com a limpeza! – sussurro entre pequenos risos.

— Para você também. – nos separamos, cada um para um lado da cozinha, agora o trabalho iria começar para valer.

Começamos nossas tarefas, a princípio em silêncio.

Após vários minutos, Percy parou de secar o chão e se virou para mim, me analisando dos pés a cabeça. Aquela altura meu vestido estava basicamente seco, então, não fiquei vermelha, não muito.

— O que está fazendo? – perguntei um pouco tímida, detestava ser analisada tempo demais.

— Te olhando. É proibido? – perguntou ele sorrindo.

Olhei para baixo e depois para ele de novo.

— Não, não é, mas agora você tem que limpar o chão Percy, não se esqueça que temos que arrumar uma forma de sair daqui e de reencontrar o Bryan, saber se ele está mesmo bem.

Percy revirou os olhos.

—Se ele está mesmo em Ogígia, está sendo bem cuidado, e ele pode sair de lá quando quiser, basta dizer. – é, ele tinha razão - Enfim... Se vou ser obrigado a limpar e não posso te olhar. – continuou Percy – Posso ao menos colocar alguma música?

—Música? – perguntei confusa – Como assim?

Percy riu.

— É, música, algo que surgiu há milhares de anos, uma forma de expressão, tem vários ritmos, os mais diversos tipos de cantores. Vai me dizer que não conhece? – ele pergunta sarcástico, e acabei por lhe dar língua.

Idiota!

— Eu sei o que é música, e sei dar uma definição melhor que a sua! – ele ergueu uma sobrancelha quando disse isso – Só quero saber como pretende colocar a música.

Percy sorri.

— Você, que sempre repara tudo, não notou que tem uma super aparelhagem de TV, vídeo e som na sala?

Franzi a testa.

— A verdade? Não reparei muito nisso. – disse com sinceridade – Mas se quer ligar o som, por mim tudo bem, afinal, eu gosto de música!

Percy sorriu, e foi impossível eu não pensar em como seus olhos brilhavam quando ele sorria, como tudo parecia certo. Ele foi para a sala, ouvi ele mexendo nos aparelhos e logo foi possível ouvir a música alta tocando. Voltei a secar meu lado da cozinha.

— O que é isso? – perguntei quando ouvi uma voz de um locutor dizendo que tocariam as melhores músicas direto, pelas próximas 2 horas. Eu me perguntava quais eram as “melhores músicas”.

— Uma estação de rádio qualquer. É bom saber que o sinal de rádio pega aqui! – disse Percy – Só espero que toquem músicas atuais.

— Acho que toca sim. – disse após identificar a música do Flo Rida - Afinal, não é Good Feeling que está tocando?

— É. – disse Percy, voltando a secar o chão, cantando e dançando desajeitadamente com o pano de chão sob seus pés.

Permaneci olhando-o por um tempo e tive que rir, ou melhor, gargalhar de rir.

— Do que está rindo? – perguntou ele parando de dançar.

Você deve estar me achando maluca por rir de alguém dançando, mas é que você ainda não viu o Percy dançando! Meus deuses! Só o Cabeça de Alga para dançar tão estranhamente, se é que aquilo pode se chamar de dança!

Imagine um mistura de passos de Mick Jagger, Michael Jackson e Elvis Presley. Okay, agora imagine uma pessoa que tenta fazer todos os passos ao mesmo tempo, não consegue nenhum e ainda fica se balançando para um lado e para o outro. Sim, você acaba de chegar perto do que Percy esta fazendo!

— Nada. – disse rindo mais, pois ele voltou a dançar.

— O que? Acha que não danço bem? – perguntou após parar novamente.

Tive que respirar um pouco para responde-lo, é, eu tinha rido muito.

“Calma Annabeth, concentra, não vai mais rir, responda o Percy.” — repetia essa frase mentalmente.

— Não, tenho certeza! – disse caindo na gargalhada novamente ao me lembrar dele dançando, esquecendo completamente que estava tentando não rir.

— Não me zoe Sabidinha, você sabe que danço bem.

— Só quando está acompanhado. – disse tentando me controlar.

— Então me conceda a honra de uma dança. – disse fazendo um gesto antiquado, como se fosse me chamar para uma valsa.

Olhei para os lados, largando meu pano e fingindo estar em dúvida se ele falava comigo ou com outra pessoa, alguém imaginário. Então Percy, que também largou seu pano, se aproximou, pegou minha mão, depois me puxou pela cintura colando nossos corpos.

Eu já havia me controlado das gargalhas, mas agora meu coração batia rápido ao olhar para Percy. É, meu coração tinha reação quando eu ficava perto do Cabeça de Alga, aumentando quando ele me tocava.

— Você sabe que essa música é um hip hop eletrônico, e não uma valsa né? – perguntei em dúvida.

—Sei.

Então Percy me girou e me agarrou novamente, fizemos mais alguns passos. E eu sorri, ele era bom quando se tratava de conduzir alguém numa dança.

— Okay, você é um bom dançarino Percy Jackson, embora a valsa não seja feita para esse tipo de música. – disse sorrindo e depois me lembrando que ainda havia uma bagunça para resolver - Mas agora, precisamos arrumar essa cozinha!

Lhe dei um pequeno empurrão. Voltamos a pegar nossas armas de limpeza, as músicas continuavam a tocar na rádio, e nós cantávamos e fazíamos passos como loucos, era como se o fato de estarmos juntos nos fizesse, meio que, esquecer o resto.

Assim que terminamos a cozinha fomos para a sala, catar os cacos do vaso de cristal, arrumando o que estava bagunçado.

Em seguida nos tacamos no sofá, e ficamos ali por uns minutos, descansando, tocava uma música chamada Obvious, do Westlife, ficamos ali deitados, e eu analisava cada parte da música, pois ela me fazia pensar em todas que havíamos passado. Eu também acabei reparando que a chuva ainda caia lá fora, o vento ainda uivava.

— Agora só falta a suíte! – disse enquanto me levantava e subia as escadas correndo, Percy, que também se levantou e estava atrás de mim, sorriu.

— A melhor parte da casa.

Revirei os olhos.

— Está muito assanhadinho Perseu Jackson. – disse séria, e depois lhe lancei um sorriso, ao qual ele me correspondeu.

Assim que abri a porta da suíte, me dei conta do quão grande fora nossa bagunça. As penas brancas de ganso cobriam cada centímetro do quarto, eu não sei como pudemos ter feito aquilo numa casa que nem era nossa, e mesmo que eu sentisse que aquilo era para nós, aquela bagunça não tinha explicação!

— Nós fizemos tudo isso?- perguntou Percy, a chuva ainda caia forte lá fora – Parece um mar de penas.

— Bem, vamos começar! – era o único jeito de terminar aquilo rapidamente, começando logo!

O quarto estava coberto de penas, e isso fez com que nem reparássemos muito na música, apenas tentamos limpar aquilo tudo o mais rápido possível. E conseguimos limpar tudo, embora não tenha sido tão rápido assim...

— Graças aos deuses acabamos!- disse Percy depois de termos colocado todas as penas de volta aos travesseiros. Ele acabou se jogando na cama, e eu me joguei ao seu lado.

—Aos deuses nada, graças a nós! – disse exausta - Nunca pensei que limpar penas fosse tão cansativo!

— Você tem razão. – disse Percy. E ficamos ali, deitados, bagunçados, um pouco suados, um olhando para o outro.

Estava olhando tão intensamente para Percy, que nem reparei que o som ainda tocava.

— Eu conheço essa música... – disse Percy franzindo a testa, tentando lembrar o nome da música, música que eu facilmente reconheci, algumas filhas de Afrodite costumavam ouví-la há alguns anos...

— Nelly Furtado, Promiscuous. – disse rapidamente, sorrindo, e Percy me olhou meio assombrado.- Que é? Eu conheço a música ok?

— Ok. – disse Percy lentamente.

Sorri, dessa vez olhando para o teto, e baixinho comecei a cantar a música conhecida. Olhei rapidamente para Percy, e notei que ele me olhava intensamente, sorrindo.

— Que você sabe cantar maravilhosamente, não é novidade. Não mais... – disse Percy sem tirar o sorriso do rosto, seus olhos cor de esmeralda brilhavam - Mas quanto a dançar... Não tenho tanta certeza que seja tão boa.

Abri a boca, como se fosse reclamar, voltei a fechá-la, para logo depois abri-la e dizer:

— Sei dançar melhor do que você Cabeça de Alga, a prova disso foi lá embaixo, na cozinha.

—Bem, lá em baixo erámos eu e você, então você teve uma ajuda minha, mas sozinha... Não sei se conseguiria. – disse ele me provocando.

— Quer que eu prove que sou melhor? – ergui uma sobrancelha enquanto falava. Aquele Cabeça de Alga estava me provocando!

— Se quiser tentar mostrar que é melhor, sinta-se a vontade, no entanto, sei que não se sairá melhor do que eu, ou do que as filhas de Afrodite.

Fuzilei-o com os olhos, e depois revirei-os. O Cabeça de Alga havia me desafiado, então, eu iria provar para ele quem era a melhor.

— Até parece, eu danço muito melhor do que você e aquelas filhas de uma... – era melhor eu não xingar a deusa, até por que, eu não estava zangada com ela - deusa do amor! E que história é essa de vê-las dançando?

Percy coçou a cabeça.

— Elas ensaiaram uma vez na arena e eu como estava esperando o chalé de Ares para lutar, acabei reparando e... – ele parecia dizer a verdade, mas antes de ele continuar, resolvi interrompê-lo.

— Poupe-me dos detalhes sórdidos, depois você me conta, porque no momento, eu tenho que provar que sou melhor!

Me levantei e fechei os olhos, tentando me concentrar na música.

Talvez você não me entenda, mas o fato é que: eu detesto ser desafiada, detesto! Mas quando eu sou desafiada, mesmo que nas entre linhas, eu tenho que provar que posso. Talvez isso se deva ao fato de eu ser filha de Athena, ou ao fato de eu precisar mostrar que eu sou melhor, algo haver com meu defeito fatal: o orgulho. Fora que aquele Cabeça de Alga estava me provocando há muito tempo, melhor acabar com isso logo!

Enfim... Eu já fizera parte de um grupo de dança quando estudei com Thalia em New York, bem, só fizemos isso porque artes cênicas era matéria e contava pontos para as notas, mas éramos boas.

Devagar, e de olhos fechados, deixei a música me levar, e por mais que eu quisesse provar que era melhor, minha consciência dizia que aquilo parecia loucura, no entanto, meu corpo não achava, e com Percy ali, nada parecia errado.

Lentamente fui me soltando, e ainda de olhos fechados, fiz alguns passos, alguns movimentos. A música já havia passado da metade, chegando ao fim, quando abri os olhos e vi que Percy estava sentado na beirada da cama, e basicamente babava enquanto me olhava.

— Você fez de propósito! – disse ultrajada enquanto a ficha caia e eu, me odiando por ter entrado no jogo de Percy, ia a passos pesados em direção à ele e encarando-o e em seguida empurrando-o, fazendo-o cair de costa na cama. - Confesse!

— Talvez... – disse ele coçando a cabeça e sorrindo, eu o olhava de cima, já que estava em pé perto da cama.

— Perseu Jackson! – disse eu séria e autoritária, a música já no fim agora era apenas o fundo da nossa conversa. Percy agora possuía olhos assustados, graças à pronúncia completa do seu nome – Você me paga!

Então lhe dei um tapa não tão de leve no braço, seguido de outros tapas. Me sentei ao seu lado na cama, de cara fechada.

— Ai. – disse ele esfregando o braço e se sentando– Sério, eu pensei que a maldição de Aquiles funcionasse para tudo, mas acho que não.

— Pare de dizer besteiras. – disse ainda séria, na verdade, planejando uma pequena revanche – Por que você me fez dançar?

Encarei seus olhos verdes, tendo que me segurar para não me perder neles e esquecer que estava zangada, ou fingindo que estava.

— Não sei, talvez porque você fica linda quando dança, você se solta! – disse ele dando de ombros, e por mais que eu quisesse sorrir, apenas desviei o olhar – Você está zangada comigo Annabeth?

Não respondi, nem me dei ao trabalho de olhar para ele. Planejava algo melhor...

— Annabeth, pare com isso, vai. – disse ele se sentando e me olhando - Eu só pedi para você dançar! Não é nenhum crime!

— Me induziu, é diferente! – murmurei.

— Annabeth Chase, como você é teimosa! – ele disse rindo e revirando os olhos.

— Eu não sou teimosa!- minha voz se levantou algumas oitavas sem minha permissão.

—Imagina se fosse! Mas sei que você não vai dar o braço a torcer, então... – disse ele sorrindo e se aproximando, me envolvendo com seus braços e sussurrando um: “Me desculpa?”. Mal imaginava ele, que estava exatamente onde eu queria.

— Ainda não... – disse, e rapidamente me desprendi de seus braços, em seguida, lhe empurrei. Fazendo-o cair no chão de surpresa – Agora sim está desculpado!

Sorri imensamente.

—Annabeth Chase. – disse ele com um brilho no olhar, se levantando – Você armou para mim.

— Estamos quites. – eu disse dando de ombros.

— Quase... – disse ele, o brilho intenso.

—Não!- disse quase berrando - Eu te conheço Percy, o que quer que esteja pensando, pare!

E então, antes que eu pudesse fazer qualquer coisa, o Cabeça de Alga pulou na cama, deitado sobre mim, no segundo seguinte ele me puxou contra ele, grudando nossas bocas.

— Agora estamos quites. – disse ele contra meus lábios.

— Sabe, prefiro terminar brigas desse jeito. – disse voltando a beijá-lo, puxando-o pela gola da camisa, trazendo-o para mim.

E então, o beijo começou a ficar urgente, nossas mãos começaram a passear pelo corpo um do outro. A música estava em suas notas finais, mas eu não prestava atenção nela, tinha mais com o que me ocupar.

As minhas mãos iam do cabelo de Percy, passando por sua nuca e chegando aos botões de sua camisa. As dele iam do meu pescoço para minha cintura. Logo eu estava contra a cabeceira da cama, Percy por cima. Girei, mudando nossas posições, mas sem interromper o beijo urgente.

Então uma das mãos de Percy foi em direção a minha coxa, me puxando mais contra ele, e as minhas começaram a desabotoar sua camisa. Eu gostaria de dizer que naquele momento minha consciência me dizia que devíamos parar, que não era certo, mas a verdade era que a minha consciência estava entorpecida pelo toque de Percy, pela batida descompassada de nossos corações, pelo fervor que percorria meu corpo.

Não sei o que teria acontecido a seguir, porque um trovão soou no céu, tão forte e alto que fez com que Percy e eu nos separássemos de tão assustados que ficamos. Seguido de um silêncio constrangedor de nossa parte.

— Ahn... Acho melhor eu tomar um banho. – eu disse apontando para a porta do banheiro e me levantando da cama, podia sentir-me corando.

— Por que eu sempre sou trocado pelo chuveiro? – perguntou Percy se sentando direito e fazendo biquinho.

Lancei um sorriso tímido para ele, o rosto ainda fervendo.

— Você também deveria tomar um banho. Afinal, depois de arrumar tudo aquilo...

— Okay, eu estou indo, mas primeiro... – Percy se levantou e correu em minha direção. Me roubando um beijo, e em seguida, correndo porta a fora da suíte, indo para outro quarto, outro banheiro.

Fechei a porta do meu banheiro, e não pude evitar sorrir que nem uma boba. Mas o sorriso logo se apagou, pois me lembrei que aquele lugar não era nosso, que estávamos perdidos e que tínhamos uma missão: recuperar a espada da minha mãe e evitar que algo poderoso ressurgisse.

********************************************************************** Ao contrário do último banho, tomei uma ducha morna e rápida, apenas para tirar o suor do corpo. Há quase três horas atrás, quando eu estava tremendo de frio, era difícil pensar em calor, agora, era difícil pensar que eu estivera tremendo àquela hora. A casa era quente e confortável, convidativa, suas paredes tão fortes impediam de se ouvir muito bem o vendaval que acontecia lá fora, mas mesmo assim, se ouvia minimamente a tempestade na ilha, tão diferente do sol radiante de mais cedo.

Após o banho, reparei que a música havia sido desligada, provavelmente Percy o fizera antes de tomar banho. Dei de ombros e voltei a colocar o vestido branco que já estava seco, pois não queria mexer mais ainda nas coisas daquela casa desconhecida.

Ao sair da suíte, ouvi que o chuveiro do quarto ao lado estava ligado, provavelmente Percy ainda tomava banho, então, eu tinha alguns minutos para olhar a casa.

Acho que até esse momento não havia analisado detalhadamente como era a casa. Do lado de fora, cercada de árvores e de areia, possuía uma piscina cristalina, o que me fazia pensar que fora limpa há pouco tempo, e novamente me deixava quanto aquele lugar e quem o habitava.

Era uma casa da arquitetura moderna sustentável, feita de madeira e com muitas paredes de vidros. Na parte de dentro, uma enorme sala de estar recebia com muitos quadros quem entrasse, à esquerda, uma escadaria típica de filmes de romance levava ao segundo andar. Mas como você dever saber, no primeiro andar também havia a cozinha, o quarto que provavelmente era de alguma empregada, e havia um banheiro, todos esses cômodos possuíam enorme área, acima do comum, afinal, a casa estava mais para uma mansão. Subindo as escadas, e indo para o segundo andar, se encontrava mais quadros espalhados pelo corredor, assim como se encontravam cinco portas no mesmo, quatro eram de suítes, sendo a que fizemos a guerra de travesseiros a maior, e a quinta porta era um banheiro, um pouco menor que os das suítes, mas mesmo assim luxuoso.

No entanto, algo me intrigava, havia outra escada no segundo andar, que levava para o terceiro, o que me intrigava era não saber que o havia no terceiro andar.

Segui em direção à escada, o barulho da água caindo do chuveiro era audível, Percy ainda tomava banho, então, resolvi olhar lá em cima.

Subi as escadas lentamente, talvez porque eu ainda suspeitasse que aquela casa era para Percy e eu, algum tipo de armadilha, assim como o Clube Nix.

Mas quando cheguei ao fim da escada, e achei o interruptor, ligando assim a luz, me surpreendi com o que vi. Na verdade, fiquei maravilhada!

O terceiro andar, ao contrário dos outros, não possuía paredes dividindo-o em cômodos, não, ele era um único cômodo, um andar inteiro sem paredes. Mas não era isso que me deixava maravilhada, e sim as 20 enormes estantes, que iam até o teto e possuíam milhares de livros em suas prateleiras.

— Di Immortales!- sussurrei indo até as estantes e passando os dedos pelos livros, e mesmo que eu não pudesse ler o título da maioria (por conta da dislexia), eu continuei feliz, era magnífico saber que alguém possuía uma enorme coleção de livros numa mansão, numa ilha.

No entanto, não haviam só prateleiras de livros, digo isso pois de um lado havia um seção com vários DVDs, que pareciam ser de vários gêneros, mas não posso dizer com certeza, pois não conseguia ler seus títulos. E não era apenas isso que o terceiro andar possuía, nele também havia uma TV parecida com as telas de cinema, e próxima delas havia um confortável sofá, algumas cadeiras espalhadas pelo ambiente, e uma mesa de centro, ali era simplesmente o paraíso!

Ainda encantada, girei no meio daquilo tudo, sem acreditar. Aquela casa, ou melhor, mansão, era magnífica! Sua arquitetura era esplêndida, seus cômodos maravilhosos, aparelhos eletrônicos modernos, as suítes pareciam muito confortáveis, e o terceiro andar... Tornava tudo perfeito!

Pensava nisso, quando percebi que uma das paredes que cercavam o terceiro andar, possuía um tecido azul, como um pano, cobrindo-a toda. Andei em sua direção, curiosa, e sendo assim, puxei-o levemente para o lado, reparando assim que se tratava na verdade de uma cortina, puxei-a toda para o lado, e mesmo caindo uma tempestade lá fora, vi a paisagem mais linda do mundo!

A parede que antes pensei estar coberta por um pano, na verdade, não era uma parede de concreto, e sim um vidro no lugar da parede, um vidro que antes possuía uma cortina azul. Por esse vidro se enxergava a praia da ilha, e mesmo na tempestade, era possível ver a agitação do mar, das árvores, ver tudo que acontecia ali, era uma vista privilegiada, e única, aquele lugar estava se mostrando cada vez mais perfeito!

Eu sabia que aquilo tudo pertencia a alguém, mas uma sensação em meu coração, ainda me dizia que era certo Percy e eu estarmos ali, como se ali fosse exatamente onde deveríamos estar. E mesmo que eu estivesse preocupada com Bryan, não podia evitar gostar da ideia de estar sozinha com Percy naquela casa/mansão.

Entenda, Percy e eu quase nunca ficamos sozinhos, sozinhos. Isso porque ou nos encontramos no apartamento dele, e sendo assim seus pais estavam sempre por perto, ou quase sempre; no meu colégio, e sendo ele um internato, nunca ficávamos sozinhos. Tem também o Acampamento, mas ficar sozinhos no mesmo era uma raridade, a não ser quando eu ia para o chalé de Poseidon, mesmo assim, só íamos fins de semanas lá, ajudar na construção dos novos chalés; ou então nos encontrávamos em locais públicos, ou seja, nunca sozinhos. E naquela ilha, estávamos sozinhos, e por mais que eu quisesse tirar alguns pensamentos da minha mente, eu não conseguia, era inevitável pensar que dessa vez ninguém iria nos atrapalhar, mas era inevitável também não achar que tudo aquilo fosse outro sonho, igual ao que eu tive no Days Hotel Broadway.

Eu ainda estava ali, parada, olhando a paisagem tempestuosa, e pensando em como Percy e eu tantas vezes fomos atrapalhados, quando um envelope rosa, em cima da mesinha, chamou minha atenção.

Ele não estava ali antes, e mesmo de longe, eu podia sentir o cheiro de perfume de grife que exalava, o que queria dizer que aquilo pertencia a uma só pessoa, ou melhor, deusa: Afrodite!

Dirigi-me a mesa, eu já devia saber que aquilo tinha dedo de Afrodite, quem mais faria isso? Eu confesso, que já havia passado por minha mente que Afrodite estava medita com aquilo, mas achei absurda demais a ideia!

Peguei o envelope rosa, e de dentro tirei um papel (também rosa), escrito à mão, com a caligrafia perfeita.

"Queridos Percy e Annabeth

Vocês já devem saber de quem é essa carta e creio que Annie já deve ter pensado, ou dito, que isso só podia ser coisa desta deusa que vos escrever, mas mesmo assim, deixo esta carta para lhes explicar.

Devo começar do princípio, explicando como foram parar nesta ilha: obviamente eu os mandei para ai, assim como mandei Bryan para a Ilha de Calipso, mas fiz isso porque não queria que morressem, e também uni o útil ao agradável, mas continuando...

Sim, está ilha é minha Annabeth, você pensou certo. Enfim... Eu criei esta casa em minha ilha, como um pedido de desculpas a vocês, embora não estivesse nos meus planos que vocês fossem parar tão cedo ai, mas então houve aquele raio, e como disse antes, apenas uni o útil ao agradável: salvando-os da morte e tentando me redimir...

Vocês não devem estar entendo o motivo de eu querer me redimir, então... Desculpem-me, Percy e Annabeth, desculpem-me pelo episódio no hotel, não queiram me matar, mas eu os fiz pensar que aquilo tudo era um sonho (não preciso dizer o que é tudo né? Vocês sabem do que estou falando...), mas fiz isso para que não fossem mortos por Athena e Poseidon, por favor, me perdoem e não me julguem, só fiz isso para salvá-los. Okay, talvez eu tenha me divertido um pouco, ainda mais por causa da Thalia, mas isso é outra história. Perdoam-me?

Bem, está é minha ilha, mas a casa, assim como a estadia de vocês nela, é meu pedido de desculpa, que espero que aceitem, pois além de tudo eu os salvei da morte (tanto quando se tratou de seus pais como pelo fato de terem voado pelos ares). Perdoem-me e me façam feliz: continuem com seus “sonhos” fofos! Sem pressão, imagina!

Aproveitem os poucos dias que terão na ilha, o tempo que terão juntos será um descanso, pois quando voltarem, e reencontrarem Bryan (se ele voltar da ilha de Calipso), poderá ser que não tenham mais tempo para ficar juntos, se é que vão viver para poderem ficar juntos. Não posso falar muito sobre isso...

Espero que me perdoem e que aceitem meu presente de desculpas, e mesmo que não aceitem... Bem, terão que ficar na ilha de qualquer maneira, ao menos, até arrumarem um jeito de saírem, mas se querem um conselho, esperem a tempestade passar para tentarem ir pelo mar, pois eu não quero que morram depois de tudo que passaram, ainda não ao menos, então, a casa no momento é o local mais seguro.

Com todo carinho e amor: Afrodite, a deusa do amor que deseja que vocês dois parem de ser interrompidos por pessoas intrometidas e também deseja que se entreguem logo ao amor que sentem um pelo outro. Ai, ai!

PS: Não se preocupem, os deuses não fazem ideia de que estão ai, tudo porque eu coloquei uma barreira, ninguém vai os achar, e nenhum deles irá saber o que ocorre ai, nem mesmo eu poderei ver, até porque, não quero ver o que irá acontecer entre vocês...

PS2: Não se preocupem com Bryan, ele ficará bem, e aproposito, ele está com a mochila de vocês, e consequentemente, com as partes da espada, podem respirar agora! E quanto à missão, não se apeguem a ela agora, por favor, não estraguem o momento!

PS3: Annabeth e Percy, todas as roupas e sapatos são dos seus tamanhos, por tanto, podem usá-las à vontade. Só tentem manter a casa em ordem. Aaaah! Annabeth, acho que gostou do terceiro andar não? Pois ele foi feito especialmente para você (ao menos a parte dos livros, porque a TV foi para Percy, e sei que ele vai se assustar com a quantidade de livros, mas os dois vão amar a vista da ilha). Bem, acho que também gostará da gaveta escondida no closet da suíte principal, ou talvez, Percy goste mais do que tem lá! *risadinha maliciosa* Outra coisa, não se esqueçam da segunda gaveta da cabeceira, por favor, não se esqueçam dela ou serão (seremos) mortos duplamente quando seus pais descobrirem! Então, por Zeus, não esqueçam, jurem pelo Estige que não vão esquecer!

PS4: Eu simplesmente amo vocês! Percy e Annabeth, tão fofos, sabe, criei um nome de casal para vocês, igual esse casais de Hollywood usam, o nome é Percabeth! Agora vou chama-los assim! PERCABETH! Que seja eterno enquanto dure, ou seja, enquanto viverem!

XOXOXO - Afrodite"

Por um momento eu fiquei estática, tentando processar as informações daquela carta maluca!

Em seguida me joguei no sofá, encarando o teto e tentando entender o que acabara de ler, tentando controlar a vontade de xingar Afrodite e de querer mata-la! Mas antes de qualquer coisa, era melhor tentar entender tudo o que aconteceu.

Okay, revendo os fatos que acabei de descobrir: Afrodite havia nos salvado da morte no enviando para sua Ilha, ilha na qual havia uma mansão criada para Percy e eu como um pedido de desculpas da deusa por ter feito com que pensássemos que a noite no hotel fora um sonho.

Vontade de mata-la de novo...

Respira Annabeth!

Ela nos fizera pensar que aquela noite fora um sonho para poder nos salvar da ira dos nossos pais, mas agora parecia querer que continuássemos tal noite, aproveitando o fato de não estarmos sendo vigiados!

Que vontade de rasgar a roupa de grife de certa deusa...

Ah! Ela também havia mandado Bryan para Ogígia, junto de Calipso, afim de nos dar privacidade! Fora que havia criado um nome de casal esquisito para Percy e eu: Percabeth! Até que é bonitinho, mas não vem ao caso...

Respirei profundamente, fechando os olhos para pensar claramente. Tantas coisas que Afrodite havia feito! Tantas! Eu estava com vontade de acabar com a deusa, e ao mesmo tempo... Queria abraça-la?!

Eu sinceramente estava confusa: ela havia manipulado nossas vidas, nos fez parar nessa ilha para nos estimular a fazer algo (que eu não quero dizer o que é), mas também havia nos salvado da morte, tanto nós como Bryan.

Que Afrodite defendia seus interesses e era manipuladora, ai não tem nenhuma novidade, mas ela havia salvado nossas vidas, e conseguiu deixar Percy e eu a sós. E por mais que eu estivesse zangada com a deusa, por ter manipulado meus sonhos e minha vida, eu também estava meio que feliz, curiosa e... Ansiosa?

Zangada por ter minha vida manipulada, por ter algo real confundido com um sonho. Feliz por estar ali com Percy. Curiosa pelo que havia na gaveta escondida no closet e na segunda gaveta da cabeceira. Ansiosa pelo que aconteceria naquela ilha, afinal, Percy e eu não éramos mais crianças, tínhamos desejos e necessidades, talvez... Pudéssemos continuar o que paramos no Hotel, o que havíamos pensado que era sonho.

No entanto, ouvi Percy me chamando do segundo andar, e fui tirada de meus devaneios.

— Annabeth? – perguntou ele.

— No terceiro andar! – berrei, olhando o papel rosa em minhas mãos, o perfume de grife ainda exalava fortemente dele. E minha dúvida entre matar ou abraçar Afrodite. Permanecia em minha mente!

Eu conseguia ouvir os passos subindo as escadas rapidamente, mesmo assim, continuei ali, imóvel, pensando naquela carta, na ilha, em tudo.

— O que você está... – Percy começou a perguntar ao chegar ao fim da escada, mas quando olhou ao redor, se interrompeu – UAU!

Abri os olhos, ainda com a carta nas mãos, afim de ver a reação de Percy diante do terceiro andar. Mas acabei foi corando.

Entenda, Percy agora trajava apenas a calça marfim de antes, e estava sem camisa alguma, deixando seu peitoral definido a mostra, e me fazendo lembrar de meu sonho, ou melhor, da noite no hotel, me lembrando como era tocá-lo, senti-lo.

Sacudi a cabeça, tentando parar de corar e impedindo meu cérebro de seguir aquela linha de raciocínio, preferi me concentrar na reação de Percy ao olhar para o terceiro andar.

Percy, que estava basicamente com olhos arregalados, não sei se tomou um susto ao ver tanto livros ou se aquilo fora por conta de tela de cinema que a TV possuía. Eu podia apostar meus dracmas que era por causa da quantidade de livros!

— Santo Poseidon! Tem biblioteca na casa? E com tantos livros assim? São tantos que eu consigo ver letrinhas flutuando! – ele disse encarando as estantes, esfregando os olhos, e depois vindo em minha direção, meu coração acelerou um pouco.

Como eu disse (e como Afrodite mencionou na carta) assustado por causa so livros! Só não ganho na Mega Olympians porque não jogo!

Ahn? O que é Mega Olympians? Bem, é uma espécie de jogo de azar patrocinado pela Rede Hefesto, é como uma ... Mega Sena? É, acho que é como a Mega Sena! E se não me engano, está acumulada em 890 milhões de Dracmas, que dariam para construir o templo aos deuses no Acampamento, mas isso não vem ao caso.

—Reclamando da biblioteca, mas reparou na TV? – perguntei já ao lado dele, tentando impedir meu cérebro de pensar na tal noite no hotel, em como tudo fora real, verdadeiro, e não um sonho, como os toques foram maravilhosos...

— TV? – ele perguntou, lento como sempre...

Olhou ao redor e viu a enorme TV, soltando um: uau!

— Gostou? – perguntei enquanto ele se aproximava da tela.

— Claro! – ele disse, logo após ergueu uma sobrancelha – E você gostou das estantes não é?

— Óbvio! – eu disse sorrindo junto com Percy, mas meu sorriso era tímido, agora ele estava arregalando os olhos ao olhar atrás de mim.

— Sabe, bem melhor que a TV e os livros, é isso aqui! – ele apontou para a parede de vidro – Essa paisagem é incrível, mesmo com a tempestade, é incrível! Eu simplesmente adorei esse lugar! Parece que fica melhor a cada minuto! E eu só penso em como os donos devem ser milionários!

Nem imagina o quanto a DONA tem DRACMAS, ou melhor, qualquer dinheiro do mundo!

Sorri por causa da cara de bobo que o Cabeça de Alga estava, definitivamente ele havia amado a paisagem tanto quanto eu.

Olhei para minhas mãos que ainda seguravam firmemente a carta rosa, eu sabia que devia mostrar a Percy, mas não sabia como ele reagiria diante as tantas informações. Claro, eu queria matar Afrodite, e acho que ele também vai querer, mas eu também agradeceria a mesma, pois eu estava amando a ilha, mesmo estando preocupada com meu amigo Bryan.

— Que carta é essa na sua mão? – ele perguntou seguindo minha visão e fazendo uma careta – E que cheiro é esse de perfume de grife?

É, eu não notara, mas estava analisando a carta a muito tempo, e Percy reparou que era ela que eu segurava.

— É uma carta que apareceu do nada, ainda pouco. – disse ainda pensativa, sem arriscar olhar para os olhos verdes de Percy, pois iria acabar corando, lembrando do meu sonho, que não foi sonho, mas que me fizeram pensar que fora sonho. E ainda tinha o fato do Percy estar sem camisa, ali, na minha frente. Não que ele não tenha ficado sem camisa na minha frente outras vezes, mas agora era diferente...

Percy fez uma careta.

— Pelo cheiro e pela cor, aposto que é de Afrodite! – disse ele – Posso ler?

— Claro. – disse sem graça.

Entreguei lhe a carta.

— Por que você está assim envergonhada? – ele me perguntou antes de ler.

— Leia e você saberá. – disse olhando seus olhos verdes e me deixando perder neles por um momento.

Percy me analisou, pressentindo que algo não muito bom vinha da carta de Afrodite, e se sentou num dos sofás. Eu fiquei ao seu lado, esperando, e pensando no que ele se lembrava daquela noite... Pressentindo que sonho que ele havia lembrado na carruagem, poderia ser o que aconteceu aquela noite, poderia ser o que houve nos Days Hotel, pressentindo que talvez, só talvez, poderíamos continuar o "sonho".

Tentei tirar essa ideia de minha mente, me concentrando apenas nas expressões de Percy enquanto lia a carta, me concentrando no Cabeça de Alga.




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Notas finais do capítulo

Então, ficou aceitável?
Comentem, deixem recomendações, façam essa autora feliz!!!
AAAAAAAAAh! Lembrei, eu preciso da ajuda de vocês!
Essa semana eu finalmente comprei Jogos Vorazes, li, e tipo: encantada! Claro que meu vício sempre será PJO, mas THG me encantou, agora tenho que comprar Em Chamas e A Esperança. Eu já li algumas resenhas sobre esses livros, então, para matar minha curiosidade, alguém que leu pode me dizer se a Katniss fica maluca mesmo, e podem me dizer o que acontece com meu lindo Peeta? Por favor, eu preciso de resposta, me respondam, please!
Okay, deixa eu respirar, é que eu tô curiosa mesmo!
E vocês também devem estar com o próximo capítulo! kkkk
Sobre ele, bem, postarei aqui na Momentos a parte aceitável (sem detalhes, apenas as preliminares), na outra fic terá a parte Bônus, onde eu escreverei tudo, ou quase tudo porque como disse não sou boa em escrever hentai e é a primeira vez que tento!
Obrigada a todos que estão lendo isso e que leem a fic, adoro vocês! Saudades de alguns leitores lindos ~indireta para Leti Mathias e tantos outros que me abandonaram~. Eu sinceramente fico triste quando perco leitores...
Beijos e eu tô quase chorando lembrando de pessoas que me abandonaram.