Momentos de Percy J. e Annabeth C. [Em Revisão] escrita por Nicolle Bittencourt


Capítulo 59
Capítulo 59: Conversas, oferendas e uma fogueira


Notas iniciais do capítulo

Oiii leitores! Tudo bem com vocês?
Então, antes que queiram me matar, mil perdões! Mas eu realmente não tive tempo de escrever nada essa semana que passou e nem de responder reviews, tudo por conta do meu encontro literário, no qual eu estava no grupo de ornamentação da sala, então, já viram! Enfim... Eu ia postar sábado, mas teve trabalho em grupo e ontem eu fiquei estudando para o meu simulado de hoje. Fora que minha professora acha que eu sou Rachel Elizabeth Dare e quer que eu pinte uma tela! Tá, vocês perceberam que eu estou ferrada e muito ocupada, e para piorar minhas provas começam dia 25 :( Bem, ao menos dias 20, 21 e 22 não tem aula aqui no Rio (Obrigada Rio+20!!!!!).
Ok, já chega de falar da minha vida, você querem saber da história! Capítulo relax (eu acho!!! kkk) e normal, nada extraordinário porque eu o digitei em plena madrugada, então estava morrendo de sono. Qualquer erro desculpas!
Capítulo dedicado a Fantasy Writers, que deixou uma LINDÍSSIMA recomendação, me emocionou e me fez sorrir! Obrigada linda, cada dia eu te adoro mais! (PS: ainda irei te mandar uma M.P, só não mandei ainda por falta de tempo. Desculpa).
PS: Nome ruim para capítulo, mas sem criatividade para pensar num melhor! kkkk Sorry!
Então é isso!
Boa leitura!
LEIAM AS NOTAS FINAIS!!!!!



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Annabeth’s POV

— Você realmente acha isso?- perguntou Nico pegando uma das minhas batatas fritas.

— Ainda é uma hipótese, mas você tem que admitir que pode ser real. – disse eu antes de dar um gole em minha Coca-Cola.

Ele e eu estávamos conversando há vários minutos, e dentre tudo que tínhamos falado, acabei deixando escapar sobre meu sonho, e claro que o Bafo de Cadáver Júnior quis saber mais sobre ele. Sendo assim, eu acabei por contar todo o sonho, incluindo as ameaças da voz antiga.

Devido a isso e ao lanche gorduroso e cheio de carboidrato, eu já estava completamente desperta. Nico beliscava um pouco da minha comida.

Durante nossa conversa, eu me lembrei de um trecho da profecia, e analisando aquele estranho sonho, o sujeito que parecia o servo da voz feminina podia ser muito bem o tal fugitivo, e quando pensei fugitivo, logo pensei em Ixíon. E naquele momento, eu discutia com Nico as possibilidades daquele ser realmente Ixíon e de ele estar apoiando algo que queria se reerguer.

— É, pode ser, a forma como você o “descreveu”- disse Nico fazendo aspas no ar antes de pegar outra das minhas batatas – se encaixaria em como Ixíon é.

— E explicaria uma parte da profecia: “Um inimigo irá escapar com a ajuda daquilo que quer se levantar”. – disse eu bebendo meu refrigerante – Mas eu ainda não consegui descobrir, ainda mais porque no sonho tinha uma espécie de véu na frente dos meus olhos, de quem era a outra voz... A de quem supostamente quer se levantar.

Nico e eu estávamos encostados numa árvore, sentados na grama. Havíamos ficado alguns metros distantes de Percy e Bryan, pois graças ao barulho de nossa conversa e de nossos lanches, os garotos quase acordaram, e sendo assim, como queria conversar com Nico, resolvemos ficar um pouco distantes deles.

— Hey Annabeth! – disse Nico – Tenho certeza de que em breve saberemos quem é ela, e o que quer, mas enquanto isso... Vocês tem que se concentrar na missão de vocês, conseguir a espada para impedir que essa tal voz consiga se levantar. Ah! E claro, se conseguirem, descobrir onde Ixíon está.

Franzi as sobrancelhas.

— Seu pai não pode descobrir onde ele está?

— Poderia. – disse Nico desconfortável – Se Ixíon não estivesse sendo protegido por uma espécie de barreira, que impede que Hades o encontre.

— Barreira? Você quer dizer que... Provavelmente, a tal voz, é realmente de alguém muito poderosa.

— Sim. – disse ele – Mas como eu disse, no momento, o importante é achar a espada de Athena, se não...

— Se não o que? – perguntei encarando-o, ele parecia saber bem mais do que estava dizendo.

— Se não Ixíon pode consegui-la e leva-la para sei lá quem. – disse ele dando de ombros, desconversando.

— Você sabe de alguma coisa sobre a espada? – disse encarando-o nos olhos. Os olhos negros de Nico pareciam indecisos, entre contar e não contar.

— Não, eu não sei! – disse ele nervoso.

— Sabe sim! Vamos Nico, diga o que sabe. O que Ixíon poderia fazer com a espada se a achasse?

Nico se remexeu no lugar.

— Eu não sei! – ele parecia sincero – Eu não sei para que ele a quer, se é que é realmente ele. Eu só sei que a espada de Athena tem uma profecia, que seria horrível se acontecesse, pois...

Um relâmpago cortou o céu, seu barulho tão forte que fez Nico e eu pularmos no lugar, e estranhamente, ele ficou mais branco do que era.

— Ok, sem mais uma palavra! – disse ele para céus, como se fizesse uma promessa – Desculpe Annabeth, mas eu realmente não posso dizer nada além do que eu quase falei, eu jurei pelo Estige não dizer nada.

Nico olhou novamente para o céu, com medo.

— Como assim jurou pelo Estige? – perguntei espantada - Nico, isso é extremamente importante para a missão e...

— Eu sei Annie, e se eu pudesse, pode ter certeza que eu te contaria, mas meu pai me obrigou a jurar pelo Estige de que não contaria isso para ninguém.

— Seu pai? – perguntei incrédula, não é possível que Hades decidiu fazer o filho prometer que não nos contaria sobre a única pista do por que aquela espada era tão importante de ser encontrada.

— Sim, parece que os deuses juraram não falar sobre isso. Mas como eu acabei escutando uma conversa entre meu pai e Perséfone... Eles me obrigaram a jurar pelo Estige que não contaria para ninguém, muito menos para vocês, parece que vocês tem que descobrir sozinhos ou algo assim.

Nico olhava nervosamente para o céu e para o chão, parecia estar com medo que o chão se abrisse e o engolisse ou que um raio o partisse no meio. Não o culpava, todos sabiam que quando uma pessoa descumpria um juramento feito em nome do Estige, as coisas nunca terminavam bem. Não que eles estivessem descumprindo, mas qualquer palavra que fosse demais, e bum! Você podia ser atingido por um raio. Há não ser que você seja um deus, claro!

Mesmo assim, não mudava o fato de que eu ainda queria saber sobre o motivo de a espada de minha mãe ser tão importante.

— Você realmente não vai falar nada não é?

— Não posso Annie! – disse ele.

— Ok, teremos que descobrir sozinhos então. – disse com as mãos sobre o rosto, tínhamos que fazer tanta coisa, e a cada dia apareciam ainda mais para resolvermos.

— Annabeth, entenda, eu não posso...

—Tudo bem Nico, eu sei que se você pudesse você contaria, mas como não pode, os garotos e eu teremos que descobrir.

Nesse momento olhei para Bryan e Percy, que dormiam tranquilos há poucos metros dali. Eu tinha que contar a eles sobre meu sonho, quando mais rápido melhor, mas não iria acordá-los para isso, o assunto poderia esperar até de manhã.

— Vai contar para eles sobre o sonho não é? – perguntou Nico, voltando a beliscar minhas batatas.

— Claro que vou. – disse suspirando – Só não sei como. Eu não posso chegar e falar: então, eu tive um sonho, e nele tinham dois inimigos nossos, um fugitivo dos campos de punição, o outro, ou melhor, outra, um ser poderosíssimo que quer se reerguer, sabe, como Cronos também queria. Ah! E a tal, que quer se reerguer, disse basicamente que vamos perder, que ela irá conseguir a espada, que não somos páreo para ela, e que ela irá acabar com o mundo assim que se levantar.— disse tão rápido que não sei se Nico me entendeu – Eu não posso dizer isso Nico, não assim, embora fosse um perfeito resumo do sonho.

— Bem, ao menos as ameaças são as comuns, as de sempre, iguais as de Cronos. – disse ele dando de ombros.

Eu não havia contado para ele sobre o que ela havia falado de mim, de que eu iria ter um destino incerto, nem contara suas outras ameaças. Por algum motivo eu não quis contar ao Nico, eu sentia que se eu contasse, elas pareceriam mais reais do que já eram.

— Ao menos isso. – disse baixinho – Mas Nico, você não tem outra pista? Não descobriu, mas nada no mundo inferior?

— Não, só o que sei é que os deuses estão preocupados com a fuga de Ixíon e com o caso da espada, e que andam sempre falando baixo, como se tivessem medo de serem ouvidos.

Um longo silêncio se seguiu, Nico e eu parecíamos perdidos em pensamentos, embora ele continuasse a comer as batatas do meu lanche.

Não pude evitar de pensar em tudo que estávamos passando, mas na verdade, agora o que estava martelando em minha cabeça não era o fato de os deuses andarem cochichando, ou a profecia da espada de minha mãe (Ok, essa última ainda me intrigava e muito). No entanto, olhando os garotos dormindo, eu não pude evitar de pensar em como aquilo tudo devia estar sendo louco para o Bryan, como tudo havia mudado para ele, há algumas semanas atrás ele era apenas um adolescente com dislexia e déficit de atenção que morava em Connecticut com a mãe, que era professora de direito, e de repente ele viu tudo isso mudar, a mãe morreu, ele descobriu que era um semideus, mas não só isso, descobriu que a mãe era semideusa, e sendo assim ele mesmo não era um semideus comum. E com tudo isso ainda teve que ir numa missão, atrás da espada de Athena, junto com dois desconhecidos, que além do que eram namorados. E pensando nisso, eu fui vendo em como às vezes Bryan era deixado de lado por Percy e eu, e isso só me fez sentir pessimamente péssima.

— Não vai mais comer? – perguntou Nico, tirando-me dos meus devaneios e me fazendo reparar que ainda havia umas poucas batatas e metade de um hambúrguer que eu ainda não havia comido. Por outro lado, o refrigerante já havia acabado.

Olhando aquela comida, da forma como eu me sentia uma péssima pessoa por nem ter conversado direito com Bryan todos aquele dias, meu estômago embrulhou. Eu não iria conseguir comer mais nada.

— Não, não vou comer mais. Mas também não pense me mexer na comida! – disse lançando um olhar um pouco ameaçador para Nico, ao mesmo tempo em que me levantava do chão, batendo em minhas roupas, e pegando alguns gravetos do chão.

— O que você vai fazer? – perguntou Nico me olhando com curiosidade, mas eu também vi que estava pronto para atacar as batatas assim que eu virasse as costas.

— Uma fogueira. – disse eu terminando de pegar os gravetos e juntando-os. Peguei minha mochila e dela tirei uma caixa de fósforos.

Nico me olhou em dúvida.

— Quem leva uma caixa de fósforo para uma missão?

— Uma pessoa que lê o manual dos semideuses, Bafo de Cadáver, e que sendo assim, está preparada para tudo. – respondi riscando um fósforo e jogando nos galhos, Primeiramente as chamas subiram, altas, e logo depois abaixaram, ficando num tamanho normal.

—Manual dos semideuses? O que é isso? – perguntou ele.

— Um pequeno livro que o Quíron entrega quando chegamos ao Acampamento. – disse revirando os olhos enquanto pegava meu lanche - E eu posso jurar que fala sobre levar fósforos, ou qualquer coisa que faça fogo em missões, isso no capítulo 15.

— Ah! – disse Nico – Aquele livro estranho era um manual, tá explicado. Sabe, eu nunca li ele, acho que a primeira coisa que fiz quando o recebi foi jogá-lo no primeiro canto que passei.

Revirei os olhos novamente, embora soubesse que aquilo era o que a maioria dos campistas faziam, digo isso porque já encontrei esses manuais em cada canto do Acampamento...

— Eu sei, quase ninguém lê, mas eu li, e nunca me esqueci do que estava escrito nele. A propósito, fogo combate muitos monstros, é bom sempre ter algo que possa produzi-lo.

Ao mesmo tempo em que dizia isso, jogava na pequena fogueira os restos de meu lanche, uma oferenda a Athena. Fechei os olhos com força e pensei: Mãe, esta oferenda é para você! A senhora poderia, por favor, nos ajudar na missão, ou ao menos nos dar algumas pistas?

Abri os olhos novamente, as chamas altas por causa do lanche que se consumia.

— Fez uma oferenda para Athena não é? – perguntou Nico.

— Sim, espero que não sejam apenas os fantasmas que gostem de Mc Lanche.

Nico sorriu e logo depois olhou para o céu.

— Eu adoraria ficar Annabeth, mas tenho que ir, meu pai não sabe que sai, e não quero que nenhum ser conte para ele que vim falar com vocês. Hades poderia pensar que contei algo...

— Sem problemas Nico! – disse sorrindo – Vai antes que Hades saiba que você saiu do submundo.

— Boa sorte na missão Annabeth! – disse ele sorrindo para logo depois fechar a cara – E não deixe a espada cair em mãos erradas, por que isso acontecer, as consequências serão desastrosas.

E com essa “linda” mensagem, Nico se misturou as sombras, e sumiu.

Me sentei perto da fogueira, deixando-a me esquentar com a proximidade de suas chamas.

— O que o Nico fazia aqui? – perguntou uma voz sonolenta perto de mim.

Me virei e vi que Bryan se levantava, um pouco cambaleante, e vinha em minha direção.

— Veio conversar um pouco. – disse dando de ombros - Dizer o que descobriu sobre a missão e trazer alguns lanches.

Assim que eu disse a palavras lanches, o estômago de Bryan roncou audivelmente, e isso quase me fez rir, e o fez ficar sem graça.

— Eu estou morto de fome! – disse ele, ao que eu peguei a mochila que Nico havia deixado e joguei para ele.

— Os lanches estão ai! Só pegar.

Bryan tirou uma caixa vermelha com um grande M amarelo no meio da mochila, para logo depois se sentar ao meu lado e deixar a mochila próxima.

Ele abriu a caixa, mas sorriu antes de pegar o sanduíche.

— Faz bastante tempo que eu não como Mc Lanche Feliz, e embora eu esteja alegre que temos algo para comer, me explica: por que Mc lanche?

Sorri.

— Digamos que Nico gosta de dar Mc Lanches aos outros. – tomei o cuidado de não falar pessoas.

Bryan deu de ombros e começou a devorar o seu lanche, eu resolvi não atrapalha-lo com perguntas, fiquei olhando as chamas da fogueira, que agora estavam ficando baixas por causa da madeira que começava a se extinguir. Não sei quanto tempo fiquei olhando as chamas, só sei que quando olhei de novo para Bryan ele já havia quase comido tudo, não fosse pelas batatas fritas, que ele fez questão de jogar na fogueira, provavelmente fazendo uma oferenda a Zeus. Logo após isso ele jogou as embalagens de seu lanche em uma lixeira próxima, e depois voltou a se sentar ao meu lado.

— Então, o que Nico descobriu sobre a missão? – perguntou ele.

— Bem, temos uma pista de onde deve estar a próxima parte da espada. – disse eu olhando para Bryan, seus olhos azuis elétricos curiosos – Pelo menos desconfiamos de onde esteja, já que na mesma hora que pegamos a primeira parte, a ponte Golden Gate em São Francisco se iluminou, então, provavelmente está lá. O que não é tão bom, já que lá é onde se localizava a base dos titãs antes, e onde se encontra Atlas.

— O que? – perguntou Bryan sem entender – Você está dizendo que São Francisco era a base dos Titãs?

— Sim, esse é o motivo de lá ser tão perigoso para semideuses.

— Mas você morava lá com seu pai? Não é? – perguntou ele, me fazendo ficar surpresa com o fato de ele lembrar de algo assim.

— Sim eu morei lá, na verdade, meu pai ainda mora, junto com meus irmãos e minha madrasta. Mas sempre apareciam muitos monstros, que me atacavam todos os dias. – isso me fez pensar em algo – Bryan, você foi muito atacado por monstros?

Ele balançou a cabeça.

— Não que eu tenha reparado, na maioria das vezes que algo estranho acontecia minha mãe aparecia e se resolviam. Bem, quando eu estava no colégio às vezes aconteciam algumas coisas, como a vez em que eu estava treinando para o jogo de basquete e uns caras enormes apareceram com bolas que pareciam de fogo e começaram a destruir tudo, não fosse o treinador tê-los impedido...

— Os canadenses destruíram sua quadra e o seu treinador os impediu? – perguntei incrédula.

— Canadenses?

— É. – disse sacudindo a cabeça – O termo correto é Lestrigões, mas fica mais fácil falar canadenses, já que esse gigantes vem do norte.

— Eu não acho que os canadenses gostariam de saber que vocês chamam os gigantes assim. – disse Bryan.

— É, provavelmente não, mas voltando. Como seu treinador os parou? E, você era do time de basquete?

Bryan deu de ombros.

— Eu não lembro como ele os parou, tudo ficou muito confuso, eu não consegui ver nada por causa da fumaça, e não faço ideia do que ele fez para pará-los. Mas é tão difícil assim acreditar que eu era da equipe de basquete?

Eu ainda não havia entendido aquela história do treinador, mas decidi que pensaria naquilo depois. E nisso resolvi olhar para Bryan.

Olhei-o atentamente, é, ele tinha corpo de atleta: forte e alto, bem, não tão alto, mas um pouco mais alto que eu.

— Não, é só que... Nunca havia passado pela minha cabeça essa ideia. – disse sacudindo a cabeça e rindo – Talvez isso explique sua lerdeza.

— Hum?

— É, a maioria dos atletas tiram péssimas notas, e só conseguem sair com garotas que se interessam por sua posição no colégio, ou se preferir, só saem com as líderes de torcida e as garotas patricinhas oferecidas.

Bryan sorriu minimamente.

— Eu não tirava notas baixas, na verdade, elas eram bem altas! – disse ele – E que coisa é essa de generalizar? Não é por que eu era um atleta que minhas notas eram baixas.

— Ok, talvez eu tenha generalizado nesse quesito. Mas você tem que admitir que as líderes de torcida e as garotas oferecidas são as que mais saem com os atletas.

Bryan fez uma espécie de careta.

— É, isso eu devo admitir. Porque foi só eu virar do time e algumas líderes do nada se interessaram em saber meu nome.

Eu tive que rir.

— Eu imaginava, ainda mais porque antes você devia ser...

—... Ser o garoto com transtorno de déficit de atenção e dislexia. – completou ele – É, é, isso não atrai muitas garotas, sabe.

— Bem, é, não atrai as que se interessam só pela fachada. Ou vai me dizer que nenhuma garota se interessou por você antes de entrar para o time?

Bryan coçou a cabeça.

— Talvez uma tenha se interessado.

— E? – instiguei-o a continuar.

— E eu não tenha dado uma chance para ela, porque talvez, eu achasse que eu não gostava dela dessa forma.

— E gostava?- perguntei querendo saber mais sobre a vida do Bryan.

— Eu acho que apenas como amigo. – disse ele olhando para as chamas e depois voltando a olhar em meus olhos – Sabe Annabeth, eu tenho problemas com o amor, e nesse caso, dessa garota, eu realmente pensava que não gostava dela, mas depois, quando a vi com outro cara...

— Você ficou morrendo de ciúmes. – completei.

— Bem, talvez... – disse ele rindo – Mas isso talvez seja porque ela foi minha amiga durante alguns muitos anos, e eu a tratava como uma irmã.

— Então foi por isso que você ficou confuso? Não sabia se a amava como melhor amiga-irmã ou como... Como se fosse para namorar?

Bryan voltou a olhar as chamas que ficam cada vez mais fracas.

— Eu realmente gostava dela como melhor amiga apenas, mas quem sabe, se eu tivesse dado uma chance a nós, eu realmente fosse me apaixonar por ela. E talvez agora, eu não estivesse desse jeito que estou agora.

Ele parou a frase, me deixando curiosa e sem entender.

— Desse jeito como? – perguntei franzindo as sobrancelhas.

— Em dúvida se me apaixonei por uma garota maravilhosa, linda e incrível que já tem um namorado, e que aproposito é um cara muito legal.

Ok, naquele instante eu me arrependi de ter perguntado. Mas eu não podia parar agora.

— Mas a verdade. – continuou ele – É que mesmo se eu descobrir que gosto dela, eu provavelmente não vou falar, porque não quero criar mais problemas para ela e o namorado, afinal, eles vivem com problemas, sempre com missões e tendo que salvar o mundo! Sabe, eu prefiro continuar amigo dela.

Eu sorri.

— Eu tenho certeza de que a garota adora ter você como amigo, e que no entanto, detesta quando você parece estar a cantando. Mas não muda o fato de que ela gosta de você como pessoa, e não muda o fato de que ela gosta de te ter como amigo.

— Que bom! – disse ele soltando o ar e me fazendo sorrir.

— E não muda o fato que ela vai fazer você ficar de guarda agora enquanto ela dorme. – disse sorrindo.

— Hey! – disse ele sorrindo – Em nenhum momento eu disse que ela era você!

— Se não sou eu, quem é então?

— Ok, realmente é você! Mas, ficar de guarda?

— É! – disse eu revirando os olhos e olhando meu relógio – Já são três da manhã, você fica um pouco de guarda e daqui a umas três horas acorda Percy e eu.

— Três horas?

— É, o trem que leva a São Francisco sai de manhã cedo, e a viagem é muito longa! – disse eu quase me levantando quando Bryan segurou minha mão e isso fez com que eu voltasse a me sentar.

— Você foi incrível hoje Annabeth, tanto com os cavalos infernais como, principalmente, contra as aranhas. Eu não sei se teria coragem de enfrentar meu medo como você enfrentou o seu hoje.

Pude me sentir corando, e graças a fogueira, Bryan também reparou nisso.

— Obrigada Bryan, mas eu não acabei com medo, só lutei contra ele. No entanto, tenho certeza de que você também vencerá seu medo, seja ele qual for.

Me levantei, pegando minha mochila que estava com a primeira parte da espada, e não sei se foi impressão, mas posso jurar que ouvi Bryan murmurar: O medo da morte não é algo tão fácil de vencer Annabeth.

— Disse algo? – perguntei sem ter certeza do que ouvira.

— Nada! Apenas Boa noite. – respondeu ele, e logo depois sorrindo marotamente – Ah! E saiba, eu não vou competir com o namorado da garota, mas se ele fizer qualquer coisa errada e ele terminarem, eu não veria problemas em consolar a garota.

Dei as costas para ele e revirei os olhos.

— Boa noite para você também Bryan! – disse eu fingindo que não ouvi o que ele disse, e indo ficar ao lado de Percy, que dormia feito um anjo.

Me deite ao seu lado, e enquanto brincava com seus cabelos negros, fiquei ali pensando um pouco em meus sonhos daqueles dias, inclusive no qual quase fazíamos uma cena não recomendável para menores, e ao pensar nisso, pude sentir meu rosto corar violentamente.

Suspirando, resolvi para de pensar nisso, encostei minha cabeça em minha mochila, e deixei o sono me dominar, esperando que com ele, viessem bons sonhos, ou ao menos, a completa escuridão.

 


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Notas finais do capítulo

Então, quero avisar uma coisa: os reviews que não respondi serão respondidos ainda essa semana, realmente me desculpem, sem tempo nenhum. Desculpa, desculpa, desculpa!
Outra coisa, perguntinha básica!
Sabe o que que é, eu ando escrevendo capítulos de dez páginas, como se fosse realmente de um livro, mas eu não sei se vocês gostam de capítulos tão longos, porque tem gente que acha cansativo. Então, vocês querem que os capítulos continuem assim ou querem eles menores? Eu perguntou isso porque quando eu estou digitando me vem tanta coisa na cabeça que eu coloco no capítulo e acabo me esquecendo que fica cansativo. Bem, digam o que acham!
AHHHHH!Daqui a maios ou menos quatro capítulos, terá o capítulo especial! Ansiosos????
Deixa eu estudar matemática e física agora (tô ferrada!).
Beijos!
PS: essa semana fiquei viciada em Oce Upon a Time, mas alguém aqui gosta?
PS2: Leitores de quem eu leio a fic, desculpa não ter lido a fic de vocês, sem tempo, mas no feriado irei ficar em dia! Beijos para vocês quem me aturam! kkkk
Adoro todos vocês! Beijos!