Momentos de Percy J. e Annabeth C. [Em Revisão] escrita por Nicolle Bittencourt


Capítulo 56
Capítulo 56: Preciso aprender a ficar calado!


Notas iniciais do capítulo

Oiii leitores! Desculpa o atraso, mas é que eu finalmente comprei "O Filho de Netuno" e estou lendo feito uma doida! Enfim...
Este capítulo eu dedico a BiaMulinPotter, que deixou uma LINDA dedicatória para a Momentos! *-* *-* *-* Obrigada amore! Eu adorei, eu fiquei super feliz e emocionada, muito abrigada, você fez meu dia!E dedico também ao Júnior Brito, que fez aniversário essa semana! Parabéns!
Quanto ao capítulo anterior, fiquei decepcionada, só uma pessoa acertou!!Luksprkz, você sabe que esse é você!
Tá, parei de amolar! Aproveitem o capítulo!



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Bryan’s POV

Após uma fração de segundo, antes que eu pudesse ver a reação de Percy, olhei para trás. E não acreditei no que estava vendo.

Sério, eu realmente não acreditei no que eu estava vendo!

O que eu esperava ver: um monstro horrendo, enorme, com um bafo das profundezas e com olhos furiosos, olhando como se fosse me matar. O que eu vi: uma pequena aranha felpuda andando por sua também pequena teia.

Olhei ao redor, ainda procurando algum monstro assustador, e nada.

— O que tinha atrás de mim? – perguntei me virando de volta a Percy e Annabeth, essa última com os olhos arregalados.

— O que ainda tem atrás de você! – corrigiu-me Percy – Annabeth estava falando da aranha.

Olhei novamente para trás, a aranha inofensiva andava por sua teia, depois olhei para Annabeth, que olhava para ela como se fosse a maior ameaça do mundo.

— Ela está com medo de uma aranha? – perguntei incrédulo, sem acreditar que a garota que derrotou mais de uma dúzia de cavalos infernais em 10 minutos estava com medo de um inseto tão pequeno– Medo de uma misera aranha?

Percy deu de ombros.

— Longa história... – acho que Percy iria me contar a tal história, não fosse Annabeth ter apertado ainda mais sua mão – Mas antes de eu contar, é melhor nos livrarmos da aranha.

Sem hesitar virei para trás e dei um peteleco no inseto, que voou para longe.

A minha frente, ouvi Annabeth soltar o ar. A cor voltando ao seu rosto, pensei que estava tudo bem, quando de repente ela bateu na cabeça do Percy.

— Ai! – disse ele coçando a cabeça – Por que fez isso?

Ela nada respondeu, ao invés disso veio em minha direção e me bateu, também na cabeça.

— Ai! – disse um pouco alto, olhando para ela sem entender.

— Isso foi por ficarem conversando sem se livrar da aranha antes. – disse ela, e logo depois me deu outro tapa – Isso é por não ter mato ela! Um peteleco? Sério? Ela ainda pode voltar e tentar me matar!

— Por que ela faria isso? – perguntei semicerrando os olhos – É apenas uma aranha.

Annabeth bateu de novo em minha cabeça, e de novo eu reclamei, Percy riu da minha cara.

— E isso é por não saber da rivalidade entre Athena e Aracne, que aliás, é a mãe das aranhas.

— Hãn? – Annabeth cruzou os braços e revirou os olhos.

— Elas tiveram uma rivalidade! – começou a dizer Annabeth, Percy e eu prestando atenção, ele parecia já saber da história, mas permaneceu quieto. - Você sabe, Athena além de deusa da sabedoria também é uma excelente bordadeira, a melhor na verdade. Há muitos séculos, quando Aracne era jovem e também boa na arte de bordar, a mesma começou a se vangloriar, dizendo que era melhor que a deusa. Athena achou muita ousadia da parte de Aracne, e propôs um desafio: uma competição de bordar, onde o povo decidiria quem era a melhor. Se Athena ganhasse, poderia matar Aracne. – eu engoli em seco quando ela disse isso – Obviamente minha mãe ganhou, mas Aracne fugiu, sem levar sua pena. Claro que Athena a achou, e disse que Aracne e os seus descendentes, a partir de então, iriam tecer teias ao invés de tecidos e a transformou em uma aranha.

— Então... É por isso que as aranhas querem te matar?

— Sim, as filhas e filhos de Aracne sempre querem se vingar das filhas e dos filhos de Athena. Sempre tentando nos surpreender e acabar conosco. – Annabeth se arrepiou por um momento.

— Bem... – disse Percy olhando ao redor – Acho melhor continuarmos com nossa missão, já está ficando tarde e estamos há algum tempo aqui, se nos virem...

— Você tem razão Cabeça de Alga! – disse Annabeth olhando atentamente ao seu redor. – É melhor começarmos com o que viemos fazer aqui.

— Mas... Por onde começamos? – perguntei sem saber onde poderia estar a parte da espada – Estaria no topo?

— Na base? – perguntou Percy.

— Ou dentro do monumento! – disse Annabeth como se aquela fosse a resposta.

Percy a olhou, como se ela fosse uma gênia, e devo admitir, na maioria das vezes ela era mesmo, no entanto, bem, era difícil acreditar que havia algo dentro do Monumento.

— Annabeth, que eu saiba, não tem como se entrar no monumento, ele é fechado, a não ser que você pretenda derrubá-lo... Não pretende derrubá-lo não é?

— Não! – disse ela – Eu não vou derrubar nada! Só pensem, é o que tem mais lógica, no topo não pode haver nada, nem base, se não alguém já teria pego, um monstro ou outro semideus.

Percy se aproximou mais ainda do monumento, passando pelas bandeiras de vários países que o circundavam, olhando ao redor.

— Só não sei como abriríamos essa passagem! – dizia Annabeth enquanto nós dois também íamos em direção onde Percy estava.

Demos algumas voltas ali, ao redor do monumento, sem nada nos vir a cabeça, não avistamos nenhuma passagem, nenhuma pedra falsa, nada!

— Ei! Vejam o que eu achei! – disse Percy do outro lado, fazendo com que Annabeth e eu corrêssemos em sua direção.

Eu esperava algo diferente, talvez a abertura da passagem, mas a única coisa que vi foi o símbolo dos Estados Unidos, a águia incrustrada na parede do monumento.

— Ah! É isso! – disse eu – Pensei que tinha algo haver com a passagem!

— Mas eu acho que tem! – disse Percy olhando atentamente – Afinal a águia é o símbolo de Zeus!

— Será? – perguntou Annabeth olhando de pertinho o símbolo – Pode ser verdade, já que não faz sentido o símbolo estar aqui, mas... Como faria abrir a passagem?

Nós três ficamos olhando de perto a imagem, sem saber o que fazer, até que Percy disse:

E Pluribus Unum, isso é latim!— disse Percy lendo o que estava escrito na faixa que a águia do símbolo segurava – Acho que significa: “um de muitos”. Não é?

Assim que Percy disse: “um de muitos”, as pedras do monumento começaram a se movimentar, como se fossem uma porta, e isso nos fez dar alguns passos para trás. As pedras continuaram a se mover, se afastando cada vez mais, e formando um buraco no monumento a Washington. Eu só rezava para que depois tudo ficasse no lugar, afinal, eu não queria ser um dos culpados por ferrar com um símbolo nacional!

— Você conseguiu Cabeça de Alga! – disse Annabeth olhando-o, os olhos brilhando, para logo depois abraça-lo – Você descobriu como abrir a passagem!

Percy ficou meio sem jeito, acho que nem ele sabia como havia aberto a passagem.

— É melhor entrarmos! – disse eu – Não sabemos o quanto demoraremos ai!

Eles concordaram com o que eu disse, e logo nós três estávamos dentro da obra nacional.

— Nossa! – disse eu – Estamos dentro do Monumento a Washington, procurando uma parte da espada de Athena. Se eu dissesse isso a um mortal, ele pensaria que eu sou louco. Na verdade, eu estou começando realmente a duvidar da minha sanidade mental, ou ao menos, começando achar que o mundo ao qual pertenço é doido.

Olhei ao redor, ali dentro era como uma pequena sala, mas o cheiro era um pouco ruim, talvez se devesse ao fato de nunca ter recebido ar fresco, ou quase nunca.

Meu pensamento fora interrompido por um barulho, a passagem de pedras na qual entramos estava se fechando as nossas costas. E nos deixando numa escuridão sem fim.

— A passagem se fechou! – disse Percy, em algum lugar a minha esquerda, constatando o óbvio – Que ótimo!

Claro que ele falou isso num tom cheio de sarcasmo.

— Não temos mais como sair daqui! – disse eu – Perfeito!

— Ei, vamos primeiro achar a suposta parte da espada, depois nos preocupamos em como sair daqui!

Obviamente essa fala veio de Annabeth, que parecia estar próxima de onde Percy estava. Consegui ouvir os dois mexendo em algo, estavam abrindo suas mochilas?

Dois feixes de luz iluminaram a “sala” escura.

— Lanternas! – disse Percy respondendo meu olhar estranho - Não se esqueça de trazer elas em uma missão! Nunca se sabe quando se cairá em um labirinto, em uma sala escura, em um buraco na terra, ou qualquer coisa do tipo.

Annabeth e Percy continuaram jogando os feixes de luz em várias direções, mas não saiam de suas posições, nem eu. Porém, as únicas coisas que a luz sempre mostrava eram paredes.

— É pequeno aqui! – disse Annabeth - E sendo assim, já era para termos visto alguma coisa...

Quando Percy passou com a lanterna por um canto da “sala”, eu pensei ter visto algo.

— Percy!- disse eu fazendo-o olhar para mim e Annabeth prestar atenção - Volte com a lanterna!

Percy entendeu o que eu quis dizer, e iluminou de novo aquele canto do lado contrário ao qual estávamos.

Naquele canto havia uma pequena mesinha, com o que parecia ser um tipo de embrulho em cima dela.

— Será que aquilo é o que estamos procurando? – perguntei.

— Acho que sim! – disse Percy sorrindo, e mesmo estando mais distante, vi que Annie também sorriu.

— Então vamos pegá-la e... – ameacei sair do meu lugar, quando Annabeth basicamente gritou.

— Não! Está fácil demais isso aqui, tem algo a mais. Por isso, nada de sair do lugar!

Assenti, mas não concordava na parte em que aquilo estava fácil, se ela achava que tudo o que havíamos passado aqueles dias era fácil, queria saber o que á difícil para ela!

Percy e Annabeth trocaram olhares significativos. Sério, eu odeio quando eles fazem isso, parece até que estão... Conversando entre si, mas apenas pelo olhar. Isso é estranho...

Lentamente, Percy se abaixou, e do chão tirou algo, que logo identifiquei como uma pedrinha. Ele girou-a na mão e jogou-a em direção ao chão.

Um segundo, e nada ocorreu, mas logo depois, flechas com as pontas mais afiadas que eu já vi, passaram zunindo em nossa frente, centenas delas, todas saindo das paredes. Eu me assustei com aquilo, no entanto, nenhuma delas nos acertou, e isso foi por conta de estarmos na zona “segura” daquele quadrado.

Só de pensar que eu teria virado queijo suíço se tivesse passado por ali... Tremi!

— Ainda bem que ninguém saiu do lugar! – disse eu engolindo em seco.

Percy e Annabeth assentiram.

— Acho, acho que agora é seguro andarmos. – disse Percy.

— Também acho, mas de qualquer forma, olhem por onde andam! – disse ela.

Fácil falar, ela havia trago a lanterna, já eu...

Bem devagar, atravessamos o pequeno espaço de 6 metros que nos distanciava da espada. Claro que pulamos alguns pedaços de madeiras suspeitos e também tiramos algumas flechas que estavam no caminho.

— Pronto! Agora sim! – disse Percy já indo colocar a mão no embrulho quando Annabeth o deteve.

— Não, ainda não! Nada de tocar no embrulho para tirá-lo dai!

Ao dizer isso ela remexeu em sua mochila, tirou um arco e deu quatro passos para trás, sempre olhando onde pisava, pegou uma das flechas no chão e armou o arco.

— O que você vai fazer? – perguntei, já que Percy e eu estávamos basicamente em frente a mesa.

— Nada demais, mas aconselho vocês a darem 2 passos para o lado

Percy e eu nos olhamos rapidamente, mas logo demos os tais 2 passos.

Logo depois Annabeth lançou a flecha, que acertou em cheio o embrulho. A flecha ficou presa na parede, o embrulho preso nele. Nesse exato momento, uma pedra, sabe se de lá onde, caiu em cima da mesinha de madeira, destruindo-a por completo, e fazendo um barulho horrível!

— Ainda bem que eu não coloquei minha mão ali! – disse Percy – Mesmo tendo a Maldição de Aquiles, eu não acho que seria bom sentir essa dor!

Annabeth, guardando o arco na mochila deu um sorrisinho.

— Que bom que você me ouviu Cabeça de Alga!

— Eu sempre ouço! – disse ele se defendendo.

Ela riu.

— E o Bryan também me ouviu naquela hora, que bom, se não, estaria cheio de furos agora!

Percy riu, e eu também. Mas reparamos que Annabeth se movia em direção a parede, onde estava a flecha e o embrulho, e claro, fomos junto com ela.

Percy tirou a flecha da parede e Annabeth pegou o embrulho antes de cair no chão.

Eu fiquei com a tarefa de abrir o embrulho, como eles dizeram? Ah sim, eu era a cobaia! Humpf!

Lentamente abri o manto preto que envolvia algo, as lanternas de Percy e Annabeth também apontadas para o objeto, mas agora ambos estavam sentados ao meu lado no chão.

Logo que comecei a abrir o manto, já era possível ver algo brilhando num tom dourado vibrante.

— Uau! – dissemos os três ao olharmos a parte que seria o punho da espada, bem na verdade, seria o punho, o copo da espada e a guarda.

— É, incrível! Eu nunca vi uma espada tão brilhante, e que, mesmo estando apenas com um pedaço, que exale tanto poder! – disse Annabeth sorrindo e cuidadosamente segurando por cima do manto, a parte da espada.

Ela tinha razão, mesmo sendo apenas o cabo da espada, já se podia sentir o poder dela, a força que exercia, era como se nos atraísse para coisas grandes!

— É realmente incrível! – disse Percy admirando a arma- Mas acho que devemos ir...

— Você tem razão! – disse eu – Vai que surgem mais armadilha, fora que nem sabemos onde vamos passar a noite.

— Ok! – disse Annabeth embrulhando o cabo novamente e guardando-o em sua mochila– Vamos!

Andamos lentamente de volta ao ponto onde havíamos começado. Percy e Annabeth jogaram a luz de suas lanternas em direção a parede, procurando outro símbolo nacional.

— Tivemos armadilhas, mas foi só isso, nada de seres com m! Que bom! – disse eu, não sei para que, já que recebi olhares censuradores de Annabeth e Percy.

— Não se comemora isso antes de se acabar a missão, na verdade, nunca se comemora isso! – disse Percy, insinuando que se eu celebrasse o fato de não termos sido atacados fosse atrair os monstros.

— Achei! – disse Annabeth mostrando o símbolo nacional, a águia! Por isso ela pronunciou as mesmas palavras que Percy usará mais cedo – Um de muitos!

As pedras voltaram a se separar, formando uma espécie de porta aberta para passarmos, Annabeth, que estava na frente de nós, sendo seguida por Percy e eu, começou a sair e dizer algo:

— E Bryan, Percy tem razão, não fique comemorando, senão, os seres que começam com m acabam aparecendo e...

Ela se calou, e eu tive a impressão que não foi por um bom motivo.

Fui o último a sair, e vi algo que nunca imaginei, nem no meu pior pesadelo! Vi dezenas, talvez, centenas de aranhas! De todos os tamanhos, cores e formas!

Olhei para Annabeth, ela havia ficado branca como vela, Percy permanecia ao seu lado, segurando sua mão, mas ela parecia em estado de choque.

— É bom encontrar vocês! – falou a maior, MAIOR delas, deveria ter pelo menos uns 3 metros e meio.

Espera! Eu disse que a aranha falou? Calma, eu ouvi uma aranha falando?

— É bom encontrar principalmente uma das filhas de Athena, da qual a deusa tem muito orgulho, indo a uma missão para a mãe!- continuou a aranha-mãe, é, acho que é isso!- Annabeth, Annabeth! Desde que sua mãe me transformou no que sou, sempre desejei me vingar dela, parece que tenho minha oportunidade agora. Imagina quando ela souber que eu, Aracne, destruí sua filha mais querida e seus amiguinhos, impedindo assim sua missão de se realizar! Fora que serei recompensada por meu superior! Mas chega de papo, minhas filhas estão com fome, e sabe, filhas de Athena são a refeição favorita delas! Ataquem!

Em uma fração de segundo olhei para Annabeth, ela parecia tão frágil e diferente da Annabeth que eu conhecia, parecia indefesa e prestes a desmaiar. Acho que Percy reparou o mesmo, pois continuava a segurá-la.

Mas eu não pude mais olhar para Annie, um exército de aranhas vinha para cima de nós, e agora a praça do Monumento a Washington, parecia palco de um filme de terror!

 


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Ansiosos? Mereço reviews? recomendações?
Só uma atualização rapidinha! Eu definitivamente tenho algum problema, nem acabei de escrever essa fanfic "Momentos" e já estou pensando na segunda e (provável) terceira temporadas: no nome dos personagens, sobrenome, data de aniversário, essas coisas, pensei até em falas e situações! Sério, eu quase digitei isso hoje! kkk Tenho que me controlar, ir devagar, senão...
Bem, deixem para lá minhas esquisitices!
Beijos, até o próximo!