Momentos de Percy J. e Annabeth C. [Em Revisão] escrita por Nicolle Bittencourt


Capítulo 26
Capítulo 26: E o Cabeça de Alga estraga tudo


Notas iniciais do capítulo

Oi!
Gostaria de agradecer a todos os meus leitores e leitoras que sempre estão lendo e comentando. Muito obrigada! É incrível como vocês, pessoas as quais eu nem conheço pessoalmente, podem me fazer tão feliz. Tem muitos reviews que recebi e que recebo que me fazem sorrir de orelha a orelha todo dia, e aqueles que me emocionam de verdade. Obrigada! Continuem me fazendo rir e chorar de felicidade. Adoro vocês! Obrigada por tudo!
Boa leitura!!



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 Annabeth's POV

Eu sabia que provavelmente iria levar uma bronca. Mas isso não me deixou menos nervosa.

— Annabeth! - Atena falava em um tom normal, mas que continha muita autoridade. - Preciso falar com você, agora.

Franzi as sobrancelhas.

— Sobre o quê?

Atena olhou para os lados.

— Gostaria que falássemos em outro lugar. Podemos ir? - Atena ainda parecia chateada, embora, ao mesmo tempo, nervosa.

Eu estava um pouco confusa e só os deuses sabem como odeio isso. Querendo entender o mais rápido possível o que se passava, assenti com a cabeça e concordei com a minha mãe.

— Claro que sim, mãe! Só não posso demorar muito, tenho atividades aqui no acampamento.

— Você voltará antes do café do manhã.

Ao dizer isso, Atena fez um movimento com as mãos e o acampamento sumiu como um borrão.

                             ************************************

Fomos parar em um lugar que em nada se parecia com o Acampamento Meio-Sangue.

Era um lugar em ruínas, havia colunas gregas quebradas pelo chão e algumas pedras do piso haviam sido arrancadas ou estavam quebradas ao meio, mesmo assim, dava para perceber que o local algum dia já fora belo. O engraçado era que eu me sentia bem ali, era quase como estar em um lugar conhecido.

E ele me era bem conhecido, eu havia visto fotos daquela localidade o suficiente para conhecê-lo, embora eu nunca tivesse estado nele antes

— Estamos na Grécia! - disse maravilhada, provavelmente, com os olhos brilhando.

— Exato. Mais precisamente num dos meus antigos templos. - pela voz, Atena parecia estar nostálgica - Sabe, às vezes venho aqui, parece que me alivia um pouco assistir esse monumento em ruínas. Pode parecer loucura, mas eu me sinto bem, talvez seja por conta das lembranças.

Olhei atentamente para as ruínas.

— Acho que lhe entendo, também me sinto mais leve aqui. - andei um alguns passos até parar diante de uma estátua que se assemelhava a Atena e que estava quase intacta no meio de toda aquela confusão. Virei-me para minha mãe – Você era idolatrada por todos, não é mesmo?

Ela sorriu e parou ao meu lado.

— Não por todos, só por alguns milhares. - seu sorriso se fechou - No entanto, eu não vim falar sobre isso. Precisamos conversar.

Pelo seu tom de voz, tinha certeza de que o momento descontraído havia acabado e de que iria sobrar para mim.

— Sobre o que gostaria de falar? - perguntei ao desviar meu olhar de seus olhos cinzentos, tão idênticos aos meus.

— Sobre algo, ou melhor, alguém muito importante.

Continuei olhando-a, esperando que prosseguisse.

— Eu não devia falar sobre isso com ninguém, mas as circunstâncias pedem. - Atena fechou os olhos rapidamente, como se estivesse tendo certeza do que iria falar. - E dessa forma, precisarei de sua ajuda.

A conversa estava tomando um rumo completamente diferente do que eu esperava.

O que eu havia achado que aconteceria: que iria encontrar uma Atena zangada e estrategista, pronta para me dar uma bronca e tentar matar o Percy.

O que havia acontecido: eu encontrara uma Atena nervosa e preocupada, que estava me pedindo ajuda. E que provavelmente não sabia do episódio do chalé, melhor assim.

Atena respirou fundo.

— Hoje, sem querer, acabei ouvindo uma conversa entre Ares e Hermes. Eles falavam sobre minha espada de ouro.

Senti me interessando pelo que ela dizia, afinal, a espada de ouro de Atena era uma lenda, mas pelo que me lembrava, ela não a usava há algum tempo.

— Essa espada foi um presente de Hefesto para mim, uma das armas mais poderosas que existiram. –disse Atena olhando para seu antigo templo.

Eu estava confusa.

— Como assim "uma das armas mais poderosas que existiram"? Você fala como se ela não existisse mais.

— Eu falo dessa forma justamente por ela não existir mais. A espada foi jogada no rio Estige, ao menos, foi o que me disseram.

Minha reação natural foi ficar de olhos arregalados, quero dizer, não é sempre que se houve falar que uma das armas mais importantes de um deus foi jogada no Estige. Coisas assim só ocorrem quando o deus é desrespeitoso com Zeus, descumpre regras, ou quando o artefato é amaldiçoado.

Sem entender direito essa informação e querendo mais detalhes, limpei a garganta antes de prosseguir.

— Eu pensava que a senhora só não a utilizava. Mas... Por que sua espada foi jogada no Estige?

Atena ficou com os olhos estranhamente na defensiva, como se estivesse encobrindo algo.

— Uma profecia foi feita... Isso não vem ao caso agora, o fato é que Ares e Hermes insinuaram que minha espada ainda existe, o que não pode acontecer.

— Por quê? Sua espada é uma das melhores armas que foram forjadas, ela é perfeita! Sobre o que seria essa profecia? Deve ser algo muito sério. 

Eu sabia que estava exigindo de mais de minha mãe que era uma deusa e não estava acostumada com interrogatórios, mas eu estava realmente curiosa sobre o motivo de sua espada ter sido retirada de sua posse e lançada ao Estige.

— A profecia não vem ao caso, ainda não é hora de você saber sobre isso. – seu tom era firmemente e definitivo, sendo assim, sabia que não conseguiria lhe arrancar nada por enquanto – Quanto a saber se minha espada existe ou não, precisarei de sua ajuda e da de seus amigos. Como não posso entrar nos domínios de Hades, quero que vocês conversem com ele para descobrir o que aconteceu com minha espada, já que na época, Zeus o encarregou de se desfazer dela.

Zeus havia ordenado que Hades, seu irmão e um dos deuses que ele menos gosta, se desfazer da espada de Atena? Atena, a filha favorita de Zeus e que tanto prestígio tinha no Olimpo?

A adição daquele fato tornava as coisas ainda mais estranhas. Minha mente trabalhava arduamente para acompanhar tudo aquilo.

Revendo os fatos.

Minha mãe estava pedindo para que eu e meus amigos fossemos ao Mundo Inferior, perguntar para Hades, o senhor dos Mortos, o que acontecera com a sua espada, que deveria ter sido destruída por conta de uma profecia que Atena não queria me contar. Não sei por que, mas tinha certeza de que era crucial, que era importante que a espada não existisse mais. Era uma sensação de que ela poderia provocar algum problema enorme e de difícil solução.

Eu sabia como era perigoso entrar no mundo dos Mortos. Era fácil de se entrar, difícil de sair. Porém, aquilo era uma missão a mando de minha mãe, a deusa que eu tanto me orgulhava de ser filha e que eu tanto queria que se orgulhasse de mim, e era uma missão em busca de sua espada de ouro. Eu com certeza iria aceita-la. 

— Annabeth, eu sei que é perigoso ir para o Mundo Inferior, mas as consequências poderão ser catastróficas se essa espada realmente continuar existindo.

Se eu já iria aceitar a missão antes, diante dessa declaração, eu apenas tive mais certeza do que faria.

— Considerando tudo o que você me disse... – respirei fundo - Então, eu aceito. Embora eu confesse que preferia não enfrentar missões no retorno do meu período letivo.

— Não se preocupe, falarei com Quíron, ele resolverá a questão de suas faltas no colégio. Obrigada por aceitar a missão, Annabeth! Obrigada mesmo.

Ao dizer isso Atena me abraçou, me surpreendendo. Ela já havia me abraçado outras vezes, mas sempre que o fazia era surpreendente, e dessa vez ainda mais, pois ela me parecia grata.

— Bem, vamos voltar para o acampamento. Temos muitas coisas para resolver.

— Mãe. - toquei-lhe levemente o braço — Antes de irmos, pode me dar só mais alguns instantes para olhar o seu templo?

Antes de irmos embora, com um singelo sorriso, ela me acompanhou enquanto eu dava uma rápida olhada no templo de Atena.

                       *******************************************

Logo já estávamos no acampamento. Quero dizer, eu estava sozinha na arena do acampamento.

— Annabeth! - gritou Percy de algum canto da arena. Correndo em minha direção, ele me abraçou– Está tudo bem? Me disseram que Atena apareceu aqui no acampamento e...

Somente quem sabia daquilo era Bryan. Só me faltava essa, aquele garoto der dado com a língua nos dentes para todo o acampamento.

— Quem te disse isso?

Percy me avaliou.

— As náiades me contaram, você sabe, elas sempre ficam de olho nas coisas.

Por um momento me senti uma boba por ter desconfiado de Bryan, era óbvio que foram as náiades, ele não faria isso.

— Mas... Você está bem?

— Sim! É claro! Minha mãe só queria falar sobre uma missão muito importante.

Percy ergueu uma sobrancelha enquanto mantinha uma mão em meu braço, como se para se assegurar que eu não fosse sumir.

— Missão? Para você?

— Sim, para mim. Bem, não só para mim, ela meio que pediu para que eu incluísse "meus amigos" na missão, então, suponho que isso inclua você. Quero dizer, se você quiser realmente ir comigo nessa missão.

— Saiba que eu vou com você até o fim do mundo se for necessário. Vou com você onde quer que seja.

Ele parecia aliviado por estar incluso, mal sabia ele o que estava por vir.

— Bem, nós basicamente vamos para o fim do mundo. Atena quer que nós vamos até o Submundo. Mesmo sabendo disso, você tem certeza de quer ir comigo nessa missão?

Ele deu de ombros.

— Eu disse o que eu disse. É claro que eu topo, eu nunca deixaria você ir em uma missão sozinha enquanto eu fico sem fazer nada, assim como eu sei que você nunca permitiria que o mesmo acontecesse comigo.

Agradecida por sua decisão e incentivada por suas docas palavras, lhe dei um selinho.

Assim que o beijou terminou, Percy envolveu minha cintura com seus braços e eu coloquei os meus ao redor de seu pescoço.

— Então, Apolo não contou mesmo para ninguém? Não contou que você ficou comigo no chalé de Poseidon a noite toda e...

Senti uma presença muito forte e irada ao nosso lado.

— Vocês o quê?- perguntou a deusa da sabedoria irradiando uma luz intensa e flamejante.

É, estava tudo dando certo, até o Cabeça de Alga falar demais.

 


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Notas finais do capítulo

O que vocês acham que acontece agora?