Momentos de Percy J. e Annabeth C. [Em Revisão] escrita por Nicolle Bittencourt


Capítulo 20
Capítulo 20: Declaração


Notas iniciais do capítulo

Oba!!!! A fanfic chegou a 100 reviews! Obrigada a todos vocês leitores que fazem dessa história algo muito especial para mim, obrigada por sempre esperarem pacientemente as minhas demoradas postagens (como aconteceu com essa)e por sempre falarem o que acharam do capítulo.Só o que posso dizer é isso: Obrigada!
Vocês são os melhores leitores do mundo, ao menos, para mim.
PS:Gostaria de agradecer a uma leitora super especial que me deixou uma linda recomendação:
GJacksonChase. Obrigada Amore!
Bem, espero que gostem do capítulo. Boa leitura!



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Annabeth’s POV

Depois que Atena foi embora, decidi retornar à frente da embarcação, torcendo para que Percy já estivesse sozinho, afinal, temia que Poseidon quisesse fazer algum comentário sobre minha relação com Percy, e eu já estava ficando cansada dos deuses se meterem em nossas vidas. 

Quando cheguei à proa, Percy olhava o horizonte e parecia pensar em algo.

— No que está pensando, Cabeça de Alga? – disse sorrindo ao me aproximar.

Ele se virou e seus olhos me pareciam uma mescla de tristeza, confusão, medo e esperança. Bem, foi só o que pude perceber, porque assim que me viu sorrindo tudo isso sumiu de seus olhos verde mar, que agora pareciam mais brilhantes do que nunca, e sendo assim, é claro que fiquei hipnotizada por eles.

Eu não sabia se ele tinha noção do poder que o seu olhar tinha sobre mim, era quase como se ele pudesse olhar através de mim com toda aquela intensidade que ele possuía.

— Estou pensando em você. – disse me dando um beijo- E em algo que meu pai me disse... - sua mão estava em minha cintura, me segurando de lado contra ele enquanto ele sussurrava aquilo em meu ouvido. 

O que será que Poseidon disse? Eu me perguntava freneticamente.

— O que ele disse? – eu me afastei um pouco de Percy para analisar seu rosto.

— Você odeia não saber, não é? – perguntou Percy, mas não respondi, já que parecia ser um pergunta retórica – Bem, tem algo que eu preciso contar, eu achava melhor te contar depois, mas estou vendo que você não vai querer esperar tanto tempo.

Percy parecia querer dizer algo sério e eu também queria falar com ele.

— Venha, vamos nos sentar. - Ele pegou minha mão e me conduziu escada acima de volta à mesa de piquenique.

— O que houve, Percy?- disse enquanto me sentava na cadeira ao seu lado.

Ele olhou nos meus olhos por um tempo considerável antes de falar, eu estava começando a ficar perdida neles quando o Cabeça de Alga começou a falar.

— Annie, meu pai veio aqui... Bem, principalmente por causa da sua mãe, mas o que ele queria conversar comigo era que eu precisava te contar sobre o meu sonho desta noite.

— Que sonho? – será que Percy descobrira algo sobre o Bryan através de sonho? Não seria a primeira vez que revelações eram feitas a semideuses através de sonhos.

Percy, que continuava segurando minha mão, suspirou.

— Annie, lembra que te contei sobre uma vez que ajudei Clarisse a recuperar a quadriga de Ares, aquela que os irmãos dela haviam roubado?

— Sim! – eu me lembrava vagamente da vez em que estávamos conversando na praia e que ele havia me contado isso - Você me disse que ajudou Clarisse e que derrotaram Phobos e Deimos, não foi? Mas o que isso tem a ver com o seu sonho?

Percy olhou intensamente para mim.

— Annabeth, Phobos prometeu que se vingaria de mim por tê-lo derrotado. – agora ele olhava nossas mãos entrelaçadas – E essa noite ele apareceu nos meus sonhos e me disse que não havia se esquecido da promessa que fez.

Phobos queria se vingar de Percy? Provavelmente aquilo deveria envolver feri-lo de alguma forma.

— Percy, ele nunca conseguirá te atingir, você é invulnerável e eu posso te ajudar a derrotá-lo novamente se você quiser.

Percy olho nos meus olhos.

— Annabeth, Phobos é o deus do medo, o que acha que ele está planejando?

Não precisei pensar muito para chegar a uma conclusão.

— Acho que ele vai tentar te colocar diante de seu maior medo, torná-lo real. Mas Percy...

— Annabeth, ele apareceu no meu sonho, - Percy me interrompeu - E fez eu ter uma visão do meu maior medo, o que foi algo terrível. Você sabe qual é o meu maior medo?

Meu cérebro parecia uma engrenagem.

Talvez o maior medo de Percy fosse perder a família, ou uma invasão no acampamento... Poderiam ser tantos outros, no entanto eu tinha certeza de que não eram esses, porque Percy me olhou de uma forma estranha, como se essa pudesse ser a última vez que me via. No entanto, isso só aconteceria se ele morresse, mas Percy não tinha medo da morte pelo que eu sabia. Bem, se não fosse ele, seria... Não, não podia ser. 

 — Seu maior medo é que eu morra? – perguntei em dúvida, sem querer soar pretensiosa. 

Os olhos dele estavam tristes, como se ele estivesse pensando seriamente na hipótese de me perder. 

— Sim, de todos os medos que eu tenho, meu maior medo é te perder, Annabeth Chase. Você me encanta, me fascina, me faz te amar e te querer cada vez mais! Eu amo cada palavra sua, amo o som da sua voz, amo a cor de seus olhos e a forma como eles brilham ao falar sobre arquitetura, ou como parecem um furacão quando está irritada. Amo seus cabelos loiros balançando ao vento, amo o modo que briga comigo, admiro sua coragem e sua inteligência. E acima de tudo, amo te ouvir dizer que me ama, o modo como cora quando digo que está linda, como se arrepia quando sussurro algo em seu ouvido. E amo sentir seus lábios colados nos meus, sentir suas mãos percorrerem meu cabelo e meu pescoço, amo poder ter você em meus braços numa dança e sentir que pertencemos um ao outro, amo a maneira como olha e parece que diz que, aconteça o que aconteça, tudo vai ficar bem. Annabeth, meus dias nada seriam sem seu sorriso para iluminá-los, eu não poderia viver sem ouvir você rindo ou me chamando de Cabeça de Alga, não poderia ser feliz sem ter você por perto, sem te tocar. Annabeth, minha vida não teria sentido sem você, porque você se tornou parte da minha vida, ao te ver meu coração parece querer saltar do peito. Você é o meu amor.

Meus olhos estavam cheios d’água, a declaração de Percy tinha me pegado de surpresa, tudo o que ele dissera... Era o mesmo que eu sentia por ele, mas eu nem ao menos podia dizer isso, porque eu estava sem palavras.

— Percy, isso foi lindo e... – comecei a dizer com certa dificuldade, ele me pegara de surpresa, mas o Cabeça de Alga me interrompeu e começou a tirar uma caixinha do bolso da calça.

— Sei que não é a melhor hora, já que prometi que te daria uma explicação sobre o que meu pai veio fazer aqui, mas se não for agora, não sei quando mais poderá ser. Annabeth, este presente é para você.

Percy me deu a caixinha e eu a abri.

Ela continha uma pulseira do que me parecia uma mistura de ouro, prata e bronze e tinha um pingente de tridente que era de... Diamante?

— P... Per.. Percy –gaguejei – Isto é...

— Um presente meu, elaborado por Tyson. Espero que tenha gostado.- Percy disse isso enquanto colocava a pulseira em meu pulso direito.

— Eu amei, Cabeça de Alga! É o melhor presente que ganhei na vida. – disse com uma lágrima de felicidade e surpresa rolando os olhos.

— Melhor que o boné de invisibilidade? E do que sua adaga?- perguntou com uma sobrancelha erguida.

Sequei a pequena lágrima que havia escorrido. Eu estava sendo uma tola por chorar, porém, aquilo era lindo demais para que eu conseguisse me controlar.

— Muito melhor do que esses juntos! – disse o abraçando – Só não é melhor que uma coisa...

Nesse momento Percy me afastou um pouco e me analisou seriamente.

— Não é melhor do que a declaração que me fez ainda pouco, seu Cabeça de Alga, aquilo sim foi a coisa mais linda que alguém me disse, e ficou mais linda ainda vinda de você.

Percy corou.

— Que bom que gostou, pois tudo o que eu disse é a mais pura verdade... Ah! Já ia me esquecendo...

Olhei para Percy meio desconfiada, ele parecia se concentrar.

Logo depois uma pequena quantidade de água veio do mar e molhou meu pulso que estava com a pulseira.

— Percy! O que está...

A água havia deixado a pulseira molhada, de forma que podia ver que havia uma frase na pulseira escrita em azul.

“Te amo e para sempre te amarei! Percy”

— Cabeça de alga! Essa frase na pulseira... – disse completamente estonteante.

— É a mais pura verdade. – Percy se aproximou de mim e me beijou, um beijo doce, calmo, um beijo de amor.

Ele se afastou.

— Volta aqui, Cabeça de Alga, eu não terminei de te beijar.

Ele riu.

— Nem eu terminei de te beijar sabidinha, mas pensei que queria saber do sonho.

Ah é! O sonho.

— E quero saber, então...

Percy olhou para baixo e parecia lembrar-se do sonho, pois seus olhos estavam tristes e sem brilho. Era interesse ver sua expressão mudar tão rapidamente.

— Então, Phobos me mostrou uma imagem onde você morria – ele engasgou - Morria em meus braços. Era como se eu estivesse me banhando no Estige novamente, só que dessa vez eu estava dissolvendo. Meu coração falhava e lágrimas não paravam de cair dos meus olhos. E Phobos me disse: “Esse é o seu maior medo Jackson, perder a garota que ama. Seria uma vingança e tanto da minha parte, não acha?”

O rosto de Percy parecia que iria desabar e mesmo eu estando em estado de choque com o que ele dissera, me aproximei.

— Percy, Phobos não vai nos fazer nenhum mal, não vamos deixar, ok?

 Eu dizia aquilo para tentar acalmá-lo, pois sabia como deuses podiam ser persistentes com suas vinganças e como poderiam se esforçar para acabar com alguém. No entanto, eu também sabia que não seria facilmente enganada, eu só precisaria ficar ainda mais alerta com tudo e me proteger e proteger a Percy da melhor forma que pudesse. 

Minhas palavras surtiram o efeito desejado, pois ele sorriu. Um sorriso  a princípio fraco, mas que foi se ampliando.

 Você tem razão, não vamos deixar ele fazer nada com a gente. – ele me beijou de novo, só que dessa vez foi mais urgente, mais apaixonado

— Eu te amo, Cabeça de Alga! – disse entre beijos.

— Eu também te amo!

Nos beijamos mais uma vez, até que Percy pareceu se lembrar de algo.

— Sabe, achei meio estranho que meu pai disse para chegarmos ao Acampamento antes das sete da noite, disse que tem alguma coisa a ver com o Harpper, ou algo assim.

Percy deu esse aviso de maneira despreocupada, somente me informando algo que o pai disse, mas foi por isso que me lembrei do Bryan e do que eu tinha que contar a Percy.

Antes que ele voltasse a me beijar e as coisas ficassem, digamos, mais quentes, resolvi falar.

— Hum, Percy, minha mãe também teve um motivo para vir aqui, e não foi só para atrapalhar a gente.

Ele pareceu surpreso.

— Sério?

— Sim. –eu disse – E tem a ver com o Bryan.


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Notas finais do capítulo

Não se esqueçam das reviews!
Beijos com sabor néctar e ambrosia!