Momentos de Percy J. e Annabeth C. [Em Revisão] escrita por Nicolle Bittencourt


Capítulo 19
Capítulo 19: Conversamos com nossos pais


Notas iniciais do capítulo

Pessoal, postando mais um capítulo, me perdoem se não estiver muito criativo, mas eu estou com preguicinha.
Bem, boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/142547/chapter/19

Annabeth’s POV

Estava meio apreensiva sobre o que minha mãe queria conversar comigo. Deveria ser algo importante para ela ter se dado ao trabalho de vir até mim pessoalmente, senão, por que mais ela atrapalharia meu encontro com Percy?

Bem, acho que ela atrapalharia por qualquer motivo se realmente quisesse, mas ela não faria isso, ainda era Atena, deveria haver um motivo muito sério para estar ali.

— Que péssimos pais! Atrapalhando encontros! Só espero que se mandem antes do almoço, tenho planos para o casal e Apolo tem um presente. Até mais. - berrou Afrodite de algum lugar do iate.

— Ela não tem jeito... – disse minha mãe – Bem, Annabeth, eu tenho que falar com você sobre algo muito importante, de verdade. Não pense que vim aqui exclusivamente com o objetivo de atrapalhar seu encontro, é só que... Quíron me mandou uma mensagem informando sobre o que você descobriu sobre Bryan e achei que você merecia uma explicação. Na verdade, eu ia falar sobre isso com você de manhã mais cedo, mas aquele seu namoradinho apareceu na hora...- Atena olhou na direção contrária da lancha, na mesma direção em que Percy deveria estar agora - Então, decidi esperar um pouco para falar com você, mas vocês resolveram ter esse encontro e, embora eu não quisesse atrapalhar, resolvi que protelar era um risco, por isso, vim até aqui.

Atena enrolava a ponta da blusa nos dedos, por incrível que pareça, pela primeira vez na vida, eu a via daquele jeito: como se estivesse nervosa em ter que me explicar a história de Kate.

Não disse uma palavra sequer, achei melhor deixar que ela prosseguisse.

— Bem, Annabeth você deve se lembrar de que nos mitos muitos deuses já se apaixonaram por semideuses. Esses mitos, assim como quase todos, não são mitos, como você sabe, tanto que... - ela olhou para os lados e sussurrou, uma coisa não muito comum por parte de Atena - Bryan existe.

Olhei fixamente para ela.

— Eu sei, sei que os mitos são reais, só não imaginava que ainda acontecessem, ou que um dia iria conhecer alguém assim. E que além do mais é meu... não sei, sobrinho?

Atena sorriu.

— Não querida, não se preocupe, não é como se vocês fossem parentes, nós deuses não temos DNA. Se ele fosse meu filho... Ai era um caso para se pensar por questões de moral e respeito, mas não, ele não é. Não se preocupe com graus de parentesco, você tem muitos exemplos no Olimpo para saber que isso não é nada, veja Hera e Zeus.

Seguindo a linha de raciocínio dela, minha mãe tinha razão, mesmo assim...

— Mãe, eu só estava pensando nisso por que ele é meu amigo e uma hora vamos ter que explicar para ele. No entanto, você falou como se eu quisesse ser namorada dele.

Atena inclinou um pouco a cabeça para o lado.

— Talvez ele quisesse isso, mas eu sei que você não. - ela respirou fundo – Embora eu deteste Poseidon, sei que gosta daquele garoto, o Percy.

Pisquei.

— Está dizendo que aprova meu namoro com o Percy?

— Não! Estou dizendo que estou tentando entender seus sentimentos atuais por ele. Embora não veja o motivo pelo qual você gosta dele, sei que ele a alegra. - Ela sorriu e depois seu rosto se fechou – Mas eu não aprovo, ainda não, ao menos.

Assenti, já era algum começo, e eu não queria discutir agora.

— Mas voltando... Bryan é um semideus muito poderoso, não só por ter os poderes de Zeus, mas também por sua inteligência. Sei que você quer contar a ele sobre Kate ser minha filha, no entanto, talvez não seja a melhor hora, o ideal seria você esperar um tempo, deixar ele se acostumar com o acampamento, conhecer as pessoas, essas coisas.

Estreitei os olhos.

— Mas isso é injusto com ele, quando ele souber vai ficar chateado por não ter sido avisado antes. - suspirei, estava pensando se era melhor ele ficar super confuso ou chateado, e me decidi — Porém, acho que a senhora pode ter razão, é melhor ele esperar um pouco. 

Atena assentiu, parecendo aliviada.

— Ele pode ficar chateado, mas ele irá entender os motivos de você não tê-lo contato antes.

Ela parecia querer dizer algo mais, entretanto, resolvi fazer uma pergunta primeiro.

— Mãe, sei que provavelmente isso não é da minha conta, mas... Gostaria de saber um pouco mais sobre Kate, quero dizer, sobre a vida dela. Até o momento em que ela vivia no acampamento eu sei quase tudo, porém, não sei mais nada sobre o que aconteceu depois- meu cérebro trabalhava a mil. - E fiquei muito intrigada em saber que ela morreu assim, praticamente do nada. Sei que o pai dela, que ainda deve estar vivo, não deve ter deixado que fizessem autópsia nela, por causa das consequências que isso poderia trazer., considerando que é era um meio sangue e por isso somente possuía o DNA dele e sangue divino, que não é igual ao mortal. Nesse caso, os humanos iriam querer analisar a situação e...

— Annabeth, não posso falar muito sobre a vida de Kate, mas posso afirmar que a morte dela foi muito... estranha. No entanto, terá de fazer suas descobertas sozinha, esse é um assunto no qual não posso me meter.

Assenti.

— Minha cabeça parece que vai explodir com tanta informação, ainda mais não podendo contar a ninguém...

A expressão de minha mãe era calma.

— Bem... Talvez não seja um grande problema dividir informações que são demais para você com uma pessoa de confiança. Alguém que você tenha certeza que não contará pra mais ninguém. - disse ela

— Tipo Percy?- abri um sorriso.

Atena fez uma careta.

— Preferia que fosse Thalia ou até aquele sátiro, o Grover. Mas se acha melhor dividir essa informação com aquele filhote de criatura marinha, sinta-se à vontade, digo isso porque sei que você confia nele. Acho que é aí que nossas opiniões divergem...

Revirei os olhos.

— O que importa é que conte para alguém Annabeth, nem sempre podemos aguentar o peso do mundo sozinhos.

Eu assenti.

— Sei disso. - e eu estava falando literalmente, porque já havia segurado o peso dos céus sobre meus ombros e sabia o quão doloroso e impossível aquilo era.

Atena já estava indo embora quando se virou.

— Adeus, Annabeth! E saiba que eu não estava de brincadeira ainda pouco quando disse que não aprovava o namoro de vocês. O Jackson ainda está passando pela fase de testes.

E com esse alegre comentário minha mãe começou assumir sua forma divina, e nisso tive olhar para o outro lado para evitar que fosse fulminada. Quando me virei de novo, estava completamente sozinha, Atena havia ido embora.

********************************************************

Percy's POV

— Pode falar, Pai!

Poseidon olhava atentamente o horizonte quando finalmente resolveu se virar para mim.

— Percy, apareci aqui para falar com você sobre...- Poseidon parecia... chateado?- Na verdade apareci aqui porque aquela minha sobrinha chata estava te ameaçando, no entanto vou aproveitar para falar com você sobre outro assunto...

— Que assunto? - disse juntando as sobrancelhas.

Ele suspirou.

— Não pense que sou um fofoqueiro, só me preocupo com você, mas eu meio que vi a ameaça que Phobos te fez. - ele parecia sem graça em admitir aquilo.

O quê? Meu pai estava bisbilhotando meus sonhos? Um parte do meu cérebro pensava:"Por quê? Tipo, ele é um deus, ele não tem coisas mais interessantes para fazer?"

Já outra parte, estava meio que: "Meus deuses, tomara que ele não tenha visto aquela vez que sonhei com Annabeth naquela camisola azul transparente."

— Anda olhando meus sonhos? - disse corando.

— NÃO! - ele basicamente gritou, parecendo sem graça com a acusação - Só que, como sou um deus, sei quando pronunciam meu nome e Phobos fez isso, por isso prestei atenção na conversa.

— Pai, eu não sei se Phobos falava sério ou não, mas ele parece quer usar Annabeth como forma de se vingar. - minha voz estava baixa, justamente porque eu sabia que o deus do medo falava muito sério quando fez tal ameaça- O senhor não poderia fazer algo? Ou a mãe de Annabeth?

Poseidon balançou a cabeça negativamente.

— Não posso me meter Percy, a não ser que ele faça algo com você, e mesmo assim só depois que ele te fizer algo. Eu só interferi hoje, quando Atena ia te fuzilar, porque eu estava atento e porque era ela, já estou acostumado com aquela ali. De qualquer forma, a filha favorita de Zeus nem sabe que a Annabeth corre perigo.

— Por que o senhor não conta para ela?

— É proibido, as leis divinas não permitem. Estão por sua própria conta, Percy.

Engoli em seco.

— Pai, não ache que estou com medo de que Phobos faça algo comigo, na verdade, prefiro que ele tente me machucar diretamente do que através de Annie.

Isso foi o que eu disse, mas outra verdade era que sem ela a minha vida não faria sentido algum.

— Isso é muito... corajoso! - disse Poseidon, mas dava a impressão de que diria que queria dizer que era muito estúpido também. -E Phobos sabe que ela é importante para você e que você daria sua própria vida por ela, assim como Annabeth faria o mesmo por você.

Eu corei.

— Percy, você e Annabeth terão de enfrentar Phobos algum dia e ele é um deus bastante traiçoeiro, assim como o pai. Por isso tome cuidado, e... Conte a Annabeth sobre isso o mais rápido possível, nunca é bom guardar segredos de quem se ama.

— Será? - eu tinha sérias dúvidas de que seria o momento ideal de contar aquilo a Annie.

— Claro! E Annabeth é muito corajosa, excelente menina, fora a mãe é claro. Sei que lutaria bravamente contra Phobos.

Suspirei.

— Eu sei disso, acho que é isso que me assusta, sei que ela é maravilhosa...- em todos os sentidos, pensei - ... uma maravilhosa lutadora, e também muito orgulhosa, e isso me preocupa.

Poseidon colocou a mão em meu ombro, um gesto bastante carinhoso vindo dele.

— Confie nela.

— Eu confio!

Poseidon assentiu e se afastou.

—Pense no que te disse. Ah! - Poseidon estalou os dedos, como se de repente se lembrasse de algo muito importante - Vocês não estavam mesmo planejando fazer... Aquilo né?

Me senti ficando vermelho como um tomate.

— Não, pai!

— Ufa! Que bom, então precisamos ter uma conversa de pai e filho...

O quê? Não, não, não, ele não podia estar querendo me dar aula de educação sexual no meio do meu encontro, né? Quero dizer, nossa, eu já tinha 16 anos, eu já tinha tido aquela conversa um milhão de vezes com a minha mãe e até mesmo com Paul. Não precisa de Poseidon se juntando a lista. 

— Pai, minha mãe já teve essa conversa comigo, pode acreditar.

— Mas não é a mesma coisa, precisa conversar com um homem...

— Paul também conversou comigo, não se preocupe.

Ele pareceu irritado quando mencionei Paul, mas depois sorriu.

— Ok! Acho que já atrapalhei demais seu encontro. Mas antes, não fique tão enciumado pelo garoto que salvou Annabeth, ela é sua namorada!

Estreitei os olhos. Ele estava sabendo de bastante coisa para alguém que, supostamente, não estava bisbilhotando minha vida.

— Está pedindo demais, pai, ele dá em cima dela e eu tenho que me controlar?

Ele inclinou a cabeça.

— Está certo! Então, tente voltar para o Acampamento antes das sete da noite. Você vai gostar.

— Gostar de quê?- ergui uma sobrancelha.

— Você verá!

Sem mais uma palavra, ele pulou no mar e sumiu. 




Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Pessoal, quase chegando a 100 reviews!
me ajudem, please?
Bjs e Boa Semana!!