Momentos de Percy J. e Annabeth C. [Em Revisão] escrita por Nicolle Bittencourt


Capítulo 15
Capítulo 15: Bryan é nomeado


Notas iniciais do capítulo

Pessoal o capítulo tá demais, acho que é o melhor capítulo da fic até agora. Espero que amem!
Ah! Por favor, me deixem reviews, e recomendações, não doí nada. kkkkk São só alguns minutinhos. Bem eu vou dedicar esse capítulo aos meus leitores, todos mesmo.
Obrigada a todos vocês por lerem a fic, por isso esse capítulo é para vocês. peço que todos que lerem deixem reviews, para que eu possa saber que está lendo, tô com saudade de alguns leitores :(
Espero que amem!



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Annabeth’s POV

Quando chegamos ao pavilhão do refeitório, todos já estavam sentados.

— Vou para a minha mesa. – disse para Percy que ainda segurava minha mão.

Ele me olhou e depois olhou para Quíron (que estava na sua forma centauro) e o Sr D., sabendo que não havia como burlar as normas de que cada campista deveria sentar na mesa referente ao seu chalé.

— Ok!- disse relutante - Mas te vejo na fogueira.

Percy me deu um selinho antes que nos separássemos. Era incrível a sensação de ter os lábios dele nos meus, era como se não existisse mais nada além de nós. Bem, isso até ouvirmos alguns assobios pelo pavilhão e um coro de "Own" a nossa direita (vindo da mesa de Afrodite).

Quando nos separamos, ambos estávamos levemente ruborizados.

— Me pergunto quando eles vão parar de fazer isso. – disse a Percy.

— Acho que nunca. - ele sussurrou.

Nós dois rimos.

— Hã. -pigarreou Quíron. - Queiram todos se sentar, por favor.

Nós dois fomos para nossas respectivas mesas.

Estávamos em setembro, por isso o Acampamento só tinha uns 18 campistas, o que para mim não era estranho já que tinha morado lá por muitos anos sendo campista de ano inteiro e sabia o quão vazio o lugar poderia ficar fora da época do verão.

Na mesa de Atena só tinha 4 de meus irmãos, Malcon era um deles. Ele era o segundo na linha de comando, e quando eu não estava, ele era o líder.

— Olá, Malcon!- disse me sentando.

 Olá, Annabeth!

Falei com os meus outros irmãos também, e então, reparei que Bryan estava sentado na mesa do chalé de Hermes, que fora ele só tinha mais 3 campista, mas é claro que dois deles eram os irmãos Stoll. Pareciam estar conversando com Bryan, no entanto, também pareciam procurar uma oportunidade para poder roubar-lhe a carteira.

Bryan olhou para mim e lancei um sorriso encorajador para ele.

Nessa mesma hora, o Sr. D. se levantou e mandou que ficássemos calados. Ele realmente usou essas palavras.

— Prestem atenção pirralhos... - Quíron o olhou, repreendendo-o, mas a única coisa que o Senhor D. fez foi balançar os ombros.- Tenho que apresentar a vocês o novo campista, Brad Happy.

Quíron cochichou em seu ouvido.

— Ah sim! Digo, Bryan Harpper, ou seja lá como for, queira se levantar, jovenzinho. – disse o Senhor D.

Bryan se levantou e pude ouvir alguns cochichos entre os campistas, principalmente entre as filhas de Afrodite, que em sua mesa tinham 5 campistas. – Bem, agora que já o conhecemos podemos jantar.

Senhor D. se sentou e logo em seguida o jantar foi servido sem mais interrupções.

      ********************************************

Depois do jantar, fomos todos sentar em volta da fogueira, Percy arrumou um jeito de ficar perto de mim e devo admitir que eu gostei disso.

Não conversamos muito, já que a cantoria não permitia, mas ficamos de mãos dadas o tempo todo, e claro que as filhas de Afrodite ficavam nos olhando. Mas depois de um tempo a atenção delas foi desviada para Bryan, elas ficaram olhando-o e murmurando algo, provavelmente estavam interessadas nele e deviam estar pensando em maneira de conquistá-lo.

E aí, eu me lembrei de tudo que havia descoberto, e por isso, mesmo de mãos dadas com o Percy, comecei a ficar preocupada, a qualquer hora Zeus o anunciaria como filho, e teríamos que explicar tudo a ele.

— Está tudo bem, Annie? – perguntou Percy.

Assenti.

— Estou bem!

Percy me avaliou.

— Então por que você tá olhando pro Bryan há um tempão?- sua voz denunciava que estava morrendo de ciúmes.

Só quando ele me disse isso foi que eu reparei que todo esse tempo que estava pensando estava virada para a direção de Bryan. No entanto, eu não estava olhando para ele, estava era pensando no que eu sabia que poderia ocorrer a seguir.

Eu sabia que os deuses não costumavam ser realmente rápidos em nomear seus filhos, mas também sabia que Bryan era bem mais velho que a maioria dos campista e que era filho de uma semideusa. Isso deveria tornar as coisas mais rápidas, ao menos, assim eu esperava.

— Não é nada, é só que...

Todos pararam a cantoria, o holograma de um raio azul surgiu acima da cabeça de Bryan. Todos (exceto eu, Quíron e o senhor D.) ficaram surpresos, e fizeram uma referência na direção e Bryan, mesmo que alguns de má vontade, como alguns filhos de Ares, entre eles Clarisse, e também um filho de Poseidon, claro que estou falando do Percy.

Quíron galopou na direção de Bryan, que nada entendia o que aquilo acima da sua cabeça significava. 

— Agora sabemos de quem você é filho, meu jovem. - disse ele se dirigindo a Bryan – Bryan Harpper é filho do Senhor dos Céus, deus dos deuses, Bryan é filho de Zeus!

Todos ficaram em estado de choque, afinal isso provava que Zeus tinha descumprido o tratado de não ter filhos, mais de uma vez. E pensando assim, Bryan tinha 17 anos, a grande profecia poderia ter sido para ele, afinal, ele era mais velho que o Percy um ano.

— Bem vou levá-lo ao seu novo chalé. - disse Quíron ao Harpper - Enquanto isso, todos vocês de volta aos seus chalés. - Quíron olhou para mim e para Percy – Ahn, Annabeth...

Quíron olhou para mim, e só de olhá-lo já sabia o que queria.

"Vamos esperar, contar a ele depois. É muita coisa para a cabeça dele."

Eu assenti. Não podia discordar de Quíron, ainda mais quando o rosto de Bryan denunciava o quão confuso estava.

Quando passou por nós enquanto guiava Bryan para seu chalé, Quíron disse: 

— Querida, tomei a liberdade de ligar para seu colégio avisando que você passaria esse final de semana com seu “padrinho”, foi uma mentirinha necessária. - então, surpreendentemente, Quíron lançou uma piscadinha para Percy que me deixou bastante curiosa — E também liguei para sua mãe, Percy, disse a ela que vocês tinham chegado e que ficariam esse final de semana no Acampamento. Bem, agora vocês podem ir para seus chalés. Para seu respectivos chalés. 

— Sim, senhor! – dissemos.

Olhei para Percy. Ainda me perguntando porque Quíron piscou para ele.

— O que vocês estão me escondendo?

— Nada, Annie, nada.

Olhei para Percy, achei melhor deixar pra lá, afinal, eu mesma estava guardando um segredo.

Bryan e Quíron se retiraram da fogueira e a fofoca tomou conta do local, mas só pude ouvir o que duas filhas de Afrodite diziam:

— Ele é um gato, e filho de Zeus! Tomara que esteja solteiro.

Filhas da deusa do amor, vá entender.

Percy e eu nos afastamos da fogueira e estávamos indo em direção aos nossos chalés quando ele me abraçou por trás.

— É, parece que Zeus descumpriu o acordo mais de uma vez.

— É, parece que sim. - eu sentia que Percy queria perguntar mais alguma coisa sobre o assunto, acho que ele deve ter percebido que eu não estava tão surpresa com a nomeação de Bryan, por isso mesmo, resolvi aproveitar o momento para desviar sua atenção e roubar-lhe um beijo.

Nos beijamos apaixonadamente, Percy tinha suas mãos na minha cintura, e eu tinha as minhas envoltas em seu pescoço.

— Annabell, Peter. – disse o Sr. D. surgindo de algum lugar a nossa direita  e nos assustando -É melhor vocês irem para seus chalés.

— É Annabeth e Percy. – disse o Cabeça de Alga.

Senhor D. abanou a mão.

— Tanto faz, mas dá pra fazer o favor de irem para seus chalés antes que eu resolva fulminar os dois?

Percy e eu engolimos em seco.

— Sim, senhor. - dissemos juntos.

— Assim é bem melhor. – disse o deus.

Percy foi comigo até a porta do chalé de Atena.

— Boa noite, Sabidinha! – disse ele enquanto eu entrava no chalé.

— Boa noite, Cabeça de Alga!

Entrei no chalé quando meus irmãos já começavam a se preparar para dormir.

Tomei um banho (o que foi um pouco complicado graças à tala na minha perna), troquei de roupa e deitei na cama, assim que fechei os olhos, adormeci.

    *********************************************

Tive um sonho, ou melhor, pesadelo. Mas não era algo que fosse acontecer, aquilo já havia acontecido. Era mais uma lembrança do que qualquer outra coisa.

Eu estava no Acampamento, mas algo estava diferente, eu estava chorando, chorando muito. Pela primeira vez em dias resolvi me olhar no espelho, não para ficar como as filhas de Afrodite, que se admiram na frente do espelho, e sim para ver se estava razoável para ir dar uma volta pelo acampamento.

Me olhei no espelho e a imagem era péssima. Meus olhos estavam vermelhos de tanto chorar, meu cabelo parecia o da Medusa, e eu tinha horríveis olheiras sob os olhos, mas isso não me importava, porque uma das pessoas que mais amava havia morrido, e eu não podia fazer nada para trazê-lo de volta, nada. E isso não era o pior, o pior era que ele havia morrido e eu nem pude dizer o quanto eu o amava, ele havia morrido porque eu tinha deixado-o lá, sozinho, lutando, porque eu fora uma covarde. Se eu tivesse ficado poderíamos ter vencido, ou ao menos, poderíamos ter morrido juntos.

Silena estava comigo no chalé de Atena, me reconfortando, coisa que fazia constantemente nos últimos dias. 

— Não foi culpa sua, Annabeth. – agora estávamos sentadas na minha cama, ela passava seus dedos no meu cabelo numa tentativa de me acalmar e endireitar minhas madeixas. 

Todos me falavam isso, embora só Silena e Quíron tenham me visto chorar para valer, chorar de soluçar.

Eu sacudi a cabeça.

— Foi sim, eu podia ter ficado lá, lutado com o Percy – minha voz falhou ao dizer seu nome.

Isso foi o que disse a Silena, não queria lhe dizer que podia ter impedido aquilo tudo que o oráculo me avisará.

E perderás um amor para algo pior que morrer. - fora o que o oráculo havia me avisado.

Embora eu não entendesse o que poderia ser pior do que a morte, mas Percy havia morrido era a isso que o oráculo se referia. Tinha que ser.

— Está tudo bem, Silena. – disse o mais convincente que pude na hora, o que não valeu muita coisa.

— Vamos dar uma volta, Annie, você não sai desse chalé há uma semana, você está definhando aos poucos. - ela apontou para mim. - Está magra demais, quieta demais e nem liga para seus projetos de arquitetura.

— Ligo sim, hoje mesmo dei uma olhada neles – disse sem forças nem para discutir direito.

— Ok! – disse Silena me puxando – Mas vamos dar uma volta sim?

Assenti, ela ia me levar de qualquer jeito.

Assim que saímos do chalé de Atena, algumas pessoas nos olharam, e por onde quer que passássemos, me olhavam e cochichavam. Pareciam ter pena e medo de mim ao mesmo tempo, porém, eu estava tão mal que nem para isso ligava.

Silena me fez andar o Acampamento inteiro, mas cometeu uma falha, tentou me levar para praia.

Logo que avistei o mar me lembrei de seus olhos, seus olhos verde mar que sempre me olhavam e me avaliavam, seus olhos divertidos, brincalhões.

Lágrimas encheram os meus olhos e escorreram por meu rosto, e mesmo querendo, não conseguia controlá-las, pareciam ter vida própria. Chorei, chorei muito, cheguei ao ponto de soluçar de tanto que chorei.

Eu, que sempre fora forte, que sempre deixei a razão me guiar estava chorando, chorando feito um bebê. Mas eu não me envergonhei disso, estava triste, perdida, estava sem chão, meu mundo havia despencado. Estava sem Percy, sem Grover, sem Tyson.

Estava sem meus amigos, sem o garoto que havia descoberto que amava. Sim, eu não queria admitir, mas agora ele havia morrido, e eu finalmente admitia que o amava com todas as minhas forças.

Silena me levou de volta para meu chalé, me deixou chorar em seu ombro, cuidou de mim.

Quando finalmente havia parado de chorar. Silena se oferecera para me trazer comida, mas eu recusei, estava sem fome e sem sede.

Todos estavam no refeitório, eu sabia disso, mas não quis ir até lá, não queria comer, só queria ficar no meu quarto, na minha cama e chorar.

Me lembrei de toda nossa história, de nossas brigas, de nossas aventuras, de quando ele me salvou, de quando eu salvei-o.

Lembrei do beijo que dei nele antes de... Antes dele morrer.

— Por que morreu, Percy? Por que me deixou, seu Cabeça de Alga?

Sussurrei para mim mesma enquanto abraçava meu travesseiro.

Lembrei da sensação de ter seus lábios nos meus de como era incrível aquilo. Tão incrível e eu nunca mais sentiria.

Novas lágrimas surgiram no meu rosto, aquela semana eu tinha chorado mais do que toda minha vida, e até achava que as lágrimas iriam acabar, mas estava enganada, porque sempre surgiam novas. E meu travesseiro já estava encharcado, e minha cama já estava cansada de me ter ali sempre, e meus olhos estavam cansados de chorar, e meu coração cansado de sofrer.

— Eu te amo, Percy Jackson.- disse sufocando ao falar seu nome – Queria ter te contado isso quando era vivo.

Voltei a chorar.

************************************************

Acordei sobressaltada. Fora um pesadelo não fora? Ou fora verdade?

 

Rapidamente, sem fazer barulho e de pijama mesmo, saí do meu chalé.

Olhei para os lados. Nada de harpias.

Segui em direção ao chalé número 3, o de Poseidon, meu coração martelando no peito. Com a respiração acelerada, olhei através da janela.

Lá estava ele, dormindo.

Com a mão no peito e suspirando pesadamente, encostei-me na parede ao lado da porta do quarto. Pensando em como aquele pesadelo fora horrível, mas que era ainda pior porque fora verdade, aquilo havia passado quando ele havia parado na Ilha de Calipso e eu havia pensado que ele havia morrido. Só de pensar que ele poderia ter ficado com ela pra sempre naquela ilha, arrepios percorriam meu corpo.

Sacudindo a cabeça e me livrando desse pensamento, me permiti olhar mais uma vez para ele através da janela.

Ele era lindo!E eu o amava, ele me amava!

Minha vontade era de entrar no chalé e de abraçá-lo, de beijá-lo, no entanto, resolvi que era melhor deixá-lo dormindo. Olhei mais uma vez para dentro do chalé, depois decidi ir à praia, ao menos era bom ficar lá, pensando.

Ultimamente, era ótimo sentar na areia da praia, olhar para o mar e ficar pensando, era quase como se estivesse com Percy.

Sentei-me na areia e fiquei pensando em todo o meu pesadelo, em tudo que eu havia passado há um pouco mais de um ano atrás.

Pensei na carta que havia feito para Percy, quando pensei que ele estivesse morto, pode até parecer bobagem minha, mas era uma forma de “contar” a ele, de me abrir com alguém, era a única forma (ao menos na época) de dizer que eu o amava.

Eu ainda tinha essa carta guardada, mas ficava meio envergonhada de mostrá-la a Percy.

Só que agora, depois daquele pesadelo, pensava se seria a hora de mostrá-la para ele. Após alguns segundos, cheguei a conclusão de que ainda não estava pronta para mostrá-lo aquela carta, ainda não.

Suspirei, olhando o mar a frente. Então, me lembrei de algo...

Percy e Quíron estavam muito suspeitos mais cedo, estavam me escondendo algo, mas o quê? Será que alguma surpresa? Ou alguma notícia ruim? Bem, só eles podiam me responder, e de amanhã aquilo não passava.

 


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Notas finais do capítulo

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