Momentos de Percy J. e Annabeth C. [Em Revisão] escrita por Nicolle Bittencourt


Capítulo 70
Capítulo 70: Adeus paz, de volta à missão!


Notas iniciais do capítulo

Oiiiii leitores lindos! Tudo bem com vocês?
Então, Feliz Dia das Crianças atrasado para todos! E realmente desculpem o atraso, mas meu word ficou ruim e demorei dias para descobrir uma solução. Enfim... O capítulo ficou pronto, está mais ou menos, então, ignorem se estiver chato.
Bem, espero que gostem, e tem links de roupa nesse capítulo!
PS:#8 dias para RED! Novo cd da Taylor. (eu precisava colocar isso aqui!) kkk
PS2: Não peguem pesados nos reviews se acharem o capítulo ruim okay? Eu sei que não um dos meus melhores capítulos.
PS3: Eu andei tendo umas ideias bem... "legais" para a fic, e sei que vou ser apedrejada quando as escrever. Vou fazer jus ao apelido de Titia Má!
PS4: Obrigada por todos os reviews! Amo vocês ^^!
PS5: Alguém ai viu Beaty and the beat? O novo videoclipe do Justin e da Nicki Minaj? *----------*
PS6: CHEGA DE PS's! Como vocês me aturam?
kkkkkkkk
Beijos e boa leitura!



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Annabeth’s POV

Eu estava indo procurar Percy, quando a porta da suíte se abriu, e eu vi algo que nunca, jamais, em hipótese alguma, passara por minha mente que aconteceria. E minha reação só pode ser uma: um arfar de surpresa.

Eu permanecia de pé, olhando para a porta, eu abria a boca, tentando formar uma frase, mas sem sucesso, voltava a fechá-la.

Sim, eu fiquei sem palavras, sem reação ao ver um Perseu Jackson surpreso (provavelmente por me ver acordada), trajando uma simples bermuda e carregando uma enorme bandeja de café da manhã.

Agora estava explicado o fato de que ele não estava deitado ao meu lado, e sendo assim, eu suspirei, aliviada, meus pensamentos duvidosos de antes quase se dissipando, quase.

Não sei quanto tempo fiquei abrindo e fechando a boca, porém, acho que foi bastante, pois ele sorriu e ainda riu de minha expressão.

— A dorminhoca acordou! – ele disse ainda sorrindo, definitivamente feliz por me deixar sem palavras, em seguida deixou a bandeja sobre uma mesinha no quarto – Sabe, eu adoro como seus cabelos ficam bagunçados quando você acorda, parece uma cascata loira.

Me olhei no espelho, meus cabelos estavam mais para um emaranhado de lã do que para uma cascata. Passei levemente meus dedos entre os fios, com o intuito de desembaraça-los, enquanto pensava em dar uma resposta a ele, mas eu permanecia sem palavras.

— Eu amo isso! – ele disse caminhando em minha direção e me roubando um beijo, ao qual eu correspondi delicadamente.

Mas em seguida, olhei para ele, sem entender o sentido de sua frase. Afinal, o que ele amava?

Ele entendeu a pergunta em meus olhos.

— Amo te deixar sem palavras, Sabidinha! É algo raro, então, tenho que aproveitar o máximo que posso.

Revirei os olhos, mas passei meus braços ao redor do seu pescoço.

— Pois saiba que é muito constrangedor ficar sem ter o que dizer. – respondi, e ele me beijou novamente.

— Ah, admita, você gosta quando eu te deixo surpresa, quando te deixo feliz, você gosta de tudo que eu faço, afinal, você me ama! – ele disse sorrindo feito bobo, suas mãos em minha cintura.

— Convencido! – disse o empurrando levemente para longe, rindo e olhando para a enorme bandeja de café da manhã – Mas devo admitir, foi surpreendente ver Percy Jackson, o herói de olimpo, me trazendo café na cama.

Ele sorriu, segurando minha mão.

— Não foi bem como eu queria, pois eu deveria te acordar, inclusive, foi para você não acordar que fiz a barricada de travesseiros, mas parece que não deu certo.

Ele soltou minha mão, colocando as suas em minha cintura, me puxando contra ele para em seguida nos jogar na cama.

Deitados, começamos a rir.

— Você é inacreditável! – eu disse sorrindo, olhando seus olhos verde mar, me permitindo ficar perdida neles.

Mas então, eu lembrei das duvidas que me assolavam um pouco antes de ele entrar.

— Percy? - perguntei, me apoiando sobre um dos meus cotovelos, e acabei por tirá-lo de algum pensamento, ou será que ele apenas estava perdido em meus olhos assim como eu estava nos dele?

— Hum? – ele perguntou.

Pude-me sentir corando.

— É... A noite de ontem, foi real, ou não? – perguntei mordendo o lábio inferior, desviando meu olhar do seu.

— Eu poderia dizer que foi quase um sonho, mas pode ter certeza sabidinha, foi real. – ele disse segurando meu rosto e me obrigando a olhá-lo – Por que? O que houve?

Sacudi a cabeça, sorrindo um pouco.

— Nada, é só que... – suspirei - Eu acordei e você não estava perto, e eu fiquei com medo de ter acontecido algo com você, ou de eu ter sonhado, igual a noite no hotel. Fora que eu achei estranho o fato de estar vestindo uma camisola verde, e isso só serviu para me deixar com mais duvidas.

Ele me olhou intensamente, os olhos brilhando.

— Ei, aquela noite não foi sonho, se você se lembra, e nem ontem a noite foi. Mas não fique assim, como se tivesse vergonha de admitir, eu também me perguntei se ontem não fora sonho, mas então, foi apenas te sentir perto de mim ao acordar, e eu soube que não fora sonho. – ele disse me roubando um beijo e depois rindo – E quanto a camisola, fui eu que coloquei em você.

— Como? – perguntei, sem entender.

— Bem... – ele ficou um pouco vermelho.

— Vamos, diga Senhor Jackson. – lancei um olhar semicerrado.

Percy coçou a cabeça, eu estava quase rindo da cara dele.

— Eu queria te fazer uma surpresa com o café da manhã, achei que seria... Algo que você fosse gostar, mas seria estranho te trazer o café e você estar nua não acha?

— É... – disse rindo dele, mas ficando um pouco corada – Eu odeio admitir isso, mas Cabeça de Alga, você sempre me surpreende.

Então sorrindo, lhe roubei um beijo.

— Eu te surpreendo?

— Constantemente, mas não deixe isso lhe subir a cabeça.

Voltei a me deitar a seu lado, olhando como seus cabelos pretos estavam bagunçados e desgrenhados, mas mesmo assim perfeitos.

Eu estava prestes a sugerir que comêssemos o café da manhã, enquanto pensava em como Percy havia ficado mais desenvolto para falar sobre sentimentos, e em como eu estava amando isso, no entanto, meus pensamentos e minha sugestão foram interrompidas por Percy.

— Sabe – ele disse tocando meu rosto- eu fiquei te olhando enquanto dormia... E você é linda mesmo roncando.

Ele caiu na gargalhada, porém, lhe lancei um olhar mortal.

— Eu não ronco. – disse zangada.

— Ronca sim. – ele disse tocando meu nariz.

— Não ronco. – disse lhe dando um tapa.

— Ronca sim. – ele disse me puxando contra ele – Mas eu não me importo.

Percy me beijou, a princípio eu não correspondi, mas então, não consegui resistir e me entreguei ao beijo intenso.

— Ai, pare com isso, seu idiota! E para sua informação eu não ronco. – disse o empurrando e lançando-o um olhar mortal, que significava algo como: “diga o contrário e eu te mato!”. Ele pareceu entender o olhar. – Vamos comer que eu estou com fome.

— Ideia maravilhosa! – ele disse sorrindo enquanto eu me sentava na cama e ele pegava a bandeja.

— Minhas ideias são sempre maravilhosas Cabeça de Alga! Será que você ainda não entendeu isso?– disse sorrindo alegremente enquanto me recostava no encosto da cama.

Ele sorriu de lado, e meu coração disparou no peito.

— Você sempre tem ideias ótimas, Sabidinha, mas fui eu que tive a ideia do café! – ele disse se sentado ao meu lado e colocando a bandeja diante de nós na cama.

— Ponto para você então. – disse olhando a bandeja atentamente.

Meus deuses! Ele havia caprichado!

Tinham torradas, geleias, biscoitos, suco de laranja (meu favorito) e uma rosa branca.

— Di Immortales! – eu disse exasperada – Quanta coisa! Não sabia que tinha um namorado tão atencioso assim.

— Eu tenho os meus momentos. – ele disse sorrindo, e eu amava aquele sorriso.

— Claro que tem, afinal, ninguém pode ter a cabeça cheia de algas o tempo todo não é? – eu ri enquanto pegava uma torrada, passava geleia e comia.

— É!– ele disse, feliz, antes de comer alguns biscoitos.

Ficamos em silêncio por um tempo, comendo, e eu tive que admitir para ele que estava maravilhoso, ele agradeceu, se gabando um pouco, ficamos implicando por um tempo, então, ao terminarmos o café, ele deixou a bandeja em cima da mesinha e voltou a se sentar ao meu lado.

— Eu amei o café Percy, foi maravilhoso! – disse lhe dando um sorriso.

— Eu sei, sou um gênio. – ele disse sorrindo, e eu lhe dei um tapa pelo convencimento - Eu te amo, você sabe não é?

— Claro que sei Cabeça de Alga, eu te amo também! – era tão fácil falar sobre sentimentos agora, mas fácil do que um dia pensei que seria.

Inclinei-me e lhe dei um pequeno beijo, que fez com que uma corrente elétrica percorresse meu corpo.

— Annabeth... – ele começou a dizer, olhando em meus olhos, ele parecia um pouco corado – Ontem a noite, bem, você sabe... Você não acha que fomos precipitados, acha? Muito novos. Quero dizer, você queria, não se arrepende, não é? Por que... Bem, foi a melhor noite da minha vida.

Eu nunca vira Percy tão sem jeito, no entanto, eu quase lhe fizera a mesma pergunta.

— Não, eu não me arrependo de nada Percy. – eu disse convicta – Ontem a noite também foi a melhor noite da minha vida, e nós não fomos precipitados, apenas... Foi a hora certa. Mas... Você se arrepende?

— Está brincando? – ele perguntou sorrindo – Que parte de melhor noite da minha vida você não entendeu Sabidinha?

Sorri, e Percy acabou com a distância entre nós, selando um beijo doce e que só me fez sentir mais certa sobre noite anterior.

— Você não sabe como foi bom ouvir isso. –dissemos juntos, como se houvéssemos ensaiado, entre beijos.

— Você não sabe como foi bom descobrir que não fora apenas um sonho. – eu disse o abraçando.

Ficamos abraçados por um tempo, como se nada mais existisse fora nós, até que me recostei no peito de Percy e decidi falar o que me incomodava.

— Eu estava aqui pensando, por mais que tenha amado a ilha, bem, nós temos que voltar a missão, temos que encontrar Bryan, descobrir quem é nosso inimigo e juntar os pedaços da espada. São tantas coisas...

— Ei! – ele disse, passando seus braços ao meu redor – Assim que a tempestade passar nós damos um jeito de sair daqui e encontrar Bryan, okay?

— Okay. – disse, não tão despreocupada como queria transparecer.

— Nós vamos resolver tudo, nós sempre resolvemos.

Assenti, ele me apertou mais entre seus braços, ficamos em silêncio, ouvindo a tempestade lá fora, até que Percy começou a rir.

— O que houve? – perguntei me afastando e olhando-o – O que é tão engraçado?

Ele parou de rir e me olhou.

— Nada, é só que... Eu estou imaginando como Afrodite deve estar dando pulinhos de alegria, cantando e dizendo algo como: “Finalmente esses dois pararam de enrolar”.

Tive que rir junto dele.

— Ela provavelmente deve estar dançando pelo Olimpo, cantando e... – parei de rir no meio da frase – Você acha que ela... Falou algo para nossos pais?

Percy pareceu pensar por um instante.

— Acho que não, afinal, se ela nos mandou para cá, pois não queria que eles ficassem de olho em nós...

— É, você tem razão. – voltei a me recostar no peito de Percy.

— Mas até agora me pergunto o que tem nas gavetas que Afrodite mencionou na carta... – ele disse encostando o queixo em minha cabeça, sua frase fora inocente, mas me fizera dar conta de algo.

O desespero me inundou.

— As gavetas! – eu gritei, pulando da cama, xingando em grego antigo, latim, inglês, português – Deuses, não, como eu pude esquecer? Como pudemos esquecer? ARGH!

Percy se levantou rapidamente e segurou minha mão, tentando me acalmar.

— Ei, calma Annabeth, o que houve? O que esquecemos? O que tinha nas gavetas...

Lancei-o um olhar mortal.

— O que esquecemos? – apenas com essa frase e meu olhar, ele capitou o que eu quis dizer.

Percy xingou baixinho, eu estava prestes a entrar em desespero, me sentei na cama, meu cérebro parecia que ia explodir. Percy estava ao meu lado, tentando me acalmar, mas eu estava muito nervosa.

Eu era muito nova para ter filhos, realmente muito nova, e fôramos muito irresponsáveis na última noite. Então, uma última esperança me iluminou.

— Afrodite, por Zeus, que você tenha lembrado. – sussurrei enquanto corria para a gaveta do móvel ao lado da cama.

Revirei a gaveta, sentia os olhos de Percy em minhas costas. Como era de se esperar, alguns pacotes de preservativos foram encontrados (e eu quase fiquei feliz de termos os esquecidos, não parecia haver nenhum normal! Entende o que eu quero dizer? Não? Então, tinham luminosos, com sabores, com desenhos, argh! Afrodite não presta!). Procurei a gaveta toda, e quando estava quase sem esperanças, achei o que queria.

Suspirei aliviada.

— Ainda bem que Afrodite é Afrodite! – disse me virando para Percy com uma embalagem em mãos, ele me olhou em duvida quando sentei ao seu lado – Isto é uma pílula do dia seguinte Percy, estamos salvos, mas não muda o fato que nós fomos irresponsáveis.

— E que essa irresponsabilidade jamais ira acontecer de novo. –ele completou meu pensamento.

— Exato! – peguei um copo d’água que estava na bandeja e engoli uma pílula.

Ficamos em silêncio por um tempo, eu estava extremamente zangada, mas era comigo mesma, e Percy também parecia estar assim.

— Annabeth, me desculpe se fui um irresponsável e...

— A culpa foi nossa Percy, nossa, não só sua. – eu disse – Mas vamos deixar isso para lá okay? Está tudo bem agora, nós estamos bem, então... Podemos parar de onde estávamos?

Sim, eu disse isso porque queria as coisas como estavam antes do meu ataque, na hora necessário, mas que agora não tinha mais motivo.

— Você tem certeza que está tudo bem Annabeth? – ele perguntou, olhou dentro dos meus olhos.

— Tenho. – disse me levantando da cama, sorrindo, e pegando-o pela mão – Venha, vamos ver o que tem na outra gaveta, a que fica escondida no closet.

Ele me seguiu ao ver meu sorriso no rosto. E eu tentava me lembrar do que eu achava que poderia ter naquela gaveta escondia, mas eu havia esquecido a teoria sobre ela, talvez por causa do estresse de alguns momentos atrás.

Entrei no closet junto com Percy, nossas mãos entrelaçadas, andamos um pouco dentro do closet, até que achei uma gaveta escondida. Bem, eu pensei que teria algo dentro da gaveta, mas para minha surpresa, ao abrir a gaveta, não havia nada, mas do outro lado do closet, uma porta que eu não havia visto se abriu. Percy e eu trocamos um olhar cauteloso, e isso era porque durante os 4 anos que lutamos juntos, sempre que portas se abriam, não era um bom sinal.

Ainda de mãos dadas adentramos no pequeno recinto.

Bem, se eu achava que portas se abrirem do nada era um mal sinal, isso só fora confirmado quando eu entrei no local com Percy. Pois eu automaticamente senti meu rosto corando extremamente apenas de olhar o que tinha lá.

Por que eu corava? Bem, dentro do closet, tinha um mini closet apenas para lingeries, provavelmente eu não teria ficado tão corada se fossem todas lingeries normais, no entanto, você sabe que Afrodite é Afrodite, e, bem, tinham coisas muito, muito extravagantes, ousadas, e algumas... Fantasias.

— Eu devia saber que era algo assim...

Eu ainda estava corada, mas Percy apenas inclinou a cabeça para o lado.

— Você ficaria maravilhosa numa dessas, naquela azul então...

Dei-lhe um tapa.

— Cala a boca.

— É apenas uma ideia inocente! – ele disse sorrindo maliciosamente.

— Inocente...Sei... – revirei os olhos, dando uma olhada geral no pequeno cômodo – Nossa, quantas fantasias! Sério, Afrodite esperava que eu usasse isso? Ela deve estar ficando maluca, comendo muita flor de lótus, ou, não sei, me confundiu com uma das filhas dela.

— Mas até que tem umas fantasias bem interessantes aqui... Porém, eu continuo preferindo você vestindo lingeries azuis.

Dei-lhe outro tapa.

— Garotos... – revirei os olhos – O senhor está bem assanhadinho Jackson!

— Eu? Não, apenas estou dizendo a verdade.

Revirei os olhos de novo, ignorando-o.

— Cala a boca! – disse puxando-o para fora daquele lugar, saindo do closet e voltando ao quarto, pensando em como Afrodite era doida.

Se bem que... Até havia algumas lingeries bem sexys ali e... Sacudi a cabeça: “Você é Annabeth Chase, filha de Athena e não de Afrodite”. – repeti isso em minha mente algumas vezes enquanto arrastava Percy de volta ao quarto.

Soltei a mão de Percy e o empurrei para baixo, fazendo-o sentar na cama.

— Nem mais uma palavra sobre as lingeries fui clara? – perguntei olhando-o calculadamente. Bem, talvez você não entenda a minha reação, mas é porque não foi você que viu todas aquelas lingeries malucas (sim, tinham umas bem... peculiares) junto com seu namorado. Vá por mim, não é lá uma das melhores coisas para se acontecer após você ter quase pirado pensando que poderia ficar grávida porque não se preveniu na noite anterior. Definitivamente, nada legal!

— Eu ainda acho que você ficaria linda na azul e... – ele foi interrompido por um olhar mortal que o lancei – Claríssima!

Era nisso que dava ter um namorado que ama azul...

— Que bom que entendeu Percy! – disse sorrindo sarcasticamente, lhe dando um beijinho na bochecha (como se ele fosse um bom menino) e em seguida olhei para meu reflexo no espelho – Hum... Eu acho melhor eu ir tomar um banho e trocar de roupa agora, considerando que você já fez isso. Pois depois que eu fizer isso nós vamos poder tentar achar um modo de sair daqui, encontrar o Bryan e voltar a missão.

— Você tem razão. – ele disse se levantando e me dando um selinho – Então, enquanto você toma banho, eu vou lavar a louça.

Arregalei os olhos e fiquei com aboca aberta, fingindo surpresa, o que fez Percy enrugar a testa.

— Meus deuses! Primeiro ele traz café na cama, depois diz que vai lavar a louça. – coloquei a mão em sua testa – Certeza de que está bem? Você é mesmo o Cabeça de Alga?

Ele riu ironicamente enquanto pegava a bandeja do café.

— Você é muito engraçadinha sabidinha! Mas como eu disse, tenho meus momentos, fora que tem uma máquina de lavar louças lá embaixo...

— Tá explicado! – eu disse rindo e o empurrando para fora do quarto, implicando – Agora vai lavar a louça e me deixa tomar meu banho.

— Nossa, quanto amor. – ele disse, fingindo tristeza.

— Sim, sim, eu te amo! Agora tchau.

Bati a porta do quarto, rindo enquanto ouvia Percy dizer algo sobre eu ser bipolar.

Era tão bom implicar com ele!

Me virei em direção ao closet, indo pegar alguma roupa para vestir, mas antes resolvi arrumar o quarto que estava... Bem, uma bagunça!

Rapidamente coloquei as coisas em ordem, para em seguida entrar no closet, selecionando algumas peças de roupa, um toalha, e sim, confesso, não consegui resistir e entrei no mini closet para pegar algumas peças íntimas. O que? Uma garota precisa aproveitar algumas chances okay?

Sim, fora constrangedor ter entrado ali com Percy, mas sozinha, nem tanto, tirando a parte extremamente de lingeries extremamente eróticas que mesmo estando sozinha me faziam corar, o resto era bem aceitável.

Assim que terminei de pegar as coisas, entrei no banheiro, tomando uma demorada chuveirada de água quente, me permitindo pensar sobre tudo o que acontecera.

É, estar sob a água era realmente relaxante e ajudava a esclarecer as coisas, e não, eu não sou filha de Poseidon!

Mas voltando...

Fiquei ali pensando em como a noite anterior fora incrível, mas que está manhã fora surpreendente, pois eu acordara pensando ter sonhado, pensando estar sozinha, dominada por um desespero infantil até então desconhecido, mas acabou que nada fora sonho, Percy não havia me deixado só, e o desespero fora uma idiotice.

Quer dizer, esse desespero foi, mas o de quando lembrei que não havíamos nos protegido... Esse foi resultado de uma estupidez, mas mesmo assim, no fim das contas, tudo fora resolvido, bem, havia uma pequena probabilidade de a pílula não funcionar, mas considerando o fato de que eu nunca tinha tomado antes, a probabilidade era mínima. De qualquer forma, não mudava o fato de que fora uma irresponsabilidade sem tamanho a minha e do Percy, algo que nunca mais aconteceria.

Claro, eu ficara desesperada com aquela situação, assim como Percy, mas devo admitir, o closet de lingeries fora algo muito constrangedor! Para ambos, embora Percy ainda tenha brincado (okay, ele não brincou, ele realmente queria que eu usasse uma lingerie daquelas), ele também ficara vermelho. Mas, como eu disse, foram essas situações que tornaram a manhã surpreendente, aquela casa e aquela ilha eram surpreendentes. E só de pensar que em breve iríamos deixar a ilha, eu já ficava um pouco desapontada, afinal, aquela ilha era um sonho!

Com esses pensamentos sai do banho, trocando de roupa e arrumando tudo. Para então, descer as escadas da casa rapidamente, indo até a cozinha, encontrar Percy, que estava pensativo, sentado em uma das cadeiras que ficava ao redor da pequena mesa.

— O tempo melhorou! Parou de chover! – disse olhando a janela, vendo o sol brilhar, para então analisar Percy sentado em sua cadeira – Você trocou de roupa! – disse enquanto andava em sua direção e me sentava ao seu lado – E está usando óculos escuros!

— Claro, tenho que andar com estilo para tentar chegar perto da beleza da minha garota. –ele disse abaixando os óculos e me olhando atentamente – Que a propósito está muito linda nessa roupa.

Ri.

— Que bom que me acha tão linda assim. – disse roubando seus óculos e colocando em meu rosto – Mas eu acho que fica melhor em mim. Fora eu seus olhos verdes são muito bonitos para ficarem escondidos.

Ele sorriu, mas eu ainda o sentia muito pensativo.

— Ei, o que houve? – perguntei segurando sua mão sobre a mesa.

Ele me olhou intensamente com seus olhos verdes, eu fizera bem em lhe tirar os óculos, seus olhos eram muito bonitos para ficarem escondidos.

— Vem comigo. – ele disse se levantando e me puxando pela mão, fazendo me correr pela casa.

— Onde vamos? – perguntei enquanto era arrastada para fora da casa.

— A um lugar que eu descobri. – ele respondeu enquanto corríamos, o sol brilhando fortemente sobre nossas cabeças – Depois que eu lavei a louça, antes de trocar de roupa, eu fui dar uma volta na beira da praia, e achei algo muito interessante.

Corremos um pouco mais, parando um pouco a direita da casa, numa espécie de píer. Havia uma lona azul cobrindo algo, assim que Percy puxou a lona, soltei um UAU bem baixinho.

— Eu estou vendo certo? Isso é um iate? – perguntei olhando o veículo marinho luxuoso.

— Sim, parece que Afrodite queria mesmo se redimir conosco, até achou um meio de transporte para nós. Que além do mais parece ser incrível!

Semicerrei os olhos, olhando um pequeno bilhete preso a corda do iate.

“ Meus queridos, esse iate é de vocês, é o único jeito de sair da ilha, então, espero que o aceitem!”.

Passei o bilhete a Percy, que tinha os olhos brilhando por causa do sol, e os cabelos bagunçados por conta do vento.

Sacudi a cabeça, era tão fácil me distrair com ele ali.

Bem, claramente teríamos que pegar o iate se quiséssemos sair dali

— Eu vou amar pilotar isso! – ele disse sorrindo imensamente.

— Eu sei que vai.

Antes que eu pudesse dizer mais algumas coisa, Ouvimos gritos, alguém chamando por nós.

— Parece a voz do Bryan! – eu disse encarando Percy, nos entreolhamos e saímos correndo pela areia da praia, em direção a voz.

— Annabeth, Percy, tem alguém aqui? – ele gritou novamente, e dessa vez o avistamos.

Ele estava na areia em frente a casa, uma canoa quase caindo ao pedaços se encontrava no mar, próximo dele.

— Estamos aqui! – eu gritei, fazendo com que ele nos visse, parecendo aliviado com isso.

— Graças aos deuses! – ele disse ao mesmo tempo que Percy e eu.

Eu o abracei, e Percy trocou um tipo de toque estranho com ele.

— Eu pensei que vocês estavam feridos! – ele disse nos olhando, seus cabelos loiros bagunçados.

— Nós pensamos o mesmo de você. – disse Percy – Com a diferença que sabíamos que você estava sendo bem cuidado.

— Como? – Bryan perguntou.

— Longa história! – eu disse – E precisamos sair daqui logo, precisamos voltar a missão.

— É, e eu tenho coisas bem importantes sobre a missão para falar. – disse Bryan, fazendo com que Percy e eu o encarássemos – Mas eu conto depois que sairmos daqui.

Assentimos.

— A propósito, suas mochilas. – ele jogou as mochilas para cada um de nós.

— Obrigado. – disse Percy – É melhor pegarmos mantimentos na casa antes de irmos.

— Vamos então! – disse enquanto corríamos em direção a casa.

Durante o pequeno percurso demos uma explicação resumida para Bryan, de que aquela era a ilha de Afrodite e de que ela havia nos mandado ali por alguma estranha razão (ele não precisava saber de tudo), contamos também sobre o iate, ele não pareceu gostar da parte de estar no mar, mas concordou que um iate era melhor que uma canoa furada.

— Enquanto vocês pegam a comida, eu vou lá em cima pegar alguma roupas extras para todos nós okay?

Eles assentiram, começando a abrir a geladeira, e antes de subir as escadas, com minha mochila em mãos, pude ouvir Bryan elogiando a casa.

Chegando a suíte, entrei no closet, pegando algumas poucas roupas para mim, e, bem... Uma lingerie azul, afinal nunca se sabe, e eu não pude resistir a tentação de levar uma delas comigo, sim, eu estava parecendo uma filha de Afrodite, mas que se dane!

Encontrei outra mochila e coloquei algumas peças de roupas para os garotos, esperando que algumas peças dessem em Bryan. Em seguida peguei as minhas próprias roupas e de Percy que estavam na suíte, assim como também peguei minha adaga e a guardei.

Olhei a suíte uma última vez, tudo em ordem. Eu ia descer os degraus, mas antes eu tive que subi-los, para me despedir da linda biblioteca que eu nem havia conseguido admirar direito. O objetivo era só olhá-la uma última vez, no entanto, um livro de arquitetura neoclássica chamou minha atenção em uma das estantes, e me lembrei de que esse era um clássico italiano muito antigo, e sendo assim, eu tive que folheá-lo. Para minha surpresa, quando eu abri a primeira página, havia um bilhete.

“ Eu sei que você verá esse livro antes de deixar a ilha. Esse é um pequeno presente para a jovem arquiteta, era de sua mãe, uma vez ela me entregou, tentando me convencer a gostar de arquitetura. Bem, eu não acho que algo tão raro deva ficar comigo, mas sim com você Annabeth, então... Ele é seu!” Assinado: Afrodite.

Sorrindo, guardei o livro na mochila, Afrodite não tinha jeito!

Em seguida desci as escadas apressadamente, indo encontrar os garotos, que terminavam de pegar os mantimentos.

— Pronto, vamos! – disse Percy, e logo eles deixaram a casa, mas não antes de Percy e ela trocarem um olhar significativo, eles nunca esqueceriam aquele lugar, e nunca esqueceriam de agradecer Afrodite.

Em pouco tempo estávamos no iate, guardando os mantimentos e dando partida, a principio, o barulho do motor foi o único entre nós, ninguém parecia disposto a falar ou vasculhar o local, pois cada um de nós estava perdido em pensamentos.

A ilha foi ficando para trás, e Percy e eu voltamos a trocar olhares, pois sabíamos que aquele fora nosso momento de paz, e que agora, tudo se resumiria a missão, a paz seria algo raro nos próximos tempos.

— Consegui no localizar. – disse Percy depois de a ilha sumir de nosso campo de visão – Parece que já saímos do local de influência da ilha de Afrodite, e sendo assim, estamos alguns metros da costa entre Alabama e Flórida.

— Mas para onde vamos? – eu perguntei – Não temos nenhuma outra pista da espada!

— Eu sei para onde devemos ir. – disse Bryan um pouco sombrio – O terceiro pedaço da espada está em Miami, no Vizcaya Museum and Gardens.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Não?
Bem, eu só sei que quero reviews e recomendações, porque eu mereço ser um pouco feliz e ter mais inspiração, e como as palavras de vocês me incentivam, eu quero que vocês continuem mandando reviews e recomendações! HUMPF!
Sim, eu tô precisando de muuuita inspiração, ou melhor, decisão, porque eu estou indecisa sobre algumas partes da fic, eu tenho dois caminhos a seguir com ela, e não sei qual escolho, embora tenha um lado que eu esteja preferindo...
Enfim... Tô indo semideuses!
Beijos! Obrigada por lerem! E feliz dia das crianças!
(I wish never grow up! Never!)