Momentos de Percy J. e Annabeth C. [Em Revisão] escrita por Nicolle Bittencourt


Capítulo 49
Capítulo 49: Hermes é acusado de roubo


Notas iniciais do capítulo

Leitores lindos e maravilhosos, tudo bem com vocês? Espero que sim!



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Annabeth’s POV

Minha mãe nos olhou como se já soubesse quem era o suposto casal que havia se beijado no elevador e, eu ousaria dizer, ela estava bem furiosa com isso.

Antes de eu prosseguir, talvez eu tenha que explicar uma coisa. Você deve ter achado estranho o fato de eu ter meio que cantado e dançado no elevador (se é que se mexer minimamente pode ser chamado dançar), embora eu goste da música da Katy Perry e deva admitir que cantei baixinho, eu não havia me dado conta de que meu corpo havia começado a se mexer sozinho, como se tivesse vida própria e não seguisse mais o comando de meu cérebro. Na verdade, eu estava tentando entender o que aconteceu naquele elevador, não só a dança como também o “amasso” que Percy e eu demos nele.

Eu não conseguia entender o que havia acontecido ali, quer dizer, sim o beijo fora ótimo, embora tenha passado um pouco dos limites, realmente ótimo, porém, aquilo ocorrera no ELEVADOR do OLIMPO! Eu, Annabeth Chase, filha de Atena deixara algo assim ocorrer, e nesse momento, não me sentia lá muito sábia. Além do que, eu deveria saber que minha mãe logo descobriria sobre esse episódio, afinal, ali era a casa dela e ela era uma deusa,  nada lhe passava despercebido.

Ártemis e Athena nos olharam, ambas nos avaliando, ambas em seu tamanho humano.

— É melhor eu me sentar. – disse Apolo assumindo sua forma de três metros assim que viu que Ártemis se aproximava, e depois foi para seu trono.

Ficamos os três ali enquanto Ártemis se aproximava de nós em sua forma humana adulta. Era um pouco estranho vê-la como uma jovem adulta de 21 anos quando eu estava tão acostumada com sua versão infantil, o choque só não era maior porque sua aparência era a da mesma garotinha ruiva que eu sempre vi, só que essa era a versão da mesma já na época da faculdade.

— Olá, Annabeth! – Ártemis sorriu e me cumprimentou enquanto passava por mim, para logo depois ficar séria ao olhar os garotos – Percy, Bryan!

Todos fizemos um sinal com a cabeça, em uma reverência, e logo depois Ártemis se sentou em seu trono.

— Por que Ártemis nos olhou assim? – perguntou Bryan ao Percy, fazendo um movimento em direção à deusa.

— Cara, ela é Ártemis, deusa da caçada, das donzelas e, entre outros, irmã gêmea de Apolo, não precisaria de outros motivos fora esse, no entanto... Ela detesta homens em geral, o que significa que ela costuma olhar dessa forma para todos os homens. Vai me dizer que não notou isso quando ela nos levou até o Acampamento em sua carruagem outro dia? – respondeu Percy olhando pelo canto de olho para Atena, que agora se movia em nossa direção.

— Na verdade, eu não tinha notado isso naquele dia, afinal, quase havíamos morrido. Foi meio que emoção demais pra um dia só. - Bryan sussurrava. 

Intrometi-me.

— Não se preocupe, como disse Percy, ela faz isso com todos porque não tem muito apreço e nem muita confiança em homens. É uma longa história.

Ele assentiu e considerei que ele deveria saber sobre a história da deus, ao menos o básico. Mesmo assim, eu tinha quase certeza de que Bryan queria perguntar alguma coisa, talvez ele tivesse o feito, se minha mãe não tivesse se colocado diante de nós naquele exato minuto. 

— Venham comigo, por favor! – disse Atena nos guiando para o canto mais distante da sala.

Ela estava usando um vestido branco, os cachos escuros estavam soltos e pareciam formar uma espécie de moldura em torno de rosto branco. Ao parar no lugar desejado, ela se virou para nós com seus olhos cinzas avaliativos que não perdiam um detalhe de nossas expressões.

— Creio que já descobriram algo sobre a minha espada, considerando que estão aqui no Olimpo. 

Eu não conseguia desviar o olhar da minha mãe, ela era a deusa que eu tanto admirava e que naquele momento precisava de mim, não que aquela fosse a primeira vez, mas eu sempre queria mostrá-la do que eu era capaz, mostrar que poderia fazer grandes feitos, desde missões até reconstruir o Olimpo. Eu queria que ela tivesse orgulho de mim. 

— Sim, nós descobrimos. Parece que Hades cumpriu sua obrigação e mandou a espada ser jogada no Estige, porém, parece que, por algum motivo, a espada quando jogada no rio não se extinguiu, apenas se dividiu em partes, e o mais provável é que sejam 4 partes. – disse num fôlego só.

— Se é que Megaira realmente a jogou no Estige. – murmurou o Cabeça de Alga, o que fez com que Bryan e eu olhássemos para ele pelo canto dos olhos.

Atena nos analisou de forma pensativa.

— Jackson, o que te faz acreditar que a Fúria não seguiu as ordens de Hades? –perguntou minha mãe aparentemente interessada na provável resposta de Percy.

— Eu não tenho muita certeza. – disse ele coçando a cabeça – Mas as Benevolentes me pareceram um pouco evasivas e receosas quando Hades pediu para falar com elas, dando algumas desculpas, acho que ele também reparou isso, só não teve tempo de pensar muito, graças a um incidente em seu reino.

— A fuga de Ixíon. – disse Atena, sua expressão um pouco cabisbaixa – Sim, Hermes informou a todos nós sobre isso assim que descobriu sobre o ocorrido. É por isso que estamos tendo esta reunião, isso é algo importante, essa fuga é um assunto sério.

— Quão sério? – perguntou Bryan, que há alguns segundos atrás estava com os olhos brilhando por ter conhecido Atena.

Eu devo admitir, eu também estava um pouco preocupada com a tal fuga de Ixíon, um dos maiores inimigos dos deuses, e que deveria estar aprisionado nos Campos de Punição.

— Ninguém, jamais, deve fugir do submundo, muito menos alguém que estava nos Campos de Punição. Isso é serio, Tânatos, que é quem vigia as portas de saída do Mundo Inferior, deverá nos explicar muito bem o que houve, é por isso que estamos aqui.

— Tânatos vai vir aqui no Olimpo? – perguntou Percy.

Atena e eu reviramos os olhos, a diferença, é que eu sorri com o comentário do Cabeça de Alga.

— Claro que não, Jackson! – minha mãe expirou audivelmente – Se ele deixar seu cargo mais almas irão fugir do Mundo Inferior, estamos aqui justamente para decidir o que iremos fazer, se iremos mandar alguém do Olimpo para falar com ele e lhe dar uma punição ou se deixamos isso nas mãos de Hades.

— Vocês realmente acham que Tânatos o deixou sair? – perguntei – Porque isso me parece pouco provável, afinal ele faz o mesmo há muitos milênios e nunca ocorreu nada parecido.

— Nunca talvez seja um termo exagerado. – disse Atena – E eu concordo com seu ponto de vista, Annabeth, também não me parece que Tânatos deixaria Ixíon fugir de propósito, no entanto, eu não decido sozinha, por isso está reunião, que a propósito irá começar daqui a pouco.

Nós três nos entreolhamos.

— E nossa missão? – perguntou Bryan – Não temos que ir atrás da espada?

— Sim, filho de Zeus – respondeu ela – Vocês têm que ir atrás da espada, têm de encontra-la e trazê-la até mim para que eu mesma dê um fim nela, precisam trazer ela antes que... Que outros descubram o que ela pode fazer.

Afinal, o que será que essa espada podia fazer? Me parecia que ela estava destinada a fazer algo que não era bom para os deuses.

— Mas... Por onde começamos? – perguntou Percy – Não temos nenhuma pista sobre seu paradeiro.

— A pista já está com vocês. – disse Atena – Basta apenas olhar atenciosamente e descobrirão sobre o que eu estou falando. Bem, agora eu preciso me sentar e vocês precisam ir em sua missão. Antes... – disse ela se aproximando mais de nós – Annabeth, Percy, vocês são verdadeiros heróis e já provaram isso várias vezes. Bryan, sei que também será um grande herói, talvez, mais até do que sua mãe. – Atena sorriu um pouco.

Com essas palavras, nós três sorrimos, embora Bryan tenha ficado um pouco vermelho.

— Ah! Por um acaso sabem quem são os jovens que desrespeitaram o lar dos deuses? Se souberem, digam a eles para tomarem cuidado a partir de agora e nunca mais fazerem isso, alguns aqui gostam de transformar os desrespeitosos em monstros. Talvez diga por mim mesma, já que transformei Medusa naquele monstro depois de vê-la se agarrando com Poseidon em meu templo. Que isso sirva de aviso.

Percy e eu nos olhamos e engolimos em seco. Claro que Atena falaria algo assim.

— Lembrem-se da profecia. – disse minha mãe antes de se dirigir ao seu trono.

— Como era mesmo a profecia? – perguntou Bryan, ao que Percy e eu dizemos juntos:

“Três semideuses em uma busca irão,

Atrás de algo sem salvação;

Um inimigo irá escapar

Com a ajuda daquilo que quer se levantar;

Antigas profecias serão reveladas,

E no final, uma decisão mortal a ser tomada”

— Vocês falaram exatamente ao mesmo tempo. Isso é assustador. – disse Bryan assombrado.

— Apenas prática. Você pega o jeito com o tempo. – disse Percy.

— Muita prática, considerando a quantidade de profecias que já ouvimos.

Após isso os deuses presentes na sala ficaram em silêncio, e eu já estava prestes a dizer para sairmos quando Percy se adiantou:

— Vamos, temos que descobrir qual a nossa pista.

Nos dirigimos para a saída da enorme sala de reuniões enquanto Hefesto e Deméter apareciam subitamente em seus tronos.

— É, vamos, acho que ainda não é a hora que conhecerei Zeus. – disse Bryan olhando para trás.

— Não fica assim! - eu disse – Você ainda irá falar com ele. Tenho certeza disso!

Ele sorriu, já estávamos saindo quando as portas se abriram e dois outros deuses entraram na sala em suas formas humanas e quase se chocaram contra nós. Não fosse eu ter puxado Bryan e Percy para o lado antes disso.

Na verdade, o que havia passado por nós fora um deus e uma deusa. Ele vestido com roupas formais, como de um executivo; ela usando um vestido preto.

— Estou dizendo, Hermes, sei que foi você. Quem mais aqui seria capaz de roubar?

— Já disse, Hécate, não lhe roubei nada! Acabei de chegar se não está vendo, não tem como eu ter roubado nada, e eu nem sei do que você está me acusando de roubar.

— É melhor irmos! – disse Percy sussurrando, e eu achei que era realmente o melhor, porque Hermes parecia prestes a começar a discutir com Hécate.

— Podemos ficar mais um pouco? – disse Bryan – Eu nunca havia estado aqui e tudo me parece tão impressionante, até mesmo ver esses dois brigando, embora eu não saiba quem são.Fora que eu gostaria de esperar mais por meu pai.

— Eles são Hermes e Hécate. Ele é o deus dos mensageiros e dos ladrões; ela deusa da magia, então, é melhor irmos embora! – respondi sussurrando.

 Só mais um pouco! Vai dizer que não está curiosa? Aliás parece que todos aqui querem saber sobre o que eles estão brigando. – ele dizia isso, mas eu sabia que o verdadeiro motivo era porque ele desejava que Zeus aparecesse.

Percy e eu nos entreolhamos. O Cabeça de Alga havia captado o mesmo que eu e assentiu minimamente.

— Tudo bem, Mas tem certeza que ele não é filho de Afrodite? – perguntou-me Percy e eu ri.

— Só vamos esperar mais um pouco.

E ficamos ali, atrás de uma das pilastras, prestando atenção na discussão. A verdade é que eu fiquei ali por conta de achar que eles talvez revelassem algo sobre a espada ou mesmo sobre a fuga de Ixíon.

— Acabou de chegar, mas é um deus e poderia muito bem sumir e reaparecer, seria sua cara fazer isso, já que adora pregar peças nos outros. – a voz de Hécate possuía um tom de irritação.

— Posso saber o porquê de estarem brigando? – perguntou Atena, em seus tamanho de deusa, sentada em seu trono.

— Pergunta para essa maluca! – disse Hermes se sentando em seu trono enquanto Hécate ficava a sua frente batendo o pé.

— Alguém roubou uma das minhas caixas de som e eu penso que esse alguém seja Hermes.

Bryan, Percy e eu nos entreolhamos. Aquilo estava muito estranho. Hécate discutindo por causa de uma caixa de som? Deuses brigando por causa de caixas de som, isso era algo que eu nunca pensei que veria.

— Estão brigando por uma caixa de som? – perguntou Ártemis – Francamente, estale os dedos e faça aparecer outra Hécate ou peça para Hefesto fazer uma nova.

Hefesto olhou em dúvida para Ártemis, mas nada disse.

— Eu não estou brigando, ela que começou a me acusar. Eu nem ao menos sabia que era por conta de uma desprezível caixa de som.

— Desprezível? Ela não é nada desprezível, ela é mágica, rara e minha! Eu não posso simplesmente estalar os dedos e fazer uma nova, isso requer toda uma magia, fora que requer ingredientes, mas o que me preocupa é o que houve com a minha caixa, ela pode fazer as coisas ficarem confusas. Por isso, me devolva, Hermes, não estou brincando.

— Eu. Não. Estou. Com. A. Sua. Caixa. De. Som! – disse ele pausadamente — Entendeu?

Hécate bufou.

— Poderia, por favor, me explicar melhor o que essa caixa de som faz? Além de tocar música, obviamente, porque ela me parece importante demais para você. – perguntou minha mãe enquanto brincava com a bainha do vestido branco.

— Atena, ela é uma caixa enfeitiçada que serve para deixar as pessoas mais alegres.- respondeu Hécate à minha mãe.

— Então não vejo problema nela! – disse Deméter que estava prestando atenção na história.

— O problema é justamente as pessoas ficarem alegres e se deixarem levar por qualquer impulso sem se importar muito com o resto. O feitiço, inclusive, faz com que apenas as mulheres sejam suscetíveis a isso, o que pode ser muito perigoso para mortais e semideuses.

Uma ideia me passou pela cabeça. Será que a caixa de som que ficava no elevador...

— Apenas as mulheres? – perguntou Hermes.

— Sim, por isso que a magia é rara, foi feita apenas para o sexo feminino, homens não são afetados pela música, talvez sejam afetados pelas mulheres que a dançam.

Minha ideia estava quase se confirmando, e se aquela caixa tivesse sido colocada no elevador? Isso explicava o que havia acontecido comigo, mas ainda não explicava quem a havia colocado lá e nem para que Hécate havia a criado.

— E para que você criou algo assim? – perguntou Hefesto antes que Atena conseguisse fazê-lo.

— Porque sua esposa me pediu, Afrodite disse que a queria e me ofereceu um bom preço para fazê-la. Ela disse algo como: “Quero deixar Ares louco quando me vir dançando!”. É, foi isso que ela disse.

Todos os deuses reviraram os olhos, menos Hefesto e Apolo, este último estava quieto demais.

— Típico de Afrodite! – disse Hefesto.

Bryan prestava atenção em cada detalhe. Percy, que estava ao meu lado sussurrou em meu ouvido:

— Você acha...?

— Que a caixa estava no elevador? – completei – Sim! E também acho que sei quem é o culpado disso: Apolo.

— Por que acha que foi ele? – perguntou-me Percy.

— Ele está muito quieto, não fez piadinha nenhuma até agora e nem se gabou, é um bom indício de culpa.

Voltamos a ficar calados e prestando atenção no que ocorria ali.

— Mas então, Hermes, não foi mesmo você?- perguntou Hefesto.

— Não! – disse Hermes já cansado das acusações — Só porque eu sou o deus dos ladrões não quer dizer que eu seja responsável por todos os roubos que ocorrem. 

— Se não foi você, quem foi, então? – Hécate parecia não ter ideia de quem poderia ter feito aquilo fora Hermes.

— Talvez um deus da música que está muito quieto. – disse Atena.

Todos se viraram para Apolo.

— Ok, ok! Fui eu! – disse ele se levantando do trono e levantando as mãos – Mas, em minha defesa, eu não sabia que era sua caixa, nem que era mágica.

— Como que não sabia? – perguntou Hécate, já gritando com Apolo – Mexe nas minhas coisas e não sabe que é minha?

— Eu não mexi nas suas coisas, na verdade, a caixa de som estava embalada numa caixa de papelão, junto com outras coisas e eu pensei que iria ser jogada fora, mas ela estava em perfeito funcionamento e tinha um som ótimo! Por isso resolvi coloca-la no elevador do Olimpo. Em nenhum momento eu sabia que era sua Hécate.

— Sério? – perguntou Hécate – Você espera que eu acredite nisso?

— É a verdade! – disse Apolo – Mas se não quer acreditar, não posso fazer nada. De qualquer jeito, me desculpe por isso, deveria ter perguntado se eu podia pegar, mesmo se fosse para jogar fora. Vamos fazer assim, você me desculpa e eu tiro ela do elevador. Feito?

— Feito. – disse Hécate de mau humor – Só não entendi como ela foi parar numa caixa de papelão.

— Hécate, será que uma das suas parcas da limpeza, ou alguma das ninfas não a tirou de onde você colocou pensando que era outra coisa? – sugeriu Atena.

— Talvez... – nessa hora passou pelas portas Ares e... Hades? – Bem, é melhor eu ir, vocês têm uma reunião. E Apolo, não se esqueça do que prometeu!

Hécate saiu do caminho dos deuses e passou pelas portas.

— Valeu, Ateninha! – disse Apolo de seu trono – Sem você, eu estaria encrencado.

— Não me chame de Ateninha! E da próxima vez, não pegue coisas do quarto de Hécate!

— Eu não peguei nada, Ateninha! Disse a verdade!

— Sei! – minha mãe parecia mais aliviada, provavelmente já havia feito à mesma associação que eu: que o que aconteceu no elevador se deveu a uma magia de Hécate. — E se me chamar de Atheninha mais uma vez, vou agora mesmo falar para Hécate que você entrou no quarto dela e pegou a caixa de som, e digo isso porque conheço a ninfa que cuida do quarto de Hécate, ela nunca mexeria em nada que não devesse.

— Você é esperta, Ateni... – a deusa da sabedoria desafiou Apolo com o olhar – Atena!

— Melhor assim! – disse Atena cruzando as pernas.

A porta se abriu novamente, dessa vez quem entrou foi Poseidon. Ele, diferente dos outros, viu nós três escondidos, piscou e fez um sinal para que saíssemos em seguida.

— Oi! – disse Poseidon – Nossa, ainda estão faltando muitos deuses, acho que cheguei cedo demais.

— Ao menos uma vez em 100 anos você tem que chegar na hora, não é mesmo, Poseidon? – disse Atena provocando-o.

— Tem razão, Ateninha, eu tenho que começar a ser mais pontual. – quando Poseidon disse “Ateninha”, minha mãe olhou-o com raiva e isso foi justamente quando ele passava em frente ao trono dela.

— Não me chame de...

— Ateninha? – completou Poseidon se aproximando do trono dela, os outros deuses riram, até mesmo Hades

Ele, que estava cara a cara com Atena, pareceu analisá-la dos pés à cabeça. Ela o olhou com raiva, pronta para começar a responde-lo.

Suspirei, a velha briga de sempre.

— Agora seria uma ótima hora para irmos embora. –disse Percy me puxando – Temos de aproveitar que ainda estão discutindo.

Assenti e, puxando Bryan, saímos daquela sala sem nem sermos notados.


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