Momentos de Percy J. e Annabeth C. [Em Revisão] escrita por Nicolle Bittencourt


Capítulo 12
Capítulo 12: Uma onda inunda a praia


Notas iniciais do capítulo

Oii!Tudo bem com vocês?
Agradeço de montão a Naile por me ter enviado como sugestão a música "I Can Wait Forever" do Simple Plan e também a tradução. Ouvi a música, que agora não quer sair da minha cabeça, achei o máximo. Tudo a ver com a cena que eu quero.
(Nota de revisão [14/05/17] acabei fazendo uma alteração na história e mudei a música, mas pra frente vocês verão, mesmo assim, obrigada, Naile).
Beijos e agradeço a todos que deixaram suas opiniões, adorei-as.



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Annabeth’s POV

O táxi das Irmãs Cinzentas ia mais rápido que um carro de Fórmula 1, por isso já estávamos em Montauk, mas ainda sim o Javali parecia ter energia para correr mais alguns milhares de quilômetros. Só rezava para que nosso plano desse certo.

Percy tinha sua mão direita segurando a minha e a esquerda segurando Contracorrente, que voltara a sua forma de caneta; Bryan mexia e remexia seu anel, também preparado para o que houvesse; e eu mantinha uma de minhas mãos na minha faca de bronze.

— Jovem semideuses, gostaríamos de lembrar que não participamos diretamente de lutas, sendo assim, onde querem descer? – perguntou Tempestade.

— Poderiam parar na areia da praia? – perguntou Percy.

Percy queria atrair o Javali para areia, mas eu duvidava que aquelas irmãs fossem parar o táxi na areia. A não ser que...

— Ah, jovem semideus isso será impossível. Sabia que é um horror conseguir parar na areia?- disse Vespa

— Além do que aqueles grãozinhos grudam e não soltam mais do táxi. - disse Ira – Já tentou catar cada grão de areia que gruda num táxi-nuvem?

Os olhos de Percy se estreitaram, como quando tenta se lembrar de algo.

— Não. – disse acudindo a cabeça.

— Mas nós podemos dar mais alguns dracmas a vocês. – disse tentando uma negociação.

Ira, Tempestade e Vespa se entreolharam.

— Não!- disse Tempestade – É bom ter dracmas, mas não compensa o trabalho que teremos.

— Porém, nós podemos parar na calçada. – disse Ira.

— Isso serve! – disse Bryan, que parecia uma vela de tão branco.

Ira deu uma guinada e parou o carro bruscamente.

— Pronto! Podem descer!

Tirei os 10 dracmas de pagamento.

— Obrigada, Irmãs Cinzentas!- dissemos Percy e eu.

— De nada!- elas responderam. Percy e Bryan já se afastavam do carro.

— Annabeth!- disse Ira – Tenho certeza de que conseguirá descobrir!

— O quê? Descobrir o quê? - franzi as sobrancelhas sem entender nada.

Vespa bateu em Ira.

— Não é para falarmos nada!- virou-se para mim – Acho melhor ir querida, o Javali de Erimanto está vindo com tudo!

Ira acelerou, e pude ver que elas brigavam novamente pelo olhou e pelo dente.

— Venha, Annabeth! – disse Bryan me chamando.

Percy parecia estar morrendo de ciúmes de Bryan, não sabia por quê. Mas vai entender os garotos, né?

Ficamos lado a lado na areia. Eu no meio dos dois meninos.

— Certeza que não precisa de ajuda, Annabeth? - Percy parecia preocupado com meu pé enfaixado. 

Revirei os olhos.

— Cabeça de Alga, eu saltei de um carro em movimento e você realmente acha que preciso de ajuda pra algo? Por favor.

Ele me olhou de cima a baixo antes de dar de ombros e prosseguir.

— Ok! Então vamos nos separar Annie, consiga chamar a atenção do bicho, para que ele venha para a areia; Bryan, tente distraí-lo com alguns golpes.

— E o que você vai fazer Jackson?- perguntou Bryan.

— Vou para a água. Tentar conter a maré.

Agora entendia, Percy iria segurar a maré para que conseguisse fazer a maior onda possível 

— Como você vai conter a maré? – perguntou Bryan – Tipo, isso é loucura. Não é como se desse pra fazer algo assim. 

Percy parecia quer matá-lo por ter insinuado que ele era maluco.

— Bem, o caso é que EU posso fazer isso. Sou filho de Poseidon. - disse

Seus olhos se arregalaram.

— Tipo o Deus dos Mares? E dos Terremotos? O que Atena odeia?

— É!- respondeu Percy.

Bryan assentiu.

O Javali estava vindo na minha direção como se ele fosse um touro e eu estivesse segurando um pano vermelho. Só faltava arrastar os seus cascos contra o asfalto. 

Eu já estava na areia quando ele veio para cima de mim. Usei algumas pedras como apoio e pulei por cima da cabeça do monstro (o que foi meio difícil com a tala no pé, mas não impossível), começando a esfaqueá-lo.

O javali se sacudindo, numa tentativa falha de se livrar de mim, o javali foi em direção a Bryan, mas estava vagaroso, a areia fofa o atrapalhava, de modo que Bryan pode dar a volta nele sem muita dificuldade e começar a acertá-lo com a espada.

E o garoto tinha razão, era um ótimo espadachim.

— Cuidado!- gritou Percy. 

Podia ver Percy segurando a maré, ele não ia aguentar mais que alguns segundos fazendo aquilo. Pulei de cima da fera quase na mesma hora que uma onda enorme surgiu e molhou todos nós, menos Percy que continuava seco.

— Percy!- gritei sentindo um enorme peso sobre mim – O Javali!

O bicho estava assustado e surpreendido, e seria facilmente derrotado. O problema é que de alguma forma a onda carregou-o para perto de mim, sendo que minhas pernas ficaram sob a fera.

— Annabeth! – disse Percy, sua voz parecia meio distante

— Como vamos tirar esse bicho de cima dela? – era Bryan?

— Não sei, só sei que tem que ser rápido.

Percy falava cada vez mais distante, ou será que estava apagando? Não,  eu não podia! Eu queria acabar com aquela fera.

Peguei minha faca e consegui enfia-la sob a barriga do animal, cortando que nem um cirurgião faria. Quase que instantaneamente o Javali evaporou numa nuvem de poeira, deixando para trás somente um de seus dentes.

— UAU!-disse Bryan- Você acabou com ele, Annie!

— Quem diria que o ponto fraco dele era a barriga? - me permiti ficar deitada por um segundo enquanto afastava da minha testa alguns fios de cabelo molhado. 

— Tudo bem, Annabeth?- Percy segurou minha mão e me ajudava a ficar de pé.

— Claro! Ainda mais agora que tirei 3 toneladas de cima de mim. Mesmo que minha perna doa um pouco. 

— Um pouco?- perguntaram os dois.

— É, o néctar e a ambrosia ainda estão no meu sangue, por isso senti uma forte dor, mas não ao ponto de me matar.

— Certeza, Annie?- perguntou Percy

Assenti com a cabeça. Minhas pernas estavam um pouco doloridas, mas nada muito grave. Eu conseguia ficar de pé, mesmo com uma tala em um dos pés. 

—  Que bom! Bem agora você tem um enorme troféu, um dente de um metro. – ele riu, me fazendo acompanhá-lo.

—  Mas como vamos voltar pra Long Island? – perguntou Bryan

—  Táxi das Irmãs Cinzentas, nem pensar!- disse o Cabeça de Alga

—  Com toda certeza!

De pé olhei para o céu, a lua estava meio prateada.

Não! A lua não estava meio prateada, estava branca. Mas eu podia jurar que...

—  Querem uma carona?- perguntou alguém.

Olhei para trás e vi uma garota de 12 anos com cabelos ruivos dentro de uma carruagem prateada.

Eu e Percy nos curvamos, Bryan nos imitou.

—  Lady Ártemis!- dissemos eu e Percy juntos.

—  Podem se levantar!- ela saia da carruagem – Agora respondam, querem uma carona?

—  Por que a senhora nos daria uma carona? Como nos encontrou? – perguntei

Ela olhou para o enorme dente que eu segurava.

—  Bem eu estava atrás desse javali e vocês o capturaram. Como o derrotaram, vou ajudá-los a chegarem ao Acampamento! Agora entrem!

Mesmo confusos, entramos na carruagem.

******************************************

Ficamos calados durante toda viagem, a não ser por Bryan que explicou tudo o que aconteceu a Ártemis, e o mais estranho foi que ela não reclamou de ser um garoto que falava.

— Chegamos! – disse a deusa enquanto pousava a carruagem nos campos verdes do acampamento.

Quíron estava na frente da Casa Grande junto com Argos e o Sr. D. No entanto, ele usava sua cadeira de rodas, fato ao qual eu agradeci mentalmente, considerando que Bryan ainda não havia visto um centauro pessoalmente.

— Olá, meus queridos! Que surpresa adorável! – disse Quíron.

—  Só se for pra você. – disse o sempre amargurado Sr. D.

 Quíron!- saí cuidadosamente da carruagem e fui abraçá-lo. - É tão bom te ver!

Ele retribuiu o abraço.

—  É bom vê-la também, querida! E você também, Percy!- Quíron deu um forte abraço nele. – Vejo que temos um novo campista e que vieram acompanhados de Lady Ártemis.

Quíron curvou-se para Ártemis e depois cumprimentou Bryan.

—  Que ótimo! Mais um semideus para alegrar meus dias!- disse Senhor D.- E ainda tem a Líder das Caçadoras, só espero que não queira se hospedar no acampamento, Ártemis.

—  Não se preocupe, Dionísio. – a deusa respondeu friamente – Só vim trazer esses semideuses porque mataram um monstro que eu estava caçando: o Javali de Erimanto.

—  Está brincando, né? – falou Dionísio gargalhando – Não acredito que um bando de crianças conseguiu capturar um monstro e você não. Está deixando de ser uma boa caçadora, Ártemis?

Ártemis fuzilou Dionísio com o olhar.

— Não perdi nada Dionísio e, ao contrário de você que só sabe comer e beber, tenho tarefas mais importantes a fazer. Adeus, meus jovens!- disse subindo na carruagem – E quem matou o Javali foi Annabeth, uma donzela, por isso não me importo com o fato de eu não ter conseguido caçá-lo primeiro.

Ártemis guiou a carruagem para a noite. Deixando um fecho de luz prateada pelo céu.

—  Bem, vamos entrando meus jovens!

Quíron girou em sua cadeira e nos guiou para dentro da Casa Grande.


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