Momentos de Percy J. e Annabeth C. [Em Revisão] escrita por Nicolle Bittencourt


Capítulo 48
Capítulo 48: Ele é quente porque é o deus do sol!


Notas iniciais do capítulo

Olá! Tudo bem?
Então, nesse capítulo apareceram duas músicas que acho que a maioria conhece: "Viva la vida" do Coldplay e "Teenage Dream" da Katy Perry!
Fim do aviso, e começo, de um longo texto,que eu começo assim:
* And that's why I smile!* - eu cantando Smile da Avril Lavigne!!!!
Então, eu estou feliz!!! Feliz, feliz, feliz! Por quê? Porque VOCÊS me deixaram super feliz! Nossa, a fic chegou a 500 reviews! *-* Ai, ai, ai!
Obrigada a todos que acompanham e que leem a Momentos, obrigada por continuarem a esperar ansioso cada capítulo, obrigada por me aturarem e aturarem meus capítulos malucos! Obriga leitores que sempre comentam, obrigada leitores fantasmas e obrigada leitores que nem são cadastrados no site, só posso dizer isso, obrigada! Vocês são muito especiais para mim e... É só impressão minha ou isso aqui está tipo uma despedida? Eu heim!
Dedico este capítulo a algumas pessoinhas, vamos lá:
— Filha De Hades, por passar por aqui e comentar, isso me deixa feliz!
— Bia Valdez, por ser uma super leitora que virou uma super coautora e uma super amiga!
— virocha, por aparecer por aqui quase sempre desde o início.
— GabsSalvatore1862, por ser uma leitora cute e fofis *-*
— Geêh, por ser aquela leitora que sempre levanta minha auto estima ,mesmo quando está lá embaixo, obrigada por seus lindos comentários, nunca irei esquecê-los.
— Percy e Annabeth, por ser outra super leitora que sempre faz eu me sentir melhor, sentir que não escrevi besteira. kkk
— Luksprkz, por ser aquele leitor que sabe pegar no pé por causa de capítulos atrasados e sabe fazer comentários engraçados, sempre!Como o último né? kkk
— BiaMulinPotter, por ser aquela leitora que a gente fica toda boba quando lê o review, porque sempre escreve lindamente.
—Dka77, por seu review que eu amei no último capítulo, e pelo outros que eu sempre leio com todo carinho.
—ANNIE JACKSON, por seu minha fã número 1, como ela mesma diz!
— Leti Mathias, sabe aquela leitora doidinha e que te faz rir em cada review? Pois é, a Leti é assim, sempre rio com os reviews dela! SEMPRE! Sabe, cansei de rir enquanto lia os reviews dela e minha mãe olhar para mim como se eu fosse maluca.
— Gabriela Alves, por ler essa fic desde o PRIMEIRO dia, e continuar lendo! Você sabe que amo seus reviews,e te amo, sabe não sabe? Pois eu AMO!
— Maah_Yu, por ler e comentar, me fazer rir e me sentir bem! Obrigada Maah, você sabe que você me faz rir.
—Julia-Jackson, por ser a prima que mais sofre tendo que me ouvir falar sobre todas as minhas ideias malucas sobre a Momentos e que ri muito quando eu interpreto as cenas!!! kkk Obrigada por sempre me ouvir linda e por saber o que vai acontecer até o fim dessa história, sem você, com certeza eu não estaria postando minhas histórias aqui.
A todos esses, e tantos outros que não deu para colocar aqui - OBRIGADA! OBRIGADA! ADORO VOCÊS! E espero que gostem desse capítulo, ia ser outro, bem diferente, mas eu fiquei tão feliz que eu deixei meu capítulo super diferente do que eu pensei! Espero que gostem!
Boa leitura! Obrigada!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/142547/chapter/48

 

Percy’s POV

A viagem de táxi foi tranquila e rápida, em alguns minutos já estávamos em frente ao Empire State Building.

— Obrigada! – disse Annabeth ao taxista antes de fechar a porta atrás de si.

— Chegamos! – eu olhava para o para o topo do enorme prédio.

— Eu ainda não consigo acreditar que o Olimpo fica acima do Empire State! – disse Bryan olhando para o alto.

— Eu não me acostumei até hoje. – coloquei as alças da minha mochila nos ombros enquanto andávamos em direção ao Empire State.

Após pegarmos o cartão com o porteiro (o que foi fácil pois ele já conhecia Annabeth), entramos em um elevador vazio (o que também foi fácil pelo fato de ser uma segunda-feira, ou seja, sem muitos turistas). Até aí tudo bem, a típica música de elevador continuava a mesma irritante de sempre, mas logo após eu colocar o cartão na fenda, o botão que levava ao 600º andar aparecer e eu apertá-lo, a música mudou completamente. Isso me assustou, pois foi de música chata e deprimente, para música alta e agitada.

— Eu estou ficando maluco ou a música ficou completamente diferente? – perguntei enquanto ainda subíamos, o som permanecia alto no elevador.

— Não, você não está ficando maluco, Percy. Isso é um experimento de Apolo. Um "teste", como ele mesmo me disse. - ela fez aspas com os dedos — Bem, ao menos é melhor que a música anterior, embora o volume esteja um pouco alto demais.

— Sim, isso é verdade. – eu não deveria ficar surpreso com o fato de Annabeth conversar com Apolo, ou mesmo com outros deuses, considerando o tempo que ela ficava ali, trabalhando no Olimpo.

— Claro que é melhor! – disse Bryan abrindo a boca pela primeira vez desde que entrou no elevador – É "Viva la vida" do Coldplay.

Sim, era "Viva la vida", e eu devo admitir, eu adorava aquela canção. Era uma pena que ela já estivesse no final e ainda faltassem 500 andares para chegarmos ao topo. 

— Katy Perry? – Bryan fez uma careta quando a música do Coldplay acabou e uma melodia alegre tomou conta do ambiente. – Uou!

— Qual o problema? Alguma coisa contra? – Annabeth parecia meio curiosa sobre a reação dele. 

— Na verdade, não. – disse ele erguendo as mãos como quem se rendia - Eu até gosto, mas ir de "Viva la vida", que é rock, para "Teenage Dream", me parece meio abrupto.

— Não muito. – foi minha vez de dar uma opinião – Seria típico de Apolo mudar de ritmo do nada, afinal ele é o deus da música, teoricamente, deveria gostar de todos os gêneros musicais. Aliás, aposto que muitos cantores espalhados por aí são filhos dele, talvez até a própria Katy P...

Parei minha frase no meio do caminho quando reparei que Annabeth cantava a música baixinho e dançava de acordo com o ritmo enquanto olhava para os botões dos andares que estavam diante de si. Tanto eu quanto Bryan olhamos para ela intrigados, ele e eu nos olhamos e depois voltamos a olhar para ela.

“Imma get your heart racing in my skin tight jeans
          Be your teenage dream tonight
          Let you put your hands on me in my skin tight jeans
          Be your teenage dream tonight.”

(Vou disparar seu coração com o meu jeans justo
          Ser o seu sonho de adolescente essa noite
          Deixarei você colocar as mãos no meu jeans justo
          Ser o seu sonho de adolescente essa noite)

Não bastasse o fato de sussurrar a letra e dançar suavemente, Annabeth começou a fazer movimentos que condiziam com a letra da música. Era estranho vê-la colocando as mãos no quadril e deixando o ritmo guiar seu corpo quando Bryan e eu estávamos ali e, bem, aquele não era o ambiente ideal para isso.

Me entenda, eu sabia que Annabeth não era exatamente uma garota tímida, no entanto, aquilo ia um pouco além de seu comportamento comum, quase parecia que ela estava sob o efeito de algo, e essa minha teoria só aumentou após ela fechar os olhos e sorrir.

“You make me feel like I'm livin' a teenage dream
         The way you turn me on, I can't sleep
         Let's run away and don't ever look back
         Don't ever look back
         My heart stops when you look at me
        Just one touch now baby I believe this is real
        So take a chance and don't ever look back
        Don't ever look back”

(Você me faz sentir como se estivesse em um sonho de adolescente
         Você me deixa tão excitada que não consigo dormir
         Vamos fugir e nunca olhar para trás
         Nunca olhar para trás
         Meu coração para quando você olha para mim
         Apenas um toque, baby, agora eu acredito que é real
         Então arrisque-se e não olhe para trás
         Nunca olhe para trás)

Embora seu comportamento me preocupasse e me deixasse intrigado, eu não podia negar que seus movimentos, embora não fossem muito exagerados, estavam me deixando com uma vontade incontrolável de segurá-la e beijá-la. Na verdade, eu não conseguia desgrudar meus olhos de Annabeth, e se não fosse por Bryan estar ali, eu provavelmente já teria começado a beijá-la há muito tempo.

“Imma get your heart racing in my skin tight jeans
         Be your teenage dream tonight
         Let you put your hands on me in my skin tight jeans
        Be your teenage dream tonight.”

(Vou disparar seu coração com o meu jeans justo
         Ser o seu sonho de adolescente essa noite
         Deixo você colocar as mãos no meu jeans justo
         Ser o seu sonho de adolescente essa noite).

 Annabeth estava começando a me deixar louco. Eu queria realmente fazer o que a música dizia, o que me fez pensar no sonho que tivera mais cedo, embora não saiba o porquê.

A música acabou e ela abriu os olhos, parando de cantar e dançar. Olhou para mim com seus olhos cinzas intensos e sorriu um pouco, o tipo de sorriso que as estrelas de cinema dão ao passar pelos tapetes vermelhos, o tipo irresistível.

Provavelmente ela fez isso por ter reparado que eu estava basicamente babando por ela. No entanto, suas bochechas logo ficaram vermelhas quando se deu conta de que Bryan e eu estivemos olhando-a cantar, era como se ela estivesse se deixado levar por um momento e esquecido da nossa presença (o que é algo realmente incomum sendo que ela é a Annabeth Chase).

— O que foi? – perguntou ela vermelha – Eu gosto dessa música!

Bryan olhou para ela sorrindo de uma forma um pouco maliciosa, o que me deixou enciumado devo acrescentar.

— Se você diz...

No mesmo momento a porta do elevador se abriu e Annabeth suspirou, aliviada.

Bryan saiu primeiro e foi andando. Annabeth já estava saindo (ela continuava corada) quando a puxei pela cintura e roubei-lhe um beijo, ao qual ela correspondeu instantaneamente, entrelaçando seus dedos em meu cabelo. Foram apenas alguns segundos, mas fora o suficiente para eu encostá-la contra o espelho do elevador e para ela envolver minha cintura com suas pernas, no entanto não durou muito, pois ambos logo havíamos ficado sem fôlego.

— É melhor irmos atrás de Bryan. – disse ela mordendo o lábio inferior que estava avermelhado por causa do beijo enquanto soltava as pernas do redor da minha cintura.

— Claro, Sabidinha. – endireitei minha roupa para logo depois segurar sua mão enquanto saíamos do elevador – E só para você saber: o Olimpo está incrível!

Ela parou de andar quando estávamos em frente a uma fonte, Bryan estava há alguns metros. Annabeth sorriu e me abraçou.

— Obrigada, Cabeça de Alga!

Quando ela me abraçou pude sentir o cheiro de limão que vinha de seu cabelo. Minha vontade era ficar assim para sempre e acho que a dela também, pois pude sentir sua respiração contra meu pescoço enquanto seus braços se fechavam ainda mais ao meu redor. 

— Eu não ganho um beijo? – perguntei quando nos afastamos.

— Não, já ganhou. – voltamos a andar, ela fez questão de andar um pouco a frente de mim. 

— Nem um de boa sorte? – disse erguendo uma sobrancelha enquanto tentava acompanhar seu passo – Você sabe que beijos de boa sorte são nossa tradição! Eu sempre preciso deles, mas preciso ainda mais quando vou ver sua mãe.

— Acho que já ganhou um no elevador. – estávamos lado a lado novamente - E tenho certeza de que aquele valeu por vários!

Olhei para ela, seus olhos estavam num tom claro tão claro que se assemelhavam ao azul do céu de verão. 

— Você me beijou daquele jeito de propósito? – perguntei com as sobrancelhas erguidas.

Ela ficou me analisando enquanto caminhávamos, mas ao falar, seu olhar focou no caminho diante de nós.

— Sim, ou você pensou que eu te daria um beijo aqui no Olimpo, no elevador, não fosse porque vamos falar com minha mãe? Afinal, você merecia toda sorte do mundo.

Olhei para ela, não sabia se estava brincando ou falando a verdade, e o fato dela estar olhando para frente dificultava tudo.

— Você está falando a verdade? Ou não?

Ela riu, o som de seu riso preencheu o ambiente como o tilintar de um sino dos ventos, o que me deixou com uma vontade tremenda de rir também.

— Eu só estava brincando! É claro que eu não fiz aquilo por causa da minha mãe! – seus olhos encontraram os meus antes dela me roubar um selinho — Agora sim, eu fiz isso por causa da minha mãe.

— Só isso? –perguntei enquanto ela se afastava e voltava a andar, sem nem se incomodar em me deixar para trás.

— Sim, se quiser mais, vai ter que me pegar. – ela saiu correndo, dando a volta na fonte principal do Olimpo comigo em sua cola.

Ficamos rindo enquanto corríamos, nos esquecendo completamente de nosso objetivo ali e também nos esquecendo de Bryan. Não preciso dizer que todos os deuses menores, ninfas e outros seres que viviam por ali ficaram nos olhando, cada um agindo de uma forma diferente. Pude ouvir alguns suspiros de ninfas e algumas reclamações de deuses menores, algumas como: “A arquiteta oficial do Olimpo e o herói correndo ao redor de uma fonte. Espere só até que Atena saiba!”.

Acho que Annabeth ouviu essa, porque logo ela disse:

— É melhor nós pararmos, vamos encontrar Bryan e ir logo falar com minha mãe! – disse ela quando eu já estava quase a alcançando.

Achei melhor fazer o que ela dizia, seria muito ruim se algum daqueles deuses falasse sobre aquilo com Atena e ela aparecesse ali. Bagunça no Olimpo? Seria mais um motivo para a mãe de Annabeth não gostar de mim.

Andamos lado a lado, caminhando novamente para próximo de onde Bryan estava parado, diante a estátua de Zeus e Hera.

Estávamos um pouco distante dele, então, me permiti admirar Annabeth discretamente, de forma que ela não percebesse. 

Ela sempre fora tão forte, sábia, inteligente, honesta, amiga, cabeça dura e sensível, embora essa última ela não deixasse transparecer sempre. Além de linda, claro! Como você pode ver, sim, eu estava completamente apaixonado por ela.

Além disso, ela tinha uma voz linda e ouvi-la cantando fora algo incrível, e quando ela dançou, mesmo que aquilo não fosse bem dançar, até seus pequenos movimentos foram capazes de me deixar hipnotizado, se bem que... Ela me deixava babando normalmente, então, não era nada novo.

— A propósito, gostei de ouvir você cantando. – “E dançando”, completei mentalmente.

Ela corou.

— Eu não sei o que deu em mim, a música me fez lembrar do meu... – ela parou abruptamente, como se tivesse se lembrado de algo – Me fez lembrar de algumas coisas boas e quando eu reparei já estava cantando e meio que dançando. Eu não sei explicar, mas eu simplesmente não pude controlar isso. Talvez eu tenha ficado um pouco confusa e perdida demais depois da minha conversa com Afrodite.

Eu já ia perguntar o que eram essas coisas das quais ela se lembrou, quando nós quase nos chocamos contra Bryan.

— O que houve, Para-raio? – perguntou Annabeth enquanto ele continuava a olhar para a estátua de Hera e Zeus.

Annie analisou Bryan e pareceu notar algo diferente nele.

— Está nervoso por estar aqui?

Ele assentiu.

Eu não podia culpa-lo, me lembrava da mistura de sentimentos que eu havia tido quando estivera pela primeira vez no Olimpo, quando tinha 12 anos de idade.

— Desde o momento em que eu descobri que era um semideus filho de Zeus, eu desejei conhecê-lo, nem que fosse para simplesmente gritar com ele por nunca ter aparecido para mim ou por nunca ter realmente se importado com minha mãe e comigo. Mas agora... Eu não sei o que vou fazer se vê-lo. Ele é um deus, entende? Não sei como agir, o que falar. É confuso.

Annabeth e eu nos entreolhamos, aquilo nunca era fácil.

— Olha, cara, eu já passei por isso, sei como é o nervosismo. Você não sabe o que ele vai dizer, nem o que você vai dizer, mas... Mesmo se você não falar com ele agora, mesmo que você não queira ou que Zeus não esteja no Olimpo, uma hora vocês vão ter que se encontrar, não acha?

Bryan pensou por um momento.

— Você tem razão, Percy, além do que, estamos aqui por causa da missão e viemos falar com Atena, é o que importa.

— Vamos então? – perguntou Annabeth dando um passo a frente e olhando para a estátua de Hera (que estava acima de sua cabeça) enquanto passava, e pareceu meio desconfiada quando o fez, como se temesse que a estátua caísse sobre ela, o que quase aconteceu a um mês atrás — Porque precisamos falar com minha mãe, mas precisamos encontra-la primeiro.

Seguimos Annabeth e enquanto andávamos, resolvemos que era melhor começar a procurar Atena pelo topo do Monte Olimpo.

— Mãe? – perguntou Annabeth enquanto entrava na sala de reuniões do deuses.

— Com licença, mas tem alguém aqui? – perguntei enquanto nós três entrávamos na sala que parecia mais um enorme salão.

— Que enorme! – exclamou Bryan – Isso não é uma sala qualquer!

Adentramos mais na sala e ficamos diante dos 12 tronos, porém apenas um deles estava ocupado, e não era o de Atena.

— Apolo?- indaguei surpreso.

O deus, que estava com seus habituais três metros de altura, parecia não estar me ouvindo, mas balançava a cabeça de um lado para o outro.

— Tipo, ele é mesmo Apolo? Deus da música, medicina, solteiros, do arco e flecha e do sol? – perguntou Bryan ao que assentimos – Ok! Mas parece que ele não ouviu. – disse Bryan olhando-o dos pés a cabeça, devia estar pensando em como ele era imenso.

— Também, ele está usando fones de ouvido. – disse Annabeth se aproximando mais do deus, e nisso eu reparei nos longos fios pretos que iam de sua orelha até um pequeno aparelho, bem, pequeno para os três metros de Apolo.

— Apolo? –perguntou ela enquanto puxava a beirada de sua calça.

— Quem ousa...? – começou a perguntar Apolo enquanto parecia brilhar feito o Sol e por um momento todos ficamos atônitos, até que ele nos olhou e sorriu – Ah! São vocês!

Apolo saiu do trono e imediatamente ficou do tamanho de um ser humano adulto normal.

— Percy, Annabeth e vejam se não é o jovem Bryan! – disse ele colocando seus óculos escuros enquanto nos olhava – Desculpem minha reação, mas é que estou esperando para a reunião do conselho, de novo, e como ninguém apareceu ainda, resolvi ouvir música.

Nos entreolhamos.

— Já que o senhor não nos matou, tudo bem então! – disse eu – Mas o senhor sabe onde está Atena?

— Não. – disse ele sacudindo a cabeça e sorrindo – Mas ela já deve aparecer, Atena nunca se atrasa para uma reunião do conselho, é só que eu vim adiantado mesmo. Esperem um pouco e ela já deve vir.

Assentimos, o melhor era esperar mesmo. Ficamos em pé, meio desconfortáveis e sem trocar nenhuma palavra graças a presença de Apolo, que mesmo da nossa altura, ainda nos olhava de forma engraçada.

 — Já que vão mesmo esperar, podem me fazer um favor? – perguntou ele.

— Talvez! – dissemos os três como se tivéssemos ensaiado.

— Não é nada demais, eu juro. – Apolo disse isso de forma simples, mas eu já ouvira deuses me pedindo coisas “nada demais” que terminavam em situações de quase morte, então aquilo não significava nada. – Podem por favor responder  a este questionário?

Ele estalou os dedos e diante de nós, flutuando, apareceram três pranchetas com folhas e canetas.

— O que é isso? –perguntou Annabeth.

— Estou tentando fazer com que os outros deuses aceitem a mudança de músicas no elevador. Para isso, preciso que o máximo de visitantes que o utilizam preencham esse questionário e digam o que acharam das músicas novas.

Demos de ombros e pegamos as folhas e canetas.

— Tudo bem. – disse Bryan – Acho que não tem nada demais, eu até gostei das músicas que tocaram, tirando a mudança repentina entre as faixas.

Nos questionário pedia para colocarmos nossos nomes, idades e depois vinha três perguntas, para minha sorte todas em grego, o que evitava que a minha dislexia entrasse em ação. 

A primeira pergunta era: Dê uma nota de 0 à 10 para as músicas atuais que tocam no elevador.

Eu havia gostado das músicas, porém, havia gostado mais de Annabeth cantando, então resolvi dar 10 mesmo.

A segunda: Você deseja que essas músicas continuem?

Marquei a opção sim, afinal, sempre fora meu desejo parar de ouvir aquelas músicas entediantes quando subia para o Olimpo.

E a terceira e última opção era: Você acha Apolo quente?

— O que a terceira opção tem a ver com a seleção de músicas do elevador? – perguntou Annabeth.

— Nada, é só por prazer pessoal. Mas respondam, por favor, e sejam honestos.

Em menos de 2 minutos entregamos as folhas e Apolo começou a lê-las.

— Você vai ler? - questionou Bryan.

— Sim, por quê?

— É um questionário, Apolo. Não é como se fosse algo sigiloso, mas você poderia ao menos esperar para ler depois que saíssemos. - observou Annabeth.

— E qual seria a graça disso? - ele sorriu enquanto Annabeth revirava os olhos — Vejamos... Todos deram 10 para a playlist e concordaram que ela deve continuar. Isso é ótimo! Obrigado, pessoal. Continuando, Bryan não respondeu a terceira pergunta, o que eu já esperara. Annabeth respondeu sim e Percy... também? Finalmente pessoas decentes!

Apolo parecia se deliciar com isso, na verdade, também parecia surpreso, só não entendia o porquê.

— Você marcou sim? – Bryan estava rindo, só não entendi por quê.

— Claro, ele é o deus do sol, não é? Óbvio que ele é quente! – minha resposta fez Annabeth gargalhar.

— Sério que é por isso? – perguntou Apolo tirando os óculos e me analisando – Francamente, pensei que os filhos de Poseidon fossem um pouco mais inteligentes, mas acho que me enganei.

— Você só tem algas nessa cabeça, não é, Percy? – disse Annabeth me dando um tapa de leve na cabeça – O que Apolo quis saber era se achávamos ele sexy, era isso que quente queria dizer.

Após alguns minutos pensando falei algo filosófico como:

— Ahn! Era isso? — perguntei coçando a cabeça ao que Apolo, Bryan e Annie riram de mim — Mas então, você o acha sexy, Annabeth Chase? – perguntei cruzando os braços e meio que a fuzilando com o olhar.

Ela desviou o olhar.

— Mais ou menos... Ele tem seu charme! Mas eu marquei mesmo foi porque me lembrei do que Thalia me disse, que na época em que fui sequestrada e ela disse que achava Apolo quente e você disse a mesma coisa que agora, que era porque ele era o deus do Sol. 

— Não é possível que nesses dois anos você não tenha descoberto o que quente queria dizer realmente. – disse Apolo – Por Zeus! Coitada de sua namorada, garoto!- ele baixou os óculos e com seus olhos cor de mel olhou para Annie - Annabeth, minha querida, se algum dia terminar com Percy, me procure, por favor!

Eu já ia protestar contra Apolo, e acho que Annabeth também, quando ouvimos Atena e Ártemis do lado de fora da sala:

— Fiquei um pouco horrorizada ao saber, por meio de alguns deuses menores, que um casal de semideuses foi visto se beijando, ou melhor, quase praticando atos impróprios, dentro do elevador olimpiano. Sinceramente, acho que devemos colocar algumas câmeras neles e fiscalizar essa falta de respeito! – disse Ártemis enquanto entrava na sala.

Eu e Annabeth trocamos olhares nervosos quando ouvimos isso. Eu já estava amaldiçoando os deuses menores fofoqueiros que contaram aquilo para Ártemis, justo Ártemis, só torcia para que não houvessem dito nossos nomes.

— Concordo com você, Ártemis, é uma tremenda falta de respeito, só me pergunto quem seriam esses semideuses... – começo a dizer Atena quando entrou na sala e olhou para Annabeth, Bryan e eu.

Ela lançou um olhar desconfiado para Annabeth e eu, ela não disse em voz alta, mas eu tinha certeza de que ela estava pesando: “Acabei de ter um forte palpite de quem foram esses semideuses.”.

É, e só pelo olhar que ela me lançou, eu sabia que era só uma questão de tempo até ela ter certeza.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gostaram do capítulo?