Rehab escrita por Amanda, Juh, Taís


Capítulo 5
Sakura: Cilada


Notas iniciais do capítulo

Mais um.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/140991/chapter/5

Sakura

Estava me arrumando para ir à faculdade, quando meu celular tocou. AUUUUH!

Alô, Sakura? Preciso da sua ajuda.

— Quem está falando? — não conheço essa voz.

O Sasuke, é claro.

— Sasuke? Onde você conseguiu meu número? Pra quê você quer minha ajuda?

Sakura, eu preciso da sua ajuda. Vem aqui, por favor.

— Aqui onde? Eu tenho mais o que fazer, eu estou indo para a faculdade.

Por favor, por favor, por favor, é importante. — o idiota implorou.

— Sasuke, vai ver se eu estou na esquina! — desliguei o telefone na cara dele.

Dois minutos depois o telefone toca. E infelizmente, era ele de novo.

— Sasuke, me deixa em paz!

Sakura, você me deve uma.

— Devo o quê?

Você mentiu pra mim.

— Como é? Eu menti? Você está louco?

Eu não estou louco. Você me disse que estava na esquina e não estava!

— Você tá achando que eu tenho cara de idiota?

Por favor, por favor, por favor, eu só tenho você... — ele implorou novamente.

— Sasuke, eu vou desligar.

Por favor, por favor, por favor...

— Tá, me dá logo o endereço.

Ele me deu o endereço, e então como não era muito longe da minha casa, peguei minha bicicleta de cestinha rosa e fui até a casa dele.

Mas que droga, por que eu faltei na faculdade pra ajudar o imbecil do Sasuke, e afinal, o que ele quer comigo? Ah, que encrenca eu me meti.

A principio, pensei que ele tinha me dado o endereço errado, mas mesmo assim resolvi entrar naquele prédio caindo aos pedaços. Eu sempre pensei que o playboyzinho do Sasuke morasse em uma mansão ou um apartamento de luxo, mas me enganei. O infeliz mora em um muquifo caindo aos pedaços. Bati na porta, toc toc. Ele atendeu.

— Sakura, você veio! — ele disse feliz, quase não o reconheci.

— Não, Sasuke, ainda estou na esquina — ele me mostrou a língua e me convidou para entrar. — Seja direto, o que você quer comigo? — nossa o apartamento dele estava imundo.

— Sakura, é bem simples a minha situação. Fui expulso de casa, meu pai não me dá mais dinheiro. To passando fome, não sei cozinhar. Esse apartamento é do meu irmão e moro de favor. Não tenho dinheiro, e pra completar meu irmão foi viajar e deixou uma merreca de dinheiro e nada para comer. Ah, e eu não sei limpar a casa.

Que furada eu me meti! Sakura você é muito burra mesmo.

— O que eu preciso fazer para te ajudar? — perguntei. Eu tenho um coração muito mole, me comovi com a história dele, e já que estou aqui vou ajudar.

— Ah, o Itachi deixou um trocadinho e eu preciso ir ao supermercado, pois aqui não tem nada para comer.

— Ta, então vamos logo para o supermercado.

Fomos ao supermercado perto do apartamento dele, e eu comecei a escolher as verduras, frutas e legumes, pois ele não sabe nem a diferença entre um repolho e um alface. Achei estranho, pois ele ficava me olhando enquanto brincava com o carrinho.

Peguei muitas verduras e legumes, pois ele estava com uma cara muito anêmica e minha mãe sempre me falou que verduras e legumes fazem muito bem para a saúde. Sasuke me deu o dinheiro e paguei as compras. Na hora de pegar as sacolas e ir embora, ele me olhou e eu olhei pra ele, nós olhamos para as compras e nos olhamos. Nenhum dos dois estava com a mínima vontade de carregar aquelas sacolas pesadas.

— Sasuke, as compras são suas, então você carrega.

— Ah não, Sakura, eu não vou levar tudo sozinho.

— É, mas um homem cavalheiro não deixa uma mulher carregar peso.

— É, mas eu não sou cavalheiro.

— Ah, então as compras vão ficar ai, porque eu não vou carregar!

Ele pegou as compras emburrado, e eu fiz uma carinha de feliz para ele, hehe.

Chegamos no apartamento do irmão dele. Eu sinceramente não conseguia respirar uma partícula de ar sequer que não estivesse infectada de poeira. Então resolvemos guardar as compras e começar a dar um trato naquela podridão.

— Sasuke, esse é o detergente, e detergente esse é o Sasuke — fiz as apresentações.

— Prazer Sr. Detergente, mas não vou usá-lo, e sim a Sakura — disse o folgado do Sasuke.

— E por que não vai usá-lo quando se tem uma pia cheia de louças sujas? — perguntei.

— Porque lavar louças é coisa de mulherzinha — respondeu com cara de machista.

— Agora também é coisa de Sasukezinho — disse jogando o sr. Detergente para ele.

E assim foi o resto da noite, ele se negando a fazer as coisas, eu brigando com ele, e ele fazendo tudo errado. O fiz limpar o banheiro, arrumar o quarto, limpar os móveis, e ainda lhe passei umas aulinhas culinárias. Enquanto eu cozinhava lhe mostrando como fazia, ele descascava os legumes. Já disse que ele estava de avental? Sim, ele estava, hehe, uma gracinha... Depois ele foi terminar de varrer a sala, e não é que eu o peguei jogando a sujeira pra debaixo do tapete?!

— Sasuke Uchiha! — gritei.

— Quê? — ele responde despreocupado.

— Recolha essa sujeira e jogue no lixo, AGORA! Seu folgado! — ordenei.

— Não devia ter chamado ela aqui — ele sussurrou.

— Eu escutei isso, Sasuke. Mas afinal, como você conseguiu meu número?

— Ah...liguei pra secretária baranga do meu pai e ela me passou o seu número, e-mail e endereço.

— Você é um filho da puta mesmo.

— PutO — ele me corrigiu.

— Que seja, já não basta você me infernizar na empresa não? — perguntei.

— Se eu tivesse alternativa, não teria te ligado... — respondeu Sasuke.

Eu pensei em responder aquilo, mas lembrei da comida no fogo, e antes que ela queimasse, retirei e servi. Enquanto jantávamos a campainha tocou. Sasuke olhou para mim e eu o olhei de volta, nós olhamos para a porta e nos olhamos de novo.

— Quem será? — perguntei, afinal, ninguém pode saber que estou aqui.

— Não sei. Vou ver — ele espiou pelo olho mágico da porta.

— Sasuke, abre aqui! — um menino gritou do outro lado.

— Droga! — Sasuke resmungou.

Ele se virou pra mim, e eu sem entender levantei.

— Você não vai aten... — ele me interrompeu.

— Shii — ele me silenciou — Não vamos atender!

Sasuke se aproximou me empurrando com delicadeza até a parede ao lado do banheiro. E sem tirar seus olhos dos meus, ele passou a mão em meus cabelos, e a outra mão segurou firmemente em minha cintura. Ele se aproximou mais de mim e me beijou. Ele pensa mesmo que eu vou retribuir? Ah! Mas não vou mesmo! Então, ele me agarrou com mais força e me beijou mais intensamente. Tenho que admitir, o maldito tem pegada. Mas já que ele insiste... Eu vou retribuir, fazer o quê, né?

Vocês já ouviram falar que tudo que é bom dura pouco? Pois é, o infeliz da porta não desistiu e continuou batendo. Então Sasuke parou de me beijar, abriu a porta do banheiro e me jogou lá dentro, simples assim!

— Sasuke! Abra essa porta agora! — falei nervosa.

— Sakura, meus amigos não podem saber de você.

— Sasuke, eu juro que quando eu sair daqui vou te matar!

Ele não respondeu, suponho que tenha ido receber seus amigos... Então peguei meu celular e sem pensar duas vezes disquei o número.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Comentem!! Beijos!