Rehab escrita por Amanda, Juh, Taís


Capítulo 32
Sasuke: Baitola


Notas iniciais do capítulo

Merecemos um chute em nossas bundas brancas, sabemos!

Pessoal, nos perdoem pela falta de postagens. Recebemos muitas MP's puxando nossas z'orebinhas, mas aqui vai a boa notícia: Finalizaremos Konoha e Rehab. Já temos quase todos os capítulos das duas fic's prontos, e vamos liberando dia sim e dia não, ok? Até a próxima semana ambas estarão postadas e concluídas e ai sim... Wake à obra! Terminaremos ela no mês de dezembro :)

E dedicamos este capítulo à MaryAna, pela linda recomendação que recebemos! Muuuito obrigada, querida! *--*

Boa- leitura à todos!



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Assim que me livrei do treinamento, da cambada e do Hadouken, fui pra rua andar.

Precisava espairecer a cabeça.

Sakura está me deixando cada vez mais maluco, tudo culpa dessa merda de dar um tempo. Como é que fui cheirar o cangote do Hadouken? Merda, Sasuke! Tu é macho, pô!

Mas aquele cheiro...

Haarrr...

Se Sakura não quer te namorar, então não precisa virar gay por isso! Aliás, é o que ela faz com os homens... Gohan, Sai... São tudo viadinhos. Primeiro ela te laça com aquele par de pernas, aqueles olhos e o sorrisinho meigo, e quando você vai ver já está sentindo o perfume dela por aí e se tornando um completo viado.

Agora entendo aqueles dois pobres coitados!

Mas eu não sou nenhum panaca e é por isso que vou lançar meu charme Uchiha na primeira vagaba que passar!

Ta, ta... Na primeira não porque usa aparelho e é zaroia, na segunda...

Ok, a segunda é gordinha e tem bigode, na próxima sem falta...

Uhh... Gata pra caramba! Só um trouxa não a veria ali...

Peitões, pernas e postura. Sentada num banco pronta pra ser paquerada, me sentei ao seu lado exibindo um sorriso.

O legal de ser lindo, é que nem preciso me esforçar muito, a própria presa se oferece pra mim. Nada de problemas, nada de complicações... Extremamente fácil!

— O que um cara bonitão como você faz aqui nesta praça? — perguntou a garota e eu olhei em volta. Estava tão perturbado com a bichisse toda que nem reparei onde estava e não fazia ideia do que fazia ali. Quer dizer, fazia sim! Estou aqui pra provar minha masculinidade e traçar essa gata. Simples e fácil!

— Procurando uma garota bonita que esteja sentada num banco exatamente como este daqui! — disse e ela deu uma risadinha.

— Bom, estou aqui há uma hora e meia, talvez mais, esperando você parar de dar a volta no quarteirão e vir falar comigo! Você deu umas cinquenta voltas por esta praça sem nem me notar aqui! — disse a garota de cabelos castanhos que esvoaçavam. Dei uma boa olhada naquelas mechas... Não era bem a minha cor favorita de cabelo, talvez se fosse um pouco mais claro ou meio puxado pro rosa, eu...

Harrrr!

Que merda é essa, Sasuke? Desde quando você se importa com cabelos ou a cor deles? Rosa é cor de bicha! Isso é coisa de bicha, olhe pros peitos dela!

— E então você vai me beijar ou não? — ela perguntou com um sorrisinho sacana. Era exatamente o que eu queria. Segurei o rosto dela, procurando olhar nos olhos...

Eu costumava fazer isso com a poodle, era bom ver o quão balançada ela ficava quando eu fazia isto, era bom ver o verde dos olhos dela também... Os olhos desta garota eram bonitos também, azuis, como os do Naruto. Senti náuseas ao lembrar dele, definitivamente não era minha praia. Eu curtia olhos verdes e brilhosos como os da Sakura... Eram como, como... Droga, eram como os do Hadouken! Por trás daquela armação de bicha, havia olhos verdes. Fiz uma careta e sacudi a cabeça afastando os intrusos da minha cabeça e voltando à garota entre minhas mãos.

— Qual é o problema? — perguntou incrédula.

— Nada, são só... A cor... A cor dos seus olhos, eu... — tentei explicar, mas eu devia ter feito uma careta muito sinistra pra ela, que se livrou de mim, levantando-se do banco irritada.

— Este mulherão todo de bandeja e você cisma com a cor dos meus olhos? Você é um viado filho da mãe! — disse e saiu pisando duro.

Ta aí uma coisa que nunca pensei que você ser chamado na vida... Viado!

Eu sou macho, pô! E muito macho!

E quer saber de uma coisa? Vou provar o quão macho sou!

Disquei no primeiro número de contato recente no histórico do celular.

Sa-Sasuke? — perguntou surpreso.

— Quê que é? — perguntei irritado.

Não sei, foi você quem me ligou! — protestou Hadouken. Harr. É mesmo eu que liguei!

— Quero saber se... Se você ta a fim de dar um rolê. To precisando desabafar umas paradas aí, que certamente os garotos não iam entender... — disse ao pensar nos meninos me zuando quando eu dissesse que a poodle tem o poder de deixar os caras meio viados. Harr. Maldita!

Tudo bem, mas... Ta meio tarde, né? — disse relutante.

— Tem hora pra chegar em casa agora é, Hadouken?

Não, não, mas...

— Ta legal, Hadouken... Então faz o seguinte, me encontra no barraco do Itachi, pode ser? — sugeri.

Ok. Então nos vemos lá... Vou desligar...

— Espera aí, carinha... Você não tem o endereço! — interrompi antes que o cabeça de vento desligasse.

Não? Ah, é... Não, tenho não... — disse com a voz de abobado.

— Demorou pra você anotar aí, mané.

Dei uma enrolada antes de voltar pro barraco do Itachi e quando cheguei por lá, encontrei o Hadouken se equilibrando na guia da calçada feito uma mocinha. Argh...

Dei um empurrão naquele fracote pra parar com aquela besteira; e ele praticamente voou pra dentro do prédio. Da portaria já podíamos ouvir uma música extremamente alta. Malditos vizinhos funkeiros, começaram o baile mais cedo hoje. Harr.

Subimos para o barraco do Itachi e tive a leve sensação de que os olhares raivosos e xingamentos dos vizinhos tinham um destino... Eu. Eu hein, não gosto de ninguém me olhando torto não. Como se eu tivesse culpa do pancadão que estava rolando...

Mas a cada passo que dávamos, a música se tornava mais presente e alta, juntamente com gargalhas e eu temi por abrir aquela maldita porta que estava quase despencando com as batidas do Bond do Mc Capeta.

O que raios tava acontecendo lá? Harr. Respirei fundo ao abrir a porta e perceber que a merda toda era exatamente no barraco do Itachi! Todos os babacas perambulando pela casa com bebidas, felizes da vida. Argh...

— Que merda vocês estão fazendo aqui? — gritei tentando me fazer ouvir naquele fuzuê.

— Cara, você esqueceu? — Neji perguntou. Diabos, esqueci do quê?

— Por acaso meu aniversário chegou mais cedo e eu não to sabendo?

— Pô, Sasuke, você esqueceu mesmo... — se intrometeu Naruto fazendo cara de arrasado. — Do que mesmo ele se esqueceu? — o idiota perguntou e prontamente levou um tabefe na cabeça.

— Não, cara! Estamos fazendo a sua despedida do barraco do Itachi, já que você vai voltar a morar com seu pai! — Gaara lembrou-me.

— Você vai voltar a morar com o seu pai? — Hadouken ao meu lado perguntou. E o que lhe interessa?

Ele nem conhece meu pai! Ignorei-o voltando ao segundo problema principal.

— E precisam dar uma festa pra desabar com o prédio de uma vez? — perguntei olhando em volta pra conferir se as paredes podres aguentariam essa música alta, mas acabei percebendo outra coisa ali...

— Cacete, vocês deram uma festa só de homens? Que viadagem é essa?

— Nós até chamamos umas gatinhas, mas sabe como é, né? Nenhuma quer colar na sua quebrada... São todas da zona Sul e têm medo de bala perdida, tadinhas... — Neji respondeu.

— Que tal falarmos de garotas? Vamos aproveitar que só estão os manos aqui! — sugeriu Naruto.

— Até que em fim essa cabeça loira pensou alguma coisa útil, hein... Precisamos mesmo falar da namoradinha misteriosa do Itachi, da maluquinha da Hinata que tem o universo dentro daquela bolsinha minúscula dela. Da Tenten, minha tesão de repórter, da Ino namorada do frangote ali... ­— apontou pro Hadouken e sorriu sarcasticamente pro Gaara. Certamente insinuando a desavença que ele mantém com ela. — Também precisamos falar da Sah, que pegou uma catapora infinita e deu um chute do rabo do nosso amigão que ta de mudança aqui... Sasuke!!!

— Ela não está mais com catapora. E não em deu um chute no rabo, só pediu um tempo. Se querem falar dessas menininhas por quem estão babando fiquem a vontade, mas não toquem no nome da Sakura, estão me entendendo? — disse irritado e todos pegaram suas bebidas lançando um olhar estranho pro Hadouken e afastaram-se de nós, murmurando um " Vai conversar com seu amiguinho então" ... Porra! Eles estão com ciúmes do Hadouken?!

Revirei os olhos desistindo de interferir no funk e me foquei no principal problema da noite: minha masculinidade.

Estou certo de que sou macho, mas desde que a Sakura resolveu dar um verdadeiro chute no meu rabo, o Hadouken não desgruda de mim. Tanto que toda vez que penso em algo fazer, esse estrainho me vem em mente.

Respirei fundo. Precisava encher bem os pulmões pro que estava por vir.

Aproveitei que os babacas estavam distraídos com as bebidas e as especulações de quem era a nova namorada do Itachi, e empurrei discretamente o Hadouken para o banheiro.

Encostei a porta, e fui checar se não havia ninguém no banheiro além de nós...

A barra estava limpa.

— O que você ta fazendo, Sasuke? Por que me arrasou pro banheiro? — perguntou Hadouken confuso.

Agarrei seus ombros empurrando-o para parede e olhei para porta novamente... Beleza, toma coragem, Sasuke! Você precisa fazer isso! A sua masculinidade está em jogo!

— Se você abrir a boca pra alguém sobre isso eu te mato, entendeu Hadouken? — falei entre dentes, certificando-me de que ninguém nos ouviria.

— Do que você ta falando... — tentou argumentar, mas já era tarde demais. No milésimo de segundo de coragem que tive, grudei minha boca na dele.

Isso mesmo, grudei minha boca nos beiços do Hadouken! Harr. Situações desesperadas requerem ações desesperadas, e impensadas também!

E como pensei, aquele frangotinho de merda estava correspondendo feito uma mocinha, e pra completar tinha a merda dos lábios doce!

Se ousei sentir dúvidas, agora tenho a certeza: Hadouken é boiola, e tava querendo me pegar o tempo todo! Filho da mãe!

— Sasuke? — puta merda! Escutei os meninos chamarem e rapidamente desgrudei do Hadouken, empurrando-o para longe de mim... Virei com um pingo de alívio quando vi que pelo menos a porta continuava fechada... Ninguém testemunhou minha desgraça. Ufa...

A maçaneta girou com certa dificuldade — pois a porta do banheiro está sempre emperrada —, e abriram a porta. Por lá as cabeças dos panacas surgiram, uma por uma, todas boquiabertas. Merda!

— Cara, o que você ta fazendo no banheiro com outro cara? — perguntou Neji e eu olhei pro raquítico assustado ao meu lado... To ferrado!

— Ah, é melhor a gente não saber não... — Gaara disse com reprovação balançando a cabeça ao dar as costas, e assim todos os idiotas saíram atrás deles, e é claro que fui atrás... Precisava me explicar!

Eu que não ia ficar com fama de baitola!

— Voltem aqui, seus idiotas! Não é nada do que vocês estão pensando não, seus malucos! — dizia indo atrás, mas o Hadouken me puxou, me barrando. Olhei pro meu braço onde aquelas mãozinhas afeminadas me agarravam e olhei pra ele.

Se ele ta pensando que eu to interessado de verdade, que mudei de time e virei boiola, ta muito enganado!

— Droga, Sasuke, espera! Não é nada do que você ta pensando não... — ele disse fechando a porta.

— Ta me estranhando, carinha? Não é o que VOCÊ ta pensando! — rebati tentando passar por ele.

— Não, Sasuke, me escuta... — pediu ficando no meu caminho de novo. Ele parecia angustiado, quis apressar logo as coisas...

— Eu já entendi tudo, Hadouken. Você é gay e ta a fim de mim! E não pense que te beijei porque te queria, nãaaaao! Só fiz isso porque queria te tirar do armário! Não tenho preconceito não, Hadouken, só peço que me respeite... Eu sou muito macho!

— Você entendeu tudo errado, Sasuke! Eu não sou gay... — dizia, mas parou, relutante para continuar. — Eu sou mulher. — praticamente sussurrou e sua voz saiu igual de menininha!

— Só porque ta pensando em virar traveco, não significa que você não tenha mais o seu... — dizia, mas ele tapou minha boca com a mão balançando a cabeça.

— Ino me paga! — praguejou para si mesmo. E ainda tem mais essa, imagina quando a Ino descobrir que seu novo namorado é gay, ta apaixonado por mim, o ex dela, e ainda quer virar traveco?

Saí dos meus devaneios quando Hadouken deu um passo para trás, verificando se não havia ninguém nos espionando, como eu tinha feito antes... E me surpreendeu quando suas mãos foram para os botões de sua camisa, abrindo-os. Puta merda! Ta querendo me fazer um Streep a essa hora do campeonato pra me convencer, é? Qual a parte do “eu gosto de mulher” que esse cara não entendeu?

— Eu sou uma mulher, Sasuke... Olhe! — disse ao terminar de abrir os botões da camisa. Engoli seco quando ele ou ela... Ou isso, olhou para os lados, tomou coragem e abriu a camisa, exibindo para mim aqueles dois redondos – e belos – seios comprimidos saltando sob uma faixa que os oprimia. Dei um passo para trás boquiaberto... Tava ficando é maluco.

— Mas... Mas... Ei! — tentava formular uma frase, mas tive que piscar algumas vezes para tentar compreender. — Você é um... Transformes? — sacudi a cabeça tentando lembrar a palavra certa pra homens que mudam o corpo pra de mulherzinha. — Transformista?

— Não é nada disso! Acalme-se, ta bem? Sou uma mulher de verdade, nasci assim... É por isso que você se sentiu atraído por mim, porque sou mulher... Sou sua namorada. Isso mesmo a Sakura, veja! — despejou tirando a peruca ridícula e os óculos, revelando a cabeleira rosa presa num coque.

— Sakura...

— Queria muito te contar, eu juro! — apressou-se em dizer. — Foi tudo ideia da maluca da Ino, eu não queria participar... Te juro! Mas daí ela me colocou numa situação que não consegui negar, nem sair... Eu não queria fazer isso, Sasuke! Me desculpa, por favor... Eu te explico tudo!

— Sakura... — repeti pra mim mesmo tentando entender as coisas, tentando achar um cabimento para tudo isso. Era Sakura ao meu lado esse tempo todo?

— Sasuke, não fique irritado, por favor, me escuta primeiro... Quando você terminou com a Ino, ela inventou que tinha outro namorado para não sair por baixo, mas na verdade ela não tinha ninguém e não conseguiu arrumar ninguém pra esfregar na sua cara. Ela já estava ficando desesperada, e foi aí que ela inventou o Hadouken... Digo o Haruko, e me colocou nessa palhaçada. A princípio eu neguei, não queria compactuar com isso, mas ela é bem esperta... Você sabe como a Ino é, né? Ela praticamente me forçou, e eu também queria ficar perto de você e acabei cedendo... — ela explicou olhando para os próprios pés envergonhada, depois me encarou continuando. — Me perdoa, Sasuke... Em momento algum eu quis te enganar...

Sacudi a cabeça embasbacado...

— Não acredito... — falei avançando pra ela que deu um passo para trás dando de costas com a parede. Apoiei meus braços na parede envolta dela, impedindo-a de fugir e cravei meus olhos nos seus.

De repente, aquela sensação foi me dominando. Há dias que eu precisava dela, necessitava dela... E confesso que veio na hora certa. Soquei a parede tentando extravasar tudo que estava sentindo, e Sakura se assustou encolhendo-se.

— Por favor, acredite em mim! Não quis te enganar... Me desculpa, Sasuke, por favor... — implorou aos soluços visivelmente desesperada. — Eu estava chateada com você depois que descobri dobre nossos pais... Eu só achei que fosse uma maneira de estar perto de você sem me magoar...

— Não acredito que pensei que pudesse ser viado! — falei sentindo um imenso alívio dentro do peito.

Fazer xixi quando se está segurando por tempo demais é fichinha perto do incrível alívio hétero!

Sou macho!!!

Sakura me encarava com confusão e antes de explicar o que se passava comecei a encher aquele rostinho lindo de beijos eufóricos por toda parte. Eu lhe abracei forte, levantado-a do chão. Estava tão aliviado, tão feliz... Não havia espaço para ficar com raiva... Eu não sou gay!

— Ah, Sakura... Você não tem ideia do quanto me alegra essa notícia! — disse tomando-a para um beijo ávido e cem por cento hétero! A coloquei de volta no chão e segurei seu rosto com as mãos. — Precisamos nos acertar, Sakura. Eu não te quero mais longe de mim. Eu gosto de você de verdade, entende?

Ela com os olhos brilhando, assentiu positivamente com a cabeça.

— Sim, eu sei... Você se confidenciou muitas vezes com o Hadouken sobre como se sentia em relação a mim, e além do mais, você se sentiu atraído por mim, mesmo vestida de homem e não tem prova maior de que gosta de mim do que essa! Você não é viadinho meu amor...

Tudo o que ela dizia parou de fazer sentido quando terminou com aquelas palavras... "meu amor".

Mano, ela me ama!

Segurei sua cintura fina e lhe dei um selinho demorado, antes de começar a abotoar novamente sua blusa.

— Então... Acabou o "tempo" que estávamos dando? — perguntei jogando meu charme Uchiha.

— Ah... O "chute no rabo"? Sim, já acabou.

— Então vamos oficializar isso de vez. Ta todo mundo ainda pensando que eu sou gay. — disse e ela soltou uma gargalhada cristalina.

Segurei sua mão, ambos saímos do banheiro só então percebendo que o maldito funk tinha parado. Na sala já não tinha mais nenhum dos panacas, só uma maloca de garrafas pelo chão.

— Eles sabem como destruir uma casa. — constatou Sakura. — Quer ir pra minha?

— Marquei de ir pra casa do bunda branca hoje. Te levo em casa e nos vemos amanhã, pode ser? — perguntei preparado pra senti-la com raiva por mencionar o quão "amiguinho" me tornei do meu velho, mas ela não se perturbou com isso.

— Perfeito. Quero passar o dia com você amanhã. — disse sorrindo e levou um beijo pra deixa de ser Hadouken. Tsc...

— Eu queria te explicar o porquê de eu ter aceitado voltar pra casa do meu pai, eu...

— Shiii... Não precisa. Você tomou uma boa decisão e sei que não foi pra voltar a ser o playboy mimado e insuportável que era antes da pobreza...

— Eu errei muito. Fui um insuportável, quebrei o carro do meu pai com os malditos rachas, te azucrinei, fui pra cadeia e tantas outras burradas... Mas graças aquele velho e a você, tenho conseguido ser menos ruim.

— Eu estou muito orgulhosa de você. Por outro lado, eu é quem tenho sido um desastre... Me rebelei contra a minha mãe, contra você, fiquei bêbada, parei de ir trabalhar, contei mentiras pra todo mundo que se importa...

— Ei... Você ficou desorientada, Sakura, eu melhor que ninguém sei o que é ter a vida chacoalhada de cabeça pra baixo. Eu e você tivemos nossa reabilitação. Passamos por cada merda, mas estamos aqui, juntos e não precisamos mais deixar com que os desentendimentos nos atrapalhem daqui por diante.

— Sei disso. — disse ela sensibilizada me abraçando. — Vou voltar a falar com a minha mãe, prometo.

Também vou pedir desculpas pro seu pai. Eu me envergonho de tudo...

— Eu estou muito orgulhoso de você. Voltou a ser minha nerdzinha favorita! — brinquei recebendo um murro no peito, lembrando-me das aulas de luta que dei pro Hadouken. Não era pra menos que um peteleco o derrubava... Eram os punhos da minha namorada! Argh...

— Eu te tratei com grosseria, pensando que fosse homem, Sakura... — disse lamentando.

— Me ferrei na mão de vocês, seus trogloditas! E pretendo ser muito mimada, como pagamento pelos empurrões e apertos de mão esmagadores que me davam.

— Pois não, é pra já! — disse voltando a lhe beijar calidamente, enquanto afagava seus cabelos. — Te mimarei muito... Meu amor.


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Notas finais do capítulo

O que acharam do capítulo? Comentem! Recomendem!

Três beijos! Até domingo! *--*