Entre Mares e Livros escrita por mille_crotti, kat_h


Capítulo 29
Minha luta com o Deus [pamonha!] da Guerra


Notas iniciais do capítulo

Olá queridooos!
Está pequeno, mas ainda sim é um capítulo!
Mega obrigada a Naruto Potter e Testando pelas 16ª e 17ª recomendações!
RECADO SUPER ULTRA MEGA IMPORTANTE NAS NOTAS FINAIS, POR FAVOR, LEIAM!



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POV. PERCY

Você deve estar pensando algo como “Nossa, como esse cara é burro!” ou então “Nossa, que idiotice Percy”. Só vou te dizer uma coisa: você tem ABSOLUTA razão. Sinceramente, acho que dessa vez me superei na idiotice, eu mereço um prêmio. Mas não consegui me controlar: a simples imagem de Ares já nos faz querer sair brigando com todo mundo. É claro que, no meu caso, eu poderia ter brigado com Nico ou com Annabeth, mas não, a minha hiperatividade me levou direto ao Deus da Guerra.

                Deixe-me explicar uma coisa: em três minutos, eu estava empapado de suor, e Ares apenas ria da minha cara. Ele previa todos os movimentos que eu faria e desviava deles com facilidade, mas para o meu azar, esse poder é exclusivamente dele, ou seja, me dei mal, muito mal.

Mas eu não poderia desistir, não com tudo em jogo. Eu tinha uma vaga idéia de Annabeth e Nico gritando a cada defesa ou ataque de Ares, e muito ao longe eu ouvia o que pareciam trovões.

                Distrai-me com meus pensamentos, e Ares me derrubou no chão. Rindo e com a espada em minha garganta, ele disse:

                - E agora, heroizinho. Quem é o pamonha?

                Confesso que a essa hora eu estava tremendo. Contracorrente estava longe de minhas mãos, e Nico e Annabeth assistiam à cena paralisados. Nessa hora começou a chover, e um raio iluminou melhor o beco. E foi quando eu vi canos e mais canos subindo pelas paredes que eu tive a idéia mais maluca e desesperada de todas: tentar, silenciosamente, sem que Ares perceba, controlar a água ao meu redor. Isso, é claro, antes que ele me mate, o que não deixa com muito tempo.

                - Bom, na verdade, continua sendo você.

                Ele bufou, mas estava funcionando. E foi nessa hora que percebi algo que aposto que ninguém havia percebido ainda: Ares estava tendo uma luta interna dentro de sua própria cabeça, balançando-a de um lado ao outro, murmurando coisas a si mesmo. Consegui entender algumas frases soltas como “Não o mate!” ; “Já conseguiu o que queria, porque não posso? ”; “Não, ele é importante” e “Obedeça!”. Ele olhava tão fundo em meus olhos e com tanta raiva, que nesse momento desejei que minha mãe estivesse certa quando me disse uma vez que a raiva pode deixar cego até o mais poderoso.

Senti um repuxo em minha barriga, sinal de que estava conseguindo fazer alguma coisa,  e continuei tentando dividir minha atenção entre Ares e a onda gigante que se formava atrás dele.

- Sabe, Percy Jackson, você é tão petulante quanto seu pai. Aposto que só pensa em si mesmo e não está nem aí para o que os outro pensam. Por exemplo: sua namoradinha ali avisou que você não deveria ter entrado nessa briga, mas você não ouviu. Aposto que se Atena lhe desse algum conselho, aquela chata, você também não ouviria.

- Na verdade, Ares, pelo contrário. Eu ouço até mais do que deveria. Sei, por exemplo, que a idéia de roubar o Elmo e o Raio não foi sua. Sei, por exemplo, que tem alguém te controlando. E sei, por exemplo, que minha mãe estava certa: a raiva cega até os mais poderosos.

Não deu tempo de ele saber o que o acertou, em questão de segundos ele estava envolto em uma bolha d’água, como aquela que fiz quando salvei a mim e a Annabeth no ônibus. Ares se debatia, tentava nadar e até tentou cortar a água com a espada, mas nada funcionou. Chegou uma hora que ele apenas parou e ficou me encarando. Em minha mente, ele disse: “Não pense que saiu vitorioso, heroizinho. Quando mais precisar de sua espada, quando mais precisar do poder da guerra, ele falhará.” E logo em seguida ele apenas sumiu numa explosão de luz, apenas tivemos tempo para fechar os olhos.

Onde antes estava o deus, agora via-se um velho elmo enferrujado e um cilindro dourado.

Desfiz a bolha, meu poder estava minando minhas forças, e eu apenas escorei na parede para não cair ao chão. Annabeth e Nico vieram ao meu encontro, já com ambrosia nas mãos. Nico demorou alguns segundos até conseguir falar alguma coisa.

- Essa foi...

- Por pouco. – Completou Annabeth. – Será que você não pensa nenhuma vez, cabeça de algas? Onde você estava com a cabeça quando resolveu lutar com Ares? Você não ouviu o que minha disse?

- Annabeth... como disse ao Ares, eu ouvi o que ela disse, só não segui. E veja só: eu não estou morto.

- Mas praticamente assinou seu atestado de óbito! Você tem idéia de que arranjou Ares como inimigo mortal, não tem? Isso é estupidez.

- Annabeth, chega de falar de Ares. O ponto é que conseguimos o raio e o elmo, apesar de eles não serem exatamente o que eu esperava, e a julgar pela cor do céu e pela intensidade dos trovões, eu diria que é melhor irmos devolver isso aos respectivos donos antes que eles explodam o mundo durante sua pequena reuniãozinha.

Inevitavelmente, nós três olhamos para o céu nesse momento, e imediatamente nos levantamos e começamos a andar, não tínhamos muito tempo.

***

Levamos quase duas horas para chegar ao Empire State, a cidade estava um caos, era engraçado ver que alguns bairros estavam perfeitos enquanto outros pareciam ter sofrido com a explosão de bombas atômicas.

Assim que chegamos, fomos até o porteiro, que lia jornal, e logo falei.

- Boa tarde, precisamos ir ao Olimpo, urgente.

O porteiro olhou-me como se eu fosse louco, deu uma risada de escárnio e respondeu, voltando os olhos ao jornal:

- Tá maluco cara? Você acha que eu tenho tempo de ficar aguentando brincadeirinha de menino mimado? Saia já daqui, antes que eu chame a segurança.

Eu estava prestes a pegá-lo pelo pescoço, quando Annabeth se adiantou e fez isso por mim.

- Escuta aqui cara, nós não enfrentamos um minotauro, a Medusa, não ficamos presos por três anos em um hotel enfeitiçado e lutamos com Ares para sermos barrados por você, que pensa que é ator fingindo que o Olimpo não é aqui. Então, a não ser que você queira que eu conte ao seu chefe, e ambos sabemos de qual chefe estamos falando, que não lhe devolvemos seu raio mestre porque o porteiro não nos deixou passar.

Seu rosto estava a centímetros do homem, que suava frio com a ponta da adaga de Annie em sua barriga. Ele engoliu em seco, e retirou do bolso da camisa um pequeno cartão dourado. Annabeth arrancou o cartão de sua mão, colocou-lhe ao chão e disse, com um sorriso meigo “Obrigada, tio!”. Doida! Depois o meu humor que é instável!

Em pouquíssimos minutos, estávamos olhando para a cidade do Olimpo. Linda. Magnífica. Perfeita. Mas não conseguimos explorá-la, afinal, o destino do mundo estava nas minhas costas, mais exatamente na minha mochila.

O caminho era mais longo do que parecia, passamos por dezenas de estátuas dos deuses olimpianos e dos deuses menores. Logo, entramos na pequena trilha de pedras que nos levava à Sala dos Tronos, e em alguns segundos, irrompemos salão adentro, sem bater, sem se acalmar. Um grupo composto por três semideuses e um sátiro, acusados de ladrões, carregando duas das mais poderosas armas do mundo, invadindo a reunião dos Deuses e enfrentando treze olhares furiosos, sedentos para nos matar pela ousadia.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Não? De qualquer maneira, enviem reviews e, quem achar que merecemos, enviem recomendações! =]
RECADO IMPORTANTE!!
Resolvi seguir o exemplo da leitora Kitty Hell e criei uma página no facebook para a fic Mares e Livros. As atualizações, novidades e recados serão postadas lá, bem como aviso de novos caps! Além disso, gostaria de encontrar todos vocês lá! =]
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Até o próximo cap! beijossss
Mille e Kat