Ready, Steady, Love escrita por N_blackie


Capítulo 21
Capítulo 21




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Sem Tempo a Perder

Marlene corria. Os corredores estavam apinhados de gente, alguns estudando desesperadamente para os exames finais e outros se amassando tentando esquecer das preocupações, e seja por um motivo ou pelo outro, ninguém parecia ligar a mínima para o fato de que havia uma grifinória procurando por alguém. Enquanto passava de lugar por lugar olhando e depois correndo, Marlene passou por alguns espelhos, e se sentiu como uma mendiga esfomeada. Desde o discurso de Dumbledore não dormia direito, sentindo que a qualquer momento a Professora Mcgonagal iria acordá-la para avisar que seus pais haviam sido encontrados mortos, e quase não comia tamanha a ansiedade.

E além de tudo, havia Sirius. A conversa que tivera com ela a fizera sentir mais do que apenas triste. Sentiu-se fútil por pensar que enquanto pessoas estavam morrendo a maior das preocupações dela era se Sirius era ou não um grande pegador. Sentiu que estava perdendo tempo a cada minuto que passava sem ele por perto, e que o único que poderia tirar aquele medo de sua mente era ele. Sirius não era calmo, muito pelo contrário, mas seu estilo passional parecia arrebatar tudo de ruim que se alojava dentro dela.

Dorcas e Remus estavam encostados num canto, ela acariciando os cabelos dele enquanto decoravam alguns feitiços que certamente cairiam nos N.I.E.M's, e se assustaram quando Marlene, aparentando uma morta viva, derrapou na frente dos dois e ofegou:

- Vocês viram Sirius?

- Não, Lene, desculpa. - lamentou-se Dorcas, sorrindo. - O que ele fez dessa vez?

- Nada, preciso falar com ele. Tchau! - Marlene despediu-se enquanto corria novamente, sem entender aonde Sirius fora parar. Já procurara em todo lugar: Salão de Entrada, sala dos professores, Sala Comunal, Corujal, Campo de Quadribol e até no armário de vassouras, sob protestos veementes de Filch.

- JAMES! - gritou quando viu os cabelos pretos levantados para trás que andavam perto de Lily. O maroto virou-se rapidamente para trás, assustado, e franziu a testa quando Marlene parou de chofre na frente deles e começou:

- Vocês viram Sirius? Eu preciso falar com ele, nada sério, ele não fez nada, não estou brava, só preciso... falar... com... ele.

- Ele acordou bem cedo hoje. - pensou James em voz alta, e Marlene revirou os olhos.

- Não estou querendo saber se ele acordou cedo, James!

- Calma, garota. Ele acordou cedo e disse que precisava pensar.

- Onde ele vai para pensar?

- Eu... Ah, já procurou no Campo de Quadribol?

- Já.

- Corujal?

- Já.

- Sala Comunal?

- Aham.

- Perto do Salgueiro Lutador?

- Ele disse pensar, James, não suicidar. - Marlene perdeu a paciência, e James deu de ombros. Furiosa por ninguém saber onde ele estava, Marlene nem disse nada e voltou a correr.

Pensar. Aonde Sirius iria para pensar, meu Deus? Marlene olhava para os lados loucamente esperando vê-lo, ouvi-lo, e na altura em que chegou aos corredores, já estava começando a questionar se ele realmente existia ou não. Balançando a cabeça e pensando seriamente em desistir depois de cogitar uma ideia tão absurda, Marlene sequer reparou quando, numa curva, parou no meio de Nick Quase Sem Cabeça, sentindo a sensação de mergulhar num balde frio inundar sua cabeça e a acordar de seus pensamentos confusos.

- AI! - gritou, e o fantasma a olhou levemente ofendido por um instante, para logo depois se comprazer com a situação da garota.

- Ora, se não é a Senhorita Mckinnon! Pelo seu estado creio que veio me perguntar como é morrer, certo? Bom, muitos me fazem essa pergunta, e depende muito do jeito que você morre. Visto pela aparência que a Senhorita carrega creio que está para falecer devido à doença, o que é um meio deveras ruim de se partir. Claro que...

Marlene encarava o fantasma completamente confusa, sem entender porque Nick Quase Sem Cabeça pensava que ela estava terminalmente doente, até que lemrbou de seu estado. Meu Deus, estou dando susto em fantasma, pensou em desespero. Tentando ser o mais delicada possível, limpou a garganta e disse:

- Hum, Sir Nicholas... Eu não estou doente.

- Hã? - o fantasma parou no meio da sentença. - A Senhorita não está... Hum... Então porque veio me procurar?

- Eu queria saber se o Senhor viu Sirius Black.

- Oh, o Senhor Black passou por mim hoje de manhã. Veio me perguntar algo sobre antigas famílias e como...

- Para onde ele foi? - interrompeu Marlene. Nick Quase Sem Cabeça franziu a testa translúcida.

- Torre de Atronomia, Senhorita.

- Obrigada! - Marlene agradeceu, correndo na direção oposta com energia renovada. Já tinha esquecido completamente o que tinha planejado falar, e enquanto passava pelos outros alunos, tentou recapitular tudo, sem sucesso. Subiu as escadas para a Torre de três em três degraus, e quando conseguiu distinguir a silueta de Sirius, percebeu que o maroto estava bem pensativo.

- Sirius?

Mais rápido do que ela esperava, o garoto virou-se e ergueu-se, a ohando como se não acreditasse que ela o havia encontrado. Tentando não parecer desesperada, Marlene engoliu em seco e disse:

- Eu quero. Eu quero você, Sirius.

Ainda sério, o garoto foi até ela e encaixou suas mãos em torno de sua cintura, a olhando profundamente.

- Você sabe que toda a minha família trabalha para Voldemort? Não posso esconder isso, não depois do que Dumbledore falou.

- Eu sei, mas você não é como eles. Eu quero ficar contigo, não importa o que aconteça.

Sirius sorriu de lado, estreitando os olhos sensualmente. Marlene sentiu seu pulmão expelir todo o ar que tinha dentro, e enquanto Sirius se aproximava, sentiu como se alguém tivesse transformado suas pernas em geleia. Seus lábios se tocaram, e Marlene sentiu a língua de Sirius pedir passagem para aprofundar o beijo. O coração martelando dentro do peito, Marlene sentiu Sirius empurrá-la até a parede, e reconheceu que realmente, ele beijava muito bem. Mas ao mesmo tempo, algo mais acontecia, e ela reconheceu que por mais que muitas já tivessem experimentado aquele beijo, Sirius nunca tratara a garota com tanto carinho.


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