POV Damon

Há quem diga que muitas vezes é necessário se beijar alguns sapos antes encontrar o seu príncipe. No caso da minha Bella, ela teve que beijar um sapo armado em bola de espelhos, onde já se viu brilhar com a luz do sol? Claro que eu também dei uns beijos antes da encontrar, mas a Bella tem uma teoria para isso, e eu concordo com ela. Se não tivéssemos tido essas experiências, não seriamos o que somos hoje, e a probabilidade de nos conhecermos era muito pequena, por isso benditas experiências desastrosas.

A Bella sempre a Bella, estava sempre a pensar nela, eu que pensava que isso era coisa de adolescente, eu deixava qualquer adolescente a milhas de distância. Esses meus pensamentos foram interrompidos gritos de três crianças, algo que se estava a passar e algo me dizia que não era algo bom. Corri escada a cima e dou com os três a chorar, fiquei em pânico.

- O que se passou?

- A mamã está em perigo, alguém a está a atacar, pai vai ajudar a mãe – o meu mundo caiu quando a Mary disse isso.

Agora eu tinha um outro problema, eu tinha de ir ajuda-la, mas e os meus filhos, eu não sabia se era seguro deixa-los aqui, mas leva-los em direcção ao perigo não me agradava, maldita hora em que o Stefan e a Elena decidiram ir fazer uma lua-de-mel. Tomei então a decisão.

- Lucas, ficas responsável pelas tuas irmãs, alguma coisa, activas o teu escudo. – disse ao meu filho, ele podia proteger as irmãs.

- Sim, pai.

- Maggie, fazes um favor ao papá? – disse olhando a minha mini-Bella.

- Sim. – disse decidida.

- Vais colocar a tua camuflagem em torno da casa, só tiras quando sentires a mamã a chegar e dizer que é seguro. Está bem?

- Sim, papá.

Depois disso, dei um beijinho a cada um e corri o mais depressa que consegui em direcção àquele cheiro que eu tão bem conhecia. Quando cheguei vi a Bella e outra vampira a andarem às voltas numa clareira. A vampira que ali estava ao me ver, correu na minha direcção para me atacar mas bateu contra uma parede invisível, ficando aí presa, e começou a gritar de dor.

- Pára com isso, como ousas estar a usar o meu poder contra mim? – a Bella olhou para mim sem entender, eu também não entendia.

A vampira caiu no chão sem forças, eu nem pensei, agarrei num pedaço de madeira, do qual fiz uma estaca, e perfurei-lhe o coração. Depois disso a Bella veio na minha direcção e me abraçou, como isso sabia bem, saber que ela estava comigo me dava segurança, eu não me via sem ela. Demos um beijo profundo, para mim aquilo era como respirar, era o que eu precisava para saber que estava vivo. Quando interrompemos o beijo, lembrei-me de três pequenos seres que deviam estar preocupados.

- Meu amor, temos de ir, os nossos filhos devem estar preocupados.

- Eles, nesta altura, já sabem que está tudo bem, mas eu também os quero abraçar. – é verdade, eles já o deviam saber. Sorri.

Quando chegamos a casa, os três correram na nossa direcção, aquilo era uma sensação maravilhosa, aquilo sim, era estar em casa.

Quando os meninos se foram deitar, nós ficamos a conversar, este tinha sido um dia complicado, só de pensar que aquela vampira podia ter matado a minha Bella…

- Meu amor, é tão bom estar assim, nos teus braços. Quando a vi a correr na tua direcção pensei que te pudesse perder – ela disse. Ela também ficou preocupada comigo, por muito que não gostasse que ela se preocupasse, saber isso fazia-me sentir bem, fazia-me sentir amado.

- Por falar nisso, ainda não entendi o que aconteceu. – disse, aquilo era algo que me deixava ainda confuso.

- Eu tenho uma teoria, mas não sei se é possível.

- Qual é a teoria? – estava muito curioso, para saber o que seria.

- Eu acho que o meu dom é misturar dons, parece estranho, mas um dos dons era o do Lucas, era o seu escudo, mas dele surgiu qualquer outro poder, o poder da vampira, pelo que ela disse. Eu fiquei irritada quando ela te estava a tentar atacar, eu só pensei que não queria que ela te magoasse e que ela devia sofrer por sequer ter pensado nisso – ela calou-se. O que ela dizia fazia todo o sentido, como eu não tinha pensado nisso? Talvez o medo de perde-la me impedisse de pensar em qualquer outra coisa, era a única coisa que podia explicar, porque eu burro não sou.

- Acho que tens razão, é a explicação mais lógica. – disse-lhe, dando-lhe logo de seguida um beijo.

- Sem dúvida que não esperava isso, mas é um dom bem útil. – disse meio envergonhada.

- Eu já te disse o quanto és especial, isto é só uma prova.

- Eu acho que sou especial porque estou rodeada de pessoas especiais, Damon. – ela deu-me um sorriso doce, eu amava quando ela me dava aquele sorriso.

- Estás a falar de alguém em específico? – sorri.

- Tu sabes de quem estou a falar. Estou a falar dos meus filhos e de ti – ela mordeu o lábio como só ela conseguia.

- Eu sei que sou super sexy, cheio de charme, uma inteligência a cima da média, os olhos de parar a respiração e … - ela interrompeu-me.

- O vampiro mais convencido, mas mais maravilhoso que eu conheço – ela sorriu e eu não resisti e beijei-a com toda a paixão.

- Só sou maravilhoso porque estou junto a ti, antes de ti, podes ter a certeza que eu não era assim – esta era a mais pura verdade, a Bella tinha-me mudado, de maneiras que eu nunca pensei que seriam possíveis.

- Tu eras maravilhoso, só que tu deixaste isso trancado em ti, era a tua maneira de não sofrer, era a tua maneira de evitares sair ferido. – eu ainda não consegui entender como ela me conhecia tão bem, nunca ninguém me conheceu assim.

- Sabes que te amo?

- Eu também te amo.

Ficamos ali apenas um junto ao outro, como se nada à nossa volta importasse, neste momento o simples facto de sabermos que estávamos juntos era o importante, o resto eram simples pormenores.