POV Stefan

Os últimos dias têm sido de loucos, mas excelentes. Quando a Bonnie disse que a Elena estava grávida eu nem quis acreditar, era bom demais para ser verdade. Eu já imaginava eu a brincar com um menininho, a correr de um lado para o outro, a ter conversas “de homem para homem” ou então a mimar uma linda garotinha e a protege-la de qualquer marmanjo que a quisesse roubar de mim. Para mim, não era muito relevante o sexo do bebé, desde que ele estivesse bem era o mais importante. Claro que esta gravidez, apesar de muito bem-vinda, preocupava-me. A Elena andava quase sempre cansada, praticamente estava sempre em repouso. Claro que isso era de se contar, no fim de contas a gestação era muito rápida e isso consumia muitas das energias dela.

Eu ficava em casa grande parte do tempo, não queria deixar o meu amor sozinho. Praticamente só saía para caçar, coisa que não fazia com muita frequência. Durante a última caçada, apercebi-me que os outros vampiros pretendiam surpreender as suas companheiras. Eu não ia deixar a minha companheira de fora, mas teria que fazer algo em casa, eu não queria que ela corresse algum tipo de perigo. Foi quando tive uma ideia, podia não ser nada comparado ao que os outros iam fazer, mas com toda a certeza ia ser de coração.

Saí e fui comprar tudo o que precisava. Cheguei a casa quase ao anoitecer, fui em direcção à piscina, preparei o que tinha a preparar e entrei. Depois de todos se terem ido embora eu fui ter com a minha Elena.

- Meu amor, será que podias vestir um bonito vestido?

- Para quê? – perguntou ela.

- Tenho uma surpresa para ti.

- Diz-me que não vamos sair. Eu estou muito cansada – isso era evidente na sua cara.

- Não vamos sair, está descansada, mas mesmo assim podias ir vestir uma roupa especial.

Enquanto ela se arranjava, eu fui para a sala, ela desceu alguns minutos mais tarde. Eu fiquei deslumbrado, ela estava mais do que linda, estava radiante.

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- Estás maravilhosa.

- Tudo para ti – disse ela dando uma voltinha.

- Vamos?

- Claro.

Peguei na mão dela e levei-a até à piscina, ela olhava para todos os lados como fascinada, isso era muito bom. Era sinal que eu tinha acertado.

- Está tudo lindo. As rosas e as velas na piscina ficaram excelentes. Eu nem sei o que dizer. Stefan, obrigada. – disse ela me beijando.

- Este lugar também ajuda.

- Foi muito bem pensado criar uma estufa com uma piscina dentro. – isso foi ideia da Esme, ela cuidava da estufa com muito carinho, isso ajudou-me muito na escolha do lugar.

- A conversa está muito boa, mas podemos continua-la durante o jantar – disse-lhe.

- Acho mesmo boa ideia – disse sorrindo.

O jantar correu maravilhosamente, a Elena comia com gosto, enquanto isso conversávamos sobre as expectativas que tínhamos para o nosso bebé. Éramos os típicos pais de primeira viagem, muitos medos e inseguranças, mas ao mesmo tempo muita felicidade, no fim de contas, contra todas as expectativas íamos ser pais.

- Elena, podes fechar os olhos por um momento? – disse depois dela ter comido a sobremesa.

- Tudo bem – mal ela o fez, eu fui buscar as prendas que comprei durante a tarde.

- Isto é para vocês? – disse lhe dando os embrulhos.

- Para nós? – perguntou confusa.

- Sim para ti e para o nosso filho. É uma prenda conjunta.

Ela abriu com muito cuidado. O primeiro que ela abriu tinha uma roupinha e uns sapatinhos, tinha visto numa loja de criança e não resisti.

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- Meu amor, que coisinhas mais fofas. O papá comprou uma prendinha para ti, meu doce – disse ela acariciando a barriga e sorrindo.

- Não é a única coisa que estava nesse embrulho – disse.

- Não? – ela começou a ver melhor e encontrou um anel que eu tinha comprado para ela. Ela abriu e fechou a boca várias vezes como se tivesse ficado sem fala. Por momentos fiquei preocupado.

- Estás bem?

- Sim. Eu só fiquei palavras, é lindo. AMEI. – ouvir aquilo me deixou muito feliz.

- Ainda tens aí outro presente.

- Pois tenho. O que será que o papá comprou, neném? – disse acariciando a barriga e abrindo a prenda.

- É uma prenda para a mamã e para o bebé – disse, tocando-lhe na barriga e senti o meu filho a mexer-se. As sensações que isso provocava em mim era algo que eu não conseguia descrever, eu nunca imaginei que fosse tão especial.

- São lindos. O ursinho é uma ternura, e o colar é deslumbrante.

- Ainda bem que gostaste. Amo-te tanto, meu amor.

- E eu a ti. Não consigo ver a minha vida sem ti e sem o fruto do nosso amor. Ele foi sem dúvida o presente melhor que me podias dar.

- Acredita que esse foi um presente que eu mais agradeço por ter recebido. Tu fizeste de mim o homem ou vampiro mais feliz do mundo.

Eu peguei nela e a levei para um sofá que havia na estufa, ficamos ali muito tempo. Ela ao fim de algum tempo adormeceu, o que era normal, o dia tinha sido cansativo e ela já apresentava aparência de uma gravidez algo avançada. Eu amava vê-la dormir, ela parecia um anjo, o meu anjo. Ela acordou faltava pouco para o amanhecer.

- Bom dia – disse bem disposta.

- Bom dia. – disse, beijando-a.

- Sabes o que me apetecia? – perguntou ela manhosa.

- Não me digas que estás com desejos, isso não tinha já passado? – perguntei. Essa foi uma fase breve, mas ela teve desejos de todos os tipos, e alguns bem estranhos.

- Não é bem isso. Estava a apetecer-me dar um mergulho antes do sol nascer.

- Os seus desejos são ordem – disse-lhe.

Não demorou muito tempo até estarmos naquela água maravilhosa dando beijos apaixonados enquanto trocávamos juras de amor.

- Tive uma boa ideia ou não? – perguntou ela.

- A melhor.

Saímos de lá quando a Elena começou a ficar com fome. Ela foi para o quarto e tomou banho, enquanto isso, eu preparei-lhe um pequeno-almoço, que tomámos juntos na nossa cama. E foi aí que ficamos grande parte da mamã, abraçados como se o mundo exterior não existisse.