POV Damon

A Bella devia descansar mais, eu estava preocupado. A Elena descansava muito mais que a Bella, tudo bem que a gravidez dela fosse mais rápida, mas mesmo assim, ela tinha de descansar. Agora andava a preparar uma surpresa do Edward para a Anna, ou algo assim, isso pelo menos tinha uma coisa boa, significava que ele ia deixar a minha Bella em paz. Mas foi aí que me surgiu uma ideia, se aqueles dois iam ter uma surpresa romântica, a minha Bella também ia ter.

Fazia uns dias que durante uma caçada encontrei uma gruta, ela ia ser perfeita para a surpresa. Preparei-a, e modéstia à parte, estava fantástica.

Depois da Anna sair com o Edward, foi a vez de eu convidar a minha princesa para sair.

- Meu amor, tenho uma surpresa para ti.

- E o que seria?

- Se eu dissesse, deixava de ser surpresa, não é?

- É. Mas podes me dar uma pista. – disse manhosa, e como ela sabia ser manhosa quando queria.

- Vai vestir um vestido bem bonito, porque iremos sair.

- Tudo bem, já volto. – deu-me um beijinho e subiu.

Quando ela desceu eu fiquei encantado, quer dizer, esse era o meu estado sempre que estava junto a ela. Ela vestia um vestido azul, a sua barriga era já bem visível nele. Ela estava deslumbrante, ouro sobre azul.

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- Vamos então? – disse ela sorridente.

- Vamos, meu amor.

Mal saímos de casa, peguei-a ao colo e me dirigi à gruta. Pouco antes de a alcançar parei, faltava uma coisa.

- Meu amor, confias em mim? – perguntei-lhe.

- Confio. – disse ela.

Eu peguei numa venda e tapei-lhe os olhos.

- Fica aqui sossegada, que eu já volto. E nada de tirar a venda.

- Tudo bem, mas não demores.

Arranjei tudo o que faltava e voltei para o meu amor, agarrei-a ao colo e levei-a para a gruta. Pousei-a no chão e tirei-lhe a venda. Mal ela abriu os olhos eu os vi brilhar.

- Isto está lindo, absolutamente perfeito, tal como tu.

- Tu é que és perfeita.

- Damon, mexeu, o bebé mexeu – ela sorria com as mãos na barriga.

Eu não acredito, o meu filho tinha finalmente se mexido, o da Elena já o tinha feito à uns dias, e tenho que confessar que eu ansiava quando isso fosse acontecer. Rapidamente coloquei a minha mão na barriga dela, e senti um chute.

- Meu filho.

- Ele está feliz. – disse ela, sorrindo.

Deitei-me com ela no colchão que tinha colocado no chão, ele estava rodeado de muitas almofadas, eu queria a minha princesa confortável. Ficamos deitados os dois aproveitando aquele momento, eu estava por trás dela acariciando a sua barriga. Nunca pensei ser tão feliz como estava, e ela era a razão de toda a minha felicidade.

- Não quero estragar o momento, mas acho que eu e o bebé estamos a ficar com fome – disse ela.

- Eu não vou deixar os meus dois amores com fome – disse-lhe. Peguei um morango e dei na boquinha linda do meu amor.

- Amo morangos.

- Eu sei. – ela disse, enquanto isso, eu ia lhe dando mais, também lhe servi numa taça sangue. 

- Meu amor, posso te pedir um grande favor? – perguntei-lhe algum tempo depois.

- Claro. O que é? – disse franzindo a testa e mordendo o lábio, sinal de apreensão.

- Por favor, descansa. Tu queres sempre ajudas todos e deixar todos felizes, mas agora é altura de pensares em ti e no nosso bebé. Eu não posso vos perder, vocês são o que eu tenho de mais importante, eu não saberia viver sem ti e os meus filhos.

- Damon, eu vou-me cuidar, eu vou descansar mais. Eu não te quero ver preocupado. – disse ela acariciando a minha face.

- Tu és a luz que ilumina cada um dos meus dias, eu não quero voltar à escuridão.

- Eu estou aqui e vou estar sempre, nós somos um.

O efeito daquela frase em mim era tudo. Não importa tudo o que eu tenha de enfrentar, por ela eu faria tudo, pois eu já não sei viver sem ela.

- Ainda com fome?

- Um bocadinho – ela disse fazendo beicinho.

Dei-lhe na boca mais algumas frutas que tinha trazido, ela andava a comer muitas frutas desde que começou a gravidez, por isso optei por frutas, mas muita variedade. Ela comia com prazer, isso era evidente. Eu sorria feito um bobo.

Algum tempo depois as velas que iluminavam a gruta acabaram por se apagar, mas eu não me importava, a minha visão era perfeita na escuridão. A Bella estava agora adormecida em meus braços. O seu rosto mostrava tranquilidade e felicidade.

- Como eu te amo, como eu vos amo – disse acariciando-lhe a barriga.

Ela acordou, algum tempo depois do sol nascer.

- Bom dia, amor. – disse ela sorrindo.

- Bom dia. – disse-lhe, dando-lhe um beijo, ou melhor uma série deles, já que eu raramente consigo ficar só por um.

- Está aqui tão bom, mas acho que temos de ir, os nossos filhos devem estar a acordar.

- Mas antes, tens de te alimentar.

- E o que vai ser o meu pequeno-almoço?

- Sangue, frutas e uma omeleta. Que achas?

- Perfeito. Tudo o que fazes é perfeito.

- Tudo o que há de melhor para a minha noiva e os meus filhos.

- Tu és o melhor noivo e pai do mundo.

- E tu a melhor noiva, e que me deu os filhos mais fantásticos que podem existir.

- Sabes que amo as tuas surpresas, os nossos momentos a dois e os nossos beijos e abraços e… - nesse momento beijei-a, mostrando-lhe o quanto eu também amava cada momento partilhado entre nós.

Quando chegamos a casa os nossos meninos ainda não tinham acordado. Decidimos preparar-lhes o pequeno-almoço e depois acorda-los e foi o que fizemos. Depois do pequeno-almoço, eles foram brincar com o Emmett, enquanto os adultos ficamos na sala a conversar, esperando a chegada do novo casal da casa. Todos estavam ansiosos, a Bella especialmente, ela via a Anna como uma irmã e queria a sua felicidade, assim como a do Edward. Quer dizer, a Bella queria todos felizes, ela ia sempre tentar ao máximo para que isso acontecesse. Para mim ela não tinha defeitos, e mesmo que os tivesse eles eram mascarados por todas as qualidades que ela possuía.