Partidas do Destino escrita por dama_cullen


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Obrigada pelos reviews, me deixaram muito contente.
Espero que gostem, este capítulo, como já tinha dito, é o ponto de vista do Damon.
Boa leitura.



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POV Damon

Nunca fui o bom da fita, nem nunca pretendi ser. Mas ela me fazia considerar essa hipótese. Ela era como um anjo, o anjo que eu não merecia, mas que agradecia todos os dias ter encontrado. E que encontro…

Eu estava a caçar, fazia-o mais para não aturar o meu maninho e a minha cunhadinha, do que por necessidade. Foi quando senti o cheiro de sangue, aquele cheiro me dominou e eu não resisti. Foi quando vi uma vampira a tentar morde-la, o meu cérebro deixou de me comandar, eram os instintos que me dominavam, mas eles não clamavam pelo sangue dela, mas sim pela sua protecção. Pensando nisso, devia parecer uma mãe ursa a proteger os filhotes, se alguém ouvisse isto eu era capaz de ser gozado para toda a eternidade. Quando matei aquela ruiva, o que não demorou mais de uns segundos, dirigi-me aquela criatura, eu não sabia o que lhe chamar, tal o fascínio que ela me despertava. Ela pouco depois desmaiou e devo admitir que isso me assustou, como nunca nada me tinha assustado. Eu dei-lhe o meu sangue, eu não a podia perder, quando pensei isso fiquei em estado de choque, o que se estava a passar comigo? Corri o mais depressa que pude até à casa do meu irmão, e levei-a para o meu quarto, deitei-a na minha cama e fiquei a olhar para ela, mesmo machucada ela era linda, apesar de não querer nunca mais a ver assim. Cada novo pensamento que tinha me surpreendia.

O Stefan e a Elena não demoraram a chegar, olharam para ela e depois para mim.

- Damon, o que fizeste? – perguntou o meu maninho, como sempre ele pensou o pior de mim, talvez noutras circunstâncias eu não me importasse, mas não quando o assunto era ela.

- Eu salvei-a de uma vampira que a estava a tentar matar, eu matei a vampira, dei-lhe um pouco do meu sangue e a trouxe para aqui. Mais alguma dúvida? – estava a ficar irritado

- Damon, desculpa-nos, desculpa por fazermos juízos precipitados, mas sabes bem que as boas acções não costumam ser contigo – disse Elena

- Talvez esteja na hora de mudar – eu disse isto? Se eu fiquei surpreendido, imagina os outros.

- Estará um anjo para cair do céu? – Stefan disse.

- Talvez ele já tenha caído – olhei para a bela rapariga deitada na minha cama. Eu não conseguia imaginar o que podia estar a acontecer comigo, eu devo estar a ficar doido, não há outra hipótese.

- Damon, estás apaixonado por ela? – Elena perguntou, ela parecia meio duvidosa

- Claro que não. Agora saiam daqui. – falei rispidamente, e eles acabaram por ir embora.

Será que era isso, será que estava-me a apaixonar por esta desconhecida? Não é possível. Eu tinha-me apaixonado duas vezes e não me sentia assim. Eu me apaixonei por Katherine, eu sei que sim, eu quase 150 anos a tentar recupera-la, isso teria de ser amor, não? Claro que ela não sentia o mesmo, ela sempre foi o que eu não conseguia enxergar, uma grande dissimulada. Assim parece que eu também não o sou, claro que sou. Eu tentei fazer com a Elena o que ela fez com o Stefan. Outra por quem me apaixonei, mas como sempre sou sempre o segundo, o meu maninho consegue sempre o que eu quero. Acho que com minha sorte ao amor é melhor me dedicar aos jogos, porque tanto azar deve ter alguma recompensa.

Fiquei várias horas esperando que ela acorda-se, isso estava a deixar-me ansioso. O Stefan acabou por me chamar, apesar de contrariado, desci.

- Que foi? – não estava com vontade de conversa fiada.

- Preciso de saber o que pretendes fazer. – disse o senhor dono da razão.

- Como assim o que pretendo fazer? – estava a ficar exasperado.

- Estou a falar quando ela acordar. Vais deixa-la ir? – ele estava mais sério do que o costume, nele, isso é muito.

- Porque fazes essa pergunta? – eu preferi fazer outra pergunta a responder aquilo, a simples menção de eu perde-la, alguém que eu nem ao menos conhecia, magoava-me.

- Vou ser directo. Vais transforma-la? – a ideia era tão tentadora.

- Não sei. – será que com ela perto a minha ironia desaparece, eu em situações normais não diria isto assim, disso eu tenho a certeza.

Ouvi um leve barulho do colchão, será que ela tinha acordado? Subi na hora, sem ao menos pensar. Ela estava de facto acordada, a nossa conversa prendeu-se com pequenos detalhes, nada de muito concreto, especialmente da parte dela. Fiquei surpreendido por ela ter entendido que a ruiva era uma vampira, mais tarde, conversamos mais e fiquei a perceber que ela sabia do nosso mundo. Ela falou-me do ex-namorado dela, eu fiquei irritado com isso, aquele vampirinho com brilhantes não a merecia, como ele a pode ter colocado em tamanho perigo e virado as costas? Só havia uma explicação, ele era louco.

Não posso explicar a alegria que ela me deu ao decidir ficar connosco, claro que tentei disfarçar dizendo que eu era irresistível e que ela impossível ela não querer ficar perto de tão esplendoroso ser. Eu queria que isso fosse verdade, eu daria tudo para isso. Cada vez mais achava que o que tinha sentido por Katherine não era amor, era um encanto, talvez até alguma obsessão, e por Elena era um fascino, mas acho que no fim, não era o mesmo que Bella me fazia sentir.

Se eu a cada dia que passava mais me convencia que estava a apaixonar por ela, depois de ela ficar doente não restavam dúvidas. Eu não conseguia sair de perto dela, ela cada vez estava mais fraca, eu não sabia o que fazer, decidi começar a dar-lhe o meu sangue, e ela melhorava, mas passado algum tempo voltava tudo de novo. Eu decidi fazer algo que prometi que não iria fazer com ela, fiz uma troca de sangue, bebi aquele sangue maravilhoso, e dei-lhe o meu em troca, eu não podia ficar sem ela, eu tinha de garantir, que fosse o que fosse que ela tinha, que ela ia sobreviver.  

Mais tarde descobrimos o que era, ela estava grávida, grávida daquele vampiro purpurinado. Eu fiquei com ciúmes, raiva, desespero, acho que quase todos os sentimentos me invadiram. O que eu daria para que aquele bebé fosse meu e não daquele lá. Mas algo ainda faltava descobrir, o porquê da gravidez ser tão acelerada, foi quando o meu maninho teve uma ideia. O meu sangue estava a fazer isso, não sei porquê isso deixou-me feliz, talvez sentindo que eu também fazia parte daquele bebé, talvez eu pudesse ser algo mais, talvez pai dele. PAI? O que estava a acontecer comigo? Só posso estar a enlouquecer. Este não era eu, não podia ser.

Os dias foram passando, e eu continuava as nossas trocas de sangue, mesmo sem o consentimento dela, eu não gostava de fazer isso nas costas dela, mas precisava. Não sei porque a Elena não lhe deu verbena, talvez isso se devesse ao facto de tanto a Elena como o Stefan já a considerarem parte da família, e como eu, não a queriam perder.

Ela estava cada vez mais grávida, e cada vez mais linda, nunca vi ninguém tão linda como ela. Eu apaixonava-me mais a cada dia, e até já tinha afeição pelo mini-vampiro, como eu lhe chamava. Houve vezes em que eu pensei lhe confessar isso, dizer-lhe que cuidaria dela e do bebé, que a amava. Mas eu não tinha coragem, que irónico, logo eu que enfrentava todos, não conseguia enfrentar o meu medo e me declarar. Além disso, e apesar da troca de sangue, eu tinha medo que ela morresse na hora do parto, já que esse parto era uma incógnita. Por muito que lhe quisesse transmitir confiança, acho que não estava a ser bem sucedido. Ela lia-me e fazia-me abrir como nunca ninguém me tinha conseguido abrir. Com ela por perto as minhas defesas caiam, e eu parecia um adolescente apaixonado, quantas vezes gozei com o Stefan por isso? E agora estava igual, quem sabe pior.

Eu estava a falar com a Elena sobre Bella, quando senti o colchão fazer barulho, isso significava que o meu anjo tinha acordado, fui na hora ter com ela. Mas ela não estava bem, ela estava prestes a cair, levei-a de volta à cama e chamei o Stefan e a Elena, eles demoraram apenas alguns segundos a chegas. A Elena disse que estava na hora que não havia tempo a perder, mas tenho a certeza que a Bella nem escutou, ela parecia concentrada em algo e foi quando começou a falar, com uma voz muito débil.

- Damon, por favor salva o meu bebé, não o deixes morrer.

Eu fiquei desesperado, aquilo parecia um adeus, eu não queria dizer adeus, e eu não ia perde-la, nem ia perder o meu filho, era isso que ele era ou ia ser.

- Eu prometo, eu não vou deixar que ele morra, nem a ti. Eu preciso de ti, eu te amo.

Ela desmaiou logo a seguir, eu nem sabia se ela tinha ouvido a minha confissão. Mas os outros ao meu lado ouviram, e pareciam até comovidos. Mas eu não tinha tempo para isso, agora era tempo de salvar o meu filho.

- Vamos a isso.

Fiz algo que nunca pensei fazer, rasguei a pele da minha Bella com os meus dentes, aquilo era imperdoável, mas era o que tinha de fazer e foi feito. Quando olhei para dentro da sua barriga, nem quis acreditar. Não era um bebé, eram três, tenho que admitir o tal Edward podia ter muitos defeitos, mas era competente para fazer filhos.

A Elena e o Stefan levaram as crianças para o quarto que a Elena tinha arranjado para o filho da Bella, mas acho que agora teria de redecorar, acho que isso até a deixaria feliz. Eu por outro lado fiquei com a Bella, ela já tinha perdido muito sangue, ela não sobreviveria, então eu fiz uma nova troca de sangue, eu estava desesperado, eu não queria correr o risco de algo correr mal. O coração parou, agora apenas tinha de esperar. Depois da longa espera, pelo menos para mim foi longa, ela despertou.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? O que acharam do Damon?

Ainda não estão decididos os nomes dos bebés, vão ser decididos enquanto escrevo o próximo capítulo. Que devo começar ainda hoje. Como disse vou tentar que os nomes não sejam os óbvios, Edward Júnior, Renesmee, Antony, Carlie, Robert ou Kristen, já andam muitos por aí, e eu não quero gastar os nomes, estou a brincar :)

Ideias e sugestões são sempre bem vindas.
Até ao próximo capítulo