Partidas do Destino escrita por dama_cullen


Capítulo 29
Capítulo 29


Notas iniciais do capítulo

Aqui vai uma conversa do Damon e do Edward, espero que gostem.
Boa leitura



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POV Damon

Eu não acredito que ela tenha ido embora, eu sei as razões dela, mas isso não me deixa tranquilo. Eu não sabia nada dos Volturi, ou como raio eles se chamavam, mas pela expressão dos Cullen, coisa boa não era. Eu tenho medo de a perder, ela é a razão da minha existência, ela é o meu sol, sem ele é como se voltasse à escuridão que tem sido a minha vida por décadas. Mas ela tinha-me feito prometer que ia cuidar das crianças, e era isso que eu ia fazer.

Quando voltamos ao carro, as crianças choravam, elas tinham visto tudo, elas deviam sentir a angústia da Bella por ter de os deixar. Aquilo era de partir o coração, ver aquelas crianças que à poucos minutos sorriam sem parar, agora desesperadas.

- Meus amores, vai correr tudo bem – não sei se disse isso era para os convencer a eles ou a mim.

- Acreditas nisso, papá? – perguntou a Maggie. Ela tinha uma grande percepção das coisas e tenho a certeza que ela se apercebeu que eu tinha medo.

- Acredito na vossa mãe, e ela prometeu voltar – expliquei. Eu sei o quanto ela é determinada, se alguém podia superar isso, era a Bella.

- Quem eram eles? – agora eram as perguntas difíceis, e eu não sabia o que responder, ainda mais porque esta era a pergunta que eu me fazia também.

- Podemos ir andando para uma das casas? Eu vou explicando quem eles são durante o caminho – disse o Edward. Assenti, entrando no carro, e começando a guiar.

- Ed, quem eles são? – perguntou a Mary.

- Existe uma espécie de realeza para os vampiros da nossa espécie. Aqueles que apareceram pertencem à guarda. – ele explicou.

- E o que eles querem com a mamã? – perguntou a Maggie.

- Pelo que eu consegui ver, um vampiro contou-lhes que a vossa mãe, enquanto humana, sabia da nossa existência. Agora eles querem saber se é verdade. – disse ele. Ele não estava a contar tudo, mas entendia, as crianças estavam no carro, e este não era assunto para elas. Mais tarde eu ia faze-lo dizer-me tudo.

- Mas ela vai voltar para nós, não vai? – perguntou o Lucas.

- Sim, ela vai voltar – aquilo era o que eu me tentava convencer.

Chegamos a casa, e a Elena, a Alice, a Rosalie e a Esme levaram as crianças para o quarto, enquanto isso, os restantes ficaram na sala.

- Edward, podemos conversar? – perguntei. Nesta altura não havia espaço para provocações, havia algo muito mais importante, a Bella.

- Claro.

Fomos para o meio da floresta, ficamos frente a frente um com o outro e começamos a conversar.

- O que eles de facto querem com a Bella?

- Existe uma lei entre os da nossa espécie, que diz que os humanos não podem saber da nossa existência. Chegou aos Volturi que a Bella, uma humana, sabia da nossa existência. Eles vieram para a levar e à minha família, para sermos punidos, talvez com a morte, os Volturi não são de dar segundas oportunidades, mas acho que por outro lado queriam que alguns de nós nos juntássemos à guarda. – acho que entendi tudo.

- O que quiseste dizer com “Ele quer-te e o Aro também vai querer”? – perguntei.

- Quando andava à nossa procura ele viu uma fotografia da Bella e ficou encantado. Mas mal a viu, passou a algo mais, eu acho que ele se apaixonou por ela, e iria pedir ao Aro para a transformar – eu dei um murro numa árvore que a fez cair nesse instante. Outro a querer disputar a minha Bella?

- Mas apercebeu-se que ela já era vampira e que tinha um dom. – disse ligeiramente mais calmo.

- Exactamente, isso fez com que ele se apercebesse que o Aro ia querer a Bella para a sua guarda. Isso ia permitir-lhe tê-la para si, e não me admirava nada que o Aro os tente juntar.

- Não vou deixar que isso aconteça.

- Muito menos eu. Eu perdi-a uma vez, não vou perder novamente.

- Como a pudeste deixar? – esta era uma pergunta que martelava na minha cabeça, eu não me podia imaginar a fazer o mesmo.

- Porque a amo, e queria dar-lhe a oportunidade de ter uma vida normal.

- Ela nunca quis isso, devias sabê-lo.

- Eu sei, mas depois do que aconteceu no aniversário dela foi a única coisa que achei lógica. Ela não podia estar sempre cara a cara com o perigo – essa me fez rir, apesar de ser um riso débil.

- Depois que a deixaste o perigo não foi contigo, ficou com ela. E isso podia ter sido fatal para ela.

- Eu tenho te agradecer por a teres salvo e cuidado dos meus filhos.

- Eu não o fiz por ti, nem para dar-ta de bandeja, eu amo-a demais para fazer isso. E quanto às crianças, aconteça o que acontecer, eles para mim são meus filhos. – disse-lhe.

- Posso perguntar-te uma coisa?

- Pergunta, eu depois decido se respondo.

- Alguma vez a hipnotizaste?

- Não para fazer com que ela me amasse. Acho que essa é a questão. – disse. Eu sei que ele imaginava que ela só estava comigo por isso.

- Eu fui o maior idiota do mundo quando a abandonei, mas podes ter a certeza que não passou um segundo desde que o fiz que não pensasse nela, que não quisesse voltar e implorar-lhe que me aceitasse.

- Todos cometemos erros, eu já cometi um monte deles, não vou cometer outro ao deixa-la, isso para mim está fora de questão.

- Achas que a Bella está bem? – perguntou-me receoso.

- Espero que sim. Ela não é mais a rapariga que deixaste, mas isso já deves ter reparado. Ela está mais forte e determinada, se alguém que se pode safar de uma situação destas é ela.

- Temos de arranjar uma forma de a tirarmos de lá. Mas não podemos arriscar, se não as crianças é que ficam em perigo. – ele tinha razão.

- Voltamos agora?

- Acho melhor, as crianças precisam de nós.

- Tréguas? – disse.

- Tréguas. A nossa prioridade é resgata-la. – respondeu-me.

Ficamos horas na sala sem saber muito bem o que esperávamos, mas algo me dizia que algo iria acontecer. Acho que andar na companhia de bruxas e videntes tinha esse efeito secundário.

- Papá, a mamã está a falar connosco, vou tentar que vocês ouçam também – a Bella era incrível, eu sabia que ela ia arranjar forma de nos comunicarmos.

A Bella estava determinada, notei a saudade e a tristeza de estar separada de nós, mas isso ao pé da força e confiança que ela transmitia parecia quase inexistente. Ela foi intransigente quanto a nós irmos lá, mas eu ainda não tinha deixado a ideia de lado, e pelo olhar do Edward, ele também não, mas íamos aguardar pelo menos alguns dias.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Sugestões?
Em princípio, pois muitas vezes mudo de ideias, no próximo capítulo vão ver uma Bella a entrar em personagem. Os tempos de Bella como má atriz, podem ter terminado. O que imaginam ou gostavam que ela fizesse?
Até ao próximo capítulo, beijinhos



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