Meu Amado Monitor escrita por violetharmon


Capítulo 41
Capítulo 41 - Epílogo - 11 anos depois


Notas iniciais do capítulo

GEEENTE, esse é o começo do final '-'
Hoje, dia 29 de abril, a fic faz UM ANO. E nós estamos postando o cap só hoje PROPOSITALMENTE. Foi intencional postar o último cap no dia do aniversário da fic. Então sejamos educados e façamos o seguinte...
PARABÉNS PRA VOCÊ, NESSA DATA QUERIDA, MUITAS FELICIDADES, MUITOS ANOS DE VIDA! AEEEEW!
Bom, sem mais delongas, esperamos que gostem do que preparamos para hoje.
Boa leitura!



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Acordei com mais sono do que quando fui dormir. Há anos eu não me sentia tão sonolenta, mas certas coisas mudam nosso organismo. Tipo crianças. Elas nos cansam, mas nos fazem amadurecer.

Abri lentamente os olhos, sentindo a luz do sol queimá-los. Coloquei meus ouvidos em ação e ouvi Draco falando com alguém - ou algo. 

- Você vai ou não vai funcionar, heim? 

Ah, deve ser o telefone. Desde que nos mudamos para a Londres dos trouxas que ele está completamente confuso com tanta tecnologia. Quando mostrei a ele o que era uma televisão, ele pensou que era um espelho que absorvia pessoas e objetos e os prendia para sempre. 

Levantei-me com certa dificuldade, afinal, sustentar o próprio corpo e mais um barrigão com gêmeos não é nada fácil. Me dirigi à sala e o vi furioso com o telefone em mãos. 

- Bom dia, amor. - Digo. - Problemas com o fone? 

- Bom dia. Ah, essa droga não funciona! 

- Draco, é claro que funciona, lembra-se do que eu te ensinei? 

Ele coça a cabeça e franze as sobrancelhas. 

- Bom, pelo visto você não aprendeu nada, heim?! 

- Desculpa, amor, mas é muita tecnologia pra minha cabeça de bruxo. 

Ri e repassei-lhe os paços sobre como usar um telefone - estou pensando seriamente em anotar tudo em um caderninho e deixar ao lado de seu criado. 

- Para quem quer ligar? 

- Blásio. Ele também adotou esse aparelhinho estranho. - Ele responde, hesitando um pouco com o fone em mãos. 

Draco passou longos minutos falando ao telefone enquanto eu assistia à televisão. Pouco tempo depois, nossa filha mais velha, Heloise, apareceu. 

- Bom dia, mamãe. 

- Bom dia, princesa. Dormiu bem? 

Ela esfregou os olhos e fez um gesto positivo com a cabeça. 

- Sonhei que meus irmãozinhos tinham nascido. 

- Sério? E você quer que eles nasçam logo? 

Confesso que ela ter dito isso me deixou com um pé atrás - eu também sonhei que eles haviam nascido. 

- Eu quero, mamãe. Assim vou ter com quem brincar. 

Draco, que estava na cozinha e voltou com um prato de bolo de chocolate em mãos, riu e falou: 

- Querida, você já tem dez anos, quando eles tiverem tamanho pra brincar com você, você já estará querendo namorar. 

- Draco! - Eu o repreendo. - Não fale nessas coisas. Nós dois já a orientamos para se concentrar nos estudos! 

- Mas um namoro não faz mal. - Ele diz, sentando-se ao meu lado e começando a comer. 

Heloise joga os cabelos loiros para traz e foca os olhos em nós - olhos iguais aos meus -, depois diz: 

- Por que estamos falando sobre isso sendo que ainda falta um ano pra eu entrar em Hogwarts? Quer dizer, eu ainda nem comecei a estudar! 

- Mas está lendo Hogwarts, uma história, certo? - Pergunto, receosa. 

- Claro que sim! E eu lá sou doida de não ler um livro que minha mãe me deu?! 

Ela se senta ao lado do pai, aproveitando para pegar um pedaço do bolo. 

- E o bebê da tia Gina? Eu acho que está pra nascer, também. 

Draco olha para mim com uma cara de quem diz "Ela tem razão, sabia?" e eu apenas reviro os olhos. 

- Sabe, Helo, ainda vai demorar um pouquinho para o bebê da tia Gina nascer. Ainda faltam duas semanas para que ela complete o nono mês. 

- Mamãe, mas uma vez eu estava assistindo um programa na TV que disse que os bebês podem nascer antes dos nove meses. 

- São raros os casos, minha flor. - Digo. 

- O que não significa que não é possível. - Draco fala, depois volta a comer. 

Fico pensando sobre isso. Por que Gina e eu fomos engravidar no mesmo período?! Ah… E daqui há três meses ainda tem o de Luna! 

Desesperada para mudar de assunto, digo: 

- Sabe, Draco, daqui há cinco dias Matthew irá para Hogwarts. Lembra-se que Blásio nos pediu que fôssemos juntos, certo? 

- Claro que me lembro. 

Meus pensamentos concentram-se um pouco em Blásio, voltando onze anos ao passado. Após o baile de formatura ele foi até Emília e pediu a ela que lhe desse uma chance - e ela deu. Hoje estão ambos felizes e, além de Matthew, estão com a pequena Marianne, de quatro anos. Estão tão felizes que me sinto bem só de olhar para eles. 

- Ah… - Suspiro. 

- O que houve, amor? - Draco pergunta. 

- Eu acho que… 

Não preciso dizer mais nada, nós dois sabemos que os bebês irão nascer. 

- Espera um pouco, Mione, eu vou ligar pro Harry e pedir pra ele vir pegar a Heloise. 

- Vai ficar tudo bem mamãe. - Ela diz, beijando meu rosto. - EBAAAA, EU VOU TER COM QUEM BRINCAR! 

Respiro fundo, procurando me acalmar. 

- Alô? - Draco diz, ao telefone. - Harry, preciso que fique com a Heloise, meus bebês irão nascer. 

Ele espera um pouco, enrugando a testa. 

- O QUE?! GINA TAMBÉM ESTÁ DANDO A LUZ?! - Ele respira profundamente. - Por Merlim, e agora? 

Levanto-me devagar e vou para o quarto para pegar a bolsa dos bebês, seguida por Heloise. 

- Meu bem, pega as sapatilhas da mamãe, por favor? - Peço-lhe. 

Ela saltita até o closet, os cabelos loiros dançando por suas costas. 

Draco não tarda a entrar correndo no quarto. 

- O bebê da Gina também vai nascer. Harry irá deixar Alvo, James e Lily com Luna e Ron, então liguei para eles e pedi que ficassem com Heloise. 

- Luna vai… enlouquecer. - Comento, arfante. 

- Não tem como ela ficar pior. - Ele brinca enquanto pega a carteira e a varinha. 

- Mamãe, aqui estão suas sapatilhas. 

Após calçar-me, Draco me auxilia a caminhar até a lareira. 

- Heloise, meu bem, jogue o pó de Flu e diga "Casa de Luna Lovegood", o.k.?

- Pode deixar. 

Ela pega o pó, diz com firmeza o local para onde deseja ir e é consumida pelas chamas esverdeadas. 

- Agora somos nós. Você primeiro. 

Entro na lareira e, após dizer "St. Muguns", sinto-me ser levada para lá. Em poucos instantes, Draco e eu estamos lado a lado em um dos corredores do hospital. 

- Vamos à recepção. 

- Certo… 

Ele me auxilia a caminhar até a recepção onde, para nossa surpresa, encontramos Gina quase estrangulando a atendente. 

- Olha aqui, mulher, eu estou tendo um filho e preciso urgentemente de um médico, o.k.? Tá doendo pra caramba e eu não estou mais aguentando! 

- O que houve, Harry? - Draco pergunta assim que nos aproximamos. 

Mas Harry nem ao menos responde - está ocupado demais em discutir com a mulher. 

- Minha senhora, por Merlim, você quer que minha esposa tenha o filho aqui, no corredor do hospital? 

- Já disse que o médico ainda não chegou, meu senhor. O que quer que eu faça?! 

Olho para Draco, desesperada. Ele nem se dá ao trabalho de retribuir meu olhar, já vai direto ao ponto. 

- E é melhor a senhora arrumar mais um médico, porque tem dois Malfoys dentro da barriga da minha esposa! Ou a senhora arruma dois médicos , ou eu terei que me queixar para o Ministério da Magia! 

A atendente, cujo nome é, de acordo com seu crachá, Luce, logo sai correndo pelo hospital à procura de dois médicos que possam realizar nossos partos. 

- Pelo amor de Deus, de Merlim, de Alá, de Buda, de Kami-sama e de todas as divindades possíveis, nunca senti tanta dor em toda minha vida! - Gina diz, sentando-se na cadeira mais próxima, respirando profunda e irregularmente. 

- Mas esse é seu quarto filho! - Comento, sentando-me ao seu lado. 

- Não importa, nenhum dos outros me deu tanto trabalho como esse. 

Draco e Harry sentam-se ao nosso lado, ambos nos abanando com as mãos. 

Olho para as lareiras e vejo Blásio e Emília surgirem. 

- Disse a eles? - Pergunto a Draco. 

- Claro que sim. 

Eles correm em nossa direção e perguntam: 

- Por que vocês duas não estão na sala de parto? 

- Ah, não sei… - Gina diz ironicamente. - PORQUE O MALDITO DO MÉDICO RESOLVEU ATRASAR, RESOLVEU IR TOMAR UM CAFEZINHO! MAS ATENDER AS GESTANTES QUE É BOM, N-A-D-A! 

- Calma, Gina. - Emília diz. - Daqui há pouco ele chega, o.k.? 

- CALMA?! CALMA O CARAL… 

- Controle-se, amor. - Harry diz, segurando a mão dela. - Você não pode se estressar. 

Gina começa a inspirar e espirar profundamente. Sei que ela está começando a ficar nervosa, e eu também estou. 

Então, para nosso alívio, um grupo de enfermeiras chega para nos atender. 

- Por favor, senhoras, aguardem só mais uns instantes que dois enfermeiros foram buscar as macas. 

- Acho que já era pra essas macas terem chegado! - Gina esbraveja. 

- Pelo amor de Deus, Gina, se acalme. - Harry sussurra. 

Draco me abraça e murmura em meu ouvido para que ninguém possa ouvir: 

- Eu te amo, vai ficar tudo bem, o.k.? Estarei na sala de espera o tempo todo, ansioso para ouvir o choro de nossos filhos. - Ele beija meu rosto suado, depois continua: - Mal posso esperar pra saber o sexo. 

- Foi você quem pediu à médica que não revelasse. 

- Ser surpreendido é bom. - E sorri. 

Seu sorriso imediatamente me acalma, tira de meus ombros todo o peso e o nervosismo do momento. 

Pouquíssimos instantes depois, as macas chegam. Em pouco tempo Gina e eu somos levadas para as salas de parto, uma ao lado da outra. Antes de entrarmos, ela olha para mim e diz: 

- Esse aqui será seu afilhado. 

A noticia me surpreende, fazendo uma lágrima rolar por meu rosto. Nenhum dos três filhos de Harry e Gina foi meu afilhado e, de repente, o quarto é. 

- Sabe, eu queria te dizer só depois, mas Draco e eu andamos conversando e decidimos que um dos dois - Coloco a mão sobre minha barriga. - será seu e de Harry. 

Ambas sorrimos e os enfermeiros empurram nossas macas para dentro da sala. 

POV Draco

Estou muito, muito, muito nervoso, confesso. Não é a primeira vez que estou andando de um lado pro outro numa sala de espera, já passei por isso com Heloise, mas isso não significa que a ansiedade diminui. 

- Draco, senta um pouco. Ficar andando de um lado pro outro não vai resolver nada. - Blásio diz. 

Por um instante, me vem o impulso de dizer que ele não sabe o que está se passando dentro de mim, mas ele sabe. E sabe de uma forma ainda mais dolorosa, isso porque ele já perdeu alguém antes por conta disso. 

E, querendo ou não, lembrar-me do que houve a Pansy me deixa ainda mais nervoso. Sei que Hermione não é uma adolescente de dezenove anos, na realidade é uma adulta de quase trinta. Entretanto, as lembranças daquela época não param de me atordoar. 

Olho, então, para Harry. Ao contrário de mim, ele está sentado no sofá e lendo uma revista. Espera! Ele não está lendo, ele está arrancando algumas folhas e picotando-as. 

- Também está nervoso, Harry? 

- E como! - Ele joga a revista pro lado. - Bom, é meu quarto filho, mas é como se eu estivesse sendo pai pela primeira vez. 

Procurando me acalmar, sento-me também.

- Emília, como estão as crianças? - Pergunto. 

- Ah, dando muito trabalho, como sempre, mas estão bem. 

- Matthew está louco pra segunda-feira chegar logo, mal pode esperar para ir logo a Hogwarts. - Blásio diz. - Ainda mais depois que eu expliquei a ele tudo o que Pansy me disse na noite do baile. 

Lembro-me daquela noite como se tivesse acontecido ontem. Ela significou muito para todos nós. 

- E o que ele disse? - Harry pergunta

Com um sorriso no rosto, Blásio responde: 

- Disse que quer logo ver a mãe, que quer muito conversar com ela. 

- Ainda bem que só faltam seis dias, não é?! - Digo. 

- Verdade. E ele disse que quer que você e Hermione estejam na plataforma nove e meia quando ele for embarcar. 

Assim que o assunto morre, levanto-me e começo a andar de um lado para o outro novamente. Não demora muito e Harry se junta a mim. 

Tic tac… tic tac… Fica fazendo o relógio de parede, deixando-nos mais agoniados. 

Sei que Blásio e Emília estão nos observando enquanto andamos de um lado para o outro. E sei, também, que ambos estão se segurando para não puxar a varinha e lançar um Petrificus Totalis em nós dois. 

Harry parou em frente a janela e ficou encarando o dia lá fora. Eu, ao contrário dele, não poderia olhar para a rua nem por um decreto. Ver o movimento de gente só me faria ter mais vontade de ver minha Hermione e meus bebês.

- Harry, você está com o celular aí? - Pergunto. 

- Sim, por quê? 

- Estou querendo falar com Heloise. Na pressa pra sair de casa, acabei esquecendo o meu.

Blásio, após soltar uma risada, diz: 

- Hermione andou me contando suas façanhas com os aparelhos eletro-eletrônicos. Cara, são cenas que eu preciso ver! - E ri mais. 

- Há! Há! - Dou uma risada sarcástica. - Vai dizer que você nunca se atrapalhou com aqueles negócios esquisitos?! 

- Uai, me atrapalhar eu até já me atrapalhei. 

Emília completa: 

- Mas isso foi só no começo de nosso casamento. Foram raras as vezes depois dos primeiros seis meses que o vi com dificuldades para operar um dos aparelhos. 

Harry tirou o celular do bolso e o entregou a mim. 

- Só me faça o favor de usar corretamente. - Disse, prendendo o riso. 

Ignoro-o e disco o número do celular de Luna. Poucos instantes depois, ela atende. 

- Alô? - Sua voz é suave e tranquila. 

- Oi, Luna? Quem está falando é o Draco. 

- Olá, Draco? Como estão as coisas por aí? 

- Ah, ainda não tenho notícias. A ansiedade é grande. 

- Imagino… Mas também imagino que deva ter me ligado por algum motivo em especial. 

- Sim, sim… Gostaria de falar com Heloise. 

- Espere só um instante. 

Passo os poucos segundos em silêncio, chutando o chão e encarando meus pés. 

- Papai? 

- Olá, meu amor. Tudo bem por aí? 

- Tudo sim. E minha mãe, como está? Meus irmãozinhos já nasceram? 

- Mamãe está bem, mas ainda não teve os bebês. Estou aguardando. 

- Ahh… Quero que nasçam logo! 

- Também quero, princesa. E aí? Está brincando com seus amigos? 

- Sim, estamos nos divertindo bastante. O James está perturbando o Alvo até não poder mais. 

- Desde que você não perturbe ninguém, está tudo bem. Comporte-se, o.k.? 

- Pode ficar tranqüilo, papai. Eu te amo. 

- Também te amo, beijos. 

E então desligo o celular e o devolvo a Harry. 

- Parece que James e Alvo estão se enchendo a paciência. - Digo a ele, reprimindo uma risada. 

- Isso, Draco, dê risadas enquanto pode, porque eu tenho certeza que seus gêmeos serão ao estilo Fred e Jorge! 

Blásio e Emília soltam risadas, assim como Harry, mas eu não consigo rir. Não por não ter sido engraçado, mas sim porque uma enfermeira está vindo em nossa direção com um enorme sorriso no rosto. 

- Senhor Malfoy? 

- Sim, sou eu. - Apresso-me em ir em sua direção. 

- Seus filhos já nasceram, já pode ir vê-los. 

- Onde estão? - Pergunto, ansioso. 

- Na última porta a esquerda. - E aponta em direção à porta que dá para a emergência. 

Não espero mais nada, apenas saio correndo em direção à minha esposa e aos meus filhos. Meus pequenos filhos nasceram! Quando chego, em fim, à última porta, hesito. Não é a primeira vez que me encontro nessa situação, também parei em frente à porta quando Heloise nasceu. 

Antes que eu entre, vejo Harry vindo na mesma direção, porém ele para na porta ao lado. 

- Bom, Draco, é agora. - E sorri.

Meneio a cabeça e abro a porta ao mesmo tempo que ele. Então vejo os bens mais preciosos de minha vida, minha esposa e meus filhos. 

Hermione olha para mim com um sorriso enorme, o rosto suado e o cansaço estampado em seus olhos. 

- Um casal, Draco, é um casal. 

Aproximo-me mansamente das duas criaturinhas nos braços de minha amada e encaro seus pequenos rostos. 

- São parecidos com você. - Digo. 

- Comigo? E essa massa de cabelos brancos? Acha que puxaram isso de quem? 

- Do vizinho é que não foi. - Brinco. 

Ela gargalha, fazendo com que eu me sinta mais leve. 

- Pegue um deles. 

- O menino. - Peço, olhando para o pequeno bebê enrolado no lençol azul. 

Ela me passa o projeto de gente com um carinho e um zelo enormes. Seus olhos fixam-se nos meus por breves momentos, afagando-me a alma. 

- Escolhe o nome dele. - Ela sussurra. - E eu escolho o dela. 

Penso um pouco no nome que posso dar para o lindo menino em meus braços. Observando-o melhor, vejo que ele se parece muito comigo. A pele alva, os cabelos finos e esbranquiçados, os lábios… Então ele abre os olhos calmamente, mostrando-me uma cor que pertence apenas aos olhos dela. Os olhos do meu pequeno menino são idênticos aos de Hermione. 

- Tem os olhos de sua mãe, Scorpius. 

- Scorpius? Qual o problema da sua família com nomes de animais? 

- Ah, Mione, pare com isso. Você disse que eu podia escolher! 

- Claro, claro… - Ela revira os olhos e os volta para nossa menina. - E o nome dela será Rose. 

Olho para ela, sem ter coragem de discordar. 

- Não há nome mais perfeito. 

Aproximo-me de minha amada e pouso um beijo em sua testa. 

- Heloise, Rose e Scorpius são as três coisas mais lindas que já fizemos. 

- Com certeza. - Ela concorda, abrindo um sorriso e inclinando-se para me beijar os lábios. Entretanto, antes que possamos nos beijar, um dos bebês chora. 

Começamos a rir e olhamos para a pequena Rose, que abriu os olhos levemente durante o choro. 

- Bom, pelo menos ela tem os olhos iguais aos meus. - Comento.

Ela sorri e, após passar Scorpius para meus braços, começa a dar leite à Rose. 

- Engraçado, não é? Heloise e Rose saíram idênticas a você, inclusive os olhos. Scorpius é sua cópia, claro, mas tem meus olhos. 

- Ainda bem. - Digo, sorrindo. 

- Por que? - Ela se volta para mim. 

- Simplesmente porque são seus, meu amor. 

Ela sorri para mim com uma pureza indescritível. Um sorriso que quero que meus filhos herdem.

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POV Hermione

Acordei na manhã de primeiro de setembro com o choro dos gêmeos. Cutuquei Draco levemente para que ele levantasse, afinal, era dia de levar Matthew até King's Cross. Espreguicei-me e fui em direção aos berços - optamos por deixá-los no mesmo quarto que nós, por enquanto. 

- Draco, preciso de sua ajuda. - Sussurro. - Ou você acha que tenho quatro braços? Levante logo! 

Ele se espreguiçou e piscou o olho algumas vezes para acostumar-se à claridade. Depois levantou-se e veio até nós, pegando Scorpius nos braços. Em seguida, peguei Rose.

Depois de alimentar e trocar os bebês, fui acordar Heloise. 

- Helo, meu amor, acorde. Hoje é dia de levar Matthew até a estação para ele pegar o Expresso de Hogwarts. Vamos!  

Enquanto ela esfrega os olhos e se espreguiça, olho para a parede de seu quarto onde tem uma pintura que Draco fez dela. Na época, ela tinha apenas cinco anos, mas a beleza continua intacta, ela ainda parece um anjo. 

- Nossa, mãe, que preguiça. 

- Toma um banho que passa. E ande logo, se não nos atrasaremos. 

No final das contas, não demoramos muito para nos arrumar. Pegamos tudo que era necessário para carregar os gêmeos, tanto no carro como a pé, e seguimos para King's Cross. Assim que chegamos, Heloise ficou encantada com a estação - era a primeira vez que estava ali. 

- Mamãe, mas cadê o Expresso de Hogwarts? 

- Essa é a melhor parte, querida. - Draco respondeu em meu lugar, empurrando um dos carrinhos dos bebês. 

Aproximamo-nos da plataforma nove e meia, deixando Heloise curiosa. 

- E agora? - Ela perguntou, os olhos brilhando de ansiedade. 

- Eu e você correremos em direção à parede, filha. Pode parecer loucura, mas é isso que temos que fazer. - Digo. - Você atravessará primeiro do que eu, já que estou com Rose no carrinho, mas não demoraremos a estar lado a lado. 

Ambas corremos para a plataforma. E, literalmente em um passe de mágica, estávamos olhando para o enorme trem vermelho. Draco apareceu segundos depois com Scorpius no carrinho.

- Mamãe, é lindo! - Ela exclamou. 

- Hermione! Draco! 

Ouvimos Blásio nos chamar. Estava acompanho por Emília, Matthew e a pequena Marianne - idêntica a Emília. 

- Meus amigos! - Draco abriu os braços para Blásio, e cumprimentaram-se com os típicos tapinhas nas costas. 

- Olá, Emília. - A abracei com alegria. - Como está? 

- Bem, e vocês? 

- Muito bem! 

Após os cumprimentos, aproximei-me de Matthew para conversar a sós com ele. 

- Estou nervoso, madrinha. E se ela não aparecer? 

- Ela quem? - Perguntei, embora tivesse ideia de a quem ele estava se referindo. 

- Minha mãe. Pansy. - Ele olhou para o chão. - E se ela não estiver lá quando eu chegar? E se eu não a encontrar? E se…? - Ele parou, lágrimas quase escorrendo por seu rosto. 

O envolvi com meus braços e sussurrei: 

- Fique tranqüilo, meu bem. Ela estará lá, esperando por você na porta de entrada. Eu tenho certeza absoluta. 

- Mas e quando eu quiser vê-la? Como farei para encontrá-la. 

Olhei fixamente em seus olhos verdes, impecavelmente iguais aos de Pansy, e falei:

- Você irá senti-la. - E toquei seu peito. - Você sentirá a energia de sua mãe sempre que quiser vê-la. E, acredite, não precisará procurar por ela. 

- Por que não? 

- Porque ela estará o tempo todo te observando, cuidando de você. 

Ele sorriu, exibindo uma fileira inteira de dentes perfeitamente brancos. E, nesse momento, ficou tão parecido com Blásio. Nunca antes eu o havia visto tão semelhante ao pai como agora. Matthew me abraçou com força, muita força, um abraço que me fez lembrar de Pansy imediatamente. 

- Eu te amo, tia. 

- Também te amo, meu príncipe. 

- Vamos, Matt, ou irá se atrasar! - Blásio nos interrompeu. 

Eu sabia que ele estivera o tempo inteiro ouvindo nossa conversa, e tive certeza disso quando ele olhou para mim e piscou um dos olhos negros. Depois disse "Bom trabalho" sem emitir som, o que me deu uma enorme sensação de ter escolhido as palavras exatas para transmitir a Matthew. 

Então meu afilhado embarcou no trem, deixando-nos na plataforma. Ele apareceu à janela e começou a acenar freneticamente. Com um sorriso quase rasgando seu rosto, gritou:

- HELOISE, ANO QUE VEM SERÁ SUA VEZ! 

Olhei para minha menininha, que também tinha um sorriso enorme no rosto. Seus olhos azuis brilhavam intensamente, como quem já estivesse se imaginando dentro daquelas cabines. 

Quando o trem começou a andar, ela puxou a manga de meu casaco e perguntou: 

- Mamãe, o que aquela doida está fazendo em cima do trem, pulando e dançando? 

- Que doida? 

Mas não foi preciso mais nenhuma palavra para eu saber quem estava lá em cima. Era ela, Pansy. Meu coração me disse isso. Ela estava radiante por poder ver seu filho e por saber que ele a veria. 

Enquanto o amor for maior do que a vaidade, a inveja, o orgulho e o ódio, tudo será possível. Porque o amor traz esperança. E foi todo o amor envolvido em nossa história que nos permitiu chegar onde chegamos hoje. 

Draco olhou para mim, um sorriso magnífico tomando conta do rosto. O mesmo sorriso pelo qual eu me apaixonei. E o mesmo sorriso que nossos filhos herdaram. Um sorriso repleto de amor. Sempre acreditamos na magia do amor, e foi por acreditar que fomos encantados por ele. 

Nada mais nos afligia, tudo estava conforme havíamos planejado. 


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Notas finais do capítulo

Caros leitores, eu, Gabriela Malfoy (Gabi), fico muito triste por ter que terminar a fic. Tipo, tanto pra mim como pra Gabs foi um prazer imenso passar um ano com vocês, sabe? Poxa, cada review, cada recomendação tudo nos fez ter ainda mais vontade de continuar e continuar e continuar E hoje estamos aqui, no último capítulo, no epílogo. Quero que saibam que sou infinitamente grata a todos vocês, leitores. Não importa se acompanharam a fic desde o começo, se pegaram da metade ou se começaram a ler quando ela já estava na reta final, isso realmente não importa. O importante é que vocês sempre deixaram seus reviews, sempre nos incentivaram a continuar. E é graças a vocês, meus queridos leitores, que chegamos no lugar que chegamos. Mais de 730 reviews, mais de 20 recomendações, 41 capítulos, um ano. UM ANO, GENTE! Ficamos juntos nessa por um ano inteiro! Mesmo quando atrasamos na postagem dos caps, mesmo com uma ou outra pontinha de grosseria mesmo assim, vocês estiveram aqui o tempo inteiro. Muito, muito, MUITO GRATA! Vocês são lindos ♥'
Gente, então, eu, Violetharmon (Gabs), queria me despedir de vocês. Estou sem palavras para os comentarios de vocês, para as recomendaçoes, por tudo. Obrigada por acompanharem a fic por exatos um anoo! rsrsrs. então, queria agradecer cada uma de vocês por rirem, chorarem e tudo mais comigo e com a Gabi (:
Bjeijos galera (;
E BEIJOS SABOR...
DRACO MALFOY!
HARRY POTTER!
SCORPIUS MALFOY!
SIRIUS BLACK!
FRED WEASLEY!
JORGE WEASLEY!
REMUS LUPIN!
SEVERO SNAPE! KKKKKKK
RONALD WEASLEY!
NEVILLE LONGBOTTOM!
BLASIO ZABINI!
GUI WEASLEY!
LUCIO MALFOY!
E desejamos tudo de bom pra vocês e, é claro, pra nós também!
Até a próxima jornada, amores :*)
ps: tumblr de hp ----> tio-vold.tumblr.com SIGAM SIGAM SIGAM! Uma forma de manter contato conosco!
MALFEITO FEITO!
NOX!