Meu Amado Monitor escrita por violetharmon


Capítulo 39
Capítulo 39 - Amigos


Notas iniciais do capítulo

OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOI!
~le Gabriela Malfoy recuperando o fôlego~
Galera, eu corri contra o tempo pra estar escrevendo. Finalmente, depois de umas três semanas, o cap 39 chegou AEEEEEEEEEEEEEEEEW! Pequenininho, Gabs e eu sabemos disso, mas é que a gente precisava de um cap como esse pra chegar até o 40, entende? O 40 será, provavelmente, o penúltimo. Depois virá o Epílogo (41). Mas isso é uma previsão.
O motivo da demora? Estudos, por parte de ambas. A vida de estudante não é nada fácil kkkk sem contar com cursos e afins.
Bom, esperamos que gostem ^^
Boa leitura!



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Foram tempos difíceis, disso nenhum de nós tinha dúvida alguma. Perder Pansy não foi nada fácil para nenhum de nós, nem mesmo pessoas mais distantes dela estavam acreditando naquilo.

Estamos na segunda quinzena de junho, teremos provas durante toda essa semana. Devem estar se perguntando como Blásio está estudando sendo que precisa cuidar de Matthew… Bom, quando eu estou estudando, Blásio fica com Matthew; Quando Blásio está estudando, eu fico com o pequeno - que agora não está tão pequeno assim. Draco costuma nos ajudar também, geralmente quando eu estou com o bebê. Ele se diverte com crianças, às vezes até parece que ele próprio voltou no tempo. 

Nesse momento estou estudando com Draco no "apartamento" dos monitores - ainda estou com a capa de Harry. Gosto de auxiliá-lo, principalmente porque ele acaba fazendo o mesmo por mim. 

- Amor? - Ele se aproxima de mim, beijando minha bochecha, depois descendo para o pescoço. 

- Draco, agora não. 

- Por que? - Seus braços fortes me envolvem. 

Enquanto luto para manter-me afastada da tentação em pessoa, respondo: 

- Precisamos estudar. As provas finais são nesta semana. 

- E daí? - Ele morde minha orelha. - Estamos estudando há três horas. 

- Mas ainda tem muita coisa pra estudar. - Levanto-me, correndo para perto da lareira. 

Ele se levanta, revira os olhos e vem até mim. Depois me toma nos braços novamente e me beija. Uma onda de formigamento e calor me invade, deixando-me completamente envolvida pelo momento. Retomo um pouco da minha consciência quando me lembro que… 

- Espera, e se Harry chegar? 

Draco consulta o relógio e diz: 

- São quase meia-noite, não duvido nada que ele irá dar um jeito de dormir com Gina. - E me dá outro beijo. 

- Não podemos arriscar. 

Quando tento fugir, ele me puxa de volta para si, prendendo-me com mais força ainda. 

- Não sei se você se lembra, mas os quartos são separados. 

O.k., confesso: estou um pouco receosa. Não por alguém chegar, mas por mim mesma. E se eu não conseguir? Não é minha primeira vez - nem será a última - mas e se, dessa vez, algo der errado? 

- Hermione Malfoy, a senhora está querendo fugir de mim? - Ele pergunta, os belíssimos olhos cor de tempestade focados em mim.

Senti uma sensação muito boa ao ouvi-lo me chamar dessa forma, como se já estivéssemos casados. 

- Não, Draco, não estou fugindo de você. - Minto. 

- Então por que está tirando desculpas de onde não tem pra não subir pro meu quarto? 

Não estou gostando nem um pouco de estar sendo pressionada, mas ele tem o direito de saber o porquê. Ah, quer saber? Que se dane meu medo! Ignoro todo o meu lado racional e o beijo. Mesclo a meiguice e o desejo, sabendo que é preciso um equilíbrio. Ele me abraça com força, depois sussurra: 

- Acho que é melhor subirmos. 

- Uhuum… - Murmuro enquanto beijo-o novamente. 

Subimos as escadas aos tropeços, ambos extremamente envolvidos um pelo outro. Draco abre a porta do quarto com o corpo, sem tirar as mãos de mim, então me deita na cama delicadamente. Não espero muito para começar a desabotoar sua camisa xadrez.

- Por Merlim, pra quem estava tirando desculpas até do ar você está bem rápida, heim?! - Ele brinca. 

- Está achando ruim? - Pergunto assim que me livro da camisa. 

- Só me surpreendi com sua rápida mudança de pensamento.

Dei-lhe um beijo e, enquanto ele tentava tirar minha blusa, sussurrei: 

- Agora para de pensar um pouquinho e comece a sentir, o.k.? 

Sua resposta foi um dos beijos mais vorazes que já recebi.

No dia seguinte, quando acordei, apalpei o colchão ao meu lado e não senti a presença de nada sólido - a não ser o travesseiro. Abri os olhos e não o vi, então pus meus ouvidos para trabalharem e ouvi o barulho de chuveiro ligado. Num momento qualquer, olhei para a escrivaninha e vi uma belíssima bandeja de café da manhã esperando por mim. 

Antes de me levantar e atacar os alimentos tentadores que me esperavam, lembrei-me de tudo que acontecera na noite anterior. Tudo na mais perfeita ordem, tudo conforme eu queria. Lembrei-me das carícias, dos movimentos, dos sussurros, das respirações ofegantes… Cada arrepio daquele momento voltou assim que me recordei. Olhei para meu corpo livre de qualquer roupa e senti-me um pouco envergonhada, mas logo ignorei a timidez e fui me alimentar. Antes, porém, abri a primeira gaveta da cômoda e vesti uma das blusas de Draco. No mesmo instante, veio-me à mente que, na derradeira vez que vesti essa mesma blusa, foi no dia que ele se acidentou. Agradeço mentalmente por estar dentro de suas vestes por outro motivo. 

O barulho da porta do banheiro se abrindo invade meus ouvidos. Contemplo a visão de seu corpo úmido por alguns instantes, depois abro um sorriso. Aproximo-me e recebo um beijo.

- Bom dia, meu amor. - Ele diz, beijando-me novamente. 

- Bom dia. 

Sinto as gotas d'água em seu peito se dissiparem ao entrarem em contato com o algodão da blusa que visto. Ele ainda está com uma toalha presa na cintura, o que não me causa mais tanto enrubescimento. Lembro-me que, há pouco mais de nove meses atrás, contemplá-lo de tal forma deixava-me com os nervos à flor da pele. 

- Já ia começar a comer sem mim, heim! - Ele me repreende com um sorriso brincalhão nos lábios. 

- Desculpa. Estou com fome. 

Ainda sorrindo, ele pega um morango e coloca em minha boca. 

Passo as mãos por seus cabelos molhados, bagunçando-os. 

- Ainda bem que hoje é domingo. - Ele comenta. - Ainda temos mais tempo pra estudar. 

Olho desconfiada para ele, um sorriso desafiador nos lábios, e digo: 

- Você preocupado em estudar? - Logo em seguida completo: - Eu prefiro fazer alguma coisa. 

E é sua vez de lançar-me um olhar desconfiado. 

- Você querendo deixar de estudar pra fazer outra coisa? 

- Ah… - Dou de ombros e passo os braços ao redor de sua cintura. - Acho que já estudamos o bastante. Ficar só com a cara nos livros não faz bem… 

Draco arregala os olhos, fita-me como se não estivesse acreditando em seus ouvidos. 

- Quero passar um tempo com Matthew, também. Blásio deve estar precisando de um descanso. 

- Concordo com você, amor. - E me beija. - Ainda bem que entendeu o que eu estava tentando te mostrar há alguns dias. 

Depois de retornar à minha sala comunal e tomar um bom banho, fui atrás de Blásio e Matthew. Ficar com meu afilhado sempre me faz bem, deixa-me mais leve. A energia que ele transmite é extremamente boa, uma luz no fim do túnel. Encontro-os, então, nos jardins. Mas não estão apenas eles dois, Emília Boostrode também está junto. 

- Olá, Blás! Oi, Emília! - Digo. 

Ambos me lançam um sorriso amigável - o que, da parte dela, me surpreende. 

- E você, coisa linda? - Pego Matthew. - Nossa, como você cresceu!

Blásio nos observa e sorri. Ele ainda não se conformou com a morte de Pansy, decerto, mas está bem mais equilibrado do que Emília, que ainda demonstra com muita facilidade a dor que sente. Blásio prefere guardar para si, não deixar a energia contagiar Matthew; já Emília é vulnerável demais, qualquer coisa a faz se lembrar de Pansy e qualquer coisa pode fazê-la chorar. 

- Bom, eu vou estudar um pouco mais, nos vemos depois. - Diz Emília, a voz fraca e o rosto um pouco abatido. 

Sento-me na grama ao lado de Blásio, permanecendo com Matt no colo. Ele pega meu dedo e segura com força, como é típico dos bebês, e fica sorrindo abobado para minhas unhas pintadas de azul. 

- Você e a Emília se aproximaram bastante desde a morte da Pansy. - Comento. 

Ele imediatamente se põe a dizer: 

- Não é nada disso, Hermione. Você com certeza sabe o quanto está sendo difícil para ela camuflar a dor da perda. Não é muito fácil para mim também, mas sei que posso ajudá-la. 

- Uhum… E ela parece gostar muito do Matt. - Digo, olhando para o lindo bebê. 

- Sim, gosta. Ela foi a primeira a saber da gravidez, depois de Pansy, e sempre a auxiliou muito. Ela acabou se afeiçoando ao Matt, principalmente depois que ela viu os olhos dele. 

Ficamos alguns instantes em silêncio, apenas brincando com Matthew, até que pergunto: 

- Já estudou o suficiente? Precisa que eu fique com ele? 

- Está tudo tranqüilo, todo o conteúdo está na minha memória. 

Minha atenção se volta para o pequeno no instante em que ele larga meu dedo e olha para o vazio. Não sabemos no que ele está focado, mas imediatamente começa a rir de forma incrivelmente alegre. 

- Do que você está rindo? - Blásio pergunta. 

Mas Matthew apenas aponta para frente e continua a gargalhar. 

- O que será? - Pergunto para Blás.  

- Não tenho ideia!

Sua gargalhada chama a atenção de mais algumas pessoas ao redor, fazendo-as desligarem-se de suas atividades para rir também. Entretanto, assim como Blásio e eu, tudo o que elas encontram é o vazio. 

- Ele está tão alegre. - Digo. - Mas por que? Não tem nada do que rir. 

- Crianças são assim mesmo. - Diz uma aluna da Lufa-Lufa, aproximando-se. - Meu irmãozinho ria de tudo quando era mais novo, até mesmo do vento. Qualquer coisa era motivo de gargalhadas.  

A fala da garota nos tranqüiliza um pouco, mas Matthew continuou rindo por um bom tempo.

Mais tarde, na sala comunal, estava conversando com Gina sobre o curioso acontecimento com Matthew. 

- Isso é, com toda a certeza do mundo, muito diferente. Ele já havia tido algum acesso de riso desse tipo? - Ela pergunta. 

- Não, ainda não. 

Suas sobrancelhas se unem, obviamente em sinal de confusão. Ela examina a situação como se fosse uma investigadora, murmurando consigo mesma e repetindo várias vezes o que lhe contei. 

- Uma sextanista da Lufa-Lufa disse que crianças são assim mesmo, até citou o irmão dela como referência. 

- Mas devia haver algum motivo. Sim, porque ele não parava de rir por nada, certo? 

Apenas meneio a cabeça em resposta. 

Ela permanece examinando a situação por um bom tempo, até que Ron chega e se junta a nós. 

- E aí, meninas, vamos jantar? Já está na hora. 

Olho para Gina na expectativa de ouvi-la dizer que sim, mas ela parece nem ter prestado muita atenção - obviamente ainda envolvida ao que lhe disse. 

- Vamos, Gina? - Pergunto. 

- Han? O quê? - Ela fica confusa assim que volta à realidade. 

- Jantar. - Ron diz. - Está na hora. 

Ela lança um olhar para mim que significa algo como ainda-não-terminei-meu-raciocínio-mas-estou-morrendo-de-fome, então se levanta para nos acompanhar até o salão principal. Lá, ela se senta ao lado de Harry e eu fico defronte para eles, Ron e Luna à minha esquerda. Obviamente, Luna está na nossa mesa um tanto quanto escondida, já que deveria estar na mesa de sua respectiva casa. 

Jantamos sem conversar muito. Gina ainda estava dispersa, provavelmente examinando a situação com Matthew. Mas isso não é muito exagero de sua parte? Quer dizer, ele realmente poderia estar rindo do vazio, do vento, da grama, das flores… Não há motivo para dar tanto ibope a algo aparentemente tão pequeno. 

Assim que concluímos o jantar, Minerva chamou a atenção dos alunos e tomou a fala para si. 

- Eu e o corpo docente da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts tomamos uma decisão muito importante para finalizar este ano letivo. Não é novidade para ninguém que os alunos que saem do sétimo ano nunca tiveram uma festa de formatura ou algo do tipo. Portanto, decidimos realizar um baile de formatura em homenagem aos alunos que passaram tantos anos conosco e agora se formarão. 

A maioria dos alunos ficou extasiada com a notícia. Eu, no entanto, fiquei com um pé atrás. Não por mim, mas por Blásio. 

- Vocês poderão convidar qualquer estudante para ser seu par no baile. - Ela continua. - A casa e a idade não importa, o que vale mesmo é seu convite ser aceito. Sei que os trajes a rigor não foram pedidos no início do ano, portanto estaremos autorizando vocês a irem ao vilarejo de Hogsmead para fazer as compras. Quem não estiver em condições de pagar seu próprio traje só precisa procurar a mim ou ao diretor de sua respectiva casa. 

Logo que deixo o salão principal vou à procura de Blásio na ala hospitalar - Minerva e Madame Pomfrey decretaram que, para o bem de Matthew e do próprio Blásio, era melhor que o bebê ficasse por lá. 

- Blás? - Chamo-o assim que adentro no local. 

- Olá, Mione. - Ele responde, Matthew em seus braços. 

- Ele já está dormindo? 

- Quase. 

Ele ninfa Matthew com muito carinho e muita cautela, o que me faz admirá-lo. Não é muito fácil um rapaz de dezenove anos adquirir responsabilidades como essa com tanta facilidade. Eu no lugar dele provavelmente teria surtado ou algo assim! 

- Está tudo bem com você? - Pergunto, os olhos presos aos dele. 

Um suspiro - dele. 

- Tudo é muita coisa… 

- Quando ao baile. - Especifico. 

Um sorriso irônico nasce em seu rosto. 

- Acho que não vou. Só perderei meu tempo. 

- Como assim?! Blásio, é a nossa formatura, você precisa ir! 

Ele coloca Matthew, já adormecido, no berço. Depois saímos para o corredor e ele desabafa: 

- "Nossa formatura"… Mas ela não vai estar aqui. E aí, o que eu faço? 

Seguro sua mão amistosamente, tentando transmitir-lhe a mesma sensação que Harry me transmite, aquela sensação que só um amigo pode transmitir. 

- Ela ficaria felicíssima por você, vai por mim. 

Blásio encara o chão, pensativo. Sei que ele está em um conflito interno sobre o que ele deve fazer e o que ele acha errado. Ele realmente deve ir ao baile, mas acha errado fazê-lo sem Pansy. 

- E eu vou sozinho? 

Dou um sorriso brincalhão e digo:

- Se quiser, posso ir com você. 

Ele sorri, também, deixando-me alegre. 

- Não precisa. Posso arrumar alguma garota pra ir comigo, eu acho… 

- Claro que pode! - Continuo: - Você é lindo, maravilhoso, gentil e um excelente amigo! Tenho certeza que muitas garotas gostariam de ir com você. 

De repente, sem aviso prévio nem nada, ele me abraça. Um abraço tão bom, tão sincero, que traz-me uma alegria inesgotável. 

- Muito obrigado, Hermione. Você é minha melhor amiga. 

Prendo uma ou duas lágrimas que lutaram para sair, depois digo:

- Amigo é o norte da bússola, é a direção, é a base quando falta o chão. 

E eu não menti ao dizer isso. Nunca soube definir muito bem o conceito de amizade, mas esse último ano em Hogwarts vem me mostrando isso de forma tão abrangente e tão inesperada que, sem querer, consigo defini-la. E aquela famosa frase "até que a morte os separe" serve para os amigos também, amigos como Blásio, Gina, Harry, Luna, Ron e Draco - e Pansy. Amigos como estes que venho feito são inesquecíveis, são imensuráveis.  


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Notas finais do capítulo

E aí, gostaram?
-----> Olha, O Lado Oculto da Lua deu uma estacionada e eu estou ciente disso. Acho que primeiro vou concluir essa fic aqui juntamente com a Gabs, depois volto a pensar em O Lado Oculto da Lua, oook?
-----> Se tiver alguma leitora que eu to lendo fic e minha leitura está atrasada, eu sinto muito, mas o tempo está extremamente corrido. Eu tenho provas, trabalhos e deveres, mas mesmo assim fiz um esforço pra postar esse cap. Da mesma forma estarei me esforçando para ler as fics, mas não é tão fácil assim.
-----> O mistério do tal "eu nunca disse adeus" não é tão misterioso assim. Quem leu "As Marotas" (e até quem não leu) tem capacidade de sobra pra descobrir o que é. Escrevam seus palpites nos reviews ^^
-----> Do que o Matt tava rindo? SEGREDO U.U Um dia a gente revela kkkkkkkk
Estava com muitas saudades dos reviews de vocês! Caprichem bastante pra eu poder matar essa saudade kkkkkkkk
Beijos sabor Sirius Black :*)
Beijos sabor Neville Longbottom :*)
Beijos sabor Draco Malfoy :*)
Beijos sabor Scorpius Malfoy :*)
Beijos sabor Ron Weasley :*)
Beijos sabor Blásio Zabini :*)
Beijos sabor James Potter :*)
Beijos sabor Remo Lupim :*)