Meu Amado Monitor escrita por violetharmon


Capítulo 33
Cap 33 - A Verdadeira História de Pansy Parkinson


Notas iniciais do capítulo

Eae geeente, hoje tem cap novooo .
E hoje, eu violetharmon vou posta a fic.
kk. Mais comentarios nada notas finais.
Bom cap. para vocês :]



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/139320/chapter/33

Voltamos para Hogwarts no domingo, 01 de janeiro. Lúcio olhou para nós com cara de espantado e disse:

– Ao invés de aparatar, vamos usar a Rede de Flu. Basta jogar o pó e dizer "sala de defesa contra as Artes das Trevas, Hogwarts" e vocês irão parar direto em minha sala. Mas esperem todos juntos até que eu chegue para regressarem ao seus dormitórios.

Seguimos apressadamente para os dormitórios, depois nos reunimos no "apartamento" dos monitores. Achei maravilhoso ver Blás auxiliando Pansy, envolvendo-a com seus braços enquanto ela andava… Ela foi ao médico antes de retornarmos e ele se surpreendeu com a rápida melhora em seu quadro, liberando-a para caminhar apenas por Hogwarts.

Começamos a tomar cerveja amanteigada e a conversar sobre diversos assuntos. Mas Pansy estava um pouco distraída. Eu percebi Blás aproximar-se mais dela e sussurrar algo em seu ouvido semelhante a "você está bem?", ela apenas fez que sim com a cabeça e Blás a abraçou carinhosamente.

Imaginei se Pansy não estaria assim por ter contado aos seus pais que estava grávida. Antes dela ir ao médico no dia 30 de dezembro, Narcisa insistiu que os pais de Pansy deveriam saber, e ela concordou em contar-lhes. Não foi uma conversa muito agradável. Draco me contou pedaços soltos em que a mãe dela se exaltou e quase deu um tapa na filha, depois chamou-a de vadia - essa última parte pôde ser ouvida de meu quarto, a mulher berrava.

Algo prateado escorreu delicadamente por uma das bochechas de Pansy, mas ela logo tratou de esconder o rosto no pescoço de Blásio quando percebeu que eu a estava observando.

Despertei de meus pensamentos apenas quando Draco passou o braço por minha cintura e me deu um beijo na testa.

– O que acham de irmos até Hogsmeade? - Harry convidou-nos.

Pansy apressou-se em responder:

– Não posso, Harry.

Ele ficou um pouco envergonhado por não ter se lembrado do estado de Pansy.

– Se quiserem, podem ir. Eu ficarei com ela. - Falou Blás.

Dei um sorriso discreto para ele, que retribuiu com um sorriso semelhante. Ele estava fazendo tudo certo, não teria motivos para Pansy não se apaixonar por ele.

– Tem certeza? - Luna perguntou.

– Se a Pansy quiser… - Ele olhou para ela.

– Ah, Blás, não quero atrapalhar sua diversão.

– Relaxa. Eu vou ficar bem aqui.

Vi um sorriso se esboçar no rosto de Pansy e refletir no rosto de Blás.

Com um pigarro, Draco falou:

– Então, gente, vamos indo porque acho que estamos atrapalhando alguma coisa.

Eles não se deram ao trabalho de despedirem-se de nós, continuaram se olhando até onde pude ver.

Chegando em Hogsmeade, falei para Draco:

– Amor, estou querendo ir à livraria, vem comigo?

– Claro.

Após combinarmos de nos encontrar no Três Vassouras, Draco e eu seguimos para a livraria. Ele entrelaçou seus dedos nos meus e disse:

– Acho lindo ver Hogsmeade na primavera. Fica tão colorido.

Observei ao redor e concordei com ele.

– Hogsmeade é um povoado realmente lindo, em todos os aspectos.

– Menos o Cabeça de Javali. - E riu, fazendo-me rir também.

– Por que quer ir até a livraria?

Pensei um pouco. Eu estava com aquela ideia na cabeça desde ontem, mas não tinha exatamente certeza. Agora que estou indo já não tem mais volta.

– Comprar um livro para dar de presente à Pansy.

– Sobre o quê?

– Poesia. Eu li uma pra ela durante o tempo que ficamos em sua casa.

Com uma sobrancelha erguida, ele perguntou:

– E ela gostou?

– Acho que sim.

Chegando na pequena livraria, um sininho tocou ao passarmos pela porta. A vendedora ergue os olhos e dirigiu um sorriso amigável a nós.

Comecei a olhar os livros avidamente. Eu gostaria de poder comprar um para mim também. Curiosamente, observei os livros escritos por famílias bruxas tradicionais. Eu só não esperava ver uma coisa…

– Samantha Parkinson? - Depois olhei para Draco e perguntei: - Amor, qual é o nome da mãe de Pansy?

– Samantha Parkinson, por que?

Ele caminhou até mim e me viu com o livro em mãos. O título? "O elo fraco da corrente".

– Sabia da existência desse livro, Draco?

Ele desviou os olhos azuis para a janela.

– Draco. - Pressionei-o.

Sem me olhar nos olhos e com a voz um pouco mais baixa que o habitual, respondeu:

– Por favor, não compre esse livro.

– Então sabia da existência dele.

– Claro que sim. A Sra. Parkinson deu esse livro ao meu pai na noite em que o lançou. E, sinceramente, meu pai achou repulsivo.

Sem entender nada, perguntei:

– Por que?

– Olhe bem o título, depois vá até os agradecimentos.

Observei o título algumas vezes sem encontrar nada, depois fui até os agradecimentos - como ele pediu. Fui lendo, lendo… Até chegar ao ponto que eu sabia ao quê Draco estava se referindo.

"Agradeço, principalmente, a minha filha. Pansy Parkinson foi minha inspiração para esse livro. Não meço esforços para dizer o quanto ela envergonha nossa família, o quanto ela é repulsiva. Definitivamente, Pansy não é uma Sonserina, muito menos uma Parkinson."

Essas eram as exatas palavras que se encontravam no livro.

– Que horror! - Exclamei. - Como essa mulher pode escrever uma coisa dessa nos agradecimentos de seu livro?

– Ela odeia Pansy com todas as forças, assim como o Sr. Parkinson.

Lembrei-me imediatamente do que Narcisa me disse sobre Pansy. Que os pais dela não a amam.

– Espera, quanto a ser uma Parkinson eu não posso dizer nada. Mas Pansy é, definitivamente, uma Sonserina. E muito mais do que você, se me permite dizer.

– Ei! - Ele me repreende.

– Desculpa, mas é verdade.

Respiro fundo, pensando no que mais posso perguntar.

– O que ela teria que fazer para ser uma verdadeira Parkinson?

– Ser como a mãe dela e odiar essa criança que está crescendo dentro dela, ter resistido quando você se aproximou, não ter se apaixonado por Blás.

– Ela se apaixonou por ele? - Pergunto com um sorriso no rosto.

– Isso está mais do que óbvio.

Por fim, comprei "100 sonetos de amor", do trouxa Pablo Neruda. Fiquei surpresa por encontrar aquele livro, mas a vendedora me explicou que não havia motivos para não vender livros trouxas.

Após tomarmos cerveja amanteigada e comer um pouco no Três Vassouras, retornamos a Hogwarts. Draco e eu deixamos as coisas em nossos devidos quartos e fomos para os jardins. Vi, então, Pansy e Blás sentados num banco.

– Vou entregar o livro agora. - Falei, olhando para o embrulho verde em minha mão.

– O.k.

Enquanto caminhava até eles, reparei em tudo - é claro. O braço de Blásio ao redor de seus ombros frágeis, uma de suas mãos morenas segurando as duas pequenas mãos pálidas de Pansy, os sorrisos sem graça que ambos davam, o momento em que Blásio quase a beijou e ela desviou o rosto. Assim que me viram chegar, ele sorriu.

– Já voltaram.

– Pois é. - Olhei para Pansy. - Podemos conversar?

– Claro.

Blás se levantou, deu-lhe um beijo na testa e caminhou até Draco.

Sentei-me ao lado dela e fiquei pensando no que dizer.

– Comprei isso par você.

Ela pegou o embrulho e o abriu avidamente.

– Não sei se vai te agradar, mas…

– Ah! Muito, muito, muito obrigada! - Ela agradeceu euforicamente com um sorriso enorme no rosto. - Estou falando sério, adorei!

Confesso que a reação dela me surpreendeu. E muito.

Logo me vem à cabeça o livro que sua mãe publicou. A ideia de uma história repugnante fica martelando dentro de mim.

– Pansy, posso te fazer uma pergunta?

Ainda com os olhos no livro, ela responde:

– Pode.

Respiro fundo, buscando as palavras certas para fazer uma pergunta como essa.

– Por que "O elo fraco da corrente"? Por que?

Sua alegria logo se esvai. Os olhos ficam um pouco mais duros, depois ela olha para mim e diz:

– Não é uma história muito agradável.

Suspirei. A verdade é que eu preciso entendê-la, preciso saber o que se passa na mente dela.

– Pansy, se você me contar, você não será o elo fraco da corrente. Muito pelo contrário, você será mais forte do que imagina. As pessoas mais fortes são aquelas que procuram auxilio. - Coloco minha mão sobre a dela e finalizo: - E é pra isso que estou aqui: pra te auxiliar. E quero que você saibam Pansy, mesmo não sendo tão íntimas, tão amigas, estarei aqui sempre que precisar.

Pansy me olha um pouco pensativa, mas logo depois fala:

– Bom, meus pais só se casaram mesmo porque minha mãe engravidou de mim, eles nunca se amaram de verdade, nem nunca me amaram. Quando fiz 4 anos não aparentava que era uma bruxa, eles sempre falavam que com 4 anos já faziam mágicas e que eu deveria ser um aborto por tem essa idade e não ser como eles. Sabe, eles me batiam sempre que tentavam me ensinar os feitiços mais simples e eu não conseguia fazer. No dia em que fiz 11 anos e recebi a carta de Hogwarts, foi uma surpresa para eles. Logo que vi a carta , pensei que a partir daquele dia seria um pouco mais amada. Mas foi tudo diferente, foi ai que ela fez o livro "O elo fraco da corrente", junto com os agradecimentos, é claro. Eu fiquei arrasada ao ler aquilo. Enfim, nem meus pais, nem meus avós, nem ninguém da família, jamais se importou comigo. Por isso desde os 11 anos passo Natal e parte das férias com Draco. - Percebo, então, que Pansy está chorando e, surpreendendo-me, permitindo que as lágrimas corram pelo seu rosto. - E quando contei a eles que estou grávida do Draco… bem, minha mãe ameaçou me bater a cada minuto, se não fosse pelo Draco e Dona Narcisa, teria perdido o bebê naquela noite. Sabe, ela me xingou muito, e disse que nunca mais quer me ver, muito menos essa criança....

Sem pensar eu a abraço, lhe dou um abraço forte, e ficamos assim por alguns instantes, até que então ela para de chorar seca as lagrimas que ainda estão em seu rosto. Ficamos mais um bom tempo assim, sentadas olhando para o nada. Até que Blás e Draco chegam e falam:

– Meninas está na hora do jantar. Vamos?

Blás não tira os olhos de Pansy um minuto sequer. Enquanto me levanto, olho para o rosto dela em busca de vestígios de lágrimas - e, infelizmente, encontro. Ela teima um pouco em se levantar, mas Blásio estende a mão para ela. Com um sorriso simples no rosto, ela segura sua mão e se levanta.

– Bom trabalho. - Draco sussurra em meu ouvido enquanto seguimos para o Salão Principal.

POV Pansy



Eu nunca imaginei que, um dia, falaria tanto sobre o que aconteceu comigo para uma pessoa como ela, como Hermione Granger. E, de repente, eu disse tanta coisa para ela, coisas que eu nunca contei para ninguém além de Blásio e Draco.

– Você precisa comer, Pansy. - Blásio falou.

– Por favor, não me force. Eu não estou com nenhuma vontade de comer.

Sem dar atenção às minhas palavras, ele espetou o garfo num pedaço de empadão de frango e disse:

– Só um pouquinho, Pansy. Lembre-se do bebê.

Ele nem se quer esperou minha resposta e já foi aproximando o garfo da minha boca.

– Anda, Pansy.

Mesmo sem querer comer, mastiguei o empadão e engoli.

– Eu que estou me sentindo um bebê… - Resmunguei.

– Há! A intenção é essa.

Dei um tapa em seu braço e, tentando reprimir um sorriso, murmurei:

– Idiota.

Ele coloca uma mecha de meu cabelo atrás da orelha e aproxima os lados de meu ouvido.

Seu idiota, você sabe disso.

Confesso que um arrepio agradável subiu por meu corpo. Mas não posso facilitar desse jeito, realmente não posso.

Afasto-me um pouco dele e abro o livro que Hermione me deu na página 10.

– Poesias? - Ele pergunta.

– Sim. Hermione me deu.

– Eu vi ela te entregando, é bem a cara dela mesmo.

Fiquei em dúvida entre ler ou não, ainda mais após ver a palavra "AMOR" escrito em letras grandes logo iniciando a poesia.

– Lê par eu ouvir? - Elle pede.

A verdade é que é muito difícil negar um pedido de Blás, ainda mais quando ele está tão perto e pedindo com tanto carinho.

"AMOR, quantos caminhos até chegar a um beijo,

que solidão errante até tua companhia!

Seguem os trens sozinhos rodando com a chuva,

Em Taltal não amanhece ainda a primavera.

Mas tu e eu, amor meu, estamos juntos,

Juntos desde a roupa às raízes,

juntos de outono, de água, de quadris,

até ser só tu, só eu juntos.

Pensar que custou tantas pedras que leva o rio,

a desembocadura da água de Boroa,

pensar que separados por trens e nações

tu e eu tínhamos que simplesmente amar-nos,

com todos confundidos, com homens e mulheres,

com a terra que implanta e educa os cravos."

Assim que concluo a leitura, Blás beija meu rosto e passa a mão por toda a extensão de meus cabelos.

– Nossa, que lindo. - Sussurro. - Quem dera que um homem dissesse coisas assim pra mim…

Ele dá um maravilhoso sorriso e diz:

– Eu nunca conseguiria fazer o que esse… - Ele procura pelo nome do autor na capa - Pablo Neruda fez, mas… Pansy, meu coração por ti bate como um caroço de abacate!

Não aguentei e comecei a rir. Blásio sempre consegue fazer as pessoas rirem, independentemente de tudo.

Ele passou os braços ao redor de meu corpo e me puxou para perto. Calidamente, ele sussurrou em meu ouvido:

– Você é tudo pra mim, Pansy. Me dá uma chance, deixa eu cuidar de você.

Tentei, em vão, afastar seus braços de mim, mas ele me apertou com um pouco mais de força e continuou:

– Não há preço algum que eu não pagaria para dizer tudo o que eu sinto por você, Pansy.

Enxuguei rapidamente uma lágrima que ousou escorrer por meu rosto. Depois, falei:

– Estou cansada. Preciso dormir um pouco.

– Tudo bem, eu vou com você.

Ele já foi se levantando, mas apressei-me em dizer:

– Não, Blás. Prefiro ir sozinha.

– Mas você não pode ficar sozinha.

Ah, que droga!

– Tudo bem, mas não encoste em mim.

– Você sabe que eu irei encostar.

Assim que começamos a pegar o corredor para as masmorras precisei segurar em seu braço.

– Está tudo bem, Pansy?

– Só um pouco de dor…

Percebi que estava trêmula quando deixei o livro cair no chão.

– Vem aqui.

Ele passou um braço por baixo de meus joelhos e o outro por meus ombros e, antes de ser levantada, apanhei o livro.

– Quer que eu te leve par enfermerai?

– Não precisa… De vez em quando eu sinto umas pontadas, mas logo passa.

Encostei a cabeça em seu pescoço, sentindo seu perfume aconchegante. Conforme ele ia andando, meu corpo ia balançando agradavelmente. Vez ou outra sinto-me incomodada por tê-lo tão perto, chego até a me sentir como minha mãe costuma dizer - o elo fraco da corrente. Me apaixonar? Minha mãe jamais cogitou essa possibilidade para a vida dela, por que estou cogitando para a minha?

Porque eu não quero ter uma vida fútil e infeliz como a da minha mãe.

Mas por que tenho tanta dificuldade em permitir que ele me faça feliz? Ah, Merlim, por que?

Apertei meus braços ao redor de seu pescoço, esperando que ele dissesse alguma coisa - qualquer coisa, apenas para ouvir sua voz.

– Pare de chorar, Pansy.

Anh? O quê?! Não acredito que precisei que ele dissesse isso para perceber que estou chorando.

– Me desculpe.

Ah, é claro que ele percebeu. Com meu rosto grudado em sua pele é claro que ele perceberia! Qualquer pessoa perceberia.

– O que houve, hem?

– Nada. Deixa pra lá.

Pouco tempo depois chegamos às masmorras.

– Quer ir para o dormitório ou ficar aqui na Sala Comunal?

– Prefiro o dormitório.

Algumas pessoas que estavam na Sala Comunal olharam para mim - para minha barriga. E foi por esse motivo que decidi ficar no dormitório.

Ele subiu as escadas cuidadosamente. Após chegar ao meu dormitório e colocar-me sobre a cama, ele perguntou:

– Por que você não me conta o motivo do choro?



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

~le desvia dos avada~
kk. a Gab queria colocar mais coisa mas eu, violetharmon sou do mau, dai a Gab concordou comigo de deixa-las curiosas para ver se a Pans vai ou não falar para o Blás o motivo do choro. MUAHMUAHMUAH.
E a Gab pediu para mim falar. " Gente, a ideia da gabs de fazer os pais da pansy acharem q ela era um aborto doi divonica *o*. "
HUAHSA, bom é isso. Espero mais reviews que do outro cap em u.u /carinha pidona.
Beijinhos sabor Abraxas Malfoy. E até o proximo cap. ;]