Meu Amado Monitor escrita por violetharmon


Capítulo 23
Capítulo 23 - Pertencentes... Um ao Outro


Notas iniciais do capítulo

Olá, potterianos! Como estão?
Desculpem-nos pela demora *desviando dos Avadas*. Sério, não era nossa intenção demorar. Mas as provas e trabalhos não estando dando folga rsrsrsrsrs.
Ps: para nós, Fred não morreu!
Boa leitura!



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Cuidadosamente, saímos do castelo e vamos até as proximidades do Lago Negro, para o meio das árvores, onde não podemos ser vistos por ninguém. 

- Nossa, foi muita sorte não sermos vistos por ninguém! - Ron comenta. 

- É verdade! - Gina concorda. - E aquela hora que o Filch pensou ter visto alguém? - E ri. 

Tivemos sorte por Filch não ter nos visto no segundo andar, quando estávamos passando por um corredor bem iluminado pela luz do luar. Haviam dois armários de vassouras no corredor, então entramos neles. Deixamos uma pequena brecha aberta para ver o que ele faria, mas Filch apenas se aproximou com um lampião em mãos e Madame Nor-ra aos seus pés e, depois de constatar que "não havia" nenhum aluno por ali, sumiu por um corredor escuro. Depois do susto que levamos com ele, saímos correndo para fora do castelo. 

- Aqui está frio. 

Essas palavras de Luna foram o suficiente para fazer Ron puxá-la para si e abraçá-la. Ele beijou a ponta de seu nariz e sussurrou "Está gelado", depois riu. 

Sentamo-nos sobre as folhas secas. Ouço o barulho agradável que elas produzem ao receberem meu peso; seu estalar me tranquiliza. 

Harry abraça Gina e ela deita a cabeça próximo ao seu pescoço. Ambos sussurram palavras de aconchego apenas para que eles possam ouvir.

De repente, sem aviso prévio nem nada, a solidão vem me visitar. Aqui, agora, olhando para meus quatro melhores amigos, sinto que há algo faltando. Enquanto eles estão abraçados, se beijando e felizes, eu estou aqui: só, isolada, "segurando vela". 

- Mi, você não deveria ir fazer ronda? - Luna pergunta. 

- Deveria, mas não estou querendo... - E brinco com um tufo de grama. 

- E o que você vai dizer à Minerva? 

- Não sei, Harry. Vou inventar alguma coisa... Depois penso com calma nisso. 

Passamos bons cinco minutos em silêncio; minutos suficientes para um pouco de neve começar a cair. 

- Mione, podemos conversar? 

- Claro, Ron.

Ele dá um rápido beijo em Luna, levanta-se e sinaliza para que eu o acompanhe até a margem do lago, onde ninguém pode nos ouvir. 

- Bom, Mi... Eu... - Ele para e, de repente, passa a achar interessante fitar os próprios pés.

- Diga, Ron. - Encorajo-o. 

Seus olhos percorrem o lago escuro, as árvores negras... Depois ergue-os ao céu e observa a lua minguante. 

- Sabe, Mi... - E olha nos meus olhos. - Desculpe-me, por favor? Tudo isso que houve com Malfoy... Foi tudo culpa minha. O acidente, o traumatismo craniano, a perda de memória... Por favor, me desculpe? Se eu não tivesse feito o que fiz, se eu não tivesse tentado o que tentei, nada disso teria acontecido. 

Suas palavras me pegam de surpresa. Não que ele nunca tenha me pedido desculpas, mas dessa vez é diferente. 

Dessa vez, ele não está dizendo isso por se sentir obrigado a fazer, e sim porque quer fazer. Olhando intensamente no azul de seus olhos, vejo o tamanho da sinceridade aqui presente. 

- Ron... Eu... 

- Mi, me perdoa, por favor? 

Seus olhos imploram pelo meu perdão. 

- Bom, não confunda minha minha falta de palavras com não querer te perdoar. Mas é que, depois de tudo isso que você disse, eu preciso de alguns instantes pra pensar no que dizer e da melhor forma possível, o.k.? 

- Claro, Mi. O tempo que você precisar. 

Ron fica observando o céu enquanto escolho as palavras cuidadosamente. Não quero passar a impressão errada. 

- Ron. - Meu tom é sério. 

- Sim? - Seus olhos voltam-se para mim. 

- Primeiramente, eu perdoo você. 

Ele dá um suspiro de alívio e abre um sorriso contagiante, impedindo-me de continuar com o semblante sério. Sorrindo, continuo: 

- Mas não se culpe pelo que aconteceu. Acredite, eu evolui bastante nesse último mês. Revi muitas coisas que precisavam ser observadas. Aprendi muitas coisas que eu precisava aprender. E o principal: descobri que Draco é o amor da minha vida. Passar esse tempo sem poder ouvir a voz dele, olhar nos olhos dele, tocar a pele maravilhosa dele... - E paro ao sentir minhas bochechas em brasas. - Enfim, eu percebi que tudo acontece com um propósito, independentemente de ser bom ou ruim. Ron, você é um dos meus melhores amigos. Não consigo me imaginar brigada com você por muito tempo. 

- Mesmo sabendo que eu quase matei seu namorado? - Ele sorri, mas sei que há dor por trás de seu sorriso. 

- Sim, Ron. Mesmo sabendo desse fato. 

Sem hesitar, abraço-o. Sei que nossos amigos estão olhando para nós, mas o que importa? Se Luna não sente ciúmes, então está tudo certo! 

Após distanciar-me dele, digo:

- Eu te amo, cara! 

- Também te amo, irritante sabe-tudo! 

Antes de voltar para perto de nossos amigos, pergunto: 

- Você contou sobre isso para alguém? 

- Harry sabe. 

E ele fala com tanta indiferença, tanta naturalidade, que me assusto. 

- Sério? E por que ele nunca demonstrou saber? 

- Eu pedi. 

Dou de ombros e chamo-o para voltarmos para nossos amigos. 

- E então, podemos saber o motivo da conversa em particular? - Gina pergunta. 

Ron e eu nos olhamos, e ele decide responder: 

- Desculpe por te desapontar, Gina, mas o assunto é bem particular. 

Olho para Luna e vejo que, por ela, está tudo bem. Só eu sei o quanto isso me deixa feliz. 

Começamos a conversar normalmente, sobre vários assuntos. Percebo o quanto eles evitam tocar no "fator Draco", não que não seja bom que ele esteja acordado, mas por ser ruim saber que ele não tem ideia de quem eu sou. 

- O que vocês estão fazendo aqui? 

Assustados, olhamos para trás, para a mata, procurando pelo dono da voz. Mas não preciso ver para saber. 

- Professor Malfoy. - Digo, assim que o leve brilho do luar nos permite vê-lo. 

- Não responderam à minha pergunta. 

Nos entreolhamos, como se estivéssemos decidindo quem vai falar. Por fim, começo: 

- Professor... hum... sabemos que não deveríamos estar aqui, mas... 

- Mas estão. - Ele me interrompe.

Ficamos cabisbaixos, depois nos surpreendemos quando ele começa a rir e diz: 

- Relaxem, pessoal. Não vou dedurar vocês. 

Nos olhamos com uma enorme interrogação nos olhos.

- Desculpe, professor... Como é? - Luna pergunta. - Não vai nos dedurar? Não vai aplicar detenção? Como assim? 

Ainda rindo, ele responde: 

- Não hoje, senhorita Lovegood. As regras foram feitas para serem quebradas. - E pisca um olho. 

Internamente, estou rindo muito. Externamente, passo uma ligeira impressão de monitora preocupada:

- Mas, professor, isso seria um mau exemplo da parte do senhor. 

- E da senhorita também, monitora. 

Sinto meu rosto arder de tanta vergonha. 

- Enfim, posso me juntar a vocês? 

Harry lança um olhar apreensivo para mim, assim como os outros. 

- Qual é, gente? Ele é legal! - Digo. 

- Muito obrigado, Granger. 

Ainda apreensivos, eles respondem automaticamente coisas como "Hum...", "O.k.", "Tá"... 

Lúcio senta-se conosco e começa a contar algumas histórias. Ele diz o quanto se arrepende pela vida que levava e o quanto mudou, mas percebo que não convence Gina quanto a isso. Lanço um olhar para ela que diz "Relaxe" e é o que ela faz. Ouvindo atentamente ao que Lúcio diz, ela sorri e até chega a comentar e fazer perguntas. 

Em um momento qualquer, quando Harry, Gina, Luna e Ron estão falando sobre uma história contada por ele - que eu nem prestei atenção -, Lúcio me chama e diz: 

- Granger, podemos conversar? Garanto que não levará muito tempo. 

Levanto-me e espero-o. 

- Vamos até a margem do lago. - Digo, fazendo-o me seguir. 

Quando chegamos aonde queríamos, ele espera um pouco, depois fala diretamente: 

- Sabendo que Draco não se lembra de você e que é muito importante para ele estar com você, quero saber se gostaria de passar as férias de Natal conosco. 

Engulo em seco quando ouço seu convite. 

- Desculpe? 

Ele pigarreia, depois repete: 

- Gostaria de passar as férias de Natal comigo e com minha família? 

Espero cinco segundos antes de responder enquanto processo a informação. 

- Bom, eu adoraria. Mas preciso da permissão de meus pais. 

- Sem problemas, eu aguardo a resposta deles. 

- Então enviarei uma carta amanhã, tudo bem? 

- Claro. Espero o tempo que for necessário. - E sorri. - Draco ficará tão feliz! 

Sorrio pela simples ideia de estar sob o mesmo teto que ele novamente. Principalmente por me imaginar tomando café olhando para ele, acordar durante a madrugada e encontrá-lo no corredor enquanto vamos pegar água... 

- Draco sugeriu que eu a convidasse. 

Suas palavras me surpreendem e me alegram tanto que sinto meus olhos encherem-se d'água. 

- Eu falei em chamar Pansy e Blásio, então ele disse "Chame Hermione também". 

Enxugo uma lágrima fujona, depois tento imaginar-me na mesma casa que Pansy e Blásio, ainda mais com Pansy grávida e eu brigada com Blásio. Eu tenho motivos de sobra para desistir de passar o Natal na Mansão Malfoy, mas tenho um motivo que me faz desejar ir para lá mais que tudo: Draco. 

Mas, então, uma pergunta me vem à cabeça: 

- Draco sabe da gravidez de Pansy? 

Ele suspira.

- Ainda não. Contudo, conversei com o médico hoje e ele disse que não há problema em Draco receber esse tipo de notícia, uma vez que está tudo certo em seus exames. 

Ao mesmo tempo que essa notícia me alivia, me desespera. 

- Então... Hum... Dou a resposta para o senhor assim que receber a carta de meus pais. 

- O.k. Mas lembre-se: as férias de Natal começam nessa segunda-feira.

- Pode deixar, professor. 

- Ah, Granger? 

- Sim? 

- Fora da sala de aula, pode me chamar de Lúcio. - E dá um sorriso amigável. 

- Tudo bem, se o senhor prefere assim. E o senhor pode me chamar de Hermione. 

Passamos uns poucos segundos em silêncio, depois ele olha para mim e diz: 

- Hermione, Draco ficou muito chateado pela forma como saiu do hospital hoje. 

Abaixo a cabeça. Sei exatamente do que ele está falando. 

- Segundo Draco, depois que ele te beijou, você saiu correndo do quarto. 

Sinto meu rosto enrubescer violentamente. 

- Draco lhe contou sobre o beijo? 

- Sim.

Uma pausa. 

- Mas o que te levou, Hermione, a sair correndo do hospital, sem se despedir nem nada? 

Tiro uma mecha de cabelo do meu rosto, depois, olhando para o Lago Negro, respondo: 

- Eu não estava... bem. Quero dizer, meu lado emocional... 

Não consigo completar a frase. Sinto uma imensa dor começar a se formar dentro de mim, mais por Draco ter me beijado sem saber quem sou do que por não se lembrar de mim. 

- Tudo bem, não precisa responder. - Ele afaga meu ombro. 

Algumas lágrimas querem sair, mas prendo-as com toda a força que tenho. 

- Posso ir vê-lo amanhã? - Pergunto.

- Claro, Draco ficará muito feliz. Mas... - Ele hesita.

- Mas...? 

- Devo avisar-lhe que Pansy também irá. 

Solto um longo suspiro de reprovação. 

- Conversei com Minerva e ela, e decidimos que a melhor pessoa para dizer a Draco sobre essa criança é a própria Pansy. 

- O.k. - Digo isso mais para mim do que para ele, mais para me convencer do que tudo. - E os exames de Draco? 

- Converse com ele sobre isso amanhã. Afinal, se eu te responder todas as perguntas, não terão o que conversar amanhã.

No dia seguinte, a primeira coisa que faço ao acordar é escrever a carta aos meus pais. Imagino que, se mencionar que quero passar as férias na Mansão Malfoy, me envolverei numa longa confusão. Mamãe sabe tudo o que eles fizeram no passado, e iria surtar se descobrisse que eu amo um Malfoy. O.k... Sei que, mais cedo ou mais tarde, terei que contar a eles, mas não agora. Então a carta fica assim:

Queridos mamãe e papai, estou com saudades. 

Estou enviando essa carta para pedir permissão para passar as férias de Natal na casa de Gina e Ron. Sei que o Natal é para ser passado com a família, mas eu passei apenas um Natal com eles. 

Deixem, por favor? 

Aqui em Hogwarts está tudo bem, não se preocupem. 

Amo muito vocês. 

Hermione Jean Granger. 

Após ir ao corujal e enviar a carta, corro para o Salão Principal para falar com Gina. Encontro-a sozinha à mesa da Grifinória, lendo. 

- Bom dia, Gina. 

- Olá, Mi. - Ela levanta os olhos. - Dormiu bem? 

- Sim, e você? 

- Muito bem. 

Ela me observa. 

- O que houve? Parece eufórica... 

- Gina, preciso de um gigantesco favor seu.

- Pode pedir. 

Hesito um pouco, depois digo: 

- Enviei uma carta aos meus pais pedindo permissão para passar o Natal com vocês, mas... Lembra-se do que te falei ontem, que Lúcio me convidou para passar o Natal com ele e a família? 

- Sim. 

- Então, eu não podia enviar uma carta aos meus pais dizendo "Olá, posso passar o Natal com uma família que odiava sangues-ruins?". Por isso disse que queria passar o Natal com vocês.

- E você quer que eu te acoberte? 

- Exatamente. 

Penso que ela não irá concordar, mas logo dá um sorriso radiante e diz: 

- Pode contar comigo! 

- Ai, graças a Merlim! Bom, nesse período, preciso que observe Errol e Píchi com o correio, para o caso de chegar alguma carta para mim. Ahh, avise a Ron, Fred e Jorge sobre isso também.

- Fred e Jorge? Tem certeza? 

- Eles também são meus amigos, sei que posso confiar neles.

- O.k. 

- E, por favor, não deixe que seus pais desconfiem! 

- Pode deixar. - E faz continência. 

Sorrio e digo: 

- Já te falei que você é a melhor amiga do mundo? 

- Hum... Deixa eu ver... Milhões de vezes! 

Passamos um bom tempo rindo. Depois do café da manhã, corro para a sala de DCAT, onde Lúcio espera por mim e Pansy. 

- Estão prontas? - Ele pergunta.

Cheias de ódio no olhar, Pansy e eu nos entreolhamos, mas confirmamos com a cabeça. 

Chegando ao St. Mungus, vamos rapidamente para o quarto de Draco.

- Pansy, você primeiro. É melhor que Draco receba sua notícia logo. 

Fico indignada com isso, mas, assim que ela entra, Lúcio diz:

- Você tem o poder de acalmá-lo. Permita que Pansy diga logo o que tem a dizer.

Passados cinco minutos, ouço a voz exaltada de Draco: 

- COMO ASSIM? NÃO É POSSÍVEL! 

Sinto a confusão em suas palavras, uma vez que fiquei do mesmo jeito. 

Temendo que isso possa atrapalhar-me a fazê-lo se lembrar de mim, sinto meu corpo todo tremer. 

Percebendo minha tensão, Lúcio coloca a mão sobre meu ombro e diz:

- Fique tranquila. Tudo dará certo. 

Faço que sim com a cabeça. Um gesto que é mais para tentar me convencer de que tudo ficará bem. 

Mais cinco minutos depois, Pansy sai do quarto. Ela me dirige olhares e sorrisos presunçosos, vitoriosos. Sinto a fúria crescer em meu íntimo mas, ao olhar para sua barriga de três meses e meio, contenho-me. 

Passo por ela, ignorando-a, e entro no quarto. 

Deparo-me com Draco deitado, as mãos escondendo o rosto, as pernas mechendo-se de inquietação.

Com medo de sua reação, aproximo-me lentamente.

- Draco? - Sussurro. 

Ele tira as mãos do rosto e olha no fundo de meus olhos. Depois, com um breve sorriso no rosto, diz:

- Hermione. 

Sua mão esquerda é estendida para mim, e não posso impedir o intuito de aproximar-me ainda mais e segurá-la. 

- Como está? 

- Como pareço estar?

Sinto meu rosto ficar vermelho. Não era hora para fazer uma pergunta como essa. 

- E seus exames? Ficaram prontos? 

Ele entrelaça nossos dedos e, observando nossas mãos unidas, responde:

- Sim. O médico disse que está tudo bem com minha cabeça, exceto pela perda de uma parte da memória. - E me fita com os olhos piedosos.

- Nem tudo é perfeito. - Murmuro. 

Draco senta-se na cama, depois me puxa para mais perto.

- Por que saiu correndo ontem? 

Quero desviar meus olhos dos seus, mas seu olhar tempestuoso é tão profundo e fascinante que não consigo.

- Desculpe-me, mas é horrível saber que uma pessoa te beijou sem ter ideia de quem você é. 

Sinto minha visão ficar embaçada. A garganta, apertada. 

- Por favor, me perdoe? - Ele pede. - Eu não devia ter feito aquilo, mas senti que devia fazer.

- Tudo bem, sem problemas. 

Alguma coisa molhada escorre por minha bochecha, e sei que é uma lágrima. Draco ergue a mão direita e seca-a com o polegar. Depois, segura meu queixo e pergunta:

- Meu pai já lhe fez o convite? 

- Sim. E eu já aceitei. Só preciso esperar a resposta de meus pais.

Ele sorri. 

Passados alguns instantes, Draco pergunta:

- Você sabia? 

- Do que? 

Percebo o quanto ele hesita, mas diz: 

- Pansy... a gravidez. 

- Sim. 

- E como se sentiu? 

- Da mesma forma ou até pior que você. 

Meu corpo todo estremece, ainda mais depois que ele me segura pela cintura.

- Eu me lembrarei de você. Prometo. 

- Como pode prometer algo sem ter certeza? 

- Não sei. Simplesmente sinto que irei me lembrar de você. 

Dou um sorriso um pouco forçado.

Contudo, após descobrir que Narcisa Malfoy é médium e que o espírito de Draco se comunicou com ela enquanto o corpo estava em coma, por que não acreditar em sua intuição?

Esse meu pensamento é o suficiente para fazer um sorriso enorme aparecer em meu rosto. 

- Seu sorriso é maravilhoso. 

Passamos bons três minutos em silêncio, depois pergunto:

- Você vai assumir a criança? 

- Esse é meu dever. 

Ele me observa atentamente. 

- Não preciso saber quem você é para dizer que isso não alterará o que eu sinto por você.

- E o que você sente? 

- Pode parecer estranho, Hermione, mas é amor. Mesmo não me lembrando de você, sinto que sempre me pertenceu. 

Dessa vez, as lágrimas que mancham meu rosto são de pura alegria. 

- Eu amo você, Draco Malfoy. Você pertence a mim e a mais ninguém.

Após enxugar minhas lágrimas, ele beija minhas bochechas, minha testa, até mesmo a ponta de meu nariz. 

- Posso...? - Ele pergunta, os lábios a milímetros dos meus.

- Sempre. 

De repente, sou tomada por uma sensação única, indescritível. 

Não há Pansy, não há falta de memória, não há Zabini... Não há nada que nos impedirá de pertencer um ao outro.


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Notas finais do capítulo

QUEM GOSTOU AEEEE?
Por favor, deixem reviews. Faltam apenas 12 para o de número 300. Vamos lá, galera! Quem quiser deixar recomendações pode deixar também, viiu?
Ahhh, e achamos legal dizer que o cap passado não estava nos nossos planos kkkk. A Gabrielaa tava escrevendo e, de repente, PIMBA!, surgiu a ideia. Teve quem gostou e quem não gostou, mas gostamos de saber que expressaram o que estavam sentindo.
Beijos sabor Draco Malfoy!