Meu Amado Monitor escrita por violetharmon


Capítulo 20
Capítulo 20 - Luz dos Olhos


Notas iniciais do capítulo

Sim, sim. Estamos completamente conscientes da demora de postagem, ok? Mas esse cap precisou ser MUITO BEM elaborado.
Ele é meio chato em alguns pontos, mas garantimos que ficará legal depois.
Boa leitura.



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Um mês havia se passado desde aquele sábado revelador. 

Eu não havia desistido da ideia de que Narcisa possuía poderes mediunicos, então conversei com Lúcio Malfoy e Minerva, e ambos concordaram em levar um médium para vê-la. Ela tem feito duas sessões semanais com um especialista e, pelo o que pudemos observar, meu palpite estava correto: Narcisa Malfoy não é louca. 

Ela saiu do St. Mungus semana passada e já está em casa. Como o verdadeiro estado dela foi descoberto, não vimos problemas em dizer-lhe que Draco está em coma. Por incrível que pareça, ela reagiu normalmente. 

- Poderia ter acontecido com qualquer pessoa. No entanto, foi meu filho. - Disse, com lágrimas nos olhos. - Agora, é esperar pra ver o que acontecerá.

Ao contrário dela, não pude deixar de chorar muito. No entanto, como ela mesma disse, temos que esperar para ver o que acontecerá. 

Falando em Draco, não foi um mês fácil. Para mim, ele se arrastou. Precisei de muita força para resistir todas essas semanas sem Draco, precisei de coragem para seguir em frente e, acima de tudo, precisei de resistência para não cair em tentação. 

Sim, estou falando de Blásio Zabini. 

Houve momentos em que eu pensei que não conseguiria, mas trouxe a imagem de Draco à minha mente e resisti. Imaginei-o tendo inúmeras paradas cardio-respiratórias por minha culpa. E foi assim que consegui me livrar dos braços de Zabini tantas vezes. 

Como Draco me pediu, cuidei de Pansy. Mas à minha maneira: vigiei-a à distância. Venho observando seus hábitos e corrigindo-a quando está fazendo algo que pode prejudicar o bebê. Dia desses a vi querendo jogar Quadribol - por diversão. 

- Pansy, é perigoso. - Alertei-a.

- E desde quando se importa comigo? 

Ela já estava montada na vassoura quando falei: 

- Draco não gostaria que você colocasse a vida dessa criança em risco. - E foi com esse argumento que consegui vencê-la.

Obviamente, também convenci-a a contar para McGonagoll sobre sua gravidez. Ela precisa tomar os cuidados necessários, e precisamos do apoio de alguém dentro de Hogwarts para isso. 

Minerva não a criticou, apenas lhe disse que dará toda a ajuda possível. 

Hoje é domingo. Combinei de ir com Gina, Harry, Luna, Ron, Neville e Parvati até Hogsmead. 

Falando em Ron e Luna, eles estão juntos. Ainda bem. Por mais que não seja do tipo de Ron, ele a pediu em namoro após o término do jogo Grifinória contra Sonserina, duas semanas atrás, onde nós vencemos, é claro - humilde, hem?! -, e fico muito feliz por estarem juntos. 

Abro o guarda-roupas e procuro o que vestir. Após correr os olhos três ou quatro vezes de ponta a ponta, concluo que o que eu quero não pode ser encontrado no meu guarda-roupas. 

Tendo conhecimento de que Zabini já saiu para se encontrar com meus amigos, vou até o quarto de Draco - para mim, não importa quem esteja lá, será sempre o quarto de Draco. Procuro, entre as roupas de Draco, exatamente aquilo que eu quero. E encontro: uma blusa xadrez em tons de verde. Vou para o meu quarto, visto um jeans azul, coloco uma blusa branca de alcinhas e a camisa de Draco por cima. Fecho-a até a altura do umbigo, dali dou um nó nas pontas e visto um sobretudo preto por cima. Para completar, calço botas pretas de camurça. 

Desço rapidamente as escadas e vou para o Salão Principal. Logo avisto meus amigos, todos sentados à mesa da Grifinória. 

- Bom dia! - Digo animadamente. 

- Oi, Mi. - Dizem. 

- E então, vamos para Hogsmead?

- Claro. - Neville respondeu. 

Lanchamos com um pouco mais de rapidez do que o necessário, mas estávamos ansiosos para sair dos terrenos de Hogwarts. Depois, embarcamos nas carruagens e esperamos avidamente por chegar ao vilarejo. 

Enquanto todos conversavam, observei Ron e Luna. Eles combinam. Observo os dedos de Ron entrelaçados aos de Luna, vejo a forma carinhosa como eles se movimentam uns nos outros. Não posso deixar de ver a forma doce com que ele tira uma mecha de cabelo do rosto de Luna, e é inevitável não vê-la corar. 

Meus olhos não deixam de observar também Neville e Parvati. Um pouco mais discreto que Ron, Neville apenas está com sua mão pousada sobre a de Parvati. Vez ou outra ele desliza seus dedos pelo braço dela. 

E como sinto a falta de Draco. Como eu gostaria que ele estivesse aqui para que pudéssemos segurar um na mão do outro, para que pudéssemos ficar abraçados. Ou simplesmente para que eu pudesse me sentir feliz só por ele estar são e salvo. 

- Gente, eu não quero demorar muito a voltar porque quero ver Draco hoje. - Digo. 

Gina olha para mim com pesar: ela sabe o quanto estou sentindo a falta dele. 

- Tudo bem, então almoçamos por lá e depois voltamos? - Luna sugere. 

Todos concordamos. 

Chegando em Hogsmead, não hesitamos em nos separar: os garotos foram para um lado e as garotas para outro. 

- Vamos comprar logo os presentes de Natal dos meninos? - Pervati sugeriu. 

- Acho uma boa ideia. - Disse Gina. 

Eu e Luna nos olhamos, depois respondi: 

- Hum... Vamos então... Vou comprar algo para Draco, quem sabe ele acorda até lá... Sem contar que ele faz aniversário quatro dias depois. 

Elas me olham com certa pena, o que me faz dizer: 

- Vamos logo! - E forço um sorriso que, por sinal, as engana. 

Começamos a andar pelas ruas cheias de neve e decorações natalinas. Faltando apenas quinze dias para o tão esperado 25 de dezembro, muitas pessoas já estão enchendo as lojas e procurando avidamente por presentes. 

- Por onde começamos? - Parvati questiona. 

- Não sei. - Diz Luna. - Que tal começarmos pela Wizard's Boy? Bom, é uma loja para garotos, não é possível que não encontremos um presente por lá. 

- Vamos, então. - Gina arrastou-nos para dentro da loja. 

Ela estava abarrotada de pessoas - meninas, em sua maior parte. Apesar de ser uma loja razoavelmente grande, tive dificuldade em me locomover. Não pela quantidade de pessoas, mas talvez porque o que eu queira não esteja aqui. 

- Luna - Chamo-a -, o que eu quero não está nessa loja. Avise às meninas que encontrarei vocês no Três Vassouras dentro de uma hora, o.k.? 

- Pode deixar. - Ela me observa. - Quer que eu vá com você? 

- Não há necessidade. - Sorrio. - Fique a vontade para escolher o presente do Ron, não se preocupe comigo. 

- O.k. Nos vemos depois, então. 

Dou um último sorriso em sua direção e saio da loja. Sinto um enorme alívio ao inspirar o ar gélido do exterior da loja. 

Ponho-me a andar por toda Hogsmead atrás de uma loja que tenha o que desejo, observando atentamente todas as vitrines. Quando estou quase ao ponto de desistir, passo quase distraidamente em frente a uma loja chamada Rabiscos. Entro na loja e assusto-me com o sino da porta. 

- Olá, menina. 

Minha respiração para e meu coração acelera devido ao susto causado pelo homem de meia idade que surge no fundo da loja. 

- Bom dia. 

- Posso ajudar? - Sua voz é amigável. 

- Hum... Creio que sim... Estou procurando tinta à óleo, tela e um cavalete. 

Enquanto procura as tintas, ele pergunta: 

- A senhorita pinta? 

- Não, mas meu namorado desenha muito bem. Eu não sabia o que comprar de Natal para ele, então decidi procurar por isto. 

Seus olhos pousam em mim rapidamente, depois voltam-se para as prateleiras. 

- Um presente curioso... - Observa. - Bem original. 

Sem saber o que dizer, apenas levanto os ombros e sorrio. 

- Como ele se chama? 

- Malfoy... Draco Malfoy. O senhor já deve ter ouvido falar em sua família.

- Oh!, Draco! A senhorita é namorada dele?! 

- Sim. O senhor o conhece? 

Ele dá um sorriso alegre. 

- Claro! Dei aulas de desenho para ele desde os seus oito anos até os quinze. Ensinei a ele tudo o que sabe. 

- Hum... 

- Mas Draco nunca pegou num pincel antes. - Ele ergue uma sobrancelha. - Não sei se estará preparado para isso. 

- Tenho certeza de que ele conseguirá. Draco é bom em tudo o que faz. 

- Bom, espero que esteja certa. 

Após colocar alguns tons de tinta sobre o balcão e pedir-me que e aproxime, ele pergunta: 

- E como ele está? 

Incapaz de erguer os olhos, fito as tintas enquanto respondo: 

- Ele sofreu um acidente e... hum... está no hospital, em coma... - Sinto uma crescente dor em meu peito, mas controlo-me para não chorar. - Sinto muito... 

- Espero que ele acorde até o Natal.  

Para confortar-me, imagino, ele dá um sorriso e diz: 

- Draco é um rapaz muito forte, tenho certeza de que conseguirá. 

Daí em diante, conversamos apenas sobre os tons de cores, os tamanhos das telas e tudo sobre arte. Embora eu não entenda muito sobre o assunto, faço o possível para compreender o que ele diz sobre os melhores tipos de pincéis, tintas e telas. 

Quando estou quase saindo da loja, observo o quadro de uma linda mulher na parede atrás do balcão. Ela tem uma beleza simples: cabelos e olhos castanho-escuros, pele levemente morena, lábios cheios e rosados e um corpo normal. Não posso deixar de reparar a sensação de paz que seu olhar acolhedor transmite. Ela está sentada sob uma árvore e com uma rosa branca em mãos. Também reparo no vestido azul-céu que ela está usando e como ele cai levemente em seu corpo. 

- Quem é? - Pergunto, os olhos no quadro. 

- Ah... Ela... - Percebo o quanto sua voz é arrastada. Então, sem ter frieza suficiente para não olhá-lo, dirijo meus olhos para ele. - Minha esposa... falecida. 

Sendo normal ou não, sinto em meu peito a dor que imagino que ele sente. 

Perda. 

Solidão.

Saudade. 

Vazio. 

E até um pouco de... culpa. 

- Ela se foi há cinco anos. Não foi fácil... Pintei o quadro um ano após sua morte. 

- Desculpe-me, acho que eu não deveria ter tocado neste assunto. 

- Tudo bem, garota. Não tem problema. 

Ele me entrega a caixa preta com o laço azul, tal como eu pedi há dez minutos. 

- Se for muito pesado para você levar até Hogwarts, posso pedir que entreguem lá. 

- Não precisa. Daqui, seguirei para o Três Vassouras e depois para a carruagem. Muito grata pela gentileza. - Sorrio. 

- Eu que devo agradecer pela maravilhosa companhia. Volte sempre. 

Quando ele abre a porta para eu passar, percebo que esqueci de fazer uma importante pergunta: 

- Como o senhor se chama? 

- Jonathan Bond. 

- Hermione Granger. 

- Foi um prazer, senhorita Granger. 

- O prazer foi meu. 

- Mande um abraço para Draco quando ele acordar. 

- Mando sim. 

Dou-lhe um último sorriso e ponho a andar pelas ruas enevoadas de Hogsmead. Confesso que não é fácil andar entre tantas pessoas com uma caixa deste tamanho, mas faço todo um esforço para não derrubar o presente de Draco. Quando estou quase entrando no Três Vassouras, vejo Pansy Parkinson e Zabini ao longe. Não podendo me conter, observo-os por alguns instantes: a forma como eles sorriem quando estão juntos, os leves tapas que Pansy dá em seu braço, os olhares, as bochechas vermelhas... E poderia até jurar que estão apaixonados se não tivesse conhecimento da paixão dela por Draco. Numa última olhada, permito que meus olhos desçam para seu ventre e reparo na leve ondulação de três meses. 

Entro no Três Vassouras e logo vejo as meninas sentadas numa mesa mais ao fundo. Ando até elas calmamente, mas com um certo receio de derrubar a caixa. 

- Oi, Mi. Deixe-me ajudá-la. - Gina se aproxima e ameaça pegar a caixa, quando digo: 

- Não há necessidade. Pode deixar. - Sorrio. 

Aproximando-me da mesa, coloco a caixa sobre ela e me sento ao lado de Gina. 

- E então, o que comprou? - Parvati pergunta. 

- Bom... Hum... Por que vocês não começam dizendo o que compraram? 

E assim iniciou-se uma longa conversa. Confesso que não me lembro de nada do que elas disseram, apenas o que compraram, pois estava muito preocupada em visitar Draco. Durante a conversa, assustei-me com a quantidade de cervejas amanteigadas que tomei: três; No entanto, continuo tão bem como antes. 

- Mi, vai dizer ou não o que comprou? - Gina pressiona. 

Antes de responder, não posso deixar de rir um pouco. 

- Não é um presente nada comum. - Franzo o cenho. 

Luna ri um pouco, depois diz: 

- E você é comum? 

- Olha só quem fala. 

E, nesse momento, vemos que os garotos chegaram. 

- Oi, amor. - Luna levanta-se e beija Ron, o dono na voz anterior. 

Todos nos cumprimentamos. Os meninos sentam-se à mesa e pedem coisas que quase nos fazem surtar: 

- Eu quero uma cerveja amanteigada e salgadinhos à lá Três Vassouras. - Pede Harry. 

- Eu quero salgadinhos também e um quentão de Merlim. - Diz Ron.

Neville é o que mais me surpreende: 

- Uma cerveja amanteigada, salgadinhos e um gugelhupf. 

Parvati o olha com a boca escancarada e os olhos saltando das órbitas.

- Não sabia que você conseguia comer tudo isso! 

- Eles vivem comendo. - Gina diz. 

Após tanta comilança por parte dos meninos, finalmente saímos do Três Vassouras e voltamos para as carruagens. Não conversei muito no caminho, apenas quando Harry me perguntou: 

- O que você comprou pro Draco? - Seus olhos estão na caixa. 

Involuntariamente, dirijo meus olhos para a caixa também. 

- Não é algo muito comum... 

- Diga assim mesmo. - Ron me encorajou. 

Então, ao levantar os olhos, percebi que todos estavam olhando para mim. Olhei para a neve do lado de fora e, em seguida, falei: 

- Materiais para pintura. 

Neville diz: 

- Totalmente fora do comum. Mas não se espante, Hermione, acho legal dar presentes diferentes. - E ele dá aquele sorriso cheio de dentes tortos que tanto alegra meus dias. 

Não demoramos muito para chegar em Hogwarts. Lá, Harry fez questão de deixar a caixa em meu quarto. Descemos para almoçar logo em seguida. Assim que terminei, corri para a sala de Minerva - algo me dizia que eu precisava ir logo para o St. Mungus. 

- Olá, Granger. 

- Boa tarde, diretora. Podemos ir logo ao St. Mungus? 

- Claro que sim. Espere só um pouco que eu chamarei Lúcio. Ele disse que gostaria de ir conosco hoje. 

- Tudo bem. 

- Não demorarei. 

E, em questão de segundos, já não ouço mais seus passos. 

Sento-me em uma cadeira e espero. Alguns instantes depois, uma coruja entra pela janela e pousa sobre a mesa. Aproximo-me calmamente do animal cor de café com leite e retiro o papel de sua pata, onde está escrito Hermione Granger. Abro o bilhete e leio: 

Olá, meu amor. 

Pode parecer que não, mas sempre estive escutando você. 

Quando eu abrir os olhos, pode ser que eu não lhe reconheça, mas nunca esquecerei do seu olhar e do seu sorriso. 

Hermione, eu amo você e nada pode mudar isso. Mas você precisará ser ainda mais forte. 

Eu sei que é cansativo, mas o amor é assim mesmo: você está cansado, mas continua lutando. Sem falar que, quando falamos de paixão logo associamos à finitude; ao falar de amor, falamos de para sempre

Eu amo muito você. 

Draco Black Malfoy. 

Meu coração dispara após ler todas essas palavras. 

Quando eu abrir os olhos... Será? 

- Vamos, Granger? 

Estava tão distraída que nem ouvi quando Lúcio e Minerva entraram na sala. O que me despertou foi justamente a voz de meu sogro. 

- Vamos. 

Após segurar o braço de Minerva e sentir aquela desconfortável sensação de estar sendo puxada para dentro de mim mesma, sinto meus pés tocarem a calçada do St. Mungus. Entramos, identificamo-nos e vamos a passos rápidos até onde Draco está. Quando chegamos, a enfermeira logo diz: 

- A visita deve ser rápida. 

- Por que? - Pergunto rapidamente. 

Ela hesita um pouco em dizer, tempo que a faz pensar nas palavras certas que deve usar. 

- Bom... Hum... As paradas cardio-respiratórias estão cada vez mais frequentes. Por favor, não demorem. E me chamem caso algo aconteça. 

Quando toco a maçaneta da porta, Lúcio toca meu ombro e pergunta: 

- Podemos entrar juntos? 

Receosa, respondo:

- Acho que não haverá nenhum problema.

Enquanto entro e caminho para perto de Draco, pergunto-me o por quê do aumento de paradas cardio-respiratórias. Não aconteceu nada entre Zabini e eu durante esse último mês, então o que está havendo? 

Ao estar tão perto dele ao ponto de ouvir sua respiração suave, seguro sua mão. Pressiono meus dedos em sua pele alva e gélida afim de guardar essa sensação dentro de mim. Fecho os olhos e concentro-me em tudo o que estou sentindo, mas ainda assim posso ouvir o barulho dos aparelhos. 

Percebo a movimentação de Lúcio e não me assusto quando ele toca meu ombro e diz: 

- Ele irá acordar. 

Desvio os olhos de Draco por um instante e encaro Lúcio: jamais pensei que este homem, aparentemente tão frio e cruel, pudesse sofrer tanto pelo filho. 

E é nesse momento de distração que o barulho do medidor de frequência cardíaca começa a acelerar. 

- Por Merlim! - Lúcio desespera-se. 

Não sei o que fazer, não sei o que dizer. Não sei se choro, se grito. 

- Chame a enfermeira! - Grito, enquanto sinto várias lágrimas escorrerem pelo meu rosto. 

Draco começa a ter inúmeras convulsões, fazendo com que sua frequência aumente. Desespero-me ao saber que posso perdê-lo. 

- Afaste-se. - A enfermeira me empurra bruscamente para o lado enquanto tem a ajuda de mais dois enfermeiros para trazer o aparelho de choque para perto de Draco. 

Eles começam a por seu plano em prática, mas é inútil: o coração de Draco está quase parando. 

Sem saber o que fazer e sentindo a quantidade de lágrimas correntes em meu rosto, empurro os enfermeiros e me aproximo de Draco.

- Por favor, fique. Eu amo você. Eu amo você. Eu amo você. Eu amo você.

E beijo-o. Beijo-o de uma forma tão cálida, tão doce, tão pura, que sinto como se ambos estivéssemos no Céu. Enquanto sinto nossos lábios se fundirem, ouço o aparelho voltar a apitar e sinto os lábios dele movendo-se contra os meus. No entanto, há algo errado: ele vira o rosto. 

Mas pouco me importa. Importa-me apenas que estou a poucos centímetros de distância do amor da minha vida. Ele está piscando os lindos olhos cor de tempestade e me olhando de uma forma estranha. Mas a forma que ele me olha pouco importa. 

Sinto um sorriso formar-se em meu rosto e as lágrimas de felicidade logo tomam o lugar das de desespero. Junto as mãos diante do rosto e fico encarando Draco. 

- Meu filho, você acordou! - Diz Lúcio, pedindo-me licença. Afasto-me um pouco para dar lugar a ele. 

Observo Draco: seus lábios rosados, seu rosto pálido adquirindo uma certa cor, seu coração pulsando sobre o tecido fino da camiseta. Admiro também a incrível luz dos olhos que tanto amo. 

Mas o que está errado logo vem me incomodar: ele desvia o olhar do pai e não se importa com o que Lúcio está dizendo, apenas mantém os olhos interrogativos cravados em mim. 

E então, quando ele abre um pouco a boca, ouço sua voz rouca perguntar: 

- Quem é você? 


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Notas finais do capítulo

TCHAN TCHAN TCHAN TCHAN.
Já estamos prevendo a seguinte pergunta: Como vocês param justamente nessa parte?
hahahahahaahha!
Nem tudo é perfeito, né gente?!
Esperamos, de coração, que tenham gostado.
Agora a fic vai começar a entrar no auge, nas melhores partes :D
Vocês não tem noção do que as Gabis estão preparando!!!
P.s.: gente, escrevam o que realmente gostaram e o que não gostaram. Teve uma leitora, no cap anterior, que foi bem sincera ao dizer que não gostava de ver a Mi com o Blás e eu, Gabrielaa, adorei isso da parte dela. Digam seus likes e dislikes, ook? Nós projetamos os caps com tanto carinho, o que custa se esforçar um pouquinho nos reviews? São, no máximo, 5 minutos da vida de vocês.
Muito grata e desculpem-me aqueles que não mereciam ler esse último pedaço.
Beijos, amores :*)